Espíritos
ignorantes existem por toda parte, sejam encarnados ou desencarnados,
e muitos estão disponíveis para praticar maldades em troca de
alguma compensação. Se, por um lado, nos protegemos dos encarnados
mal-intencionados, trancando as portas de nossas casas, pagando a
porteiros, vigias ou tendo cães de guarda, também existe uma
maneira eficaz de nos protegermos dos Espíritos desencarnados que
desejam fazer mal a nós ou àqueles a quem amamos. Melhor que isso,
o modo que temos de nos defender da ação dos desencarnados
mal-intencionados é muito mais seguro, pois jamais falha .
469.
Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus
Espíritos?
“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: ”Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”
Que
modo é esse que temos para nos proteger? Sincronizarmo-nos com a
proteção dos bons Espíritos, através do amor em ação, também
chamado de caridade, e da prece. Ao contrário de alarmes ou cães de
guarda, os primeiros destituídos de inteligência própria e os
segundos ainda desprovidos de uma consciência plena e, desse modo,
passíveis de ser enganados por encarnados mal intencionados
inteligentes, os bons Espíritos que podem nos proteger dos
desencarnados com más intenções são muito mais sábios do que
esses e, portanto, jamais serão enganados por eles.
Mas
será tão simples assim nos livrarmos das influências negativas do
plano espiritual? Nem tanto quanto parece, é o que o entendimento da
Doutrina nos ensina. Vejamos o que nos dizem os instrutores
espirituais em O Livro dos Espíritos:
467.
Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram
arrastá-lo ao mal?
“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”
“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”
468.
Renunciam às suas tentativas os Espíritos cuja influência a
vontade do homem repele?
“Que querias que fizessem? Quando nada conseguem, abandonam o campo. Entretanto, ficam à espreita de um momento propício, como o gato que tocaia o rato.”
“Que querias que fizessem? Quando nada conseguem, abandonam o campo. Entretanto, ficam à espreita de um momento propício, como o gato que tocaia o rato.”
“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: ”Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”
Como
vemos, tudo o que precisamos fazer é praticar continuamente o bem e
por o tempo todo a nossa confiança em Deus. Fácil, não? Antes
fosse! O que nos aconselham os Espíritos, como pais amorosos a nos
apontar o caminho, mas sabedores de nossas deficiências, é que
saibamos ser espíritas as vinte e quatro horas do dia. Que saibamos
ser espíritas verdadeiros, sendo pacientes, tolerantes, amorosos e
positivamente atuantes no bem, tanto em casa, junto à família,
quanto no trabalho, com os colegas, sejam eles subordinados, iguais
ou superiores e na rua, com desconhecidos de toda a espécie. Ë
evidente que iremos falhar, pois, afinal, ainda somos Espíritos
ignorantes. O importante, porém, é que nos esforcemos para melhorar
e que as vezes em que falharmos não nos façam desanimar,
permanecendo certos de que, na senda evolutiva, só se caminha para
frente.
“Mas
– poderíamos nos perguntar – sermos tolerantes e pacientes com
aqueles que nos tratam bem é fácil, mas como podemos ser pacientes
e positivamente atuantes no bem junto àquele familiar que só fala
mal de nós ou àquele colega que nos prejudica e ofende?”
Primeiramente, responderíamos, aprendendo a não nos afetarmos com
ofensas, conscientes de que, se o que falarem de nós for verdade,
estarão nos ajudando a nos corrigir e, se for mentira, aqueles que
nos conhecem não darão crédito e os que nos desconhecem não
saberão de quem se fala. Mas não basta não nos melindrarmos com
ofensas, devemos, após atingir tal fase, evoluir para aprender a
utilizar o momento da ofensa em benefício do ofensor e dos demais
presentes, de forma direta, o que implicará em benefício a nosso
favor, de forma indireta. Se recebermos em público uma ofensa
poderemos, então, usar do momento para, sem nos revoltarmos,
aceitarmos a ofensa e dela nos servirmos com sabedoria e equilíbrio
para dar ensinamento válido ao ofensor e às demais pessoas
presentes através de nossas palavras e atitudes.
Quando
nos esforçamos, dia após dia, para melhorar nosso comportamento e
enobrecer nossas idéias, os Bons Espíritos nos auxiliam o tempo
todo com sua inspiração. Sábios e amorosos, eles sabem o quanto
ainda erramos, estando sempre a postos para nos guiar, bastando para
tanto que sintonizemos com eles ao orarmos ou agirmos no caminho do
bem. Sejamos, pois, humildes de espírito, reconhecendo nossas
franquezas, mas empenhando nossa força de vontade para superá-las,
certos de que jamais estamos sozinhos.
Bibliografia:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 76 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 76 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995.
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