Segundo a
Doutrina Espírita, todos os homens que empenham em seguir determinado caminho
têm ao seu lado o amparo espiritual daqueles, que, desencarnados, se propõem a
ajudar encarnados que têm o mesmo objetivo, crença ou propósito. Médicos,
Professores, atores, juízes, religiosos, todos contam com a parceria e
orientação, embora muito sutil, do plano espiritual. Quem nunca recorreu a um
amigo ou conselheiro para resolver determinadas questões? Para os médiuns não é
diferente, pois estão imbuídos do compromisso que assumiram antes da
reencarnação de servir de intermediário entre os dois planos da vida. E todos
eles, sem exceção, contam com a presença de um guia espiritual.
O papel de um mentor é muito parecido com o
trabalho de um professor. Quando se aproxima de um médium, é pela sintonia de
afinidade. E o seu papel, diferente do que muitos espíritos imaginam, não é o
de proteger o seu pupilo, mas sim orientar e ensinar. A proteção espiritual
fica a cargo dos espíritos protetores do médium, normalmente familiares e
amigos de outras existências, e, também, do anjo da guarda. A função do mentor
é exclusivamente de orientação espiritual. André Luiz os classifica como
grandes almas, pelo papel desempenhando junto aos homens. Estão muito ligados à
humanidade e certamente ainda têm a possibilidade de retorno à carne. Não sabem
tudo e estão empenhados em aprender e aprimorar seus conhecimentos para melhor
amparar os seus protegidos.
Um único médium pode ter mais de um mentor
e um único espírito pode amparar vários médiuns ao mesmo tempo. Chico Xavier é
o nosso maior exemplo: teve Emmanuel como guia por varias décadas de sua
existência, e contou também como a colaboração de várias outras entidades que,
em momentos diversos, o orientaram e guiaram os seus trabalhos. No caso de
Chico, estes espíritos sempre trabalharam com a supervisão de Emmanuel, que era
o mentor e orientador de toda a sua vida mediúnica, com o qual havia traçado
sua missão na terra.
A importância deles em nossa vida: “se que
as vejais, perambulam em vosso meio, atuam em vossos atos, sem que vossos
nervos visuais lhes registrem a presença. Edificante é observarmos o sacrifício
de tantos seres envolvidos que se consagram a sagrados labores, no planeta das
sombras, quais os da regeneração de individualidades obcecadas no mal,
atirando-se com destemor a tarefas penosas, cheios de renúncia santificadora”.
Analisando as palavras de Emmanuel entendemos que os mentores estão mais
próximos de nós do que imaginamos e sua interferência em nosso dia a dia vai
além das orientações passadas através da intuição. Eles militam diretamente no
plano material e usam este trânsito livre entre os dois planos para auxiliar
melhor os seus protegidos. Um mentor sempre guiará seu pupilo nos caminhos
certos e se afastará dele naqueles momentos em que o protegido se render as
escolhas com as quais o espírito não comunga. Há neste caso, uma divergência de
ideias, normalmente ligada aos prazeres inferiores. O mentor costuma se
reaproximar do médium quando ele apresenta a vontade de retorna ao caminho
certo.
Allan Kardec perguntou sobre a
possibilidade de um espírito abandonar o trabalho junto ao médium que não segue
as suas recomendações, obtém a seguinte resposta: “ele se afasta quando vê que
seus conselhos são inúteis e a vontade de aceitar a influência dos Espíritos
inferiores é mais forte no seu protegido. Mas não o abandona completamente e
sempre se faz ouvir; é; porém, o homem quem fecha os ouvidos. O protetor volta
logo que seja chamado.”
C.A.Espiritual-ESPIRIT
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