Indiscutivelmente estamos ainda muito longe da
educação racional. Conquanto
necessitados de ponderação, agimos, via de regra, sob o impulso de alavancas
emotivas acionadas por sugestões exteriores. De modo geral, muito antes
que nos decidamos a discernir, assimilamos idéias que nos são desfechadas
por informações e exibições que nem sempre se vinculam à verdade e passamos
a esposar opiniões que, comumente, nos induzem a desastres morais no comboio
da existência. Habitua-te a essa realidade e não te entregues às
impressões tumultuárias que porventura te visitem o coração. Com isso, não
te queremos pedir para que te transformes em palmatória de corrigenda ou
para que apresentes ouvidos de pedra à frente dos semelhantes. Às vezes, há
muito mais caridade na atenção que no conselho. Fraternalmente, escuta o que
se te diga e observa o que vês, sem escandalizar os interlocutores ou ferir
os companheiros de romagem terrestre, opondo-lhes censuras ou contraditas
que apenas lhes agravariam as dificuldades e os problemas. Ao invés disso,
aprendamos a filtrar aquilo que nos alcance o campo íntimo, aproveitando os
elementos que se façam úteis aos outros e a nós mesmos, e esquecendo tudo –
mas realmente tudo – o que não nos sirva à construção do melhor.
Conversação, na essência, é permuta de almas. Através da palavra, damos e
recebemos. Isso, porém, não se refere a doações e recepções teóricas.
Entendendo-nos uns com os outros, fornecemos e adquirimos determinados
recursos de espírito, que influirão em nossa conduta e a nossa conduta forma
a corrente de planos, coisas, encontros e realizações que nos determinarão o
destino. Escolha de hoje no livre-arbítrio será conseqüência amanhã. Causa
de agora será resultado depois. Cultivemos harmonia, à frente de tudo e de
todos; no entanto é preciso que essa atitude de entendimento não exclua de
nossa personalidade o otimismo irradiante, a sinceridade construtiva, o
reconforto da intimidade e a alegria de viver. Em suma, diante de todos e de
tudo, deixemos que a caridade nos ilumine o crivo da razão, a fim de que não
venhamos a perder os melhores valores rio tempo e da vida, por ausência de
equilíbrio ou falta de amor.
ENCONTRO MARCADO
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - EMMANUEL
necessitados de ponderação, agimos, via de regra, sob o impulso de alavancas
emotivas acionadas por sugestões exteriores. De modo geral, muito antes
que nos decidamos a discernir, assimilamos idéias que nos são desfechadas
por informações e exibições que nem sempre se vinculam à verdade e passamos
a esposar opiniões que, comumente, nos induzem a desastres morais no comboio
da existência. Habitua-te a essa realidade e não te entregues às
impressões tumultuárias que porventura te visitem o coração. Com isso, não
te queremos pedir para que te transformes em palmatória de corrigenda ou
para que apresentes ouvidos de pedra à frente dos semelhantes. Às vezes, há
muito mais caridade na atenção que no conselho. Fraternalmente, escuta o que
se te diga e observa o que vês, sem escandalizar os interlocutores ou ferir
os companheiros de romagem terrestre, opondo-lhes censuras ou contraditas
que apenas lhes agravariam as dificuldades e os problemas. Ao invés disso,
aprendamos a filtrar aquilo que nos alcance o campo íntimo, aproveitando os
elementos que se façam úteis aos outros e a nós mesmos, e esquecendo tudo –
mas realmente tudo – o que não nos sirva à construção do melhor.
Conversação, na essência, é permuta de almas. Através da palavra, damos e
recebemos. Isso, porém, não se refere a doações e recepções teóricas.
Entendendo-nos uns com os outros, fornecemos e adquirimos determinados
recursos de espírito, que influirão em nossa conduta e a nossa conduta forma
a corrente de planos, coisas, encontros e realizações que nos determinarão o
destino. Escolha de hoje no livre-arbítrio será conseqüência amanhã. Causa
de agora será resultado depois. Cultivemos harmonia, à frente de tudo e de
todos; no entanto é preciso que essa atitude de entendimento não exclua de
nossa personalidade o otimismo irradiante, a sinceridade construtiva, o
reconforto da intimidade e a alegria de viver. Em suma, diante de todos e de
tudo, deixemos que a caridade nos ilumine o crivo da razão, a fim de que não
venhamos a perder os melhores valores rio tempo e da vida, por ausência de
equilíbrio ou falta de amor.
ENCONTRO MARCADO
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - EMMANUEL