Todos nós
temos os nossos compromissos cármicos. E nascemos com todas as condições
necessárias e ajustadas para atendermos aos princípios da Lei de causa e
efeito.
Você se
considera uma pessoa forte? Nos períodos de turbulência da vida, você consegue
dar conta do recado?
Quando
tiramos os olhos de cima do nosso próprio umbigo, podemos perceber que há
pessoas com muito mais atribuições que outras, e podemos ver que as que mais
fazem não são as que mais se queixam. Acho que foi Paulo, numa epístola aos
Coríntios (epístola quer dizer carta, que é o nosso e-mail hoje… dá pra
imaginar Paulo mandando um e-mail pros Coríntios? E Coríntios é um pessoal lá
da Grécia, não tem nada a ver com o time…), Pois parece que foi o Paulo que
disse que Deus não nos dá um fardo que nossos ombros não possam carregar.
Deus não nos
dá um fardo que não possamos carregar
E é por aí.
Cada um com suas atribuições, cada um com seus compromissos cármicos. Esses
compromissos que trazemos de outras existências foram gerados por nós mesmos,
são pequenos ou grandes equívocos que cometemos e que agora devem ser
reparados. O hoje é o momento mais propício para reparar erros do passado.
Nascemos com todas as condições necessárias e ajustadas para atendermos aos
princípios da Lei de causa e efeito. Dificuldades financeiras, problemas
familiares, possíveis enfermidades, tudo o que trazemos na bagagem foi colocado
em nossa mala existencial por nós mesmos, então não adianta esperneio e
choradeira.
Que coisa
ridícula viver se lamuriando! É claro que não usamos esses termos na frente dos
chorões, eles precisam de outra abordagem, precisam se fortalecer para perder a
pena que sentem de si mesmos. Mas não podemos nos deixar contagiar. Pena é um
sentimento inútil, não resolve nada. Podemos fazer algo? Façamos esse algo,
então! Mas ter pena não adianta, é um sentimento que gera energias pesadas,
densas.
Você deve se
sentir um privilegiado pelo fato de a vida exigir muito de você! Esteja certo
de que a vida não lhe exigiria esse esforço se não pudesse contar com você. A
vida só exige muito daqueles que têm a capacidade de vencer, de dar conta do
recado. Nos processos que regem a reencarnação, só nos é
proposto/exigido/sugerido fazer aquilo que está de acordo com nossa capacidade,
de acordo com nossas forças.
A
dramatização dos problemas é responsável por grande parte do peso do fardo que
carregamos. Muito desses “fardos” já poderiam ter sido deixados em qualquer
lugar, mas às vezes insistimos em carregá-los conosco. São as dores de
estimação, as antigas ofensas, as contrariedades que não foram superadas. É
preciso perdoar, relaxar, ser feliz.
Mesmo
pessoas caridosas, humildes, de princípios morais sólidos, cometem erros banais
como esses, de passar a vida carregando pesos inúteis. Quando não são
reencarnacionistas, não entendem a simplicidade e implacabilidade da Lei de
causa e efeito, e chegam a duvidar da Justiça Divina. Realmente, sem
compreender a reencarnação, tudo parece injusto.
Não estou
querendo dizer que somos melhores ou mais certos por compreendermos a
reencarnação. Mas se não fosse por esse entendimento, eu, de minha parte, seria
ateu, e convicto. Não há Justiça se desconsiderarmos a pluralidade das
existências. Mas isso é pessoal; há ateus e religiosos de todos os tipos que
carregam seus fardos com alegria, sem lamúrias e lamentações. E é isso o que
importa, né? Alegria e responsabilidade.
Morel Felipe
Wilkon
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