Nós, os
espíritas, aceitamos a ideia de que a Terra deixará de ser um mundo de
expiações e provas para tornar-se mundo regenerador.
Nesses
mundos , seus habitantes procuram viver sob a influência maior das necessidades
e valores espirituais. Vivem ainda sujeitos às leis naturais, têm as mesmas
sensações e desejos que nós, mas estão libertos dos vícios e das paixões
desequilibradas que ainda escravizam os homens na Terra.
Têm ainda de
passar por provas, às quais compreendem e buscam vencê-las com confiança em
Deus, em si , com serenidade. Esforçam-se por viver de acordo com as leis
naturais, participando então de uma sociedade mais justa, mais solidária e mais
feliz.
Reconhecem
sua realidade espiritual, assumem a responsabilidade, consciente e feliz, da
sua evolução.
Seus
objetivos maiores são satisfazer suas necessidades espirituais, visto que as socioeconômicas
estão sendo resolvidas, satisfatoriamente, sem privilégios particulares,
pessoais ou de grupos, pois o bem de todos é a aspiração de cada um, ou pelo
menos, da grande maioria.
Os deveres e
os direitos dos homens são respeitados e todos têm as mesmas oportunidades de
crescimento, de acordo com sua vontade, seus interesses.
São mundos
felizes para nós que vivemos na Terra!
Estamos no
ano um do terceiro milênio.
A Terra nos
parece muito distante de tornar-se um mundo regenerador, embora já tenha
evoluído muito, porque a progressão material e espiritual estão sempre
presentes, seja através do esforço, da boa vontade no bem ou através da dor, do
sofrimento, consequências das más ações dos homens.
Esperando
que, neste milênio, a Terra transformar-se-á em um mundo melhor, onde os homens
viverão o equilíbrio na satisfação das suas necessidades materiais e
espirituais, perguntamos: - As condições e situações da Terra atual favorecem
essas transformações? Fazem-nos vislumbrar essa possibilidade?
Se aceitamos
o progresso como uma das forças da natureza, presente em tudo que existe,
material e espiritual, temos de aceitar que a Terra e seus habitantes não
continuarão como hoje.
Houve muita
mudança desde sua formação e o aparecimento dos primeiros seres vivos. No corpo
físico de hoje, difícil pensar no ser unicelular que lhe deu origem. Na alma de
hoje, difícil pensar no princípio espiritual do qual se desenvolveu.
O homem de
hoje e a Terra de hoje são muito diferentes da Terra e do homem primitivo.
Por que
então, a humanidade terrena, constituída de encarnados e desencarnados, não
pode transformar-se mais e tornar a Terra um mundo melhor?
Aceitamos
que essa mudança será realizada. Esperamos que seja neste milênio, sem data
prevista, nem repentinamente. Aliás, pensamos que já vivemos na fase de transição,
que se completará quando grande parte da humanidade estiver empenhada,
realmente, em resolver os problemas socioeconômicos e morais em favor de todos
os seus habitantes, derrubando as barreiras do fanatismo, do nacionalismo
exacerbado, do racismo, do poder que quer dominar o outro, aproveitando-se das
dificuldades do mais frágil.
Acreditamos
que, neste milênio, a luta maior da humanidade será o desenvolvimento do
respeito aos direitos individuais e das nações, em direção ao amor ao próximo,
que leva , somente, a fazer aos outros o que se quer para si.
Aqueles que
não conseguirem acompanhar esse progresso moral, permanecendo no mal pelo
prazer do mal, serão banidos para mundos inferiores, onde viverão entre homens
primitivos, reiniciando seu desenvolvimento moral.
Esta fase de
transição para um mundo melhor, pode durar séculos porque depende do
desenvolvimento espiritual da humanidade.
Muitas
coisas boas e más acontecem, mas o destaque maior, através da mídia, é para as
coisa ruins.
Existe a
parte boa dessa divulgação do mal, porque necessário é que este seja conhecido,
difundido para que os homens se horrorizem e busquem combatê-lo, desenvolvendo
o bem.
Como, por
causa da nossa imperfeição, aprendemos e nos desenvolvemos mais em situações
adversas e difíceis, temos hoje, as condições propícias ao desenvolvimento
moral e ao encontro das melhores soluções para os grandes problemas que afligem
os homens e as nações.
Se hoje a
Terra ainda não está pronta para a grande mudança, oferece a todos uma boa
época de transição, pelo chamado à responsabilidade de cada um na tarefa de
regeneração da humanidade.
Lembremo-nos
de que um milênio tem dez séculos. Aproveitemos esse tempo para melhorarmo-nos,
porque a autoeducação é lenta e também para colaborarmos nessa gigantesca
tarefa, onde estivermos , aqui ou no além.
Pensamos que
nessa luta, na qual todos estamos envolvidos, continuará havendo dores e
sofrimentos, porque o homem, em geral, ainda não sabe usar a instrução, a
informação, a saúde, o bem-estar, a ciência, a tecnologia, a arte no bem, em
benefício de todos.
Confiamos
porém, em Deus , nas Suas leis justas e misericordiosas, na capacidade do homem
em transformar –se e de mudar o mundo, nas atividades de auxílio dos Espíritos
Superiores, que trabalham sob a direção de Jesus, que nos ensinou a fazer
sempre e em qualquer situação a vontade de Deus e que continua na direção do
planeta Terra. Lembremo-nos de sua afirmação: " Nenhuma ovelha que o Pai
me confiou se perderá."
Façamos
pois, a nossa parte, no cumprimento dos deveres, sem exigências em relação aos
outros no lar, no trabalho, no lazer, com determinação e participação na
resolução dos problemas que afetam a humanidade, porque somos todos
responsáveis na elevação da Terra a uma categoria maior, onde viveremos na
sociedade justa e feliz que todos almejamos e queremos.
Fontes:
www.omensageiro.com.br;
por Leda de Almeida Rezende Ebner;
Portal do
Espírito.
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