Os Trabalhos de Desobsessão devem ser
Abertos ou Fechados?
No Espiritismo existem alguns
conceitos básicos para permitir um perfeito entendimento:
Obsessão: ligação mental negativa
entre dois seres; que podem estar encarnados ou desencarnados.
Obsessão pode ocorrer em três níveis:
simples, fascinação e subjugação.
*simples: o obsessor causa apenas um
pequeno mal-estar
*fascinação: o obsessor produz uma
ilusão e causa um mal-estar generalizado.
*subjugação: o obsessor já paralisa a
vontade do obsediado.
Desobsessão: Tratamento nas casas
espíritas de pessoas que estão sofrendo essas
Equipe de desobsessão: grupo de
tarefeiros de uma casa espírita que se reúnem para eliminar essa ligação mental
entre os seres.
Assistidos: pessoas (encarnadas ou
desencarnadas) com problemas que para se livrarem desse elo negativo procuram a
casa espírita.
Porque é aconselhado que os trabalhos
de desobsessão não sejam abertos ao público? E por que em muitos casos nem aos
assistidos (encarnados) no momento do trabalho mediúnico?
Esse trabalho requer uma
harmonização, preparo do ambiente, concentração da equipe e muito amor.
Portanto, a participação do público estaria interferindo, inclusive
mediunicamente no bom resultado a ser alcançado.
Além disso, poderíamos ter no público
pessoas com mediunidades ostensivas. Elas poderiam se envolver, mediunicamente
nos trabalhos de Desobsessão, com os assistidos desencarnados. Isso poderia
desviar o foco do trabalho e a reunião perderia o controle e o resultado
Também não é aconselhável a
participação dos assistidos encarnados no momento das manifestações mediúnicas.
Isso devido, além do envolvimento mediúnico, a possibilidade de causar uma
“forte impressão” de estar achando que tudo está ligado ao seu problema e esse
assistido poderá sair do ambiente com mais cargas negativas ainda,
descaracterizando assim o objetivo do trabalho.
Além disso, não seria caridoso com
nossos irmãos sofredores (assistidos espirituais) colocá-los frente a frente
com o obsediado. Isso poderia ocasionar uma “invertida” nos resultados, além de
que poderíamos perder completamente o controle da situação.
TV MUNDO MAIOR | Arcangelo Vicente
A Obsessão nada mais é do que uma
ligação mental negativa entre dois seres. Pode ocorrer de desencarnado para
encarnado, de encarnado para desencarnado, de encarnado para encarnado ou
desencarnado para desencarnado.
Ela nasce de uma ideia fixa que dois
ou mais seres possam ter entre si e pode ser causada por algum hábito, vício ou
desejo em comum.
Ex: Um espírito desencarnado que era
alcoólatra e que não sabe que desencarnou, sente necessidade do efeito do
álcool, aproxima-se de uma pessoa que tenha predisposição à bebida e a induz a
beber mais, podendo assim atrapalhar os caminhos de sua vida.
Pode ocorrer também entre familiares.
Uma mãe que desencarna, por exemplo,
trazendo consigo uma grande preocupação a respeito de seu filho, pode iniciar
um processo de simbiose espiritual através dessa preocupação, sem ter ideia do
que está fazendo.
Desafetos de vidas passadas também
podem evoluir para um processo de obsessão através de sentimentos de vingança,
rancor e antipatia.
Algumas sensações que podem
caracterizar a obsessão são, entre muitas outras: desânimo, depressão,
pessimismo, irritação e atritos frequentes com familiares, companheiros de
trabalho ou até mesmo amigos.
É importante lembrar que nem sempre
estes sintomas podem representar um quadro obsessivo.
O TRATAMENTO DE DESOBSESSÃO
A obsessão não deve ser tratada com
misticismo, ela nada mais é do que uma doença espiritual que deve ser tratada.
O tratamento espiritual não prescinde em circunstância alguma do tratamento dos
médicos encarnados que, em caso de necessidade, deve ser feito paralelamente.
O tratamento de desobsessão é
dedicado tanto ao obsessor quanto ao obsediado.
O obsessor é levado para a câmara de
desobsessão, onde os médiuns e mentores espirituais presentes irão orientá-lo
(muitas vezes o obsessor sequer sabe que desencarnou) sobre as leis que regem
esse novo mundo que ele agora habita e sobre os caminhos que deve percorrer.
A participação do obsediado é
fundamental. É muito importante que ele vigie seus pensamentos, pois são eles
que formam o elo entre os dois. Muitas vezes começamos com uma pequena
irritação, algo sem tanta importância e acabamos desencadeando uma bola de
neve. Sem percebermos, perdemos o controle sobre nós mesmos.
No começo essa tarefa não é fácil!
Mas deve haver persistência. Tudo é uma questão de vigilância. Ao conseguirmos,
percebemos como é simples melhorar nossas vidas.
Caso o obsediado não consiga desviar
estes pensamentos, deve fazer uma prece espontânea vinda do coração (evitando
orações decoradas) e/ou leituras edificantes (pode comprar um livro ou se
desejar, pegá-lo emprestado na biblioteca circulante do CEC).
Estes são alguns passos fundamentais
para o tratamento da desobsessão. Entretanto, é muito importante lembrar que a
reforma íntima, a mudança de seus pensamentos e de suas atitudes para com o
próximo e consigo mesmo é fundamental.
Em muitos casos, ao final do
tratamento, os obsessores evoluem e em gratidão ao auxílio que tiveram (graças
a atitude do obsidiado de procurar ajuda para ambos) tornam-se grandes amigos,
ou até mesmo grandes protetores do ex-obsediado.
Portanto, é muito importante que o
obsessor não seja tratado como um inimigo, mas sim como um irmão que necessita
de auxílio.
CEC- Centro Espirita da Consolação.
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