O nome
"Esperança" foi escolhido por causa do momento em que vivemos na
Terra. Todo o sofrimento da transição do estágio de "provas e
expiações" para a "regeneração" se reflete na necessidade de
renovação de atitudes, da educação dos sentimentos. Dessa forma, muitos
espíritos com dificuldade do auto enfrentamento adoecem e caem na desesperança,
no desânimo de não conseguirem progredir. Diz Cícero Pereira (1): "Somente
a esperança é capaz de acender na alma o desejo de galgar os degraus da
caminhada humanizadora, ante os golpes cruéis da dor." ("Lírios de
Esperança", cap. 18, pag. 182, 9ª. Ed).
Sobre o
"Hospital Esperança", escreve o espírito Manoel Philomeno de Miranda
(2) pela psicografia de Divaldo Pereira Franco em "Tormentos da
Obsessão":
"Diante
da massa imensa de desesperados que haviam conhecido as diretrizes para a
felicidade, mediante o serviço dignificante e restaurador dos ensinamentos de
Jesus, mas que preferiram os jogos doentios dos prazeres exorbitantes, o
missionário compadecido (Eurípedes Barsanulfo), buscou o apoio de Benfeitores
do mais Alto, para que conduzissem a Jesus uma proposta sua, caracterizada pelo
interesse de edificação de um Nosocômio Espiritual, especializado em loucura,
para aqueles que desequilíbrio apresentassem após a morte do corpo físico, e
que também serviria de Escola viva, como igualmente de laboratório, para a
preparação de suas reencarnações futuras em estado menos doloroso e com
possibilidades mais seguras de recuperação." (cap. 2 , pág. 32, 8ª. Ed.).
Também o
espírito Cícero dos Santos Pereira escreve na obra "Lírios de
Esperança", do espirito Ermance Dufaux (3) e psicografada por Wanderley
Soares de Oliveira:
"O
Hospital Esperança é uma obra de amor, erguida no plano espiritual por
Eurípedes Barsanulfo, cujo objetivo é prestar abrigo e orientação aos
seguidores do Cristo que não conseguiram ou não quiseram adotar o compromisso
da vivência da Sua mensagem de amor. São as almas mais facilmente aliciadas
pelas furnas da maldade em razão da disputa do gênio do mal com o Cristo. Os
mentores de Mais Alto que avalizaram o projeto foram Agostinho de Hipona e João
Evangelista entre outros integrantes da Equipe do Espírito da Verdade. Sob
convocação direta do Cristo, Eurípedes foi chamado, antecipadamente, em sua
reencarnação gloriosa, para erguer este ponto de pacificação para almas
atormentadas pelo arrependimento tardio ante as clarinadas do Evangelho."
(cap. 18, pag. 178, 9ª. Ed.).
Na entrada
do pavilhão central do "Hospital Esperança" está escrito o principio
fundamental "Fora da Caridade não há salvação", lembrando sempre do
Amor nas tarefas de socorro aos necessitados.
O
"Hospital Esperança" tem ligações com o Brasil há muito tempo:
"A
"Casa de Eurípedes", em suas origens está intimamente ligada à
história do Sanatório Espírita Uberabense, fundado pela família de D. Maria
Modesto Cravo. O Hospital Esperança faz parte do Planejamento de Espírito
Verdade no transporte da árvore do Evangelho para o Brasil. Logo depois de
lançadas as bases da doutrina em plena França positivista, o Espírito Verdade
trouxe as sementes doutrinárias para esse rincão que, há esse tempo já estava
predestinado, há quase 400 anos, em se tornar o celeiro da mensagem cristã à
luz da imortalidade... O Sanatório Espírita Uberabense foi inaugurado em 31 de
dezembro de 1933. Na erraticidade, Eurípedes lança as sementes do Hospital
Esperança em plena década 30. O entrelaçamento desses núcleos de amor e
redenção foi cada dia se estreitando, a ponto de tornar-se o primeiro núcleo
avançado de ligação do Hospital Esperança com a Terra." (cap. 18, pag.
181, 9ª. Ed.).
Além de
Eurípedes Barsanulfo, encontramos Dr. Bezerra de Menezes, Dr. Inácio Ferreira,
Prof. Cícero Pereira, Dr. Odilon Fernandes, D. Maria Modesto Cravo e Ermance
Dufaux dedicando-se ao trabalho nesse santuário de Amor.
(1) Cícero
dos Santos Pereira: Nasceu em 14 de novembro de 1881, em Gorutuba, Minas
Gerais. Exerceu o magistério, foi guarda-livros, taquigrafo e bacharel em
direito. Foi presidente da União Espirita Mineira (1937-1940) e fundador de
vários centros espíritas em Belo Horizonte e Montes Claros. Foi um dos
fundadores do "Abrigo de Jesus", instituição espírita de amparo à
criança carente, em Belo Horizonte. Foi colaborador da imprensa espírita,
especialmente "O Espírita Mineiro". Desencarnou em 04 de novembro de
1948 em Belo Horizonte.
(2) Manoel
Philomeno de Miranda: Nasceu em 14 de novembro de 1876, em Jangada, município
do Conde, na Bahia. Foi curado pelo médium Saturnino Favila em 1914 e
converteu-se ao Espiritismo. Conheceu Jose Petitinga em Salvador e exerceu
vários cargos na União Espírita Baiana, sendo eleito presidente após a
desencarnação de José Petitinga. Dedica-se às questões da obsessão e
desobsessão.
(3) Ermance
Dufaux: Ermance de La Jonchére Dufaux nasceu em 1841 na cidade de
Fontainebleau, França. Colaborou na posição de médium nas atividades
doutrinárias com Allan Kardec, contribuiu na elaboração da segunda edição de
"O Livro dos Espíritos" (1860) e ainda, com sua mediunidade
psicográfica, escreveu, junto do Espírito Joana D'arc, a obra "A História
de Joana D'arc Ditada por Ela Mesma". Em vários pontos das edições da
Revista Espírita, publicação mensal que Kardec iniciou em 1858 com a finalidade
de divulgar mais amplamente o Espiritismo, o codificador menciona o trabalho de
Ermance, muito jovem na época, como médium. Na posição de autora espiritual,
Dufaux vem desde 2000 colaborando na elucidação de algumas facetas doutrinárias
do Espiritismo, especialmente aquelas que dizem respeito ao relacionamento dos
espíritas e à reforma íntima do ser humano.
Ana Maria Teodoro
Massuci.
Projeto
Cornélio Pires (Divulgando o Espiritismo no Brasil).
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