Quando o
campo emocional do casal manifesta um modelo ainda imaturo, demonstrado pelas
carências e gestos de egoísmo, existe uma abertura energética para influências
espirituais nocivas, vindas de energias e de seres, entidades do plano
espiritual. As dimensões física, emocional e mental estão ligadas à espiritual,
por isso uma influência de qualquer natureza no corpo espiritual repercute nos
outros corpos, afetando a mente e as emoções de forma mais intensa.
As obsessões
espirituais atrapalham muito a vida do casal, porque a naturalidade e a leveza
entre os parceiros são abaladas sempre que forças externas estão agindo
negativamente. A obsessão pode acometer apenas uma das pessoas algumas vezes.
Em outras, a obsessão pode ocorrer nos dois, separadamente ou ao mesmo tempo.
Os tipos e as formas de entidades e seres agirem são também muito variados, mas
a causa da obsessão é sempre a mesma: negligência espiritual.
Como negligenciar
a vida espiritual? Basta deixar de buscar pela reforma íntima, deixar de
estudar a respeito da evolução espiritual, de meditar, de orar, ter hábitos
negativos, vícios e deixar de lado os valores espirituais.
Os casais
não devem perder de vista que o quadro das existências é assinalado pelo
entrosamento dos dois mundos – físico e espiritual- um incidindo sobre o outro,
e, assim, em virtude de haver sérios comprometimentos entre encarnados e
desencarnados, é fácil achar processos de perversas associações mentais,
determinando enfermidades morais, viciações, desarmonias, ou processos de
vinganças que são levados a cabo através de perseguições, de infiltrações pelos
poros abertos das invigilâncias e permissividades do cotidiano, forjando
quadros de variadas obsessões.
Assim,
muitas separações conjugais são incentivadas por comparsas de pretéritos
equívocos, ainda mantidos no Mundo Invisível, ou por inimigos ferrenhos, que
não suportam acompanhar a rota de felicidade daqueles aos quais odeiam, ou
invejam, simplesmente. Dentre os que se mostram inimigos temos muitos amores
traídos de vidas passadas; corações que foram enganados com falsas promessas de
bem-querer ou de fidelidade, filhos que foram abortados em passado remoto ou
próximo, todos assinalados por mágoas profundas ou por sentimentos odiosos, por
desejo de desforço, de vingança, devendo ser tocados em sua alma pelas energias
da disposição de mudar dos seus perseguidos, sendo que, somente dessa forma, os
antigos dilapidadores da harmonia da vida lograrão chances de ventura, de um
caminhar sem tantos atropelos na esfera moral.
Não se pode,
então, pensar em casal bem-ajustado à alegria e ao equilíbrio sem os devidos
cuidados com sua vida moral-espiritual.
Na verdade,
é tudo uma questão de sintonia. Não podemos culpar os obsessores. Nós atraímos
para o nosso campo seres que estão na mesma vibração que a nossa, e eles só
agem porque “baixamos” a guarda, ou seja, quando o casal não se cuida, deixando
de fazer todas essas coisas mencionadas acima.
Os
obsessores, muitas vezes, exploram as falhas e as quedas de atitude; numa
discussão boba, eles podem favorecer a briga, o caos, em que o casal se afunda
e se desgasta emocionalmente. Mas o mais importante é descobrir na nossa
atitude onde foi que permitimos que uma obsessão afetasse o nosso relacionamento.
A causa pode ser a falta de amor, a carência, a transferência da nossa
responsabilidade para o ser amado, entre outros.
É preciso
que cada um busque individualmente sua realização, harmonize-se com suas
questões pessoais, alimente sua autoestima. Esse é um caminho a ser trilhado
sozinho para depois somar alegria e amor na relação. Como já foi dito, o maior
e mais comum erro é transferir para o outro a responsabilidade de alcançar
harmonia, autorrealização, plenitude e alegria. Quando isso acontece, fica praticamente
impossível permitir que o amor cresça. Portanto, cure-se primeiro, pois assim
você também irá curar o seu relacionamento.
Outra dica
que vale muito e que cura é a admiração. Experimente substituir a crítica pelo
elogio ao seu parceiro. Você pode fazer isso pessoalmente, dizendo para ele,
mas também pode fazer em pensamento. Da próxima vez que surgir o impulso de
criticar a outra pessoa, faça um esforço de se concentrar nas qualidades que
ela tem e ignore seus defeitos. No começo não é fácil, mas, com o tempo, os
resultados aparecem nítidos e profundos, e podem fazer um milagre na vida de
qualquer casal.
Fonte- Redação
Luz da Serra
José Raul
Teixeira
Do livro: Desafios da Vida Familiar
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