A história nos mostra que desde
quando desenvolvemos os primórdios de nossa consciência, ainda como primitivos
homens em cavernas, passamos a temer, respeitar e honrar os nossos mortos.
Muitos eram os costumes em diferentes povos: alguns colocavam roupas, armas,
comida, flores, dinheiro... na tentativa de facilitar a vida do desencarnante
no mundo espiritual. O hábito de enterrar os mortos veio como uma política de
saúde e higiene, após o homem declinar de seus hábitos nomandes e fixar-se em
vilas e cidades.
Allan Kardec, perfeitamente ciente da
importância que damos aos que partem desta vida carnal, perguntou aos
espíritos, nas questões 320 a 329 de O Livro dos Espíritos, sobre este processo
e como é verificado do âmbito espiritual.
Através da leitura deste texto iremos
perceber que os espíritos muitas vezes estão presentes ao seu enterro e que
outras tantas aguardam ansiosamente o dia de finados para que as lembranças de
seus parentes voltem a eles; e que, muito embora não seja necessário,
frequentemente nesta data visitam o cemitério a espera de seus parentes
queridos, para revê-los e sentí-los próximos a sí.
Vemos também que, embora a visita ao
túmulo, possa agradar aos espíritos, o mais importante que podemos fazer é
lembrar de nossos "mortos" diariamente em nossas orações e
pensamentos. Assim não teremos que esperar um ano para "lembrar"
daqueles que amamos.
É importante salientar que, apenas
para os espíritos ainda mais apegados à matéria, será importante a pompa e os
detalhes materiais de seus funeral, túmulo e paramentos; para aqueles que sejam
mais desapegados da matéria o que realmente importa será os sentimentos que os
que ficam na carne enviem par ele, sob a forma de lembranças sadias e orações
de amor e paz.
Outro ponto interessante é o hábito
que muitos temos de acender velas em memória de nossos espíritos queridos; a
chama, ou o calor, destas velas nada vale para o espírito, que não se beneficia
da vela em sí, mas do calor espiritual que vem da lembrança e do amor gerado
quando se faz uma oração junto àquela vela. A vela simplesmente nada auxilia o
que já desencarnou; nossas lembranças e amor é que tem este poder.
A Doutrina Espírita nos esclarece,
através dos próprios espíritos, que a vida não termina no túmulo e que, no mais
das vezes, estes que julgamos afastados de nós se encontram mais próximos que
imaginamos.
Assim devemos ter a compreensão que
não somente no dia de finados eles precisam de nosso apoio, lembranças e
orações; espíritos há que se encontram em muita solidão e tristeza porque não
tem a lembrança de seus entes queridos. Façamos regularmente orações pelos que
se foram antes de nós para a pátria espiritual, como forma de mantê-los vivos
em nossos corações e fazer carinho àqueles que não vemos mais.
Os hábitos e crenças das diversas
religiões no globo devem ser respeitados e aceitos como válidos para todos que
professam àquela crença; Nós, os espíritas, embora respeitemos e aceitemos as
crenças de esquecimento ou práticas exteriores, tão comuns neste dia,
compreendemos que o verdadeiro respeito e a verdadeira lembrança são as que
residem e nossas mentes e corações.
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor
Jerônimo Mendonça Ribeiro
Muito esclarecedor
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