A novela A
Força do Querer, de Glória Perez, está trazendo o tema da luta da população T
(travestis, mulheres transexuais e homens trans) na Rede Globo. A personagem de
Carol Duarte (Ivana), vive um homem transsexual e enfrenta o drama de não ter o
apoio da mãe, que é interpretada por Maria Fernanda Cândido (Joyce).
Transgênero é o indivíduo que se identifica com um gênero diferente daquele que
corresponde ao sexo atribuído no nascimento.
Mas o que a
doutrina espírita diz sobre o assunto?
As almas ou
espíritos não têm “sexo”. Essas distinções só existem no organismo para a
reprodução dos corpos físicos. Mas os espíritos não se reproduzem no além,
razão pela qual órgãos sexuais são inúteis no plano superior.
Para os
mensageiros da pátria espiritual, “as características sexuais dos espíritos
fogem do entendimento humano, até porque são os mesmos que animam os corpos de
homens e mulheres. Para o espírito, reencarnar no corpo masculino ou feminino
ou sexualmente “indefinido” pouco lhe importa.
Segundo o
“Livro dos Espíritos” de Allan Kardec, o
que guia a alma na escolha são as provas por que irá passar. Os espíritos
encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. “Visto que lhes
cumpre progredir em tudo, cada sexo [experiência masculina ou feminina], como
posição social lhes proporciona provações e deveres especiais com isso, ensejo
de ganharem experiência. Aquele que só como homem ou mulher encarnasse só
saberia o que sabem os homens e ou as mulheres”.
Podemos ver
exemplos de países que já entenderam a necessidade de realizar a inclusão de
todos os gêneros na sociedade. Na Alemanha, por exemplo, existe uma lei que as
pessoas podem assumir sua identidade sexual na Lei. Ela estabelece que as
pessoas profundamente identificadas com um determinado gênero têm o direito de
escolher seu sexo legalmente.
Com isso, o
espírito reencarnado tem a possibilidade de escolher posteriormente se prefere
ser definido como homem ou mulher segundo sua composição psíquica. Ou até mesmo
seguir com o sexo [morfologicamente] indefinido pelo resto da vida.
Para os
benfeitores espirituais “as características sexuais dos espíritos fogem do
entendimento humano, até porque são os mesmos os espíritos que animam os corpos
de homens e as mulheres.
Espírito
Emmanuel explica que através dos milênios, o espírito passa por fileira imensa
de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de
masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos
pronunciado, em quase todas as criaturas. O homem e a mulher serão, desse modo,
de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem
especificação psicológica absoluta.
Em face disso, a individualidade em trânsito,
da experiência feminina para a masculina ou vice versa, ao envergar o casulo
físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado
por muitos séculos, em que pese ao corpo de formação masculina que o segregue,
verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias.
Segundo Divaldo Pereira Franco, não se trata de punição, castigo, já que Deus
não castiga, não pune; Deus é, em verdade, inteligência suprema, segundo “O
Livro dos Espíritos”, questão 1°.)
A
homossexualidade é referenciada na atualidade como o terceiro sexo –
complementa Divaldo – existente, inclusive, em animais, o que ratifica o fato
de não ser castigo, já que esses seres irracionais nada fizeram para ter
“punição da divindade”. O médium citou o seguinte exemplo para fins de
compreensão: “se, por exemplo, eu, espírito, reencarno na masculinidade durante
dez ou cinco vezes consecutivas, eu tenho uma psicologia máscula e uma anatomia
masculina; mas por uma necessidade evolutiva na minha próxima reencarnação eu
encarnar na feminilidade, logo eu tenho uma anatomia feminina, mas uma
psicologia masculina, sendo quase inevitável esse indivíduo ter uma tendência
homossexual.”
Entretanto,
Divaldo ressalta que o uso da máquina sexual para o abuso, a promiscuidade, a
depravação – tanto em homossexuais quanto em heterossexuais – é o que gerará
processos cármicos que terão que se resolver em vida(s) futura(s).
Divaldo
Franco concluiu a resposta sugerindo que: “Não podemos agredir nenhum deles
[homossexuais] com os nossos conflitos e com as nossas opções, como não
devemos, por outro lado, ficar em conflito, dominados por um preconceito
social. Devemos procurar meios éticos para que nossa vida seja feliz na Terra,
tanto na condição ‘hétero’ quanto na ‘homo’”.
Fonte- A
Gazeta espírita-por: Luiz
Sergio Castro
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