Alguns fatos
importantes :
1 - Vivendo
em um País de maioria cristã acreditamos na continuação da vida após a morte.
2 - Como
pessoas inteligentes e observadoras, sabemos que cada dia que passamos nos
deixa mais próximo do plano espiritual.
3 - Sem
dúvida, caminhamos nesse mundo rumo ao desencarne.
Porém, essa
certeza e todos os conhecimentos já adquiridos pelo homem nem sempre são
suficientes para acalentar o coração frente a dor da perda de um ente querido.
Uma pergunta
óbvia. Porque a morte do corpo físico é vista de forma tão dolorosa pela
maioria das pessoas? A resposta é complexa, mas alguns pontos podem ser
destacados.
Há um
atavismo religioso importante, onde a morte é encarada como perda, como
derrota, como fraqueza e não da forma verdadeira, ou seja, o retorno para a
vida real, da onde saímos antes de reencarnar.
Engraçado
pensar que a cada ciclo de nascimento e morte ocorrem situações diversas nos
dois planos da vida. Senão vejamos: antes de renascer na Terra, vivemos em
espírito no mundo espiritual, fazemos compromissos, planos, cultivamos
amizades, amores, etc... No momento do nosso nascimento sentimos medo,
insegurança, e todos os nossos amigos do plano espiritual se emocionam com a
nossa vinda, antecipando a saudade da separação temporária. Na Terra é o
inverso. Há festa, alegria, regozijo.
Quando
desencarnamos o contrário acontece. Os daqui choram e os de lá celebram.
Muito do
sentimento de dor e perda vem do desconhecimento da vida espiritual. Porém essa
situação poderia ser rapidamente revertida se houvesse interesse real das
pessoas em aprofundar em temas sobre os quais a doutrina espírita vem falando
há décadas. Exemplo maior disso é o livro Nosso Lar, psicografado por Chico
Xavier em 1940 e que agora vai estrear nos cinemas brasileiros com a promessa
de se tornar um blockbuster.
Quando o
desencarne nos afasta temporariamente de alguém querido, somos guiados pela dor
e pelo medo da incerteza e isso nos mostra um futuro sem sentido e obscuro. A grande
verdade porém é que podemos e devemos fazer diferente. Esse caminho porém não
pode e não deve ser trilhado sozinho. É necessário a verdadeira humildade para
encararmos de frente nossa dificuldade e pedir ajuda. Ajuda a Deus, aos amigos,
aos que amamos, expor de forma verdadeira e sincera as nossas angústias e
aceitar ser ajudado.
Na prática
clínica do dia a dia vemos pactos inconscientes de infelicidade entre os que
ficaram e os que foram para o outro plano. É como se dissessem, porque você
"morreu" não posso mais ser feliz. Outro fato digno de nota é que
muitos sofrem calados, achando que os que estão ao seu lado, sofrem mais que
ele e não suportariam mais esse sofrimento. Ledo engano. Nada é mais maldoso do
que julgar as pessoas que estão ao nosso lado como incapazes de suportar
conosco os problemas.
Muitas
pessoas se culpam por enfraquecerem frente a esse tipo de sofrimento, como se
isso fosse coisa de gente sem fé e sem conhecimento religioso. A verdade é que
nessa luta diária pela nossa evolução espiritual, cada um luta com as armas
(qualidades) que tem e manifesta as dificuldades de forma diferente.
"Conhecereis
a verdade e ela vos libertará!" Não tenha medo de enfrentar essa
dificuldade, avance no crescimento espiritual, procure pessoas que possam te
auxiliar, leia sobre o assunto, abra sua mente para um conhecimento que pode
ser libertador. Não faça pactos com a tristeza. Lembre-se que acima de todos
nós, Deus nos governa baseado nas leis do amor. AMOR! Tudo está certo, na hora
certo, do jeito certo. Se ainda não entendemos, isso só nos mostra o quanto
somos ignorantes e pequenos. Mas o amor de Deus continua ao nosso alcance.
Paz e luz!
Postado por
Sérgio Vencio – Blog-Medicina e Espiritualidade
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