Costumeiramente
me perguntam se o Espiritismo é obra do "Coisa Ruim".
Digo que
não, claro que não...
Allan Kardec
afirmou: Fora da caridade não há salvação.
A meu ver o
tal "Coisa Ruim" não é caridoso.
O espírita
consciente, porém, faz o contrário: É caridoso, amoroso, respeita as
diferenças, exercita o amor ao próximo, cultiva a paz em si, não humilha seu
semelhante, abomina a violência...
Portanto, o
Espiritismo faz tudo ao contrário do que manda o "Coisa Ruim". Se ele
veio para, segundo alguns, matar, roubar e destruir, o Espiritismo veio para
construir, falar de Jesus e promover o amor entre as pessoas...
Há páginas
belíssimas da literatura espírita que comprova ser o Espiritismo uma doutrina
de cristã e de amor. No entanto, ainda existe um certo preconceito em relação
ao Espiritismo. Claro que nada igual ao passado, mas ainda existe o preconceito
que, claro, é filho da ignorância. Exatamente!
Quem ignora
desconhece e quem desconhece, se faz julgamento o faz de forma equivocada. É o
que ocorre com aqueles que julgam a Doutrina Espírita sem conhecê-la, baseados
nas “lendas” e “causos” narrados por quem não leu e não gostou. Entretanto, há
uma forma deste preconceito ser combatido.
Como?
Divulgação do Espiritismo, propagação das idéias espíritas. E não adianta
considerar que isso será feito por profitentes de outras religiões ou pela Rede
Globo com suas novelas.
Claro que
não. A divulgação do Espiritismo é tarefa do espírita.
Tempos atrás
uma amiga disse-me:
- Puxa,
vocês deveriam divulgar mais e melhor, fazer com que a grande massa tenha
conhecimento do Espiritismo para não pensar que vocês mexem com vela preta e
galinha...
Respondi à
ela que divulgamos a doutrina, mas respeitamos a ponto de vista alheio.
Ela rebateu:
- Ai que você se engana. Não vejo propagandas, não vejo livros nas grandes
livrarias, poucos artigos escritos em jornais não espíritas, palestras
realizadas apenas em centros...
Pouquíssimas
propagandas em veículos que atingem multidões, dificuldade em aceitar a
internet como ferramenta de trabalho espírita.
Enfim, é
preciso ir além, meu amigo, quem não é visto não é lembrado. As palavras dela
marcaram. Compreendi a importância de o espírita utilizar o marketing na
divulgação da doutrina. Sei que esta palavra – marketing – poderá chocar
alguns, mas o termo é bem este mesmo.
O que nos
falta, amigos?
Falta-nos
exatamente o que sobra em outras religiões: ousadia e coragem para apresentar o
Espiritismo ao mundo. Enquanto nos limitarmos a um público nosso, de nossos
centros, enquanto não pensarmos e refletirmos a importância social das idéias
espíritas muita gente irá confundir-nos com “aqueles que mexem com o Coisa
Ruim”.
Penso que é
o momento de fazermos com que o Espiritismo dialogue com o povo que, diga-se de
passagem, necessita de Evangelho à luz da explicação espírita. Pensemos nisto,
aliás, pensemos muito nisto!
Wellington
Balbo (Bauru – SP) é membro da Rede Amigo Espírita
Wellington
Balbo é professor universitário, escritor e palestrante espírita, Bacharel em
Administração de Empresas e licenciado em Matemática. É autor do livro
"Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da
História, à luz do pensamento espírita, e dirigente espírita no Centro Espírita
Joana D´Arc, em Bauru.
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