Aconteceu
AGORA ! Uma TRAGÉDIA que levou muitos à MORTE e fez vários feridos! O evento
lembrou muito o que aconteceu no Edifício JOELMA aqui no Brasil nos ANOS 70!
Veja matéria
abaixo:
Uma tragédia mereceu dos Benfeitores
Espirituais vários esclarecimentos.
Por ocasião
do incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo, ocorrido no dia lº de fevereiro de
1974, o médium Francisco Cândido Xavier, em seu lar, em Uberaba (MG), ouvindo a
notícia pelo rádio, reuniu-se em prece com quatro amigos, solicitando auxílio
dos Benfeitores
Espirituais
para as vítimas.
Atendendo ao
apelo apresenta-se o Mentor Espiritual Emmanuel e escreve, através do médium,
comovedora prece inserida no livro "Diálogo dos Vivos".*
Dias depois,
em reunião pública, na qual estavam presentes alguns familiares de vítimas do
incêndio do Joelma, os poetas Cyro Costa e Cornélio Pires (Espíritos)
manifestaram-se pela psicografia, ditando ao médium sonetos referentes à
tragédia.
O soneto de
Cyro Costa traz uma dedicatória e o transcrevemos, tal como está, no citado
livro "Diálogo dos Vivos" (cap. 26, pág. 150):
Luz nas
chamas
Cyro Costa
(Homenagem
aos companheiros desencarnados no incêndio ocorrido na capital de São Paulo a
1º de fevereiro de 1974, em resgate dos derradeiros resquícios de culpa que
ainda traziam na própria alma, remanescentes de compromissos adquiridos em
guerra das Cruzadas.)
Fogo!...
Amplia-se a voz no assombro em que se espalha.
Gritos,
alterações... O tumulto domina. No templo do progresso, em garbos de oficina,
O coração se
agita, a vida se estraçalha. Tanto fogo a luzir é mística fornalhaE a presença
da dor reflete a lei divina. Onde a fé se mantém, a prece descortina O passado
remoto em longínqua batalha...
Varrem com
fogo e pranto as sombras de outras eras Combatentes da Cruz em provações
austeras, conquanto heróis do mundo, honrando os tempos idos.
Na Terra o
sofrimento, a angústia, a cinza, a escória... mas ouvem-se no Além os hinos de
vitória Das Milícias do Céu saudando os redimidos.
Tecendo
comentários sobre o soneto de Cyro Costa, Herculano Pires (no livro
retrocitado), pondera que somente a reencarnação pode explicar a ocorrência
trágica.
Segundo o
poeta as dívidas remontavam ao tempo das Cruzadas.
Estas foram
realizadas entre os séculos XI e XIII e eram guerras extremamente cruéis com a
agravante de terem sido praticadas em nome da fé cristã. Os historiadores
relatam atos terríveis, crimes hediondos, chacinas vitimando adultos e
crianças. Os débitos contraídos foram de tal gravidade que os resgates
ocorreram a longo prazo. Tal como o do circo em Niterói. O que denota a Bondade
Divina que permite ao infrator o parcelamento da dívida,
pois não
haveria condição de quitá-la de uma só vez.
Vejamos
agora o outro soneto (cap. 27, pág. 155):
Incêndio em
São Paulo
CORNÉLIO
PIRES
Céu de São
Paulo...
O dia
recomeça...
O povo bom
na rua lida e passa...
Nisso,
aparece um rolo de fumaça
E o fogo
para cima se arremessa.
A morte
inesperada age possessa,
E enquanto
ruge, espanca ou despedaça,
A Terra
unida ao Céu a que se enlaça
É salvação e
amor, servindo à pressa...
A cidade
magoada e enternecida
É socorro
chorando a despedida,
Trazendo o
coração triste e deserto...
Mas vejo, em
prece, além do povo aflito,
Braços de
amor que chegam do Infinito
E caminhos
de luz no céu aberto...
A idéia de
que um ente querido tenha cometido crimes tão bárbaros às vezes não é bem
aceita e muitos se revoltam diante dessas explicações, mas, conhecendo-se um
pouco mais acerca
do estágio
evolutivo da Humanidade terrestre e do quanto é passageira e impermanente a
vida humana, a compreensão se amplia e aceitam-se de forma mais resignada os
desígnios do
Criador. Por
outro lado, que outra explicação atenderia melhor às nossas angustiosas
indagações?
Estas
orientações do Plano Maior sobre as provações coletivas expressam, é óbvio, o
que ocorre igualmente no carma individual. Todavia, é compreensível que muitos
indaguem como seria feita a aproximação dessas pessoas envolvidas em delitos no
passado.
A literatura
espírita, especialmente a mediúnica, tem trazido apreciáveis esclarecimentos
sobre essa irresistível aproximação que une os seres afins, quando envolvidos
em comprometimentos graves. A culpa, insculpida na consciência, promove a
necessidade da reparação.
O
Codificador leciona de forma admirável a respeito das expiações, em "O Céu
e o Inferno" (Ed. FEB), cap. 7 - As penas futuras segundo o Espiritismo.
Esclarece que "o Espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo
prolongar os sofrimentos pela permanência no mal, ou suavizá-los e anulá-los
pela prática do bem".
Assim -
expressa Kardec -, as condições para apagar os resultados de nossas faltas
resumem-se em três: arrependimento, expiação e reparação.
"O
arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho
da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito distraindo-lhe a
causa.
Este o
notável Código penal da vida futura, que tem 33 itens e que apresenta no último
o seguinte resumo, em três princípios:
"lº O
sofrimento é inerente à imperfeição.
2º Toda
imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio
castigo nas consequências naturais e inevitáveis: assim, a moléstia pune os
excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação
especial para cada falta ou indivíduo.
3º Podendo
todo homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente
anular os males consecutivos e assegurar a felicidade futura.
A cada um
segundo as suas obras, no Céu como na Terra:
- tal é a
lei da Justiça Divina."
___________
Francisco
Cândido Xavier e J . Herculano Pires.
Espíritos
Diversos, cap. 25, p. 145, 1ª ed. da GEEM,
São Bernardo
do Campo (SP) - 1974. (Transcrita na página seguinte.)
fonte:
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/tragedias-co...
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