Ninguém quer
morrer. Nem mesmo aquele que está sofrendo de uma doença qualquer e que se
acha, por isso preso a um leito de dor. Ninguém aceita a morte. Nem mesmo o
espírita e o espiritualista, ou pessoa de qualquer religião. Apenas as pessoas
se conformam com ela, pois ela é a maior realidade deste mundo. Todos têm de
morrer. É uma das leis naturais mais certas. Realmente a perda de um ente
querido, seja parente ou amigo é dolorosa. Mas é o que a morte tem para
oferecer: a dor do momento. Há uma grande diferença entre aceitar uma coisa e
se conformar com ela. Mas isto não é assunto deste capítulo. Portanto,
deixemo-lo de lado. O que vamos falar aqui é da morte em suas duas
considerações, de acordo com a opinião ou a crença de cada um ou a maneira que
cada um tem de encarar a chamada Parca Invulnerável.
Existe uma
ciência que, por incrível e estranho que pareça, estuda a morte. Eu não conheço
a fundo essa estranha ciência. Apenas ouço falar dela e já houve até
(imaginem!) um congresso internacional dessa ciência! Mas, como o seu assunto é
igualmente coisa da qual ninguém quer falar, é claro que dessa ciência
realmente pouco se sabe. Ela chama-se Tanatologia, vocábulo que provém do
grego, onde Tanatos era o deus da morte na mitologia grega. Mas, vamos à
questão deste artigo.
Para muitos,
ateus ou não, leigos ou estudiosos, a morte é o fim. Segundo eles, com a morte
física e, portanto do corpo, tudo termina Se existe alma ou espírito, com a
morte também isso termina. Somente fica (e é claro!) a memória e a lembrança do
morto. Mais nada. Assim pensam também os materialistas deste mundo. Pois bem.
Mas, para
muitos outros e, principalmente religiosos, espiritualistas e espíritas e
muitos estudiosos, a morte não é o fim, mas uma passagem deste mundo físico,
visível, tocável para um outro não-físico, invisível e intocável, mas que nos
rodeia. Para muitos, esse “estranho” mas real mundo é o espaço infinito, ou o
“céu” como outros muitos acreditam. De qualquer maneira, para esses muitos
crentes e podemos dizer a maioria, quando morremos apenas nos transportamos
deste mundo físico e terreno para esse outro mundo não físico e portanto, espiritual.. É como
uma viagem qualquer, seja esta de negócios, de trabalho ou de passeio. Para
todos os crentes da espiritualidade, a morte simplesmente não existe no seu
sentido correto da palavra. Patrick Drouot, um escritor espiritualista francês
do século passado, escreveu um interessante livro sobre a espiritualidade, sob
o título de “Somos todos imortais”. Em francês, “ Sommes toutes immortels”,
editado em 1987.
A morte é
apenas a transposição não do corpo, pois este sendo matéria se desfaz, mas da
alma, do nosso espírito para uma outra dimensão inteiramente espiritual e eterna.
Velhos
filósofos bem antes de Cristo e do mundo pagão, já acreditavam que a morte não
era o fim, mas o começo de uma outra vida e que existia no homem uma alma
eterna e espiritual que deixava o corpo após a morte deste. Entre esses grandes
filósofos estavam Sócrates e Aristóteles. A morte é a maior justiça de DEUS.
Para Deus, todos são iguais. Não há preferidos, nem escolhidos. Não há reis nem
príncipes. Não há imperadores nem presidentes. Não há ricos nem pobres, nem
bons e nem maus. Todos passam pela mesma porta. Todos vão para o mesmo lugar. São reduzidos a
cinzas, ou simplesmente apodrecem sob sete palmos de terra. E nada levam!
O número de
pessoas que acreditam que a morte é o fim é muito pequeno e, a cada dia mais
pessoas saem dessa crença materialista para a crença de que a morte não é o
fim. A cada avanço da humanidade, a cada passagem do tempo, a cada etapa de
desenvolvimento da nossa inteligência e compreensão e do progresso científico e
tecnológico do mundo hoje tão globalizado, quando se desfazem ou morrem as
esperanças materialistas diante das dificuldades e das lutas de cada um ser
humano, mais se fortalece em cada espírito convertido a fé de que, de fato a
morte é sim apenas uma passagem. Só isso.
Fonte:
Correio Espírita
Dilson Nogueira,
Escritor, filósofo espiritualista e estudioso de assuntos sociais....
Nenhum comentário:
Postar um comentário