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domingo, 21 de fevereiro de 2016

“JESUS E A MORAL CRISTÔ

Jesus, vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela profundidade e extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos da humanidade. Para o Espiritismo, esses valores são conceitos fundamentais, sendo a moral cristã o eixo de sua visão de mundo e interpretação da realidade.
O Espiritismo entende que o significado de Jesus encontra-se em seu exemplo de vida, fazendo e demonstrando a viabilidade de um padrão de comportamento. Foi a força de seu exemplo que deu significado à sua existência e não a série de mitos, interpretações e dogmas que foram agregados ao entendimento de sua mensagem. Portanto, é fundamental que o espírita possa fazer essas distinções.
Para a Doutrina Espírita, Jesus, como todo ser humano, nasceu da união entre um homem e uma mulher e não de uma forma sobrenatural. De origem humilde, não era descendente de Davi e não possuía nenhuma pretensão ao poder temporal.
O Espiritismo não recorre à ideia de milagre, que não existe para a Doutrina, para justificar algumas situações da existência de Jesus. Este, ao colocar em prática o seu conhecimento e a sua capacidade mediúnica, foi interpretado, pelo desconhecimento das pessoas ao seu redor, como o realizador de acontecimentos maravilhosos e fantásticos.
Para entender Jesus, o Espiritismo não precisa utilizar a ideia de messias, salvador ou cordeiro de Deus. Não é importante como Jesus nasceu ou morreu, mas, sim, como viveu. Seu significado não se encontra nas condições de sua morte — não há necessidade de entendê-la como um sacrifício para salvar a humanidade ou tentar transformá-la em exceção através da ideia de ressurreição.
Apesar de sua importância, Jesus não se confunde com Deus. Não é a Sua encarnação. Era filho de Deus como todas as criaturas o são. Deixar de confundir Jesus com Deus permite reconhecer o valor desse espírito que alcançou, pelo exercício de seu conhecimento, a compreensão do amor como lei fundamental do Universo, a que nenhum homem até então havia alcançado. Considerar Jesus como divino é retirar dele uma característica fundamental: a de um ideal possível de ser alcançado, uma referência exequível para a humanidade.
Jesus, para a Doutrina, é um espírito que tem uma história ao longo da qual foi construindo seu conhecimento, diferenciando-se do nível médio da cultura terrena. Na medida em que vivenciou, em que desenvolveu experiências de vida, foi se fazendo presente, através da força de seu exemplo, da intensidade de sua coerência, da inovação e clareza do conhecimento que alcançou. O significado da síntese que construiu a respeito da existência, do ser humano, da vida, pode ser avaliado em um pequeno resumo de suas ideias:
Deus único é o pai de todos (todos são iguais perante Deus)
Ame a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o espírito, e ame seu próximo como a si mesmo, essa é toda a lei e todos os profetas estão contidas nela.
Trate todos os homens da mesma forma que você gostaria de ser tratado
Ame seus inimigos e faça o bem àqueles que o odeiam e ore por aqueles que o perseguem e caluniam
Aquele dentre vocês que não tiver errado, que atire a primeira pedra
Eu não digo que deva perdoar ao seu irmão até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes
Reconcilie-se com seu adversário enquanto estiver com ele no caminho
Não julgue a fim de que não seja julgado
Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo
O homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pela de muitos
Por que vê um cisco no olho de vosso irmão, você que não vê uma trave no seu olho?
Que a sua mão esquerda não saiba o que faz a sua mão direita
Não se acende uma candeia para colocá-la sob o alqueire, mas sobre o candeeiro a fim de que ela clareie todos aqueles que estão na casa
Não há nada de secreto que não deva ser descoberto, nem nada de oculto que não deva ser conhecido
Fora da caridade não há condições de se alcançar um conhecimento maior de si mesmo e da vida.
Bem aventurados os que choram, porque serão consolados; os que tem fome e sede de justiça porque serão saciados; os humildes porque deles é o reino dos céus; aqueles que tem o coração puro porque verão a Deus; aqueles que são brandos porque possuirão a Terra; os pacíficos, porque eles serão chamados de filhos de Deus; aqueles que são misericordiosos porque eles próprios obterão misericórdia
Jesus, em sua existência cósmica, é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade, diversidade, alteridade. Seus ensinamentos, seu comportamento e os exemplos de outras pessoas que se identificaram com sua proposta, foram desenhando, construindo, um código, um padrão de referência fundamentado na unidade da humanidade e na igualdade entre os seres, e, em decorrência, no amor ao próximo, na solidariedade, na tolerância, na responsabilidade pessoal, na liberdade de consciência e na moral como defesa, promoção da vida. Jesus é padrão de comportamento aberto para auxiliar as pessoas na construção de seu próprio futuro.
Jesus é exemplo claro de comportamento moral que reflete a identidade do ser com o Universo e com Deus.

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