Não pensemos
que só existem obsessores que nos procuram por vingança. Por outros motivos
também. Um motivo que tem nos chamado à atenção, e dito pelos próprios
obsessores, é que eles são chamados às nossas presenças por nós mesmos. Mas,
como?
Vejamos os exemplos
que nos esclarecem. Há alguns anos atrás dirigíamos uma reunião prática na
cidade de Araçatuba, quando um médium ficou envolvido por um espírito muito
agitado. E, entre outras coisas, dizia com muita convicção, que ele ia a muitos
lares, incontáveis, pois “eles me chamam”. Querendo saber como, ele disse,
pelos palavrões, pelos gritos, pelas brigas. Alimento-me destas vibrações, é
como se uma força irresistível me puxasse para lá.
No final de
outubro de 2006, orientávamos um espírito que fora trazido de um lar onde
permanecia sem nenhuma razão, a não ser a de querer ficar no ambiente, por
gostar simplesmente.
Perguntamos
por que insistia em ficar lá e ele disse “porque ela me prende ali por seus
pensamentos, seus sentimentos, suas ações e me sinto bem lá”.
É importante
lembrar que os nossos pensamentos, sentimentos e atitudes geram energias. Se
forem bons, energias boas; se forem ruins, energias negativas que compõem a
nossa aura e impregnam o ambiente à nossa volta. No caso das vibrações
negativas, elas formam um ambiente propício para os espíritos desequilibrados,
doentes, perturbadores, desocupados, pois os semelhantes se atraem. Esta é a
lei da afinidade e da sintonia.
No livro
História do Espiritismo em Piracicaba e Região, de Eduardo Carvalho Monteiro,
existe um relato que comprova tal fato (o fato de atrairmos os obsessores):
Numa das
viagens de trem que fazia como palestrante espírita e representante do Jornal O
Clarim e Revista RIE, de Matão, João Leão Pitta, alguém o interrompe em sua
leitura e respeitosamente indaga se ele era o Sr. Pitta. Confirmado, o
desconhecido pede-lhe que o ajude a conversar com um parente ali presente,
“tomado“ por um espírito. Pitta, então inicia um diálogo com o espírito que
envolvia o jovem. Perguntado por que estava assediando o moço, a Entidade dizia
que “não queria aquilo, mas que o fulano era quem o atraia com seus vícios”.
Pitta argumentou com o Espírito: mas se você corresponde ao chamado, é porque
você está na mesma faixa mental que ele, porque semelhante atrai semelhante.
Não o atenda quando ele o chamar, que você passará bem e ele também.
Bem, podemos
ver, pelo exemplo, que nós encarnados também atraímos os espíritos infelizes,
quando nosso comportamento se assemelha ao deles, e não somente eles nos
procuram. Então a nossa responsabilidade é grande nas obsessões. Nunca algo
ocorrerá nesse sentido se não estivermos com a nossa parte de responsabilidade.
Em O
Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap.XXVIII, diz: Os maus espíritos pululam ao
redor da Terra, em conseqüência da inferioridade moral dos seus habitantes. Sua
ação malfazeja faz parte dos flagelos dos quais a humanidade é alvo neste
mundo...
Para se
preservar das doenças, fortifica-se o corpo; para se garantir da obsessão, é
preciso fortalecer a alma; daí, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar
pela sua própria melhoria, o que basta, o mais frequentemente, para livrá-lo do
obsessor...
Escrito por
Jairo Capasso-UNIÃO ESPIRITA DE PIRACICABA
Gostaria de saber mais sobre isso.
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