Provavelmente
já muitas vezes nos perguntamos: Será que ele/ela sabe que morreu?
Será que
também sentem saudade como nós sentimos?
Como será
que “eles” sentem?
Você que
está a ler isto, já deve ter feito estas perguntas ou semelhantes inúmeras
vezes mas sempre sem resposta.
Ou então
encontra uma resposta que acalme a dor que está a sentir naquele momento devido
à partida do seu ente querido. A resposta que normalmente encontramos é: “
Ele/ela estava a sofrer muito e agora está a descansar em paz ou só agora é que
está em paz.”
ESTA
RESPOSTA ESTÁ ERRADA!
“Eles” não
morrem e muito menos estão a descansar. O que nós enterramos ou cremamos é
somente o corpo do nosso ente querido, porque nessa altura a alma separa-se do
corpo e segue o seu caminho para outra vida. Portanto, a morte não existe. O
corpo é apenas o envoltório da alma, do qual ela se liberta quando o corpo
morre. É como por exemplo, uma cobra quando troca de pele. A cobra se liberta
da sua “velha ” pele.
Mas voltando
à pergunta inicial: Como as dores dos que ficaram afetam os espíritos?
Nós
cometemos sempre o erro de pensar que existe morte e que só nós é que sentimos
saudade e tristeza. Nós nos esquecemos que eles continuam vivos e que também
estão a sentir a mesma saudade, a mesma tristeza e a mesma dor que nós sentimos
com a sua partida, porque muitos partem sem ter vontade de partir. O sentimento
que nos une a esse ente querido mantém-se inalterável independentemente de onde
ele/ela estiver.
Por exemplo,
se estamos o tempo todo em constante conexão energética com quem amamos,
imagine se estivermos desencarnados, concentrados em alguém encarnado que está
a transmitir emoções de tristeza, saudade, arrependimento, culpa devido à nossa
ausência no desencarne?
Se não é
fácil para nós lidarmos com as nossas próprias dores, imagine o que será
depararmos com a dor que provocamos a alguém que amamos.
Portanto,
quando estamos no plano extra físico as emanações energéticas exageradas dos
nossos entes queridos encarnados chegam até nós com uma determinada
intensidade, tornando-se quase audíveis.
Por isso,
temos que ter cuidado com os sentimentos que alimentamos, pois alimentar é uma
coisa e sentir é outra.
Para
qualquer espírito que desencarna e que segundo a sua própria evolução, está
razoavelmente equilibrado existe uma proteção natural que o isola dos
sentimentos normais de saudade dos entes queridos que ficaram, tendo assim a
oportunidade de se adaptar à sua nova etapa de vida.
No entanto
pode acontecer também o contrário. O espírito pode estar em desequilíbrio na
sua própria evolução devido ao fato de ver os seus entes queridos em sofrimento
com a sua partida, o que pode fazer com que “ele” não consiga lidar bem com o
seu regresso à vida espiritual. “Ele” pode se sentir culpado e querer ficar na
sua vida carnal para que os seus entes queridos não sofram por sua causa.
De fato, os
espíritos podem sempre voltar para junto de nós quando querem, mas numa
primeira fase após o seu descarne não é aconselhável que “eles” voltem para
junto de nós, porque essa vontade de voltar deve-se ao fato deles ainda não se
terem adaptado ao outro plano, ou seja, ainda não encontraram a luz que os guia
até ao outro plano porque por vezes, também levam consigo preocupações e
problemas desta vida.
Por isso, a
partir de agora temos de ficar atentos ás nossas manifestações de sentimentos
exagerados, seja para bem do nosso ente querido que partiu ou para nosso
próprio bem ou até mesmo para bem dos entes que ainda ficam conosco.
Se não
sentíssemos saudade não estaríamos a dar a devida importância àquela pessoa que
passou pela nossa vida. Para o bem de todos os que ficam e os que partem, cabe
somente a nós avaliar se a saudade cabe mesmo toda no nosso coração ou se
haverá saudade em demasia.
Portanto
vamos acreditar que os nossos entes queridos estão a viver a vida deles noutra
dimensão/plano e para que sejamos todos felizes temos de continuar a viver a
nossa vida até ao dia em que vamos ter com eles, para que nesse dia estejamos
aptos a sermos recebidos com o louvor que merecemos e por quem nos é querido.
Sejamos felizes por “eles” e por nós próprios!
Fonte. Chico de Minas Xavier
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