Seguidores
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
“A SÃO PAULO DE PAULO E DE EMMANUEL” Comemoramos nesta data 463 anos da fundação.
E voltando
atrás no tempo, lembramo-nos das palavras de Emmanuel, em A Caminho da Luz,
dizendo que o acaso inexiste, quando mencionamos as fundações de cidades e
Estados. Aliás, acaso, segundo Téophile Gautier, é o pseudônimo de Deus quando
Ele não quer assinar a sua obra. Há uma união de intenções entre “terra” e
“céu”, como se todos se reunissem para fazer cumprir propósitos superiores,
preparando a primeira para o advento das populações que lá habitarão, com
vistas ao desenvolvimento das leis de sociedade e progresso. É muito
interessante esta análise, para a qual convidamos os nossos caros internautas.
Vejamos a Lyon de Rivail e a Lugdunum de Ireneu, a Roma antiga e a atual, a
Nova York de 200 anos atrás e a de agora, e assim sucessivamente. Há um planejamento
realizado em outras esferas de existência e que muitas vezes escapa à nossa
compreensão.
O mesmo
livro citado, A Caminho da Luz, relata os bastidores da história, sob a análise
crítica e lúcida de Emmanuel.
Mas vejamos
a nossa querida São Paulo de Piratininga, inaugurada a partir de uma pequena
vila onde índios, padres e sentenciados portugueses constituíam a sua
população. Ainda hoje, na região da Sé, no Pátio do Colégio, a igreja de
Anchieta guarda um museu de peças e imagens sacras dos séculos XVI a XVIII,
seus objetos de uso pessoal bem como sua batina e terço, e a arquitetura da
época também preservada e restaurada, onde é interessante notar uma parede do
templo, antiquíssima, construída de barro, palha, areia, pedra e excremento de
gado para dar a liga, preservada até os nossos dias, e resguardada entre duas
outras paredes de vidro.
Contudo, o
que nos chama a atenção, da dupla Nóbrega-Anchieta, é a posição do primeiro
como educador, que à época se caracterizava como um misto de professor e catequizador
- lembremos que a Educação naqueles tempos estava a cargo da igreja católica,
que enviava seus representantes às terras recém-descobertas. Muito criticado
por seus meios rígidos e ortodoxos, mas que na verdade compunham normalmente o
procedimento dos membros do clero, e mais do que isso, dos homens e mulheres do
século em que viveram, Nóbrega, que não poderia fugir às circunstâncias
evolutivas, culturais, religiosas, antropológicas e psicológicas de sua época,
não deixou de cumprir a sua missão. A maior delas, a efetiva fundação de São
Paulo de Piratininga. E aí é que analisamos as circunstâncias.
Nóbrega é
considerado uma das reencarnações de Emmanuel, também Públio Lentulus Sura e
posteriormente Públio Lentulus, o escravo grego Nestório (veja-se as obras Há
Dois Mil Anos e 50 Anos Depois do autor espiritual) e ainda o padre Damiano, em
Ávila (veja-se o romance Renúncia), além de sua vida como o pensador e escravo
cristão Eusébio (não confundir com Eusébio de Cesaréa). Por que Nóbrega deu o
nome do querido Apóstolo à cidade?
Uma mensagem
íntima de Emmanuel recebida por Francisco Cândido Xavier, em Pedro Leopoldo, a
13 de março de 1940, nos relata um encontro do senador Lêntulus com Paulo em
Roma. A mensagem é a seguinte:
“Lede as
cartas de Paulo e meditai. O convertido de Damasco foi o agricultor humano que
conseguiu aclimatar a flor divina do Evangelho sobre o mundo. Muitas vezes foi
áspero. A terra não estava preparada e se em alguns pontos oferecia leiras
brandas e férteis, na maioria, era regiões em espinheiro e pedregulho.
Paulo foi o
lidador de sol a sol. Seu fervoroso amor foi a sua bússola divina. Sua paixão
no mundo, iluminada pela sua dedicação ao Cristo, transformou-se na base onde
deveria brilhar para sempre a claridade do Cristianismo. Conheci-o, em Roma,
nos seus dias de trabalho mais rude e de provações mais acerbas. Vi-o uma vez
unicamente, quando um carro de Estado transportava o senador Públio Lentulus,
ao longo da Porta Ápia, mas foi o bastante para nunca mais esquecê-lo. Um incidente
fortuito levara os cavalos a uma disparada perigosa, mas um jovem cristão,
atirando-se ao caminho largo, conseguiu conjurar todas as ameaças. Avistamos,
então, um pequeno grupo, onde se encontrava a sua figura inesquecível. Trocamos
algumas palavras que me deram a conhecer a sua inteireza de caráter e a
grandeza da sua fé. O fato ocorria pouco depois da trágica desencarnação de
Lívia e eu trazia o espírito atormentado. As palavras de Paulo eram firmes e
consoladoras. O grande convertido não conhecia a úlcera que me sangrava no
coração, todavia as suas expressões indiretas foram, imediatamente, ao fundo de
minha alma, provocando um dilúvio de emoções e esclarecimentos.
Luzeiro da
fé viva, Paulo não pode ser esquecido em tempo algum. Seu vulto humano é o de
todo homem sincero que se toque de amor divino por Jesus. Lede-o sempre e não
vos arrependereis”. (O grifo é nosso)
Tudo se
assemelha ao coração imenso da cidade de São Paulo - a cidade de Paulo.
Conta-nos o
Espírito Cneio Lucius (50 Anos Depois), que Paulo, no plano espiritual, sempre
se dedicou a auxiliar “as grandes inteligências afastadas do Cristo,
compreendendo-lhes as íntimas aflições e o menosprezo de que se sentem objeto
no mundo, ante os religiosos de todos os matizes, quase sempre especializados
em regras de intolerância”. E foi com esse sentimento de compreensão e bondade
que fez com que o grande Apóstolo da gentilidade estendesse as suas preces e
auxílio ao culto senador romano, quando de sua desencarnação na tragédia de
Pompéia, continuando a ampará-lo espiritualmente em suas posteriores
existências terrenas.
Emmanuel
nunca mais o esqueceu, e na personalidade de Nóbrega, adia a inauguração do
Colégio de Piratininga, a que dá o nome de São Paulo, para o dia da comemoração
da conversão do Apóstolo, fixada em 25 de janeiro. Essa afirmação não é somente
de Cneio Lucio. É mencionada pelos biógrafos do padre Nóbrega, entre eles
Serafim Leite, José Mariz de Morais, e Melo Pimenta.
Em outro
momento, já como o grande pensador cristão encarregado das diretrizes
ético-morais do Espiritismo em terras brasileiras, como continuidade ao
trabalho que ajudou a realizar há centenas de anos, surge, através da
psicografia do não menos ilustre missionário da Bondade e da Humildade, Chico
Xavier, a grandiosa obra “Paulo e Estêvão”.
E
compreendemos a grande destinação desta que é considerada a maior cidade da
América Latina. Hoje, no século 21, uma megalópole que abriga em seu coração,
centenas de “gentios” oriundos de todas as terras, brasileiras ou estrangeiras.
Tal como Paulo, que abrigou em seu imenso coração amoroso, os corações da
gentilidade em sua época. Foi através deles que o cristianismo do Cristo
cresceu e se espalhou pelo mundo.
E é em São
Paulo hoje, que brasileiros e estrangeiros tomam um primeiro contato com a
Doutrina da Paz, da Concórdia, do Conhecimento Transcendente e a levam em suas
atitudes e consciências tornadas espíritas.
Cumpriu-se a
grande missão compartilhada.
Sonia Theodoro
da Silva
“MORTES COLETIVAS SEGUNDO O ESPIRITISMO “- Como se processa a convocação de encarnados para uma desencarnação coletiva?
Como se
processa a convocação de encarnados para uma desencarnação coletiva? Qual a
explicação espiritual para o fato de pessoas saírem ilesas das catástrofes,
algumas, até mesmo, desistindo da viagem ou, então, perdendo o embarque, em
transportes a serem acidentados? As respostas são baseadas nas premissas de que
o acaso não pode reger fenômenos inteligentes e na certeza da infalibilidade da
Lei Divina, agindo por conta de espíritos prepostos, sob a subordinação das
entidades superiores. “A cada um será dado segundo as suas obras”. Ensinam os
espíritos, mediante comparação simples, mas de forma altamente significativa,
que justiça sem amor é como terra sem água. O pensamento da espiritualidade
superior sobre o tema significa que a justiça é perfeita, porque Deus a fez
assistida pelo amor, para que os endividados não sejam aniquilados.
O Livro dos
Espíritos explica, dentre outras informações a respeito, que “a fatalidade só
existe no tocante à escolha feita pelo Espírito, ao encarnar, de sofrer esta ou
aquela prova; feita a escolha, ele traça, para si mesmo, uma espécie de
destino, que é a própria consequência da posição em que se encontra. Em
verdade, “fatal”, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte.
Chegado esse momento, de uma forma ou de outra, a ele não podemos fugir”. Em
chegando a hora de retornar ao Plano Espiritual, nada nos livrará e,
inconscientemente, guardamos em nós o gênero de morte que nos aguarda, pois
isso nos foi revelado quando fizemos a escolha desta ou daquela existência. Não
nos esqueçamos de que somente os acontecimentos importantes, e capazes de influir
nossa evolução moral, são previstos por Deus, porque são úteis à nossa
purificação e à nossa instrução.
Nas mortes
coletivas, como os casos tão dramáticos ocorridos nos recentes desastres
aéreos, somente encontraremos uma justificativa lógica para os respectivos
acontecimentos, se analisarmos, atentamente, as explicações que só a Doutrina
Espírita nos fornece, para confirmar que, até mesmo nesses DESASTRES, a Lei de
Justiça se faz presente, pois, como nos afirma o Codificador, não há efeito sem
que haja uma causa que o justifique.
Todos os
nossos irmãos que pereceram, em desastres aéreos, carregavam, na alma, motivos
para se ajustarem com a Lei Maior, a fim de quitar seus débitos com a Justiça
Divina, que não falha jamais, encontrando, aí, a oportunidade sublime do
resgate libertador. “Salvo exceção, pode-se admitir, como regra geral, que
todos aqueles que têm um compromisso em comum, reunidos numa existência, já
viveram juntos para trabalharem pelo mesmo resultado, e se acharão reunidos
ainda no futuro, até que tenham alcançado o objetivo, quer dizer, expiado o
passado, ou cumprido a missão aceita”.
Vamos
encontrar em o livro Chico Xavier Pede Licença, no capítulo 19, intitulado
“Desencarnações Coletivas”, as sábias explicações para o fenômeno das mortes
coletivas, quando o benfeitor Emmanuel responde pergunta endereçada a ele, por
algumas dezenas de pessoas, em reunião pública, realizada na noite de
22/08/1972, em Uberaba, MG, e que aqui transcrevemos: “Sendo Deus a Bondade
Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e
indefesas, como nos casos de incêndios (e de quedas de aeronaves)? Responde
Emmanuel -” Realmente, reconhecemos em Deus o Perfeito Amor, aliado à Justiça
Perfeita. “E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça
imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo
julgador de si próprio”.
Como se
processa a provação coletiva [resgate]? O mentor do Chico esclarece: “Na
provação coletiva, verifica-se a convocação dos Espíritos encarnados,
participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro. O
mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona, então,
espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas da
dívida do pretérito para os resgates em comum, razão porque, muitas vezes,
intitulais “doloroso caso” às circunstâncias que reúnem as criaturas mais
díspares no mesmo acidente, que lhes ocasiona a morte do corpo físico ou as
mais variadas mutilações, no quadro dos seus compromissos individuais”. Diante
de tantos lúcidos esclarecimentos, não mais podemos ter quaisquer dúvidas de
que a Justiça Divina exerce sua ação, exatamente, com todos aqueles que, em
algum momento, contrariaram a harmonia da Lei de Amor e Caridade e, por isso
mesmo, cedo ou tarde, defrontar-se-ão, inexoravelmente, com a Lei de Causa e
Efeito, ou, se preferirem, com a máxima proferida pela sabedoria popular: “A
semeadura é livre, mas, a colheita é obrigatória”.
É importante
destacar que, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, o mestre lionês assinala:
"Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento, porque se passa neste
mundo, seja, necessariamente, o indício de uma determinada falta: trata-se, frequentemente,
de simples provas escolhidas pelo Espírito para sua purificação, para acelerar
o seu adiantamento”. Diante do exposto, afirmamos que a função da dor é ampliar
horizontes, para, realmente, vislumbrarmos os concretos caminhos amorosos do
equilíbrio. Por isso, diante dos compromissos “cármicos”, em expiações
coletivas ou individuais, lembremo-nos sempre de que a finalidade da Lei de
Deus é a perfeição do Espírito, e que estamos, a cada dia, caminhando nessa
direção, onde o nosso esforço pessoal e a busca da paz estarão agindo a nosso
favor, minimizando, ao máximo, o peso dos débitos do ontem.
Fonte: Internet
Assinar:
Postagens (Atom)
𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.
Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...
-
Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...
-
Os Evangelhos estão repletos de alusões a anjos. A Bíblia inteira fala neles. Todas as religiões, de diferentes maneiras, se referem a e...