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quinta-feira, 29 de junho de 2017
“QUANDO A MORTE CHEGA E LEVA CONSIGO UM DOS NOSSOS AMORES...”
Quando a
morte chega, com sua face negra e leva consigo um dos nossos amores, o coração
se parte.
É tão grande
a dor que parece que o ar nos falta, que o mundo perdeu para sempre o colorido.
E nada há, ao nosso redor, que nos interesse.
Que importam
nossas posses, compromissos, honrarias? Que importa a festa programada com
tanto zelo e antecedência?
Nosso mais
precioso tesouro foi arrebatado. Não mais ouviremos sua voz, nem a cristalina
cascata do seu riso.
Em vão
nossos braços tentarão abraçar-lhe a silhueta, que se foi para os campos da
Espiritualidade.
No entanto,
a dor que parece destroçar-nos o ser, não nos mata. Prosseguimos vivendo.
A madrugada
rompe as trevas e o sol se apresenta, com seu carro de ouro, cavalgando a
luminosidade extraordinária do dia.
Os pássaros
cantam nas ramadas. O joão-de-barro anda pelo jardim, à cata de alimento e
material para sua casa, no alto da árvore.
O vento
passa sibilante, arrancando as folhas do arvoredo e atapetando o chão com
flores coloridas, colhidas dos galhos generosos.
Tudo
continua. As pessoas vão ao trabalho, enfrentam o trânsito, comparecem aos
bancos escolares, discutem, vivem.
Mas, aquele
pai, de pouco mais de cinquenta anos, desesperou-se quando a filha Anna Laura
morreu em um acidente.
Tudo foi tão
rápido, tão brusco, tão inesperado. Quem, afinal, em sã consciência, cogita,
algum dia, que sua filha poderá lhe ser arrebatada dos braços em um infeliz
acidente?
Contudo, ele
e a esposa optaram por homenagear a filha querida, perpetuando-lhe a memória no
tempo, para si e para muitas outras pessoas.
Tiveram a
ideia e criaram parques para crianças com mobilidade reduzida e/ou alterações
sensoriais e intelectuais.
O processo
de lidar com a perda se tornou menos difícil a partir desse momento.
Se a dor
diminuiu? Sim, diz o pai. A sensação de ajudar ao próximo é de prazer e isso
acaba diminuindo a dor e ajudando na superação do acontecimento, proporcionando
conforto e vontade de viver.
Ele compara
a morte da filha a uma batalha perdida. Mas a vida continua, complementa
Cláudia, a mãe.
Assim, Anna
Laura vive nas homenagens que beneficiam a muitas crianças e seus pais.
Quando
saímos de nós mesmos e nos interessamos pelo próximo, atraímos para nós
atenções espirituais, que nos sustentam ante dores profundas.
O amor de
Deus, que se multiplica no mundo, graças às nossas mãos, nos beneficia, em
primeiro lugar, porque o bem faz bem, primeiramente, a quem o pratica.
Exatamente
como quando, em plena escuridão, se acende um fósforo ou um lampião, somos os
primeiros a recebermos a luz, a nos iluminarmos.
E, para quem
partiu, ter sua lembrança associada a benefícios a terceiros, traz igualmente
recompensa. Toda vez que alguém, agradecido, ergue sua alma em prece, pelo bem
recebido, alcança aquele que indiretamente se tornou o agente disso tudo.
É uma doce
forma de perpetuar a memória de quem se ama.
E, sim, há
muitas formas de se superar a própria dor. Amar o próximo e importar-se com
ele, dedicar-se a quem tem carências de qualquer ordem, é, com certeza, uma das
mais belas formas de superação.
Redação do
Momento Espírita, com base no artigo
Do desafio à
superação, de Willian Bressan,
do Jornal
Gazeta do Povo, de 20.9.2015.
Em 1.2.2016.
“ONDE FICAM AS CRIANÇAS NO MUNDO ESPIRITUAL?”
Como
explicar a situação da criança, cuja vida material se interrompe? E por que
esse fato ocorre? Duas indagações que surgem naturalmente ao nos depararmos com
a morte na infância.
Allan Kardec
[LE-qst 199] registra o pensamento dos Espíritos Superiores:
"A
duração da vida da criança pode ser, para seu Espírito, o complemento de uma
vida interrompida antes do tempo devido, e sua morte é frequentemente uma prova
ou uma expiação para os pais."
Observamos
pelo exposto que a morte prematura está quase sempre vinculada a erro grave de
existência pretérita: almas culpadas que transgrediram a Lei geral que vige os
destinos da criatura e retornam à carne para recomporem a consciência ante o
deslize. São, muitas vezes, ex-suicídas (conscientes ou inconscientes) que
necessitam do contato com os fluidos materializados do planeta, para refazerem
a sutil estrutura eletromagnética de seu corpo espiritual.
Lembram
ainda os Benfeitores que os pais estão igualmente comprometidos com a Lei de
Causa e Efeito e, na maioria das vezes, foram cúmplices ou causadores indiretos
da falta que gerou o sofrimento de hoje.
Emmanuel
[Criança no Além-prefácio] afirma:
"Porque
a desencarnação de crianças, vidas tolidas em flor?
Muitos
problemas observados exclusivamente do lado físico, assemelha-se a enigmas de
solução impraticável; entretanto, examinados do ponto de vista da imortalidade
e do burilamento progressivo da alma, reconhecer-se-á que o Espírito em
evolução pode solicitar conscientemente certas experiências ou ser induzido a
ela em benefício próprio.
Nas
realizações terrestres, é comum a vinculação temporária de alguém a determinado
serviço por tempo previamente considerado.
Há quem
renasça em limitado campo de ação para trabalho uniforme em decênios de
presença pessoal e há quem se transfira dessa ou daquela tarefa para outra, no
curso da existência, dependendo, para isso, de quotas marcadas de tempo.
Encontramos amigos que efetuam longos cursos de formação profissional em
lugares distantes do recanto em que nasceram e outros que se afastam, a prazo
curto, da paisagem que lhes é própria, buscando as especializações de que se
observam necessitados. E depois destes empreendimentos concluídos, através de
viagens que variam de tipo, segundo as escolhas que façam, ei-las de regresso
aos locais de trabalho em cuja estruturação se situam.
Esta é a
imagem a que recorremos para que a desencarnação de crianças seja compreendida,
no plano físico, em termos de imortalidade e reencarnação."
Casos, no
entanto, existem que não estão inseridos no processo de Ação e Reação e
configuram sim, ações meritórias de Espíritos missionários que renascem para
viverem poucos anos em contato com a carne em função de tarefas espirituais. É
o que afirma André Luiz:
"Conhecemos
grandes almas que renasceram na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o
objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais,
recobrando, logo após o serviço levado a efeito, a expectativa apresentação que
lhes era custumeira."
CRIANÇAS NO
PLANO ESPIRITUAL
Com relação
à posição espiritual dos Espíritos que desencarnam na infância, André Luiz
informa-nos que todos eles são recolhidos em Instituições apropriadas, não se
encontrando Espíritos de crianças nas regiões umbralinas.
Há inúmeras
descrições espirituais de Escolas, parques, colônias e instituições diversas
consagradas ao acolhimento e amparo às crianças que retornam do Planeta através
da desencarnação.
Chico
Xavier, analisando a situação espiritual e o grau de lucidez desses Espíritos
diz:
"Os
benfeitores espirituais habitualmente nos esclarecem que a criança desencarnada
no Mais Além, recobra parcialmente valores da memória, quando na condição de
Espírito, tenha já entesourado alta gama de conhecimentos superiores, com pouco
tempo depois da desencarnação, conseguindo, por isso, formular conceitos e
anotações de acordo com a maturidade intelectual adquirida com laborioso
esforço.
O mesmo não
acontece com o Espírito que ainda não adquiriu patrimônio de experiência mais
dilatados, seja por estar nos primeiros degraus da evolução humana ou por
essência de aplicação pessoal ao estudo e a observação dos acontecimentos.
Para o
Espírito nesse estágio, o desenvolvimento na vida espiritual é semelhante ao
que se verifica no plano físico em que o ser humano é compelido a aprender
vagarosamente as lições da existência e adiantar-se gradativamente, conforme as
exigências do tempo."
André Luiz
[Entre a Terra e o Céu] vai pronunciar-se da mesma forma: "Acreditamos que
o menino desencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de adulto ...
Em muitas situações, é o que acontece quando o Espírito já alcançou elevado
estágio evolutivo.
Contudo,
para a grande maioria das crianças que desencarnaram, o caminho não é o mesmo.
Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente
longe do autogoverno. Jazem conduzidos pela Natureza, à maneira de criancinhas
no colo materno. É por esse motivo que não podemos prescindir de períodos de recuperação,
para que se afasta do veículo físico, na fase infantil."
Fonte: Fórum
Espirita
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