Como ficamos
quando os nossos entes amados se vão e como os afetamos mesmo que
indiretamente?
A primeira
parte da pergunta é muito fácil de ser respondida: nós ficamos muito tristes.
Isso é um fato. Muitos são os sintomas que podem ser vivenciados profundamente
por cada um de nós: a saudade bate, arrependimentos se fazem presentes, a culpa
por atitudes impensadas martela o nosso coração...
Na maioria
das vezes, sentimos um vazio em nossas vidas que, a cada dia, nos faz lembrar
que alguém deixou de estar conosco. Então, nós sofremos: sofremos pouco,
sofremos muito, sofremos bastante... depende de cada um de nós.
Pensamos o
quanto fomos vitimados por aquela situação dolorida que nos arrancou de nosso
meio a presença de alguém que nos era muito querido, quase essencial.
Mas, em
nosso egocentrismo pensamos que somente nós sentimos saudade. Esquecemos que
não existe morte e que, do outro lado da vida, aqueles que são alvo de nossa
saudade também a sentem e com intensidade.
Esquecemos
que, se eles estão vivos, também estarão sentindo a mesma ausência, a mesma
saudade, a mesma dor por terem tido a necessidade de se ausentar de uma vida
que, em muitos casos, nem queriam perder.
O
interessante, todavia, é que as nossas emoções não se fixam somente em nós,
estejamos nós no plano material ou espiritual. O amor nos liga ao ser amado
aonde quer que ele se encontre.
Vamos
pensar: se estamos o tempo todo em constante ligação energética com quem
amamos, imaginem se estivermos (desencarnados) fixados em alguém (encarnado)
que está portando sentimento de tristeza, de saudade, de arrependimento e de
culpa que foram construídos pela nossa ausência (no desencarne)? Imaginem que
pudéssemos sentir tudo isso com muita intensidade! Se não é fácil lidar somente
com as nossas dores, imagine nos depararmos com a dor que “provocamos” em
alguém que amamos. Pois é o que acontece! Quando estamos no plano extrafísico,
as emanações energéticas exacerbadas de nossos entes encarnados chegam a nós
com intensidade e são quase audíveis.
Por isso, se
amamos a quem se foi, temos que tomar cuidado com os sentimentos que
alimentamos. Porque sentir é uma coisa, alimentar esse sentimento é outro bem
diferente.
Para todo
espírito que desencarna e que se encontra em um equilíbrio razoável (segundo a
sua própria evolução), existe uma proteção natural que o isolará dos
sentimentos normais de saudade dos entes que ficaram, dando-lhe a oportunidade
de uma adaptação à sua nova etapa de vida.
O problema é
quando não acontece assim. O espírito pode chegar portando algum nível de
desequilíbrio que somado ao fato dos seus entes amados estarem sofrendo
devastadoramente, fazem com que ele não consiga lidar bem com o seu retorno às
esferas espirituais.
Ele pode
sentir que precisa ajudar aos seus e, por uma escolha muito equivocada, desejar
estar com eles nas esferas carnais. Imediatamente, ele se desloca para junto
dos seus amados, fazendo com que todos entrem num processo prejudicial de
influenciação.
Se não ficou
claro, eu explico: todo espírito é livre para fazer o que quiser e, no plano
espiritual, estará onde ele mais se identifica. Se ele deseja estar com os seus
entes queridos, ele poderá se deslocar para junto deles. Mas, o problema é que
ele não sabe o que fazer, porque ainda não se adaptou ao plano etéreo.
Então, em
decorrência de uma postura de sofrimento exagerada adotada pelos próprios entes
encarnados, inicia-se um processo obsessivo destes junto ao desencarnado,
escravizando-o e alimentando uma ligação dolorosa de sofrimento mútuo.
Vê-se,
portanto, que esse processo de influenciação pode partir dos encarnados. E isso
em razão da ignorância daqueles que amam, mas que não conseguem amar
livremente. Não conseguem libertar o alvo de seu amor, por acreditar que eles
(encarnados) somente serão felizes ao lado daquele que se foi. Não conseguem
entender que amar é libertar, é aceitar os desígnios de Deus, quando chega o
momento em que os seres que se amam precisam se distanciar por algum tempo. Não
acreditam que a ponte de amor que os une é forte para jamais se romper.
Por isso, precisamos ficar atentos aos nossos
sentimentos desequilibrantes, seja para dar alento ao coração daquele amado que
se distanciou, seja para que possamos aprender o melhor desse momento doloroso
e trazermos paz ao nosso próprio coração.
Por incrível
que pareça, a saudade é um sentimento importante em todos os seres, mas que
quando em exagero, nos traz sofrimentos incalculáveis.
Se não
sentíssemos saudade, não daríamos a devida importância àquela pessoa em nossa
vida. Mas, para o nosso próprio bem, cabe a nós compreendermos que essa saudade
deve caber em nosso coração. Se for maior do que ele, nos sufocará, bem como
sufocará o ente amado que a sentirá com todas as dores construídas por nós e que
a ela (saudade) forem somadas.
Portanto,
acreditemos que somos capazes de viver a vida com a lembrança saudosa dos
nossos entes queridos. Assim, estaremos construindo um futuro de felicidade
para nós e para eles, dando-nos a condição de quando chegar a nossa vez de
viajar para o outro lado, estejamos aptos para sermos recebidos com louvor por
estes seres tão amados.
- Adriana
Machado
Não pode ser bem assim. Desencarnados somos protefidos dessa "liberdade" de virar e assobracao.
ResponderExcluirArtigos como esse - que, inicialmente, ate iria enviar para uma senhora que acabou de seoarar-se do marido, com quem viveu 70 anos - não consolam. E o que estudei da Doutrina me diz que ela e, antes de tudo, CONSOLAÇÃO.
HÁ QUE SE TER MUITO CUIDADO E ÉTICA AO SE ELOCUBRAR IDEIAS A RESPEITO DESSE INTERREGNO.
eu sempre li que era assim mesmo, só que eu nunca consegui exercitar isso.... só agoora....depois de muitos anos que minha mãe fez a passagem....
ExcluirNa prática é muito mais difícil ne?? Perdi minha mãe devido ao cancer, faz 2 meses. E a saudade parece aumentar cada dia não conseguindo controlar a tristeza.
ExcluirCorrecCo de palavras, por favor.
ResponderExcluirMinha mãe se foi, sinto tanto a falta dela. Não consigo me controlar. Mas não quero prejudicar minha querida mae.
ResponderExcluirSinto muita saudade do meu marido faz 3 meses que desencarnou tento me controla mas meu coracao fala mais alto so queria um a deus e um sorriso pra arrancar essa dor do meu peito sei que ele esta em boas maos mais fico na esperanca de uma comunicacao dele so isso ai eu fico empaz mais para isso o mentores precisa dar ordem praele falar ne so isso que queria mais nada
ResponderExcluirFaz 3 meses que minha mãe fez a passagem ,mais sinto muita falta dela ,éramos mae filha e amiga gás inseparáveis ,dói de mais !
ResponderExcluirFaz 3 meses da passagem da minha mãe ,sinto muita falta dela,éramos mãe,filha e amigas inseparáveis,doi demais!
ResponderExcluirdoi demais, é muito difícil, perdi meu filho tem 4 anos e 8 meses, e sofro demais, choro, tem dias que me desespero!
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