O estilo de
vida atual nos levou a detonar com automatismos que levamos milhões de anos
desenvolvendo. As pessoas desaprenderam: dormir, respirar, comer e até evacuar.
Vivemos na Era dos sem tempo. Falta de aviso não foi – exemplo: “Não vos
canseis pelo ouro” disse Jesus.
A sociedade
da atualidade está voltada para os valores exteriores que instigam à competição
a qualquer preço e, a qualquer custo; daí mede-se a criatura pelo que tem e não
pelo que é; em razão do quanto pode e, não do que faz. A desordenada
preocupação em adquirir a qualquer preço equipamentos, veículos e objetos de
propaganda desarticula a nossa intimidade. Elevamos a ansiedade a níveis
extremados apenas para sermos bem vistos e aceitos no meio social; nós nos
angustiamos para vestirmos de acordo com a moda vigente; nós nos inquietamos
para estarmos bem informados sobre temas sem importância. O sistema cria um
conjunto de situações que abalam o equilíbrio emocional levando à perda da
identidade, à desordem psicológica e à confusão de valores.
Não demora e
tudo isso, se reflete no corpo ou conduz a distúrbios de conduta. A tendência é
que esse estilo de vida produza cada vez mais vítimas entre aqueles distraídos
pela conquista de valores transitórios sem a contrapartida da auto - realização
e do aprimoramento pessoal.
Sob esse
tipo de pressão constante é lógico que aumentem as tensões, frustrações,
vícios, ansiedade, fobias que ajudam a reforçar as doenças psíquicas que podem
materializar-se no corpo; uma vez que isso ocorra os problemas orgânicos
desencadeiam novas dificuldades psicológicas, num círculo vicioso.
Quando não
sabemos bem qual é a nossa tarefa de vida, transformamos o cotidiano numa mesmice
diária; quase um inferno.
No mesmo
trabalho repetimos a ação de ontem, com raiva ou desgosto. Fazemos sempre o
mesmo trajeto no retorno ao lar. Buscamos as repetitivas formas de lazer: bar,
bebida, clube, televisão, jornal e, sexo: relações para descarregar as tensões
ou escapadas em motéis, onde insatisfeitos traem seus iguais. Saímos de férias
programadas compradas a prestação, para visitarmos lugares tediosos com pessoas
que nos desagradam. Quando conseguimos chegar à aposentadoria, nos desesperamos
com as doenças e com as limitações naturais da idade. Sem contar que somos
espoliados nos proventos; devido ás crises econômicas geradas por governantes
corruptos ou despreparados. Vitimados, morremos, na maioria das vezes, na
condição de descontentes e insatisfeitos; cujo destino é previsível: um dos
umbrais do mundo espiritual, espoliados, agredidos; até que, por esforço
próprio consigamos lugar numa colônia de regeneração.
Não
contentes com isso: os modernos entretenimentos são baseados em emoções “fortes”
que angustiam como terror, pânico e suspense, que amplificam a ansiedade o que
interfere imediatamente nas secreções glandulares produzindo descargas de
hormônios ligados ao instinto de sobrevivência sem que haja perigo real algum,
o que desequilibra e faz adoecer, e pode levar á morte, aos poucos – até com a
ajuda dos remédios, para que a vida desatinada termine mais cedo.
Inúmeros são
os motivos que levaram a ansiedade a sair do controle. Quando o Mestre nos
receitou viver com simplicidade, parcimônia e sensatez; estava nos alertando
para os perigos da aceleração dos desejos e do egoísmo; da ânsia, ansiedade:
angústia, aflição, grande inquietude, impaciência, sofreguidão, avidez de
consumo, marca registrada da sociedade atual.
Aproveitei a
notícia oferecida no site do Yahoo – para voltar ao assunto: Ansiedade –
Distúrbios do sono.
Medicamentos
para insônia e ansiedade aumentam risco de morte, diz pesquisa
Tomar
remédios para tratar a insônia e a ansiedade aumenta o risco de mortalidade em
36%, de acordo com estudo publicado no Canadian Journal of Psychiatry. Isso
porque, entre outros problemas, as pílulas para dormir e os ansiolíticos afetam
o tempo de reação, atenção e coordenação das pessoas, podendo causar quedas e
outros acidentes.
A pesquisa
foi realizada pela professora Geneviève Belleville, da faculdade de psicologia
da Universidade Laval, no Quebec, Canadá. Ela utilizou informações sobre 14 mil
canadenses, com idades entre 18 e 102 anos, reunidas entre 1994 e 2007 pelo
instituto de estatística nacional.
Durante esse
período, 15,7% das pessoas que alegaram ter tomado ao menos uma vez medicamento
contra a insônia ou a ansiedade no mês anterior à entrevista faleceram. Entre
aqueles que relataram não ter usado esses medicamentos, a taxa de mortalidade
foi menor, de 10,5%.
Após
analisar fatores pessoais que podem interferir no risco de mortalidade - como o
consumo de álcool e tabaco, a prática de atividade física e a presença de
sintomas depressivos entre os participantes - Geneviève concluiu que o consumo
de soníferos e ansiolíticos aumenta o risco de mortalidade em 36%.
Segundo a
pesquisadora, esses medicamentos, além dos problemas já citados, podem gerar um
efeito inibidor sobre o sistema respiratório, o que agravaria problemas de
respiração durante o sono. Ambos também são inibidores do sistema nervoso
central o que pode afetar o julgamento e, como consequência, aumenta o risco de
suicídio.
Resolver o
problema da ansiedade mórbida e da insônia é simples – mas, jamais será
drogando-se.
Quantos
medicamentos o amigo toma ao dia? – O que pode ocorrer da sua interação? –
Quais poderiam ser deixados de lado? – Será que o uso continuado de
medicamentos sem a contrapartida da tentativa de mudanças na forma de viver
será considerado suicídio?
AMÉRICO
CANHOTO-Xepa Côsmica.
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