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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

“A VIOLÊNCIA É A DOENÇA DA ALMA”

Com a voz serena e o bom humor digno de quem conhece os mistérios da vida e da morte, o médium Divaldo Pereira Franco, 89 anos, afirma que cada ser humano só alcançará a felicidade quando conseguir amar sem interesse de reciprocidade. Seria a "plenitude", nas palavras do baiano de Feira de Santana, discípulo de Chico Xavier e hoje o mais importante representante do espiritismo no país. Por onde passa, arrasta multidões: em Porto Alegre e em ovo Hamburgo, cidades em que palestrará neste fim de semana, as vagas já estão esgotadas há semanas.
Como ser feliz? Qual a origem do mal? Como lidar com o sofrimento? Essas e outras questões, bem como a conversa com os mortos, base da crença da doutrina espírita, foram tratadas em entrevista concedida em um hotel de Porto Alegre: Vivemos um momento de crise na, com pessoas sendo mortas pela criminalidade. O que dizer a quem perde um filho, uma mãe ou um pai em uma situação tão violenta?
É uma dor para a qual não há consolo. Poderíamos dizer a respeito da esperança, a esperança na imortalidade, quando então nos encontraremos depois da indumentária física. Não obstante, somos criaturas humanas, e o sentimento de amor, nesse momento, é dilacerado. Recordo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu que a violência é uma doença da alma e deve ser tratada na alma, tanto do ponto de vista espiritual quanto de natureza psíquica. E para essa violência urbana, que se transformou em uma guerra não declarada, a única solução é a educação. Todas as religiões afirmam que a alma é imortal e que voltaremos a nos encontrar. Há variações teológicas, pontos de vista, mas que não suprimem a unidade básica, a imortalidade da alma.
Qual a origem do mal? Por que existem tantas pessoas cruéis? Terroristas, criminosos...
Para nós, a reencarnação é a oportunidade lapidadora do espírito. O espírito, na sua essência, é como o diamante bruto, por meio da lapidação ele se torna uma estrela luminosa. Esses espíritos (maus) primitivos ainda estão psiquicamente nas fases primárias da tribo, da barbárie, sem a menor noção de sensibilidade... Do ponto de vista antropológico, nós somos instinto, até quando surgiu a primeira manifestação do sentimento, que foi o medo. A partir daí, surgem as demais emoções. Mas isso foi há cem mil anos. Não obstante, ainda existem pessoas patologicamente perturbadas, que ainda se encontram na fase de tormento, inquietação, e se comprazem em afligir os outros.
Os espíritas acreditam que é possível conversar com os mortos. Quando o senhor começou a ver espíritos?
Comecei a ver aos quatro anos, eu era um menino especial para a época. Em nossa casa, um velho casarão de uma cidade do interior, eu brincava com outras crianças. E é muito comum os nossos filhos dizerem que estão brincando com crianças invisíveis, muitas vezes se acredita que é um momento lúdico, a imaginação. No entanto, é uma realidade. Os espíritos aparecem com mais facilidade na infância, porque ainda não estão completamente reencarnados. Quando compreendi, aos 12 anos, que eram os imortais, eu procurei apoio da religião que eu professava. Eu era católico. Meu confessor procurou dizer-me que se tratavam de interferências demoníacas para me afastar do caminho do bem. Os fatos provaram o contrário, e eu próprio cheguei à conclusão. Como o bem pode vir para nos ensinar o mal. Os espíritos só me falavam de coisas boas. Lentamente, fui despertando, até que, quando estava com 20 anos, me dediquei inteiramente a esse estudo.
É comum o senhor ver espíritos onde está? Aqui, por exemplo...
Sim, é uma espécie de segunda visão. À medida que a gente vai aprimorando, torna-se tão clara que, muitas vezes, se não somos cuidadosos, confundimos. Elas nos proporcionam a certeza da sobrevivência. Porque nos aparecem aqueles que nos são familiares, mas, em sua maioria, aqueles que nos são perturbadores e que se comprazem em gerar o que chamamos de obsessões, distúrbios psicológicos, melancolia, especialmente hoje, a depressão, o grande mal do século.
Qual o caminho da felicidade nesse mundo tão cheio de dores?
Jesus disse: "Amar". No momento em que conseguimos amar, sem nenhum interesse em reciprocidade, sem objetivo de receber uma resposta, nós encontraremos a plenitude.
O senhor é um homem bem-humorado...
A alegria faz parte da vida. Uma pessoa triste é um santo triste. A vida é um convite à beleza. O nosso estado interior é que, muitas vezes, mascara a beleza com a nossa melancolia.
Como o senhor é uma pessoa bem-humorada, posso lhe perguntar: dizem que o senhor sabe quando vai morrer. É verdade?
O Evangelho diz que nem Jesus sabe... Só Deus. No entanto, temos as nossas características. Eu tenho 89 anos, então, meu tempo é curto. Procuro aproveitar o máximo. Confesso que aguardo com tal naturalidade, como, ao me deitar, me vem a ideia do despertar no dia seguinte.
Fonte: Entrevista de Divaldo Franco ao Jornal Zero Hora .

Médium-Divaldo Franco

“A RELAÇÃO ALÉM TÚMULO-ALMAS GÊMEAS”

 A questão 298 de O Livro dos Espíritos nos informa que não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos.
Devemos compreender que um Espírito não é metade do outro. Se um Espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos. A teoria das metades eternas encerra uma simples figura representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra.
Quando falamos em almas gêmeas temos a ideia de um companheiro e companheira que encontraremos dentro de um certo tempo.
Somos levados a este comportamento por influência da sociedade, onde cada um deve encontrar seu par.
E falamos nesta alma gêmea como se fosse um salva-vidas. Idealizamos e colocamos nossas expectativas no outro, procuramos qualidades que acabam se revelando impossíveis em nós mesmos, e esperamos que o escolhido nos satisfaça em todos os sentidos. Buscamos nosso complemento para a vida como se estivéssemos procurando um produto qualquer.
Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união é a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados, se inseridos na senda do crime ou na inconsciência, experimentam a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam intimamente. Quando se encontram, no acervo dos trabalhos humanos, sentem-se de posse da felicidade real para os seus corações a da ventura de sua união, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar.
Nem sempre, as almas gêmeas encontram-se no mesmo plano evolutivo. No livro Diário dos Invisíveis, de Zilda Gama, o Espírito Victor Hugo afirma que almas criadas na mesma era, iniciando úteis peregrinações em mundos primitivos, e, depois, separadas em ponto diversos do globo terrestre, conservam, uma das outras, reminiscências indeléveis.
É importante no entanto, que fique claro o conceito de almas gêmeas: a tese é mais complexa do que parece ao primeiro exame, mesmo porque, com a expressão "almas gêmeas", não desejamos dizer metades eternas, e ninguém, a rigor, pode estribar-se no enunciado para desistir de veneráveis compromissos assumidos na escola redentora do mundo, sob a pena de aumentar os próprios débitos, com difíceis obrigações à frente da Lei.
Vejamos agora, o que O Livro dos Espíritos nos diz a respeito :
Pergunta 298 - As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a esta união e cada um de nós tem, em alguma parte do universo, sua metade, a que fatalmente um dia se reunirá?
R. Não, não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos, da concórdia resulta a completa felicidade.
Pergunta 299 - Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns espíritos se servem para designar os espíritos simpáticos?
A expressão é inexata. Se um espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos.
Pergunta 300 - Se dois espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros espíritos?
R. Todos os espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, desde que um espírito se eleva, já não simpatiza como dantes, com os que lhe ficaram abaixo.

Fonte: O Livro dos Espíritos.

“TODAS AS RELIGIÕES MERECEM RESPEITO E TOLERÂNCIA.

Para mim, as diferentes religiões são lindas flores, provenientes do mesmo jardim. Ou são ramos da mesma árvore majestosa. Portanto, são todas verdadeiras.
A frase que você acabou de ouvir foi dita por uma das mais importantes personalidades do Século XX: o Mahatma Gandhi.
Veja quanta sabedoria nas palavras do homem que liderou a independência da Índia sem jamais recorrer à violência!
Nos tempos atuais, são raros os que realmente têm uma posição como a de Gandhi, que manifestava um profundo respeito pela opção religiosa dos outros.
Muitas pessoas acreditam que sua religião é superior às demais. Acreditam firmemente que somente elas estão salvas, enquanto todos os demais estão condenados.
Pouquíssimas pensam na essência da mensagem que abraçam, já que estão muito preocupadas em converter almas que consideram perdidas.
E, no entanto, Deus é Pai da Humanidade inteira. Todos nós temos a felicidade de trazer, em nossa consciência, o sol da Lei Divina. Ninguém está desamparado.
De onde vem, então, essa atitude preconceituosa, exclusivista, que nos afasta de nossos irmãos?
Vem de nosso pensamento limitado e ainda egoísta. Quase sempre o homem acredita que tem razão.
Imagina que suas opiniões, crenças e opções são as melhores. Você já notou que a maior parte das pessoas acha que tem muito a ensinar aos outros?
É que, em geral, as pessoas quase não se dispõem a ouvir o outro: falam sem parar, dão opiniões sobre tudo, impõem sua opinião.
São almas por vezes muito alegres, expansivas, que adoram brincar. Chamam a atenção pela vivacidade, pelos modos espalhafatosos, pelas risadas contagiantes e pelas conversas em voz alta.
Mas são raras as vezes em que param para escutar o que o outro tem a dizer.
São como crianças um tanto egoístas, para quem o mundo está centrado em si ou na satisfação de seus interesses.
É uma atitude muito semelhante a que temos quando acreditamos que o outro está errado, simplesmente por ser de uma religião diferente. É que não conseguimos parar de pensar em nossas próprias escolhas.
Não estudamos a religião alheia, não nos informamos sobre o que aquela religião ensina, que benefícios traz, quanta consolação espalha.
Se estivéssemos envolvidos pelo sentimento de amor incondicional pelo próximo, seríamos mais complacentes e mais atentos às necessidades do outro.
E então veríamos que, na maioria dos casos, as pessoas estão muito felizes com sua opção religiosa.
A nossa religião é a melhor? Sim, é a melhor. Mas é a melhor para nós.
É óbvio que gostamos de compartilhar o que nos faz bem. Ofertar aos outros a nossa experiência positiva é uma atitude louvável e natural.
Mas esse gesto de generosidade pode se tornar inconveniente quando exageramos.
Uma coisa é ofertar algo com espírito fraternal, visando o bem. Mas diferente quando desejamos impor aos demais a nossa convicção particular.
Se o outro pensa diferente, respeite-o! Ele tem todo o direito de fazer escolhas. Quem de nós lhe conhece a alma? Ou a bagagem espiritual, moral e intelectual que carrega?
Deus nos deu nosso livre-arbítrio e o respeita. Por que não imitá-lo?
Enquanto não soubermos amar profundamente o próximo, respeitando-lhe as escolhas, não teremos a atitude de amor ensinada por todas as religiões e pelos grandes mestres da Humanidade.

Redação do Momento Espírita.

"A MORTE É UM DIA QUE VALE A PENA VIVER." Quem diz é Ana Claudia Quintana Arantes, médica formada pela FMUSP e especialista em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium e Universidade de Oxford.


“OS SERES DE LUZ OU ESPÍRITOS PUROS”

O Espírito progride no estado corpóreo e no estado espiritual. O estado corpóreo é necessário ao Espírito até que ele atinja um certo grau de perfeição: nele se desenvolve pelo trabalho a que está sujeito pelas suas próprias necessidades, e adquire conhecimentos práticos especiais. Uma única existência corpórea sendo insuficiente para fazê-lo adquirir todas as perfeições, retoma um corpo tão frequentemente quanto isso lhe seja necessário, e, a cada vez, nele chega com o progresso que alcançou em suas existências anteriores e na vida espiritual. Quando adquiriu no mundo tudo aquilo que pode nele adquirir, deixa-o para ir para outros mundos mais avançados, intelectual e moralmente, cada vez menos materiais, e assim continuamente até a perfeição, da qual a criatura é suscetível.
Puros Espíritos são aqueles que, chegados ao mais alto grau de perfeição, são julgados dignos de serem admitidos aos pés de Deus. O esplendor infinito que os rodeia, não a dispensa de sua parte de utilidade nas obras de criação: as funções que eles têm a cumprir correspondem à extensão de suas faculdades. Estes Espíritos são os ministros de Deus; eles regem, sob suas ordens, os mundos inumeráveis; dirigem do alto os Espíritos e os humanos; estão ligados entre eles, por um amor sem limites, este ardor se estende sobre todos os seres que procuram chamar e tornar dignos da suprema felicidade. Deus irradia sobre eles e lhe transmite as suas ordens; eles o veem sem serem oprimidos por sua luz.
Sua forma é etérea, não têm mais nada de palpável; eles falam aos Espíritos superiores e lhes comunicam a sua ciência; tornaram-se infalíveis. E nas suas fileiras que são escolhidos os anjos guardiães que descem com bondade seus olhares sobre os mortais, e os recomendam aos Espíritos superiores que os amaram. Estes escolhemos agentes de sua direção nos Espíritos da segunda ordem. Os puros Espíritos são iguais; e não poderia ser de outro modo, uma vez que não são chamados a essa classe senão depois de atingirem o mais alto grau de perfeição. Há igualdade, mas não uniformidade, porque Deus não quis que nenhuma de suas obras fossem idênticas. Os Espíritos puros conservam a sua personalidade, que somente adquiriram a perfeição mais completa, no sentido do seu ponto de partida.
À medida que os Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso , entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros.
Os puros Espíritos são os Messias ou mensageiros de Deus para a transmissão e execução de suas vontades; cumprem as grandes missões, presidem à formação dos mundos e à harmonia geral do Universo, encargo glorioso ao qual não se chega senão pela perfeição. Os de ordem mais elevada são os únicos nos segredos de Deus, se inspiram de seu pensamento do qual são os representantes diretos. [...]
A encarnação é inerente à inferioridade dos Espíritos; ela não é mais necessária àqueles que lhe transpuseram o limite e que progridem no estado espiritual, ou nas existências corpóreas dos mundos superiores que não têm mais nada da materialidade terrestre. Da parte destes é voluntária, em vista de exercer sobre os encarnados uma ação mais direta para o cumprimento da missão da qual estão encarregados junto a eles. Aceitam as vicissitudes e os sofrimentos por devotamento.
Fonte: O livro dos Espíritos

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...