A medicina
tem se valido, cada vez mais da possibilidade de aumentar o tempo de vida das
pessoas, através da utilização de partes do corpo ou de transplantes de pessoas
que venham a falecer. Há registros de transplantes em várias épocas, na Índia,
há dois mil anos ou mais, tem-se notícias de transplantes autógenos, para
reparo de mutilações de nariz, orelhas e lábios. Os cirurgiões de Alexandria já
tratavam de problemas de lesões na fase e em outras partes do corpo, através de
transplante de pele.
Sem dúvida,
é uma atitude louvável a possibilidade de, através da doação de partes de um
corpo, que nenhuma serventia terá ao seu proprietário, permitir que alguém
possa ter a oportunidade de ter a sua vida prolongada. “Isso sem dúvida é
caridade para com o próximo”.
Entretanto,
uma série de dúvidas e perguntas surgem junto a todos em relação ao conceito de
morte, a família, ao espírito, a religião e outros fatores. Do ponto de vista
médico-jurídico, o conceito de morte vem sendo muito discutido, tendo-se
chegado a um consenso do conceito de morte encefálica, quando as estruturas
vitais do cérebro estão irremediavelmente lesadas, o exame mostra a ausência de
atividade elétrica cerebral, esse é um dos métodos de comprovação da morte.
Mas como
fica a situação do espírito do doador?
R: Essa é
uma dúvida que assalta muitas pessoas, vamos dar alguns exemplos: quando uma
pessoa doa as córneas (olhos), essa pessoa não retorna ao mundo espiritual sem
enxergar, se fosse assim, como seria, aquelas pessoas que foram consumidas pelo
fogo? Voltariam a pátria espiritual como? só cinzas??? E aquelas pessoas que
foram desintegradas numa explosão?
Não há o que
se preocupar, pois a remoção de órgãos em nada afeta o corpo perispiritual,
sendo que, muitas vezes até beneficia o espírito doador, pela possibilidade que
proporciona, recebendo á alegria e a gratidão do receptor do órgão e de seus
familiares.
Numa
operação de transplante de órgãos é necessária a presença de duas equipes
médicas: uma material e outra espiritual, cada uma executando a sua parte e,
por assim dizer, complementando-se uma à outra. Enquanto a equipe médica
material trabalha nas ligações das estruturas dos tecidos do órgão doado ao
corpo material do paciente receptor, a equipe médica espiritual providencia as
conexões dos “fios fluídicos” do perispírito* do transplantado, na região do
órgão que foi doado, às respectivas células materiais do seu novo órgão. Se o
perispírito do paciente transplantado não se adaptar convenientemente à nova
porção de matéria do órgão que foi doado, haverá a rejeição, pois ele deixa de
receber os influxos vitais irradiados pelo Espírito e transmitidos ao corpo
carnal via perispírito.
Nota-se, que
a equipe médica espiritual atua no perispírito do receptor buscando aliviá-lo
das impressões fluídicas existentes, possibilitando, assim, reduzir problemas
de inaptidão do órgão a um novo organismo.
Nota: -
Perispírito* - O homem compõe de três elementos: o corpo ou ser material,
composto das partículas materiais idênticas á aquelas utilizadas na constituição
fisiológica de todo o animal; A alma, ser inteligente, imaterial, ou espírito
encarnado no corpo, e o Perispírito, laço fluídico que prende a alma ao corpo,
principio intermediário entre matéria e espírito. A função do perispírito :
quando encarnado, é o intermediário entre o espírito e o corpo físico, tendo
como função, transmitir as sensações do corpo para o espírito e as impressões
do espírito para o corpo.
O Espírito e
o corpo carnal, são de naturezas totalmente opostas. No transplante quando o
órgão é retirado, leva com ele o conteúdo energético, que, sendo estranho ao
organismo transplantado, pode ser chocante, portanto, não basta apenas harmonia
e semelhança do ponto de vista físico, mas, também do perispiritual, quando
maior essa identidade, menor a chance de rejeição.
O veículo
físico de matéria palpável, não deixa de ser energia, mas é energia
concentrada, pesada; já o Espírito, ser pensante, é sutil e embora ainda não
conhecemos a sua estrutura íntima, percebe que é algo como um foco irradiante,
uma fonte poderosa de energia vibrátil.
Dois corpos
tão diferentes na sua essência, só podem ser conectados por um outro de textura
intermediária - O PERISPÍRITO -, constituído de fluido semi-material,
geralmente mais fluídico do que material. O perispírito é como se fosse um
conjunto enorme de pequenas “algemas fluídicas”, que aprisionam o Espírito à
matéria, célula a célula, elemento a elemento, cuja libertação plena só
acontece com o fenômeno da morte.
Os corpos
carnais das diferentes pessoas são exatamente iguais, pois são compostos dos
mesmos elementos químicos oriundos da terra (cálcio, ferro, alumínio, zinco,
etc.), qualquer que seja a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos que
os habitam temporariamente. Com o perispírito já não é assim. A natureza do
envoltório fluídico do Espírito guarda uma relação íntima com o grau de
adiantamento moral do Espírito. Para os Espíritos inferiores, seus perispíritos
são tão grosseiros que chegam a ser confundidos com o próprio corpo carnal. Os
Espíritos mais elevados, no entanto, possuem os perispíritos bem mais
purificados.
Como
sabemos, que o perispírito dos Espíritos não são iguais, variando de textura,
de acordo com a sua pureza fluídica, em consonância com o adiantamento moral
dos Espíritos, é fácil imaginar que poderá haver maior ou menor facilidade na
adaptação do órgão transplantado ao corpo do receptor, na medida em que os
perispíritos dos dois Espíritos (doador e receptor) sejam mais ou menos
semelhantes em grau de pureza. Embora as ligações fluídicas perispirituais do
doador do órgão já estejam desatadas, em consequência do fenômeno da morte, que
recentemente ocorreu, é natural que as células materiais do órgão doado,
guardem, por algum tempo, uma certa porção de fluidos, isto é, um certo reflexo
da natureza fluídica do perispírito ao qual esteve até então jungido e ao
receber agora uma fixação fluídica perispirítica de outra natureza, poderá
ocorrer um choque, de maior ou menor intensidade, que perdurará por um certo
tempo, até que sejam totalmente dissipadas do órgão doado, as influências
residuais dos fluidos perispirituais do Espírito doador.
Tal situação
pode se agravar, caso o Espírito do doador, seja mais materialista do que
espiritualista e esteja ainda muito apegado à matéria, inclusive ao próprio
corpo carnal. Neste caso o Espírito pode se revoltar ao ver os seus órgãos
serem retirados do seu cadáver e transplantados para outras pessoas, podendo
causar até mesmo angústia no desencarnado que, eventualmente, poderá repassar
esta angústia para o paciente transplantado, que assim não passará bem.
Para os
Espíritos desprendidos da matéria, já mais espiritualizados, a doação de seus
órgãos materiais será melhor compreendida e mesmo entendida como uma caridade
prestada aos seus Irmãos que passam a se beneficiar de alguns órgãos materiais
que para o doador morto não têm mais nenhuma serventia.
Lembre-se de
quantas pessoas poderíamos estar salvando ou até mesmo aumentando a sobrevida
daqueles que necessitam tanto de um órgão?
Ana Maria
Teodoro Massuci. Fonte:
Freddy Brandi,
CEI( Centro
Espírita Ismael)
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