A pele ou
tegumento externo cobre todo o corpo, exceto nos orifícios naturais, onde
continua nas mucosas. Constitui-se de epiderme, por fora, e do cório, logo
abaixo.
Interessa-nos
a parte do órgão do tato, que é servido Por numerosíssimas terminações
nervosas, em bulbos sob o derma (os corpúsculos de Passini, os de Krause, e os
de Ruffini), os que terminam livremente (corpúsculos de Meissner) e as
terminações nervosas da epiderme, que ficam na capa mucosa de Malpighi.
Interessam,
também, a nosso estudo, os pelos, que são formações epidérmicas, implantados em
depressões cilíndricas do derma (“folículos pilosos”). A cada um deles está
ligado pequeno músculo, o arrector pili (“eriçador do pelo”) esse músculo
passa, da parte superficial do cório para o lado para o qual se inclina
obliquamente o pelo, prendendo-se próximo ao folículo, na projeção formada pela
raiz do pelo. Se o músculo for contraído pelo nervo a que está ligado, o pelo
fica eriçado e o folículo se projeta para fora, causando leve proeminência
temporária na superfície da pele, a que o povo chama “pele de galinha” (cútis
anserina).
O órgão do
tato tem bastante atuação no setor da sensibilidade mediúnica.
Vejamos
alguns efeitos:
SENSIBILIDADE
ARREPIOS
1) Quando de
um médium de suficiente sensibilidade se aproxima um espírito desencarnado (e
por vezes mesmo uma criatura encarnada que não tenha sido percebida por seus
sentidos) a aura do espírito toca na aura do médium e os nervos cutâneos são
atingidos e sensibilizados. Dá-se então pequeno (ou forte) choque nervoso, que
faz que se contraiam os arrectores pilorum, eriçando-se os pelos, e a pele fica
arrepiada.
2) Quando o
médium percebe a aproximação de uma entidade, pode distinguir se se trata de
alguém com elevação espiritual e bons sentimentos, se houver contacto com
excitação dos bulbos de Krause (sensação de frescor ou frio, como “ar
condicionado); ou se o espírito é involuído e de más intenções, pois neste caso
são atingidos os bulbos terminais e os corpúsculos de Ruffini (sensação
desagradável de calor).
3) Quando há
passagem de um espírito, ou quando ele se liga ou desliga, o médium recebe uma
descarga nos nervos epidérmico, sobretudo ao longo da coluna vertebral,
contraindo-se todos os arredores pilorum, dessa região, geralmente subindo do
cóccix ao occipital. A mesma sensação é experimentada quando alguém depara
repentinamente, por exemplo, com um cachorro, assustando-se por temê-lo.
4) Mesmo
quando não há, propriamente, aproximação de espírito, pode o sensível, ao
evocar mentalmente ou por palavras, o nome de uma pessoa ou um fato, sentir o
“arrepio” (pele de galinha) mais ou menos intenso, sendo mais frequente nos
ante- braços que no corpo inteiro. Trata-se de uma emissão do simpático da
própria criatura, sob o impacto da emoção, provocando irradiação pela
superfície cutânea.
Carlos
Torres Pastorino – Técnicas da Mediunidade.
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