Em se
tratando de obsessão e liberdade sempre haverá o que reavaliar.
O livro
Roteiro, ditado por Emmanuel ao grande médium Francisco Cândido Xavier, traz
lições altamente esclarecedoras a respeito do intercâmbio mental entre as criaturas
humanas, estejam elas encarnadas ou desencarnadas.
No capítulo
vinte e cinco da referida obra, intitulado “Ante a vida Mental”, entre outras
coisas, encontramos:
“A mente é
manancial vivo de energias criadoras.
O pensamento
é substância, coisa mensurável.
Encarnados e
desencarnados povoam o Planeta, na condição de habitantes dum imenso palácio de
vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se
combinam, que se repelem ou que se neutralizam.
Correspondem-se
as ideias, segundo o tipo em que se expressam, projetando raios de força que
alimentam ou deprimem, sublimam ou arruínam, integram ou desintegram, arrojados
sutilmente do campo das causas para a região dos efeitos.
Quem mais
pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes
mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.
E, em razão
dessa lei que preside à vida cósmica, quantos se adaptarem, ao reto pensamento
e à ação enobrecedora, se fazem preciosos canais da energia divina, que, em
efusão constante, banha a Humanidade em todos os ângulos do Globo, buscando as
almas evoluídas e dedicadas ao serviço de santificação, convertendo-as em
médiuns ou instrumentos vivos de sua exteriorização, para benefício das
criaturas e erguimento da Terra ao concerto dos mundos de alegria celestial.”
E no
capítulo seguinte, o de número vinte e seis, intitulado “Afinidade”, esclarece
o Grande Benfeitor como que a complementar o acima transcrito:
“O homem
permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância
mental, em grande proporção.
Toda
criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis
que lhe equilibram a existência.
Em forma de
impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de
sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
De modo
imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno
de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.
Por isso,
quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade
para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá,
invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.
Se nos
confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se
nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias
indefiníveis.
Se nos
devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso
sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.
Falamos
sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos.
Somos
obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em
qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
Daí o
imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.
Trabalhar
incessantemente é dever.
Servir é
elevar-se.
Aprender é
conquistar novos horizontes.
Amar é
engrandecer-se.
Trabalhando
e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se
aperfeiçoa, entrando gradativamente em contato com os grandes gênios da
imortalidade gloriosa.”
Estas
informações são claríssimas, e seria de muito valor revisarmos os referidos
capítulos integralmente, quando não o livro todo, para que possamos entender,
definitivamente, que os processos obsessivos, ou a experiência da liberdade
espiritual, começam em nosso próprio mundo mental, e consequentemente nas ações
que perpetramos, porque estas sempre serão construções assentadas sobre o
alicerce chamado pensamento.
Pensemos
nisso.
Antônio
Carlos Navarro
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