Quando
dormimos, nossa alma acorda. Não somos o nosso corpo, em essência, somos a
consciência que habita nosso corpo.
Quando
adormecemos o corpo, diminuímos o metabolismo físico, relaxamos a mente e com
isso permitimos que nossa consciência – que está sediada na alma – se desligue
temporariamente e viage pelos mais diferentes locais nas dimensões
extrafísicas.
DIFERENTES
ASSÉDIOS
Podemos
viajar na presença de nossos amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos
sintonizados em vibrações positivas. Nessa condição, normalmente quando
acordamos nos sentimos bem, realizados e felizes com a vida.
Podemos
também ser obsedados por espíritos sombrios, por bagunceiros do plano
espiritual, por desafetos de outras vidas e até por outros seres encarnados
também em projeção astral. Isso tudo depende da condição na qual vamos dormir.
E, no caso desses tipos de assédios – infelizmente muito comum – costumamos
acordar com diversas sensações ruins, como dores de cabeça, mal-estar, desânimo
pela vida, entre outros.
Podemos
ficar presos aos nossos corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada
por erros na alimentação e dessa forma, nem sairmos em projeção. Isso também
acontece quando estamos hiperativos mentalmente.
Nestes
casos, o que ocorre é que o corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa
consciência não se liberta por completo. Normalmente nessas situações, após o
período do sono, a pessoa relata que não conseguiu descansar direito e mesmo
depois de ter dormido por várias horas, não encontra uma sensação de plenitude
física e mental.
Durante o
sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais
tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de
existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se
afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo,
sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).
Outros
movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem
do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da
afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da
afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito
será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas
com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou
seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.
O lúbrico
terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios
grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa
encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se
encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão
cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.
Para esta
maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de
uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação
permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana
encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da
personalidade.
Para o
Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de
vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas
ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com
situações concretas. Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços
orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por
satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta
experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o
ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do
passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é
relativa ao grau de evolução do espírito.
Verifiquemos
três questões do Livro dos Espíritos, no capítulo VIII, perguntas: 400, 401 e
403.
P-400 “O
Espírito encarnado permanece de bom prazer no seu corpo material? – É como se
perguntasse a um presidiário, se gostaria de sair do presídio. O espírito
aspira sempre à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu
invólucro, quanto mais grosseiro é este.
P-401
“Durante o sono a alma repousa como o corpo? – Não, o espírito jamais está
inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços entre corpo e espírito e, ele se
lança pelo espaço e entra em relação com os outros espíritos sintonizados por
ele.
P-403 “Como
podemos julgar a liberdade do espírito, durante o sono? – Pelos sonhos.
O sono
liberta parcialmente a alma do corpo, quando adormecido o espírito se acha no
estado em que fica logo a morte do seu corpo.
O sonho é a
lembrança do que o espírito viu durante o sono. Podemos notar, que nem sempre
sonhamos. Mas, o que isso quer dizer? Que nem sempre nos lembramos do que
vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos. É que não temos ainda
a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes somente nos
fica a lembrança da perturbação que o nosso Espírito experimentou.
Graças ao
sono os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos.
As manifestações, que se traduzem muitas vezes por visões e até mesmo,
“assombrações” mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos. Elas
podem ser: uma visão atual das coisas, futuras, presentes ou ausentes; uma
visão do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro.
Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as
vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de
Espíritos bons, e para induzir-nos ao erro, à maledicência, às paixões, se são
Espíritos imperfeitos.
O sonho é
uma expressão da vida real da personalidade. O espírito procura atender a
desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse tempo de liberdade
temporária. Conforme o grau, tipo de sintonia e harmonia gerada pela afinidade
moral com outros Espíritos, direciona-se automaticamente para a parte do mundo
espiritual que melhor satisfaça essa sintonia e suas metas e objetivos, ainda
que não lícitos; e aí conta com amigos, sócios, inimigos, desafetos, parentes,
“mestres” etc.
Contamos
ainda com mais dois tipos de sonhos. O primeiro é o premonitório, quando se
toma algumas informações ou conselhos sobre algum acontecimento futuro. O
segundo é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o terror. É também
uma experiência real, porém, penosa; o sonhador vê-se pressionado por inimigos
ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofrer
castigos, que de fato são vivências provocadas por agentes do mal ou por
desafetos desta ou de outras vidas.
Aluney
Elferr Albuquerque Silva
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