Considerada
pelos especialistas como o Mal do século XXI, a depressão já atinge cerca de
15% da população mundial. A depressão é um estado d'alma que tem como causa
diversos fatores. Mas o principal deles, e muitas vezes ignorado pelos
especialistas, está radicado no cerne do Espírito imortal.
O Espírito
eterno é herdeiro de si mesmo. Pela Lei de Causa e Efeito ele traz, ao nascer,
as experiências acumuladas ao longo dos milênios.
O que
geralmente ocorre é que o Espírito que se reconhece culpado cria,
inconscientemente, um mecanismo de autopunição. Sabe que infringiu as Leis
Divinas e por isso não se permite ser feliz.
Assim, nos
porões da consciência, o que Freud chama ID, estão esses clichês mentais que
muitas vezes são causadores de depressões graves.
Por essa
razão, nem sempre é possível reverter esse mal sem uma ação profunda e efetiva,
nas raízes do problema. O que acontece, muitas vezes, é que, sem se aperceberem
da gravidade da enfermidade, muitos pais fortalecem as bases da depressão nos
primeiros anos de existência dos filhos, adotando um comportamento inadequado.
Quando a
educação se baseia principalmente em questões materiais, visando uma projeção
social e a abastança financeira do ser, geralmente está se criando fortes bases
para que a depressão possa se instalar.
Um exemplo
simples está no fato de pais e educadores massificarem a ideia de que o sucesso
é de quem consegue um lugar de destaque na sociedade.
E que vencer
na vida significa ter um cargo importante e dinheiro sobrando.
Desde
pequena a criança aprende a fazer cálculos, ouve falar em investimentos
financeiros, juros, aprende a comparar seus brinquedos com os do amigo, o carro
do pai com o carro do vizinho, etc.
É iniciada
desde cedo num mundo de competições, de concorrências, de incentivo ao ter em
detrimento do ser.
Por tudo
isso, quando essa criança se torna adulta e mergulha numa profissão, não está
preparada para lidar com as emoções e fraquezas que trouxe consigo de outras
eras.
Saberá muito
bem calcular o quanto seu colega ganha mais do que ele, mas não subtrair uma
simples ofensa do companheiro de trabalho.
Saberá lutar
pela primeira posição na empresa, mas não tolerar a mínima frustração de um
afeto não correspondido.
Conseguirá
traçar metas brilhantes para elevar os lucros da empresa, mas não vencer o
abismo que o distância dos entes queridos.
Criará
estratégias eficientes para elevar-se na hierarquia, galgando postos de
relevância, mas não compartilha a mínima tarefa em equipe.
Quando não
consegue nenhuma dessas façanhas que julga importantes, frustra-se e
acredita-se imprestável, impotente, inútil.
E, no final
de tudo, aparece a depressão. Esse mal que tem origem nas raízes do ser imortal
e que é causa de muitas desgraças nos dias atuais.
Outro ponto
falho é deixar de passar às crianças a ideia de Deus como um Pai amoroso e
justo, além de extremamente misericordioso.
Se ele
cresce com a certeza da existência de Deus e do Seu amor, saberá confiar e
alimentar a esperança de dias melhores, mesmo tendo que enfrentar algumas
noites sem estrelas.
A criatura
que crê em Deus jamais se desespera, mesmo sabendo-se devedora das leis que
regem a vida, pois tem a certeza de que Deus não quer o castigo nem a morte
daquele que dá um passo em falso.
Sabe que
Deus deseja, tão somente, que acertemos o passo no compasso das Suas soberanas
leis.
Se o seu
coração lhe diz que você já tropeçou antes, e as feridas abertas em sua alma o
impedem de ser feliz, é momento de parar um instante para refletir.
É o momento
de abrir a alma ao Criador, reconhecendo os atos insanos e rogar o Seu perdão
em forma de oportunidades para refazer o caminho.
Certamente
ouvirá a resposta do Pai amoroso a lhe dizer com suavidade:
Filho, cada
dia que amanhece é a renovação da Minha confiança na sua redenção, no seu
aprendizado, no seu progresso, como filho da luz que é.
E enquanto
houver dias amanhecendo, você saberá que o convite do Criador está se repetindo
ao seu coração de filho bem-amado.
Redação do Momento Espírita
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