Depois da
morte do corpo: A frase amiga que houvermos proferido no estímulo ao bem será
um trecho harmonioso do cântico de nossa felicidade. A opinião caridosa que
formulamos acerca dos outros converter-se-á em recurso de benignidade da
Justiça Divina, no exame de nossos erros. O pensamento de fraternidade e
compreensão com que nos recordamos do próximo transformar-se-á em fator de
nosso equilíbrio. O gesto de auxílio aos irmãos de nosso caminho oferecer-nos-á
farta colheita de alegria.
Mas,
igualmente, além do túmulo:
A
maledicência que partiu de nossa boca será espinheiro a provocar-nos
dilacerações de ordem mental.
A nossa
indiferença para com as amarguras do próximo nos aparecerá por geada
desoladora.
A nossa preguiça surgirá por gerador de inércia.
A nossa
possível crueldade exibirá, na tela de nossas consciências, a constante
repetição dos quadros deploráveis de nossos delitos e de nossas vítimas,
compelindo-nos à demora em escuras paisagens purgatoriais.
A morte é o
retrato da vida.
A verdade
revelará na chapa do teu próprio destino as imagens que estiveres criando,
sustentando e movimentando no campo da existência.
Se desejas
alegria e tranquilidade, além das fronteiras de cinza do sepulcro, semeia,
enquanto é tempo, a luz e a sabedoria que pretendes recolher, nas sendas da
ascensão espiritual.
Hoje -
plantação, segundo a nossa vontade.
Amanhã -
seara, conforme a Lei.
Se agora
cultivamos a treva, decerto encontraremos, depois, a resposta respectiva.
Se, porém,
semearmos o amor e a simpatia onde nos encontrarmos, indiscutivelmente, mais
tarde, penetraremos a luz e a beleza da imortalidade vitoriosa.
EMMANUEL -
Livro Plantão de Paz - Chico Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário