Trata-se de dúvida recorrente dos
alunos nas salas de aulas de Doutrina Espírita.
Poderá, sim, manter os benefícios da
plástica, a depender, em primeiro lugar, da sua “beleza interior”.
Isso porque o exterior sempre reflete
o interior, aqui na Terra e muito mais no Plano Espiritual.
A boa aparência do corpo espiritual
após a desencarnação dependerá da posição espiritual do ser, do seu equilíbrio,
da sua conduta aqui na Terra, enfim, da sua depuração.
A plástica realizada no corpo físico
de nada valerá se o Espírito não tiver uma condição espiritual que o favoreça a
assumir uma forma mais bela. Ação no Bem, responsabilidade pelos atos,
consciência do dever cumprido são requisitos básicos que irão lhe garantir um
períspirito, do ponto de vista espiritual, mais belo.
Os que atingem essa condição, por
méritos próprios, quase sempre buscam adquirir, com o poder do seu pensamento,
formas mais jovens e belas (ou outra qualquer que deseje ou se sinta bem).
Podemos “concluir que a operação
plástica não muda nada. O que realmente interfere na estrutura e aparência do
perispírito é a posição espiritual da alma. As ações no campo do bem ou do mal
são, pois, determinantes na forma de apresentação do perispírito, entendendo-se
por bem tudo aquilo que é feito em obediência à lei maior do amor universal”
(2)
“No livro Carmelo por ele Mesmo, de
Carmelo Grisi, recebido por Chico Xavier, temos o relato de exercícios mentais
que são feitos na vida espiritual para favorecer o rejuvenescimento. No
excelente livro Memórias de um Suicida, recebido por Ivonne Pereira, também há
referências quanto à aparência do períspirito”. (2)
Outrossim, no Livro Libertação (1),
de André Luiz, verificamos o caso de uma senhora que se apresentava muito
bonita aos olhos humanos, mas que, ao afastar-se do corpo pelo sono,
transfigurava-se numa mulher horrível, uma bruxa, revelando aos olhos dos
Espíritos desencarnados a sua baixa condição espiritual.
A explicação para a estranha
ocorrência foi clara: a referida senhora levava uma existência de futilidades,
dissimulações e ações maléficas.
Vejamos um trecho do Cap. 10 do
citado livro sobre o caso em tela:
“O homem e a mulher, com os seus
pensamentos, atitudes, palavras e atos criam, no íntimo, a verdadeira forma
espiritual a que se acolhem. Cada crime, cada queda, deixam aleijões e sulcos
horrendos no campo da alma, tanto quanto cada ação generosa e cada pensamento
superior acrescentam beleza e perfeição à forma perispirítica, dentro da qual a
individualidade real se manifesta, mormente depois da morte do corpo denso.”
Fernando Rossit-Fonte: Agenda
Espírita
Referências:
(1) André Luiz/Chico Xavier,
Libertação, cap. 10.
(2) Marlene Nobre – trechos de texto
do site da Associação Médico-Espírita.
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