Muitas
pessoas acreditam que a mediunidade é um fenômeno espírita, dos
espíritas ou relacionado à correntes espiritualistas. Sabemos que a
comunicação com o mundo espiritual sempre esteve presente em
culturas diversas. Porém sem essa denominação "mediunidade",
batizada por Kardec, e obedecendo a interpretações particulares de
acordo com a cosmovisão de cada civilização ou cultura. Atualmente
verificamos que pessoas sem preconceitos ou apego a dogmas
religiosos, que apresentam as diferentes modalidade de mediunidade
descritas por Allan Kardec, revelam experiências de relação com o
mundo espiritual muito semelhantes às que encontramos nos livros
espíritas, especialmente nos de Chico Xavier.
Chama
atenção, como exemplo do que coloco acima, o católico convicto
Pedro Siqueira. Com muita honestidade, descreve os fenômenos que
vivencia desde criança, humildemente admitindo desconhecer as obras
de Chico Xavier, já que sempre esteve engajado e militando na
religião católica apostólica romana. Curioso notar que ele tenta
adequar o que vivencia aos paradigmas católicos e à noção de
"céu, inferno e purgatório". Em pleno desdobramento
espiritual visita locais "muito parecidos com a Terra, com
plantas, casas, pessoas", aos quais ele denomina "diferente
níveis de purgatório". Com facilidade, à noite diz que sai de
seu corpo e é levado pelo seu "anjo" a esses locais.
Descreve alguns purgatórios como locais maravilhosos, onde as flores
brilham, tudo é luz. E "ninguém fica parado, todo mundo
trabalha". Já outros, segundo afirma, são bem mais comuns,
muito mais parecidos com nossas cidades. Fala também sobre "luta
espiritual", com "demônios" que tentam impedi-lo que
realizar esse trabalho, inclusive impedindo a sua saída do quarto
durante o desdobramento noturno. Afirma conversar com alguns "santos"
católicos, inclusive com Nossa Senhora. Pedro realiza uma reunião
para rezar o terço, momento no qual recebe revelações e
informações importantes para orientar as pessoas presentes.
Certamente
ele tem sacudido a poeira dos preconceitos, levando o conhecimento do
mundo espiritual para seus companheiros de crença, a fim de
abrir-lhes novos horizontes, arejar velhos paradigmas e fortalecer a
fé de tantas pessoas com as quais compartilha suas experiências.
Sofre preconceitos, atitudes hostis dos mais dogmáticos, mas não
desiste. Tem clareza em sua alma da tarefa que lhe cabe. .Pela sua
honestidade, lisura e sinceridade, merece ser conhecido. As bênçãos
de Deus e dos planos superiores não são privilégio de ninguém,.
Derramam-se suavemente penetrando aos poucos a mente e o coração
dos homens.
É
assim, pela escolha de alguns em ser receptivo a sabedoria divina,
que o mundo vai se modificando lentamente, para melhor. Coloco aqui a
entrevista com Gabi, onde ele abre o livro de suas experiências
transcendentais...
Por
Cristina Helena Rocha
Fonte: Espiritbook
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