Se em outras encarnações você superou
problemas complicadíssimos, por que desta vez você não conseguiria superá-los?
Nascendo várias vezes as pessoas vão aprendendo e amadurecendo. Em cada
encarnação elas devem se esforçar para evoluir e aprender bastante. Portanto,
desta vez você estará melhor preparado para enfrentar as dificuldades se usar o
que já aprendeu em outras encarnações. Ou seja, será mais fácil superar as
dificuldades se utilizar o que já desenvolveu.
Faça uma conta conservadora: você já
reencarnou mais de 50 vezes, nas mais diversas situações e lugares. Quantos
problemas graves você já enfrentou?
Um dos grandes benefícios da terapia
de regressão é a pessoa tomar consciência de todas as dificuldades que já
enfrentou e superou em outras encarnações. Um paciente homem revivenciou uma
encarnação em que passou fome por longos 4 anos. Seu corpo frágil adoecia
facilmente, o que provocava dores, desânimo e outros sofrimentos. Ele suportou
a provação até que a natureza voltou a trazer a chuva; a vida ficou mais fácil
e seu corpo fortaleceu (bem nutrido). A consequência desta revivência foi um
maior interesse por ajudar o próximo. Também fez com que ele se tornasse mais
resistente e tolerante às frustrações.
A verdade é que já enfrentamos
dificuldades maiores do que as que vivenciamos na atual encarnação. Estas
vivências nos ajudaram a progredir e desenvolver habilidades. Portanto, uma das
maiores necessidades humanas é APROVEITAR dos recursos que já possui.
Desperdiçar habilidades e
conhecimentos é algo muito ruim. A vida pode ser mais rica, mais dinâmica e
mais eficiente se você usar os seus potenciais.
O espírito que você é ainda viverá milhões de anos. Suas futuras encarnações serão melhores se
você aprender esta lição.
Aceitar, compreender e respeitar as Leis de Deus. Use as Leis de Deus
para evoluir e viver melhor.
Vinte e quatro pensamentos que vão te explicar o que é a evolução
espiritual. Motivação para evoluir e superar os desafios da vida
O que fazer?
Primeiro: dinamizar a mente
inconsciente com atitudes e posturas nobres. Tudo que é nobre facilita a
emersão de conteúdos do inconsciente.
Segundo: prestar atenção a estes
conteúdos, pois normalmente eles emergem na mente sob a forma de ideias,
sentimentos, percepções e sensações sutis. Poucas vezes são fortes para nos
chamar atenção. Se treinar para escutar a própria mente é fundamental. (Para
entender este treinamento e ter ótimas dicas sugiro a leitura do livro "A
Espiritualidade no Dia a Dia" - clique aqui)
Terceiro: você estimula o que
pratica. Se praticar um instrumento musical estimulará habilidades musicais,
por exemplo. Se praticar a tolerância e a paciência estimulará estes conteúdos
que estão no inconsciente. Por outro lado, se viver negativamente, transformará
até boas experiências passadas em conteúdos negativos. Exemplo: os espíritos
que estão encarnados já experimentaram situações de violência em alguma
encarnação. Estes conteúdos são estimulados cada vez que as pessoas acordam e
ligam a TV para receber sua dose de informações de desgraças. Com o estímulo da
notícia, a dinamização destes conteúdos no inconsciente e o costume de focar o
negativo, a pessoa passa a vibrar o que foi estimulado (sentimentos de
impotência, inconformismo, angústia, insatisfação, etc). Ela cria um “estado de
espírito” que a acompanha por horas ou dias – e que continua mesmo que passe a
pensar em outras coisas, pois sua mente já está condicionada (viciada no
negativo).
Deve-se praticar tudo que possa estimular
conteúdos nobres que estão presentes em sua mente. Deve-se fortalecer estes
conteúdos e “convidá-los” a fazer parte da sua vida.
Quarto: dar intensidade e entrega às
atividades que está realizando. A intensidade e a entrega são grandes
mobilizadores da mente inconsciente (alguns textos que explicam a importância
da intensidade).
A regra é: estimular e esperar a
resposta da mente. Nem sempre a reposta é na hora ou da forma que se quer. Mas,
havendo estímulo há resposta. Perceber e valorizar estas respostas sutis é
fundamental para que haja continuidade na emersão dos conteúdos do
inconsciente.
Observar-se e descobrir-se é um dos
caminhos mais frutuosos para evoluir. Aproveitar as experiências e aprendizados
de encarnações passadas deve ser mais um estímulo para você estimular seus
potenciais e se conhecer melhor.
O espírito que você é já reencarnou
centenas ou milhares de vezes. Já sofreu e superou os mais diversos problemas.
Ele aprendeu e este aprendizado está disponível desde que seja dinamizado.
O espírito que somos passou por
doenças terríveis, situações de injustiças, tristezas, misérias brutais. Passou
por problemas maiores que os atuais – E SUPEROU.
Seu problema atual pode ser superado,
pois seu espírito já passou por muitas outras provações e já superou outros
problemas sérios e complicados. Esta capacidade está dentro de você. Caminhe
para o que é nobre, estimule as habilidades e qualidades que necessita para
vencer o desafio que é a encarnação.
PS: meu segundo livro se chama
"A Espiritualidade no Dia a Dia" (clique aqui). Nele você encontrará
uma descrição detalhada e dicas para despertar os potenciais que o espírito que
você é possui.
Todo o encanto dos ensinos espíritas,
oriundo da fé racional considerando o potencial do magnetismo pelo passe,
desaparece ante as ginásticas pedantes e caricatas de tratamentos “espirituais”
ultimamente praticados em algumas instituições espíritas mal administradas.
Dos muitos disparates que já ouvi nas
hostes espíritas de Brasília, um deles é que a aplicação do passe quando
“concentrado” (concentrado???….!!!) e muito demorado pode causar
“congestionamento fluídico” (congestionamento fluídico???…!!!) e com isso o
assistido pode se sentir mal (sentir mal???…!!!) Acredite se puder!
Ora, na aplicação do passe oferecido
numa casa espírita bem dirigida, os Benfeitores manipulam e espargem os fluidos
exatamente na quantidade necessária para cada assistido, nem mais, nem menos.
Nunca em excesso.
O passe não poderá, em tempo algum,
ser aplicado com movimentos bruscos, com malabarismos manuais, estalos de
dedos, cânticos estranhos e, muito menos ainda, com passistas incorporados com
“aconselhamentos” para o assistido.
Por conseguinte, na aplicação do
passe não se fazem necessários a gesticulação violenta, a respiração ofegante
ou o bocejo contínuo, e que também não há necessidade de tocar o assistido. A
transmissão do passe dispensa qualquer recurso espetacular.
São ridículas as encenações
preparatórias com as mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de
fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para
“melhor assimilação” fluídica, braços e pernas descruzados para não impedir a
livre passagem dos fluidos, e assim por diante – só servem para achincalhar o
passe, o passista e o paciente.
A transfusão sanguínea promove a
renovação das forças biológicas. O passe é transfusão de energia psíquica e
magnética. A diferença é que os recursos sanguíneos são extraídos de um
reservatório limitado, mas os elementos psíquicos são retirados do reservatório
interminável das forças espirituais.
A transfusão ocorre através do
períspirito, órgão sensitivo do Espírito, que interage de forma profunda com o
corpo biológico, razão pela qual as energias psíquicas, transmitidas pelo passe
e recebidas inicialmente pelos “centros de força”, alcançam o corpo físico
através dos “plexos”, proporcionando a renovação das células enfermiças. As
energias psíquicas poderão ser espirituais, considerando o magnetismo advindo
dos desencarnados que participam dos processos, e fluidos humanos, através do
magnetismo animal pertencente aos passistas encarnados.
O passe é prece, concentração e
doação. A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental
que atrai. Por ela, consegue o passista duas coisas importantes: primeiro,
expulsar da mente os sombrios pensamentos remanescentes da atividade comum das
lutas materiais diárias; segundo, sorver do plano espiritual as substâncias
renovadoras a fim de conseguir operar com eficiência em favor do próximo.
Por questão de bom senso, o passe
deverá sempre ser ministrado de modo silencioso, com simplicidade e
naturalidade. Todo o potencial e toda a eficácia do passe genuinamente espírita
dependem do espírito e da assistência espiritual do passista e não apenas do
passista. Jesus utilizou o passe “impondo as mãos” sobre os enfermos, a fim de
beneficiá-los. E ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que
também a empregaram largamente nos tempos apostólicos.
Vale relembrar aqui que apesar dos
estranhos passistas que criam confusões ao aplicarem o passe, reconhecemos que
muitos encarnados e desencarnados são beneficiados pela transfusão dos fluidos
psíquicos, pois sabemos que é manifestação do amor de Deus, esse sentimento
sublime que abarca a todos e os alivia.
Importa-nos lembrar, porém, um
pensamento de Chico Xavier: o passe, tal como terapia, não modifica
necessariamente as coisas, para nós, mas pode modificar-nos a nós em relação às
coisas.
Jorge Hessen.
Fonte: A LUZ NA MENTE. Revista On
Line de Artigos Espíritas
Em 2012, Zainab, uma parteira
queniana, fez o parto de uma criança intersexual (que possui órgãos genitais
masculinos e femininos). Quando a mãe viu que o sexo do bebê não estava
definido, ficou surpresa. O marido pediu para que Zanaide matasse o bebê, mas
Zanaide pegou a criança para si e cuidou dela, embora sob riscos, pois na
comunidade em que reside, assim como em outras no Quênia, um bebê intersexual é
visto como mau presságio, que traz maldição para a família e até para os
vizinhos. [1]
A Intersexualidade em seres humanos é
alguma alteração de caracteres sexuais, incluindo cromossomos, gônadas e/ou
órgãos genitais que dificultam a identificação de um indivíduo como
inteiramente feminino ou masculino. Essa variação pode envolver ambiguidade
genital, combinações de fatores genéticos e aparência e variações cromossômicas
sexuais diferentes de XX para mulher e XY para homem. Pode incluir outras
características de dimorfismo sexual, como aspecto da face, voz, membros, pelos
e formato de partes do corpo. [2]
Georgina Adhiambo, diretora-executiva
da ONG Voices of Women, que trabalha para reduzir o estigma contra pessoas
intersexuais no Quênia, disse que o assunto ainda é um tabu. Atualmente as
opções de tratamento dos intersexuais variam muito. Alguns pacientes não
precisam de cuidados, enquanto outros podem precisar de remédios ou terapia
hormonal. Há ainda aqueles que precisam de cirurgia – opção que costuma ser
protelada até a puberdade, para que a própria criança possa escolher seu sexo.
A palavra intersexual é preferível ao
termo hermafrodita, já bastante estigmatizado, precisamente porque hermafrodita
se referia apenas à questão dos genitais visíveis. Alguns intersexuais podem
ser considerados como transgêneros. Porém, tanto a intersexualidade quanto a
transexualidade são temas polêmicos, e menos discutidos do que deveriam. Talvez
por isso não se compreenda exatamente do que se trata, e essa condição seja
motivo de tantos casos de preconceito.
Ademais, sobre o tema, uma pessoa
pode ser cisgênero ou transgênero. O cisgênero se identifica com o gênero
correspondente ao sexo biológico, ou seja, se possui órgão sexual feminino é
uma menina, se possui órgão sexual masculino é um menino. É o que todo mundo
considera regra. Já o transgênero é a pessoa que contesta essa regra, que não
tem seu gênero definido pelo sexo biológico. Muitas vezes o transexual se
identifica com o gênero oposto ao sexo com que nasceu. Podemos dizer que o
transexual é transgênero, mas nem todo transgênero é transexual.
Um estudo realizado pela Universidade
de Washington, nos Estados Unidos, publicado pela revista Psychological
Science, concluiu que as crianças transgênero começam a reivindicar um gênero
diferente, ao mesmo tempo que as crianças cisgênero se identificam com o gênero
correspondente ao sexo biológico, por volta dos 2 anos. É como se a criança
olhasse no espelho e não se reconhecesse. É uma expectativa constante de que
ela vá acordar no corpo certo.
Independentemente das demarcações e
definições controversas, a sociedade dará sinais de avanço quando compreender a
neutralidade de gênero, e que o ser humano não se reduz à morfologia de “macho”
ou “fêmea”.
Ainda sobre a “transexualidade”, por
exemplo, Emmanuel adverte que “encontramo-nos diante de um fenômeno
perfeitamente compreensível à luz da reencarnação. Inobstante as
características morfológicas, o Espírito reencarnado, em trânsito no corpo
físico, é essencialmente superior ao simples gênero masculino ou feminino.” [3]
O mentor de Chico Xavier ainda
acrescenta que “aprenderemos, gradualmente, a compreender que os conceitos de
normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de
sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição
da dignidade humana, de vez que a individualidade em si exalta a vida
comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a
deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinquência.” [4]
Além disso, aprendemos com o autor de
“Há dois mil anos”, “que é urgente amparo educativo adequado [aos sexuais e
morfologicamente diferentes], tanto quanto se administra instrução à maioria
heterossexual”. [5] E para que isso se verifique em linhas de justiça e
compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas
do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna “os erros e acertos dos
irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados
pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque todos os
assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da
consciência de cada um.” [6]
Jorge Hessen.
Fonte: A LUZ NA MENTE. Revista On
Line de Artigos Espíritas
jorgehessen@gmail.com
Referências bibliográficas:
[1]Disponível em
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-39852313 , acessado em 14/07/2017
[2]Money,
John; Ehrhardt, Anke A. (1972). Man & Woman Boy & Girl. Differentiation
and dimorphism of gender identity from conception to maturity. USA: The Johns
Hopkins University Press. ISBN 0-8018-1405-7.
[3]XAVIER,
Francisco Cândido. Vida e Sexo, RJ: Ed. FEB, 1977
Allan Kardec, na questão 701, de O
Livro dos Espíritos, disse que o casamento, segundo as vistas de Deus, tem que
se fundar na afeição de dois seres que se unem, e que na poligamia não há
afeição real, há apenas sensualidade. Porém, não se pode esquecer que o
adultério é uma prática comum, que em muitos casos acaba sendo tolerado pela
sociedade.
Em entrevista ao programa Sem Dúvida,
da TV Mundo Maior, Sônia Theodoro disse que o adultério é uma violação dos
sentimentos mais nobres.
“O adultério é uma violação dos
sentimentos mais nobres que um ser humano pode sentir pelo outro, por exemplo,
no casamento devemos fidelidade, respeito ao nosso cônjuge. O adultério é visto
no espiritismo como transgressão ao sentimento e a lei de amor”.
A diferença entre traição e
adultério, é que na traição há uma quebra de confia seja no casamento ou no
relacionamento sem compromisso e no adultério existe o ato sexual. Em relação
ao sexo é preciso ter um equilíbrio, já que este tem uma enorme influência
sobre as pessoas. O desejo sexual retido acaba gerando perigo, já que poucas
pessoas são capazes de canalizar essa energia sexual em processos criativos.
Quais as consequências espirituais do
adultério?
Quando um casal pratica o adultério,
além de violar as leis de Deus, o casal está fazendo também uma troca de
energias que pode ser de amor ou ódio, maléfica ou benéfica, etc. Afinal,
estamos sempre acompanhados de espíritos, que se ligam por conta dos gostos,
pensamentos, atividades, emoções. E uma relação adultera atraímos espíritos
maus, que gostam deste tipo de relação.
E ainda, de acordo com um artigo do
site Espírito Imortal, a arte do pensamento pode ser considerado um ato de
adultério, já que com o poder mental podemos atrair espiritualmente a outra pessoa
caso a desejamos fortemente.
Mesmo sendo ou não correspondido o
desejo, atraímos outros espíritos que gostam dessa sensação prazerosa do sexo.
Por isso, qualquer pessoa que tenha o pensamento dominado pela ideia do sexo
pode atrair espíritos que se tornam difíceis de se livrar.
Ainda de acordo com o artigo, há
pessoas que são habituados a se relacionar com desencarnados ou encarnados por
meio do desdobramento do sonho. Geralmente, estes tipos de pessoas vivem sem
esperança amorosa, já que acabam roubando a energia de pessoas próximas.
O sexo é criação de Deus que nos deu
o poder de criar. O sexo equilibrado significa amor, porém o sexo em
desequilíbrio pode significar queda e destruição.
Para o aprendiz dos nefastos vícios
humanos, o ato de fumar ou beber são puramente simbólicos. Na adolescência
arrazoa que não é mais o “filhinho” da mamãe, que é “durão”, um ousado
aventureiro e não um démodé. À medida que o simbolismo psicológico submerge, a consequência
farmacológica adota a gerência para conservar a usança. Para o espírita, o
vício de fumar ou de beber tem implicações muito graves, especialmente em face
das repetidas advertências dos Benfeitores Espirituais, elucidando sobre os
danos que causam à mediunidade, por exemplo. O médium, contaminado pelo
tabagismo, transforma-se inteiramente numa espécie de “cachimbo” ou “piteira”
nas vinculações dos fumantes crônicos do além-túmulo, e o viciado em alcoólicos
torna-se mira de obsessão dos indigentes alcoolistas da dimensão espiritual.
O viciado de qualquer matiz se torna
cativo ante as garras insaciáveis do parasitismo ou do vampirismo. Experiências
de vida que poderiam ser nobres, dignas, proveitosas, tornam-se vergonhosas e
inúteis, estimulantes de capitulações desastrosas. Famílias inteiras são, quase
sempre, afetadas por essas ruínas morais de profunda repercussão. Na verdade, o
vampirismo é apenas um fenômeno de simbiose, que tanto ocorre entre os
encarnados quanto entre os desencarnados, isto é, nenhum vício termina com a
desencarnação.
Os vícios aqui comentados fustigam as
bases da consciência espirita, desarmoniza a estrutura fisiopsíquica e as
composições funcionais do perispírito, que se impregna de toxinas. O álcool e o
fumo afetam os trilhões de células saturadas de vitalidade que compõem o
psicossoma, deixando sequelas específicas. Em verdade, o tabagismo e o
alcoolismo atormentam os desencarnados viciados que se angustiam ante a vontade
de fumar e de beber, irresistivelmente potencializada.
O desgastante cenário da questão é
consubstanciado na inexistência de indústrias de bebidas alcoólicas e de
fábricas de cigarros na erraticidade, a fim de abastecer os finados tabagistas
e alcoolistas. Em face disso, os “fantasmas” fumantes e beberrões, para
materializarem suas baforadinhas e tragadinhas, tornam-se promotores
protagonistas da subjugação, transformando-se em artífices da vampirização
sobre os encarnados inermes de vontade. Situações em que Espíritos viciados se
locupletam nos vapores etílicos e nas deletérias baforadas do malcheiroso
cigarro.
Esses são motivos relevantes para nos
acautelar contra quaisquer tóxicos, narcóticos, alcoólicos e contra o hábito
demasiado de ingestão de drogas que contaminem a composição natural do
organismo físico, até porque, disciplina, discernimento e comedimento afiançam
o equilíbrio e o bem-estar da nossa casa mental.
Fonte: A LUZ NA MENTE. REVISTA ON
LINE DE ARTIGOS ESPIRITAS. Por: Jorge Hessen
— Não há dúvida de que existem seres
dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos. A revelação espírita
confirma, nesse ponto, a crença de todos os povos. Mas ao mesmo tempo nos dá a
conhecer a natureza e a origem desses seres. As Almas ou Espíritos são criados
simples, ou ignorantes, quer dizer: sem conhecimentos e sem a consciência do
bem e do mal, mas aptos a adquirir tudo isso que lhes falta. Eles o adquirem
pelo trabalho. O alvo, que ó a perfeição, é o mesmo para todos e eles o atingem
com maior ou menor rapidez, de acordo com o uso que fizerem do seu
livre-arbítrio e na razão dos seus esforços. Todos têm que percorrer os mesmos
graus, com o mesmo trabalho a cumprir.
Deus não dá uma obrigação mais pesada
nem mais leve a uns do que a outros, porque todos são seus filhos e sendo Ele
justo não tem preferência por nenhum. Deus lhes diz: "Eis a Lei que deve
guiar a vossa conduta. Só ela vos pode conduzir ao alvo. Tudo o que estiver de
acordo com essa Loi pertence ao bem, tudo o que a contrariar pertence ao mal.
Sois livres de a observar ou de a infringir, de maneira que sereis os árbitros
da vossa própria sorte."Deus, portanto, não criou o mal. Todas as suas
Leis conduzem ao bem. Foi o próprio homem quem criou o mal infringindo as Leis
de Deus. Se ele as observasse escrupulosamente jamais se afastaria do bom
caminho.
— Mas a alma, nas primeiras fases da
sua existência, da mesma maneira que a criança, não tem experiência e por isso
é falível. Deus não lhe dá a experiência, mas lhe concede os meios de adquiri-la.
Cada passo falso no caminho do mal representa um atraso para a alma. Ela sofre
as consequências de erro e aprende à própria custa o que deve evitar. É assim
que pouco a pouco ela se desenvolve, se aperfeiçoa e avança na hierarquia
espiritual até chegar ao estado de Espírito puro ou anjo.
Os anjos são, pois, as almas dos
homens que atingiram o grau de perfeição acessível à criatura e gozam da
felicidade prometida. Antes de haver atingido o grau supremo, gozam de uma
felicidade relativa ao seu adiantamento, mas essa felicidade não é a do prazer
ocioso. É, pelo contrário, a das funções que Deus lhes confia, a seu pedido,
sentindo-se felizes de desempenhá-las, porque estas ocupações são para elas um
meio de progredir. (Ver Cap. Ill, O Céu.)
— A Humanidade não está limitada à
Terra. Ocupa inumeráveis mundos que circulam no espaço. Ocupou os mundos que já
desapareceram e ocupará os que ainda se formarão. Deus criou desde toda a
eternidade e cria sem cessar. Muito tempo antes que a Terra existisse, por maior
ancianidade que lhe atribuamos, já havia em outros mundos Espíritos encarnados
que percorreram as mesmas etapas que nós, Espíritos de formação mais recente,
que estamos percorrendo agora o mesmo caminho que eles percorreram, chegando ao
seu destino antes mesmo que nós houvéssemos saído das mãos do Criador. Por toda
a eternidade sempre houve anjos ou Espíritos puros, mas como a sua existência
humana se perde no infinito do passado, temos a impressão, de que eles sempre
foram anjos.
— É assim que se nos revela a grande
Lei de unidade da Criação. Deus nunca esteve inativo e sempre teve Espíritos
puros, experientes e esclarecidos para transmitirem as suas ordens e para
dirigirem todo o mecanismo do Universo, desde o governo dos mundos até os mais
ínfimos pormenores. Não houve pois necessidade da criação de seres
privilegiados, isentos de encargos. Todos, antigos ou novos, conquistaram a sua
elevação através da luta e pelos próprios méritos. Todos, enfim, são filhos de
suas próprias obras. Assim se cumpre igualmente a soberana justiça de Deus.
Como sabemos no espiritismo cada caso
é um caso e existem inúmeros fatores que podem levar à uma conclusão diferente
para cada situação específica. Listarei aqui algumas das possibilidades não
sendo elas todas as possíveis, mas as mais comumente contadas em literaturas
espíritas e em reuniões mediúnicas.
Ao se suicidar um espírito abaixa seu
campo vibracional automaticamente devido ao crime cometido contra a própria
vida. Isso leva à todo tipo de sensações de níveis mais baixos podendo causar
no espírito incríveis sentimento de culpa, já que no mundo espiritual a
consciência do ser tem voz muito mais ativa que no mundo corporal o suicida
pode sofrer por muitos anos de uma culpa que corrói o seu psiquismo levando à
beira da loucura espiritual.
Também existem casos desses espíritos
ficarem de tal forma tão fora de si que acabam sendo presas fáceis dos vampiros
energéticos. Espíritos sombrios que aproveitam-se de espíritos errantes em
sofrimento para sugar-lhe as energias residuais pós-desencarne (vide a obra
Nosso Lar de André Luiz).
Há também um lugar chamado vale dos
suicidas, onde energeticamente os espíritos que cometessem tal ato se atraíam
mutuamente. A médium Yvonne Pereira, em seu livro “Memórias de um Suicida”,
fala do Vale dos Suicidas. Existem notícias em reuniões mediúnicas que o grupo
de espíritos responsáveis pelo resgate neste campo espiritual chamados de
Legião dos Servos de Maria. Atualmente correm notícias confirmadas em algumas
reuniões mediúnicas de que o vale fora desfeito devido às reurbanizações
espirituais (um tipo de limpeza energética que começa a ser feita lentamente
nas regiões espirituais próximas à crosta devido à chegada do momento de
elevação do planeta Terra para um mundo de regeneração). Sendo confirmado ou
não se sabe que ainda existem várias regiões no umbral onde espíritos em
sofrimento, inclusive suicidas se reúnem devido à simpatia de pensamentos.
Ao reencarnar muitos suicidas vem com
o órgão que foi atacado pelo suicídio indireto marcado, isso explica muitos
defeitos congênitos. Podem ser espíritos que em vidas anteriores cometeram
algum tipo de excesso que lhes causou uma marca perispiritual de tanta
profundidade que ainda em outra vida os efeitos desta ação são percebidos em
forma de distúrbios de saúde apresentados desde a infância.
Como evitar o suicídio ou que um ente
amado tenha tais tendências?
Kardec nos responde dizendo que
somente o trabalho, ou seja, uma ocupação útil que lhe traga a satisfação de
estar sendo útil para o mundo e para si mesmo. Aos que possuem qualquer tipo de
desordem mental, seja depressão ou qualquer tipo de problemas psicológicos,
deve procurar sempre ajuda profissional, pois que a medicina na terra não deixa
de ter efeito de forma alguma. Lembre-se, a vida continua e o suicídio não irá
lhe salvar de problemas e sim aumenta-los!
Busque os amigos, a família, que tem
importante papel no auxílio para a recuperação do equilíbrio emocional do
indivíduo. Ande com fé, tente ser grato às coisas que tem, já parou para pensar
que muita pessoa na África por exemplo tem muito menos que você e buscam sempre
sobreviver?
É verdade que é uma situação
complicada mas Deus está ao seu lado! Aos irmãos que possuem amigos que
tentaram suicídio ou tem tendências sérias à isso digo: não os desamparem! Continuem
orientando-os e buscando auxiliar lhes a encontrar algo que possa lhes salvar
de si mesmo.
Por fim Quero desejar que Deus ampare
o coração de todos que se suicidaram e encontram-se em dor devido ao ato
impensado contra a própria vida, que a luz se faça na vida de cada um e que
possam reparar seu erro. Espero que o artigo tenha sido útil, apesar de um
pequeno resumo espero que ajude nas discussões e debates referentes ao assunto!
Muita Paz!
Fonte: Site Espiritismo da Alma (Página
de conteúdo Espírita cristão com base na doutrina codificada por Kardec)
Tão logo começamos a estudar a
Doutrina Espírita, começamos também a interpretar os acontecimentos de nossas
vidas do ponto de vista espiritual, principalmente quando nos encontramos diante
de dificuldades. Não tardamos a nos perguntar o que fizemos, numa outra
encarnação, para merecer aquilo que vemos como uma punição, um castigo. E,
muitas vezes, incapazes de adivinharmos o passado, nós julgamos injustiçados.
Não nos lembramos dos momentos
passados na erraticidade, isto é, no plano espiritual, antes de reencarnar.
Existem, é claro, muitos casos diferentes, pois cada um de nós é um espírito
individual, com uma história e uma evolução próprias — mas muito comum é o
espírito que, quando desencarnado, dá-se conta do peso de seus erros,
compreendendo ter perdido tempo com propósitos desimportantes, e pede uma nova
chance de reencarnar na Terra.
Nesta nova chance, suplica o espírito
que quer passar por difíceis provas e expiações – doenças dolorosas,
dificuldades financeiras, incompreensões — para mais rapidamente “expurgar”
seus erros e assim avançar espiritualmente. Porém, Deus, em sua infinita e
incansável misericórdia, não pede sacrifícios, que além de não ajudarem, às
vezes mais ainda atrapalham a jornada evolutiva do espírito — e embora muitos
de nós ainda devam passar por duras provas, mais numerosos são aqueles que têm
seus pesares aliviados, através de uma missão.
Esta missão, que tem por objetivo
resgatar as dívidas do espírito através do trabalho, não é necessariamente algo
grandioso — muitos de nós, quando ouvem a palavra “missão” pensam
automaticamente em espíritos altamente evoluídos como Jesus ou Ghandi. Uma
missão pode ser simples como trabalhar em favor das crianças sem lar, dos
idosos abandonados, ser médium em um centro espírita, entre outros — em suma,
uma missão é um trabalho que nos é atribuído de acordo com nossas capacidades e
talentos para que possamos ajudar o outro enquanto nos ajudamos a nós mesmos.
Quando encarnados, não nos lembramos
de nada disso, mas recebemos a inspiração de espíritos superiores para que
compreendamos a tarefa — seja através de mensagens mediúnicas, de sonhos ou de
simples pensamentos que nos aparecem como qualquer outro. Não nos lembramos
claramente de nossos compromissos, mas somos sempre intuídos, e por isso é
importante prestarmos atenção em nossos pensamentos e intuições. Infelizmente,
nem todo espírito que reencarna com uma missão termina por cumpri-la —
frequentemente nos deixamos envolver por outras preocupações, adiando sempre
aquilo que é espiritual, importante para nosso espírito, até que seja tarde
demais.
Quando chega a hora do desencarne,
nada pode ser feito pelo tempo perdido, e uma reencarnação passada sem avanços
espirituais é uma perda imensa, um desserviço que fazemos a nós mesmos.
Como as dores dos que ficaram afetam
os espíritos?
Não deixemos que isso aconteça. Ainda
que não nos lembremos dos compromissos assumidos, trabalhemos sempre pela nossa
transformação interior, perdoando e ajudando sempre. Seguindo os princípios
morais do amor pregados por Jesus, temos a certeza de estar fazendo o melhor
para nosso próximo e para nós mesmos.
Apegada a matéria, ficou 35 anos
procurando seus bens, socorrida nos trabalhos Mediúnicos do Grupo Socorrista
Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro.
Que péssima hora pra vir me
incomodar, não vê que estou ocupada? Estou na pista de conseguir encontrar as
minhas coisas. Tenho muito o que procurar, não tenho tempo pra conversas, não
vê você? Percebe que estão me atrapalhando, tudo o que eu tinha, sumiu, ou foi
tirado de mim. Mas eu vou encontrar. Onde que eu vou, sem nada? Se me acharem
sem nada, vão pensar que eu sou uma ninguém. Levei anos e dois casamentos pra
conseguir meu patrimônio, de repente, me vejo aqui, somente com a roupa do
corpo. Eu não aceito isso, não aceito.
Quem me furtou, trate de devolver,
porque nesse ambiente, em que eu não encontro ninguém, nem reconheço nada, o
que será de mim sem dinheiro? Não entende?
Eles falaram que de nada adianta
agora os bens que eu possuía, que aqui isso não vale de nada.
Que desespero! Então o que vou fazer?
Por favor, me ajude a resolver isso.
Eles falaram que é exatamente isso
que estão fazendo, que é pra eu aceitar, que breve irei compreender tudo,
falaram que é pra agradecer a Deus, que tudo que preciso me será dado, sem que
eu precise ter bens pra isso.
Estou vendo que tem mesmo muitas
coisas que eu preciso aprender, porque ainda não entendi. Graças a Deus, muito
obrigada a vocês, eu vou entender, preciso aprender a viver, de novo.
Viviane.
Explicação da Médium: “De Osório –
RS, com extremo apego material, após desencarne repentino por avc, há 35 anos,
deparou-se consigo mesma sem posses, perdeu muito tempo procurando. Socorrida,
Graças a Deus”.
Psicografia obtida pelos médiuns do
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Gerônimo Mendonça Ribeiro nos
trabalhos Mediúnicos da noite de 12/12/2016.
Encontrei um amigo querido, num
centro espírita onde fui fazer uma palestra. Cumprimentamo-nos alegremente e
ele me contou que estava sofrendo muito, e com problemas de saúde, além do seu
relacionamento familiar, que estava péssimo.
Disse ele, que logo foi submeter-se
ao passe, água fluida e ouvir palestras. Tomou a iniciativa de comprar os
livros de Allan Kardec, Leon Denis Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e
outros autores, e passou mais de um ano lendo e fazendo o tratamento.
De repente, disse ele, percebi que
estava atrás de um prato de lentilhas, quando o Espiritismo me oferecia muito
mais, oferecia a minha progenitura. Percebi então que estava pedindo ao
Espiritismo coisas como, saúde, bem-estar, equilíbrio...
E ele me oferecia a verdade que
liberta, a certeza da imortalidade, o conhecimento da reencarnação, da
mediunidade, da lei de causa e efeito, do progresso, a transformação do meu
mundo interior, para que depois eu pudesse atuar no mundo exterior.
Entre outras coisas compreendi que
sou o construtor do meu destino. Que Deus me criou com todas as potencialidades
das perfeições, e me criou da luz das estrelas.
Aprendi que posso alcançar tudo que
eu quiser, porque Deus mora dentro do meu coração.
Abracei meu amigo carinhosamente,
pois ele percebeu em pouco tempo, aquilo que muitos não percebem, mesmo após
anos de frequência em centros espíritas.
Não peçam ao Espiritismo aquilo que
ele não pode dar, e não terão decepções. Entretanto é bom saber aquilo que o
Espiritismo não pode nos dar.
Com certeza ele não dará riquezas
materiais, nem meios de enriquecer sem fazer força. Ele não fará revelações
bombásticas, nem facilitará descobertas e invenções.
Em resumo, o Espiritismo se ocupa das
coisas do Espírito. Parece pouco? Mas não é. Allan Kardec escreveu, já em 1861,
que o Espiritismo tem duas forças preponderantes. A primeira, é que torna
felizes os que o conhece, compreende e pratica.
Com certeza está aí uma grande força
realmente, pois existe muita gente infeliz, que ao conhecer o Espiritismo, muda
suas vidas e melhoram o seu caráter. A compreensão dos aspectos espirituais da
vida tranquiliza as pessoas, porque mostra que não precisamos de muita coisa
para viver.
A Segunda razão lógica do
Espiritismo, é que a Doutrina não repousa numa única cabeça. Embora seja
habitual afirmar que ela é dos espíritos, na verdade, é a conjugação dos
esforços dos homens e dos espíritos, principalmente de Allan Kardec.
O próprio Kardec disse: O espiritismo
não repousa na cabeça de um único homem que possa ser derrubado. Os espíritos
estão por toda parte e podem se comunicar onde quiserem, pois não existe um só
lugar, uma só família que não tenha um médium em seu seio.
Uma prova dessa versatilidade é que o
Espiritismo feneceu na França e firmou-se no Brasil, enraizando-se de forma
extraordinária. Hoje somos o país mais espírita do mundo, e pouco a pouco o
Espiritismo vencerá todas as barreiras.
Prossegue Kardec: Porque enfim o
Espiritismo é uma ideia e não há barreiras impenetráveis à idéias, nem bastante
altas para que estas não as transponham. A Doutrina Espírita tem a vocação de
expandir-se.
Foi por isso que Allan Kardec afirmou
que o Espiritismo amplia os horizontes da humanidade. E como amplia! Ser
espírita é trazer o coração leve, e a certeza da imortalidade, das finalidades
superiores da vida. Se você é espírita, ame-o com muito carinho, e valorize-o.
Reproduzimos a seguir matéria da
revista Isto é, que aborda a temática da mediunidade ainda na infância. A
página Chico de Minas Xavier orienta que os pais busquem auxilio na casa
espírita de confiança e não esqueça de convidar o jovem a participar do Evangelho
no Lar.
ISTOÉ | Joédson Alves
Diana embalava o filho em frente a
uma parede repleta de fotos na casa de sua mãe, em Brasília. Uma delas,
envelhecida pelo tempo, chamou a atenção do pequeno Roberto, então com pouco
mais de um ano. O garoto apontou a jovem que aparecia no retrato: “Vovó. ” A
mãe achou estranho. “Sim, esta era a minha avó, sua bisa”, explicou. E
perguntou como ele adivinhara, já que ninguém havia mostrado aquela imagem ao
menino. Roberto apenas tocou o colo da moça no retrato. “Dodói”, disse. Na
foto, nenhum machucado aparente. O assombro tomou conta da sala quando Liana se
recordou que a avó, já idosa, faleceu em decorrência de um câncer de mama. “Meu
filho sabia daquilo sem que ninguém tivesse lhe contado”, resume o pai, Ricardo
Movits. Ninguém deste mundo, é bom ressaltar.
Antes de tachar a história do menino
Roberto de mentira, fantasia ou maluquice, vale lembrar que Chico Xavier, o
maior médium brasileiro, teve sua primeira experiência mediúnica aos cinco
anos, quando sua mãe faleceu e, em espírito, passou a visitá-lo. Roberto, hoje
com quatro anos, também diz receber a visita de parentes falecidos. E de modo
assíduo. Contou que a avó frequenta sua casa para lhe ensinar coisas sobre a
vida e a morte. “Ela disse que as pessoas que morrem viram anjinhos e depois
voltam a ser bebês”, afirma. Em outra ocasião, Roberto surpreendeu o pai ao
comentar que o avô havia morrido porque fumava demais. “Entrou muita fumaça no
peito dele”, completou. Essas supostas habilidades do menino poderiam ser
explicadas por meio da mediunidade. Estudada por religiosos, psiquiatras e até
neurologistas, a mediunidade é a capacidade de ver e ouvir espíritos ou
realizar fenômenos paranormais – como incorporação e clarividência – por
intermédio de agentes externos. Ou seja, de entidades espirituais que utilizam
o corpo do médium como veículo para se manifestar.
Relatos desse tipo são cada vez mais
comuns. Mesmo nos consultórios. A psicologia e a medicina, no entanto, buscam
outras formas de justificar esses fenômenos. Se a criança parece possuída por
uma entidade sobrenatural, por exemplo, é feito diagnóstico de transtorno de
personalidade ou estado de transe e possessão, cujo tratamento alia
psicoterapia e medicamentos. A comunicação com amigos invisíveis aos olhos dos pais
costuma ser encarada como mera fantasia. “Há momentos em que a ilusão predomina
e a criança transforma em real o que é apenas o seu desejo inconsciente”,
considera a psicanalista Ana Maria Sigal, coordenadora do grupo de trabalho em
psicanálise com crianças do Instituto Sedes Sapientiae. “Ao brincar com um
amigo imaginário, ela nega a solidão e cria um espaço no qual é dona e senhora.
Já falar com parentes falecidos é uma forma de negar uma realidade dolorosa e
se sentir onipotente, capaz de reverter a morte”, acrescenta Ana Maria.
A interpretação é a mesma da maioria
dos pediatras. Presidente do Instituto da Família, que estuda as relações
familiares, o médico Leonardo Posternak afirma que esse tipo de fantasia
permite à garotada chamar atenção. Segundo ele, as crianças percebem se os pais
demonstram admiração por seu suposto dom. Ou se aproveitam do carinho especial
recebido quando os pais desconfiam que o filho tem algum distúrbio psíquico.
Mas e quando surgem fatos capazes de assombrar os mais céticos, como o pequeno
subitamente falar outra língua? “É importante que sejamos humildes para admitir
que muita coisa ainda escapa à medicina cartesiana. Em vez de dizer aos pais
que o filho não tem nada ou que os sintomas vão passar, seria mais honesto
dizer que a medicina vigente não é capaz de diagnosticar o que se passa com
ele”, afirma Posternak. O presidente da Associação Brasileira de Neurologia e
Pediatria Infantil, César de Moraes, lembra que o estado de transe e possessão,
embora citado no Código Internacional de Doenças, ainda não foi esclarecido.
“Pode resultar de alguma desordem física ou mental ou, de fato, ser obra do
sobrenatural”, sugere.
No vácuo deixado pela medicina,
avançam cada vez mais as explicações alternativas que conciliam ciência e
transcendência. Se uma criança descreve e dá nome a um amigo imaginário e a
família descobre, ao investigar, que a descrição corresponde à de uma pessoa de
verdade, que habitou a casa no passado, a linha entre ficção e realidade
desaparece. É o que assegura Reginaldo Hiraoka, coordenador do curso de
parapsicologia das Faculdades Integradas “Espírita”, a única do gênero no
Brasil, em Curitiba. “O mesmo ocorre quando crianças afirmam se lembrar de
vidas passadas e citam episódios verídicos sem jamais terem ouvido algo a
respeito”, acrescenta. Para estudiosos da parapsicologia, há uma alta frequência
de relatos sobrenaturais na infância devido ao fato de a mediunidade, inata a
todas as pessoas, ainda não ter sido reprimida nessa fase. “Crianças com menos
de sete anos não veem nada de anormal nessas experiências”, afirma a psicóloga
infantil Athena A. Drewes, consultora da Parapsychology Foundation, com sede em
Nova York. “Elas as aceitam até que outras pessoas comecem a reagir negativamente
a seus relatos. O bloqueio ocorre ao entrarem na escola e descobrirem que nem
todos vivem as mesmas experiências. ”
Mas nem sempre a convivência com o
sobrenatural é tranquila. Às vezes, os amiguinhos imaginários são substituídos
por monstros que atrapalham o sono dos pequenos e os tornam arredios,
agressivos ou profundamente tímidos. Como no filme Sexto sentido, de Night
Shyamalan, crianças se dizem assombradas por imagens de espíritos que vagam com
ferimentos ou fraturas expostas, exatamente como estavam quando morreram.
Segundo a doutrina espírita, isso acontece quando os espíritos desencarnados
não conseguem se desprender do plano físico, seja por não terem se dado conta
da morte, seja por não a aceitarem. Também é possível que um espírito persiga
uma criança por ter sido ligado a ela em uma vida pregressa. “Imagine se seu
bebê foi uma pessoa má na encarnação anterior e prejudicou alguém que, agora,
se sente no direito de atrapalhar seu caminho”, cogita a autora do livro
Mediunidade em crianças, Agnes Henriques Leal. Conforme a tese espírita, é
possível que esse filho sofra horrores com a influência de seres assustadores.
Nessas horas, de acordo com o
espiritismo, a criança deve ser encaminhada a tratamento com passes para
dispersar energias negativas. Os espíritas podem ainda trazer a entidade a uma
reunião no centro – por intermédio de um médium – para tentar demovê-la da
perseguição. Leituras diárias do Evangelho também ajudariam. “Se os pais não
participarem do processo de cura, nada será atingido. Para tanto, deverão
conhecer a doutrina e se dispor a estabelecer, no lar, um clima vibratório de
harmonia e paz”, ensina o médium paraense Nazareno Tourinho, autor de
Experiências mediúnicas com crianças e adolescentes. Ele ressalta, no entanto,
que nenhum auxílio científico deve ser desprezado. “Primeiro, deve-se procurar
um profissional de saúde. Se o resultado não for satisfatório, resta buscar
ajuda de espíritas competentes”, orienta.
Outra opção é consultar um
especialista que seja ao mesmo tempo médico e religioso. Há muitos psiquiatras
adeptos do espiritismo que atendem crianças e adultos atormentados por
fenômenos inexplicáveis. Um deles é Sérgio Felipe de Oliveira, diretor da Associação
Médico-Espírita de São Paulo e autor da tese de que a mediunidade nada mais é
do que uma atividade sensorial – como a visão e o olfato – capaz de captar
estímulos do mundo extra físico. O órgão responsável pela mediunidade, diz
Oliveira, é a glândula pineal, localizada no cérebro, que controla também o
ritmo de crescimento e, na adolescência, avisa a hora de dar início à liberação
dos hormônios sexuais. Descrita por Descartes como a sede da alma em 1641, a
pineal tem sido pesquisada há séculos, e, desde a década de 1980, é comprovada
sua capacidade de converter ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos.
Para confirmar sua tese, Oliveira realizou diversos exames neurológicos (como
tomografia e eletroencefalograma) em pacientes em transe. “Verificamos a
atividade na pineal durante esses momentos. Ela é uma espécie de antena que
capta estímulos da alma de outras pessoas, vivas ou mortas, como se fosse um
olho sensível à energia eletromagnética”, diz.
Mesmo que não veja ou ouça espíritos
desencarnados, é a mediunidade que faz com que uma criança seja capaz de sentir
se um ambiente está carregado e a faz chorar quando um estranho com energias
ruins a pega no colo. Em sua clínica, Oliveira não descarta o uso de
medicamentos, mas não tem dúvida dos benefícios da atividade espiritual,
prescrita por ele como terapia complementar. Oliveira diz que, antes de se
afirmar que uma criança está sob influência de um espírito, é preciso descartar
as hipóteses de fantasia e de distúrbios psíquicos. A primeira etapa é
entrevistar o paciente em busca de elementos que não poderiam ser ditos por
ele. “É difícil diagnosticar como fantasiosa uma criança de três anos que se
põe a analisar quadros de Botticelli ou a conversar em francês sem nunca ter estudado
o idioma”, exemplifica. Finalmente, exames neurológicos são feitos para se
verificar se a atividade no cérebro é equivalente à registrada em convulsões ou
surtos de epilepsia. Normalmente, a reação é outra.
Médicos adeptos do espiritismo
afirmam que a infância é o período em que a ação da glândula pineal está no
auge, embora a criança não tenha o arcabouço intelectual necessário para
interpretar os estímulos de forma consciente. Com o desenvolvimento completo do
cérebro, a mediunidade seria sublimada na maioria das pessoas. Ou voltaria
ainda mais forte naqueles que aprenderam a exercitá-la. No Livro dos médiuns,
Allan Kardec, codificador da doutrina, avisa que a mediunidade não deve ser
estimulada em crianças, o que pode ser perigoso, já que os organismos delicados
das crianças sofreriam grandes abalos. “É de se desejar que uma criança dotada
de faculdade mediúnica não a exercite, senão sob a vigilância de pessoas
experientes”, escreveu. Por esse motivo, em geral os pais são orientados a não
incentivar os filhos a exercê-la. “Muitas crianças sentem dor porque o corpo
não está preparado para receber esse impacto”, diz a psicóloga Inês Ignácio, do
Centro Espírita Francisco de Assis, no Rio de Janeiro.
Em outras religiões espiritualistas,
como candomblé e umbanda, a presença de crianças nos rituais costuma ser
permitida. Muitos templos oferecem acompanhamento adulto para a iniciação. “É
preciso frequentar o centro como se fosse uma escola”, alerta Aguinaldo Cravo,
adepto do candomblé e babalorixá na Casa de Caridade Cabana de Oxossi, no Rio
de Janeiro. Crianças também exercem sua religiosidade nas giras de umbanda do
Templo Cacique Pai Pena Branca, em São Paulo. “Algumas já têm um canal de
vidência elevado, enquanto outras só vêem vultos e precisam desenvolver seu
dom”, diz a ialorixá Mãe Norma de Iansã, que oferece aos domingos um curso de
mediunidade aberto às novas gerações. Delas surgirá, quem sabe, um novo Chico
Xavier.