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segunda-feira, 7 de agosto de 2017
domingo, 6 de agosto de 2017
“TATUAGEM E PIERCINGS LESIONA O PERISPÍRITO? VISÃO ESPIRITA. ”
"
Alguém nos questionou se se usar uma tatuagem na pele teria influência sobre o
perispírito. Há dirigentes de casas espíritas advertindo que todas as pessoas
que fizeram ou pensam em gravar tatuagens ou usar piercings, automaticamente
estarão em processo de obsessão. Alguns cristãos baseiam-se nas Antigas
Escrituras, onde encontramos advertência aos israelitas de "que não
deveriam marcar o corpo, fazer cicatrizes com açoites como autoflagelo, por
nenhum motivo.".(1)
Referências
bibliográficas:
(1) Levítico 19.28; Deuteronômio 14.1-2.
(2) Xavier, Francisco Cândido e Vieira , Waldo.
Evolução em dois mundos, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro, Ed.
FEB, 1959
(3) Xavier, Francisco Cândido. Nosso Lar,
ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1955
Conhecemos
líderes espíritas convictos de que pessoas que tatuam o corpo inteiro ou o
enchem de piercings são espíritos primários que ainda carregam lembranças
intensas de experiências pretéritas, sobretudo dos tempos dos bárbaros, quando
belicosos e cruéis serviam-se dessas marcas na pele para se impor ante os
adversários.
Positivamente
não identificamos pontos de caráter prático no uso de tatuagens, especialmente
se a lesão imposta ao próprio corpo for por mero capricho. Isso sim, refletirá
invariavelmente no perispírito, já que, sendo o corpo físico (templo da alma)
um consentimento divino para nossas provas e expiações, devemos mantê-lo
dignamente protegido e saudável. Entretanto, será que o uso de piercings e
tatuagens sobrepujam qualidades morais? Quem pode penetrar na intimidade do
semelhante e saber o que aí ocorre?
Sob a
percepção histórica, a tatuagem é uma técnica ancestral que se esvai na memória
cultural das civilizações. Antigamente eram aplicadas para marcar o corpo de um
escravo com o símbolo do proprietário. Gravavam-se os corpos das prostitutas
com o emblema de um reino, governo ou estado. Servia também para estigmatizar o
corpo da mulher adúltera. Ainda hoje é tradição o seu uso no corpo de príncipes
de tribos beduínas, africanas e das ilhas do pacífico.
Presentemente,
servem para marcar o corpo de membros de gangues, grupos de atletas esportistas
(surfe, motociclismo), "beatniks" (movimento sociocultural nos anos
50 e princípios dos anos 60 que subscreveram um estilo de vida
antimaterialista, na sequência da 2.ª Guerra Mundial.), hippies, roqueiros e
alastrados principalmente entre jovens comuns dos dias de hoje.
Os que se
tatuam devem procurar identificar seus motivos íntimos. Recordemos que o corpo
é o templo do Espírito e não nos pertence, portanto, é importante preservá-lo
contra agressões que possam mutilar a sua composição natural. Há os que usam
vários brincos, piercings e outros adereços. Haveria a mutilação espiritual por
causa desses apetrechos? Talvez sim, provavelmente não! O certo é que o
perispírito é efetivamente lesado pela defecção moral, desequilíbrio emocional
que leva a suicídios diretos e indiretos; vícios físicos e mentais, rancores,
pessimismos, ambição, vaidade desmesurada, luxúria.
Esfola-se o
corpo espiritual todas as vezes que se prejudica o semelhante através da
maledicência, da agressividade, da violência de todos os níveis, da perfídia.
Destarte, analisado por esse prisma, os adereços afetam menos o corpo
perispirítico. Principalmente porque na atualidade muitos desses adornos que
ferem o corpo físico podem ser revertidos, já na atual encanação, e
naturalmente não repercutirá no tecido perispiritual.
André Luiz
elucida que o perispírito não é reflexo do corpo físico; este é que reflete a
alma. "As lesões do corpo físico só terão, pois, repercussão no corpo
espiritual se houver fixação mental do indivíduo diante do acontecido ou se o
ato praticado estiver em desacordo com as leis que regem a vida.".(2) As
tatuagens e as pequenas mutilações que alguns indivíduos elaboram como forma de
demonstrar amor a exemplo de alguém que grava o nome do pai ou da mãe no corpo
de modo discreto não trariam, logicamente, os mesmos efeitos que ocorreriam com
aqueles que se tatuam de modo resoluto, movimentados por anseios mais
grosseiros.
Curiosamente,
muitas pessoas, retornando ao plano espiritual, podem optar pelo uso dos
adornos aqui discutidos. Segundo o autor do livro Nosso Lar, "os
desencarnados podem, sob o ponto de vista fluídico, moldar mentalmente e de
maneira automática, no mundo dos Espíritos, roupas e objetos de uso e gosto
pessoal. Destarte, é perfeitamente possível, embora lamentemos, que um ser no
além-túmulo permaneça condicionado aos vícios, modismos e tantas outras coisas
frívolas da sociedade terrena.".(3)
No que
concerne às tatuagens especificamente, por ser um tipo de insígnia permanente,
pode, sem dúvida, ocasionar conflitos mentais. A começar na atual encarnação,
quando chega a ocasião em que o tatuado se arrepende, após ter mudado de ideia,
em relação à finalidade da tatuagem. Concebamos que seja o apelido, sobrenome,
o desenho ou algum emblema de alguma pessoa que já não estima, não ama ou
qualquer outra silhueta que já não aceita em seu corpo. Então, o que era um
mero enfeite, culmina cansando a estética e torna-se um problema particular de
complexa solução.
Então, por
que a pessoa se permite tatuar? Nas culturas primitivas se usavam tatuagens com
finalidades mágicas, para evocar a interferência de divindades, para o bem ou o
mal. Hoje é, para muitos indivíduos, uma espécie de ritual de passagem,
envolvendo a integração num grupo. Pode ser também de identificação. Pela
tatuagem a pessoa está dizendo algo de si mesma.
Nas
estruturas dos códigos espíritas não há espaços para proibições. Não obstante,
a Doutrina dos Espíritos oferece-nos subsídios para ponderação a fim de que
decidamos racionalmente sobre o que, como, quando, onde fazer ou deixar de
fazer (livre-arbítrio). Evidentemente que não é o uso de tatuagens que
retratará a índole e o caráter de alguém. Todavia, não podemos perder de vista
que alguns modelos de tatuagens, com pretextos sinistros, podem ser
classificados (sem anátemas) como censuráveis e inadequados para um cristão de
qualquer linhagem.
Nesse
contexto, é importante compreender a pessoa de forma integral. As
características anunciadas no corpo são resultados de seus estados mentais,
reflexos das experiências culturais, aprendizados e interpretação de mundo.
Como dissemos, o Espiritismo não proíbe nada e fornece-nos as explicações para
os fenômenos psíquicos. Assim sendo, as recomendações doutrinárias não combatem,
porém conscientizam! Não são indiferentes aos dramas existenciais e demonstram
como edificar e marchar no mais acautelado caminho.
Dissemos que
o uso piercings e outros adereços e da própria tatuagem por si só não
caracteriza alguém com ou sem moralidade. Investiguemos, porém, as causas
dessas atitudes. Quais sãos os anseios, os sonhos, as crenças dos que cobrem
seus corpos com tais marcas? Tatuagens, piercings, são estágios transitórios.
Importa alcançar, porém, se tais indivíduos estão mutilados psíquica, emocional
e espiritualmente. O que os conduz muitas vezes a despedaçar a barreira da
ponderação e do juízo? Por que atentam contra si submetendo-se a dores e
sofrimentos incompreensíveis? Para uns o motivo é o modismo. Outros, todavia,
ainda se acham atrelados a costumes de outras existências físicas e trafegam do
mundo inconsciente para o consciente, derivando na transfiguração do corpo
biológico.
Perante
questões controversas, as mensagens kardecianas buscam na intimidade do ser o
seu real problema. Convidam-nos ao autoconhecimento e ao estágio do auto
aprimoramento. Sugere-nos sensatez, autoestima, altivez, comedimento e a busca
incessante de Deus, o Exclusivo Ente, que facultara-nos completar de
contentamento e paz de consciência."
Jorge Hessen
“PODEMOS ESCOLHER NOSSA ENCARNAÇÃO? Nós escolhemos quando nascemos? Escolhemos em que família nascer? Escolhemos o tipo de vida que teremos?”
Existem
algumas regras que são seguidas na maioria dos casos. A primeira e mais
importante: quanto mais evoluído for o espírito, mais liberdade ele tem de
escolha.
Um espírito
mais evoluído, mais maduro e consciente, está melhor preparado para tomar
decisões importantes. Sendo assim, participa mais ativamente da preparação de
sua encarnação. Esta preparação inclui a época do nascimento, algumas
características do corpo que terá, as missões de vida (objetivos a serem
atingidos), e vários outros aspectos de sua encarnação futura.
A encarnação
corresponde a uma restrição da vida do espírito. Ele “sai” de uma faixa vibratória
mais sutil e encarna em uma faixa vibratória mais densa. Além disso, grande
parte do conteúdo do espírito fica dissociado, ou seja, “não age” na vida
encarnada.
O espírito
que anima o corpo de cada um possui milhares de anos, talvez milhões. As encarnações
contam-se às centenas ou milhares. Para conseguir focar em sua missão de vida,
o espírito tem que restringir esta enormidade de conteúdos próprios. Quantas
vezes as pessoas dizem umas para outras: “esquece isto, toca sua vida. Estas
coisas do passado estão te atrasando a vida”. É exatamente isto que acontece
com o espírito encarnado: quando parte do seu conteúdo fica dissociado, “ele
esquece o passado”. Ele foca em uma “nova vida”, com muito menos influência
deste passado. É uma vida protegida, protegida dele mesmo. Esta proteção visa facilitar sua evolução
naquilo que foi planejado antes de nascer.
No livro
Nascer Várias Vezes este processo de encarnação e restrição do espírito é
explicado em vários capítulos e com muitos exemplos. Sugiro que você estude o
livro.
O processo
de encarnação é complexo e muito bem orientado por espíritos mais evoluídos.
Desta forma, são raríssimos os espíritos que encarnam na Terra que têm total
liberdade de escolha dos aspectos de sua encarnação. A massa dos encarnados no
planeta está em níveis evolutivos e vibratórios que necessitam de muita ajuda e
orientação. Sendo assim, quase todos participam da sua programação de
encarnação, porém sem grandes possibilidades de decidir - podem sugerir, mas a
decisão final é resguardada para quem tem mais maturidade e experiência, os
espíritos mais evoluídos. Existem, obviamente, algumas exceções a estas regras.
O fato de
você estar encarnado no Planeta Terra significa que já evoluiu bastante, mas
que ainda mantém grandes necessidades evolutivas. Seus desafios atuais são
oportunidades de aprendizagem; ou seja, aprendizado daquilo que é necessário
para o espírito evoluir. Para cumprir nossas missões de vida temos que
enfrentar os desafios que a vida nos coloca. Nem sempre escolhemos conscientemente
estes desafios, mas podemos torná-los úteis ao aproveitá-los para desenvolver
em nós habilidades e qualidades.
Ao nascer
você já sabia que passaria por algumas dificuldades. Seu propósito é usar estas
dificuldades como desafio para tornar-se mais maduro e melhor preparado. Outras
dificuldades na sua vida surgem sem que você tenha escolhido. São também
desafios úteis para seu progresso. Desta forma, nem tudo em sua vida é
programado. Nem tudo é o "destino". Mas, sempre que você enfrentar as
dificuldades com sabedoria (boa vontade, disciplina, resiliência, etc) terá
maior chance de sucesso.
Autor: Regis
Mesquita
sábado, 5 de agosto de 2017
“A VISÃO ESPIRITA DA PEDOFILIA”
1- Como o
espiritismo vê a questão da pedofilia?
R: Como um
grave desequilíbrio mental e espiritual, necessitando severo tratamento
multidisciplinar, isto é envolvendo diversos profissionais além de tratamento
espiritual complementar.
2- Qual a
razão de existirem pedófilos?
R: A mesma
razão de existirem quaisquer outros desequilíbrios psíquicos. São atitudes
doentias que se estruturaram ao longo de uma ou mais existências, ou seja,
reencarnações. Ninguém foi criado pedófilo.
3- O que se
passa nas suas mentes?
R: Cada um
deles tem uma história. Não há como colocar todos em um mesmo rótulo. Mas
poder-se-ia dizer que tem um impulso sexual doente e destituído de ética.
4- Quais os
traumas que eles têm?
R: Diversos,
e variam conforme cada caso. Podem ter sofrido: violência infantil, abandono,
desprezo, presenciado quando em tenra idade, sexo entre os pais, enfim outras
distorções de educação ou de vivência.
5- Como se
explica tal comportamento?
R: A resposta
é tão difícil como explicar qualquer outra grave alteração de comportamento.
São espíritos que pelo seu atraso, imaturidade, ignorância e, sobretudo pelo
livre arbítrio desviaram-se da linha normal de conduta.
6- E as
vitimas, por que isso?
R: Em diversas
oportunidades, quando fizemos palestra sobre reencarnação, fomos questionados
posteriormente sobre a dolorosa e delicada circunstância da pedofila.
Principalmente, ao se propiciar perguntas nos serem dirigidas por escrito
viabilizava-se este questionamento.
Embora o
tema seja potencialmente polêmico e desagradável, não há como ignorá-lo no
contexto de nossa situação planetária. Nossa abordagem será pelo ângulo
transcendental e reencarnacionista considerando que são dois espíritos, no
mínimo, envolvidos na tragédia em questão. Cumpre-nos esclarecer que o livre
arbítrio é o maior patrimônio que nós, espíritos humanos, temos alcançado ao
atingirmos a faixa evolutiva pensante. Livre arbítrio que não legitima
atitudes, mas oportuniza as criaturas decidir e se responsabilizar pelas
consequências de seus atos posteriores.
Outra
premissa que deveremos estabelecer é aquela da maior ou menor repercussão dos
atos perante a Lei Universal, em função do nível de esclarecimento que
possuímos. Importante também salientar que não há atos perversos que tenham
sido planejados pela espiritualidade superior. Seria de uma miopia intelectual
sem limites, a ideia de que alguém deve reencarnar a fim de ser violentado ou
sofrer pedofilia.
A concepção
do Deus punitivo e vingativo já não cabe mais no dicionário dos esclarecidos
sobre a vida espiritual. Deus é a fonte inesgotável de amor.
É a Lei
maior que a tudo preside uma lei de amor que coordena as leis da natureza.
Então, como conceber a violência física? Como enquadrar a onipresença divina em
situações e sofrimentos que observamos? Deus estaria ausente nestas
circunstâncias? Ou estaria presente? Para muitos indivíduos se estivesse
presente já seria motivo para não crer na sua existência ou na sua infinita
bondade e onisciência.
Outra
questão importante: Quem é a “vítima”? Analisemos. Cada um de nós ao reencarnar
trouxe todo o seu passado impresso indelevelmente em si mesmo, são os núcleos
energéticos que trazemos em nosso inconsciente construídos no passado.
Espíritos
que somos e pelas inúmeras viagens que percorremos, representadas pelas
inúmeras vidas, possuímos no nosso “passaporte” inúmeros “carimbos” das
pousadas onde estagiamos em vidas anteriores. Hoje, a somatória dessas
experiências se traduzem em manancial energético que irradia constantemente do
nosso interior para a superfície desta vida.
Assim, é
também a “vítima”. A criança, que hoje se apresenta de forma diferente, traz em
seu passado profunda marcas de atitudes prejudiciais a irmãos seus. Atitudes de
desequilíbrio que são gravadas em si mesma.
Algumas
dessas, hoje crianças, participaram intelectualmente de verdadeiras emboscadas
visando atingir de maneira dolorosa a intimidade sexual de criaturas; outras
foram executoras diretas, pela autoridade que eram investidas, de crimes nesta
área. Enfim, são múltiplas as situações geradoras da desarmonia energética que
agora pulsa constantemente nos arquivos vibratórios da criança, nossa
personagem neste drama.
Pela Lei
Universal da sintonia de vibrações, poderá ocorrer, em um dado momento, uma
surpresa desagradável. O espírito, criança agora, poderá atrair e sintonizar
com a frequência do agressor, ou seja, o pedófilo e ser agredida.
Identificados
dois dos protagonistas (agressor e criança), temos também que considerar o
frequente processo obsessivo que vinha se desenvolvendo. Uma outra entidade
pode estar fixa perifericamente ou até profundamente à trama perispiritual de
um ou dos doisenvolvidos no processo.
Lembramos,
novamente, não foi em hipótese alguma programada a violència ou o estupro, nem
ele em qualquer circunstância teria justificativa. No entanto, o crime
existindo, necessário compreender em uma visão mais ampla o que está acontecendo.
A espiritualidade sempre fará o máximo para evitar o “mal” ou não sendo
possível, apoiar aos que sofrem.
O espírito
submetido à violência da pedofilia sofre intensamente no processo, conforme o
seu grau de maturidade espiritual. Não houve a programação, mas a tendência que
trazia era forte e havia o risco em passar por algo do gênero , que, a
espiritualidade não conseguiu evitar. Perante a Lei divina sabemos que o
espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face da violência
cometida por outro. Violência que gera violência, um ciclo triste que necessita
ser rompido com uma postura de amor, de orientação e de perdão.
A violência
da pedofilia gera, muitas vezes, profundos traumas em todos os envolvidos
exacerbando a dolorosa situação cármica da constelação familiar.
Há, também,
espíritos afins e benfeitores que, visam amparar os envolvidos nesta dor.
Amigos do extra físico cheios de ternura em seu coração, com projetos de
dedicação e amparo, sempre se fazem presentes.
O tempo se
encarregará de cicatrizar os ferimentos da alma.
Fonte:
Entrevista com Dr. Ricardo Di Bernardi
Médico
pediatra, homeopata, palestrante espírita internacional, autor de diversos
livros.
“NO VALE DOS DROGADOS”
Certa noite,
já de madrugada, percebi que estava projetado fora do corpo em um pântano
escuro e tenebroso. Não sei como fui parar lá, mas com certeza fui levado pelos
amparadores espirituais, pois participei de um trabalho de assistência
extrafísica.
O que mais
me surpreendeu não foi o local, mas os espíritos que encontrei lá. Conforme
caminhava, ia passando por vários jovens desencarnados caídos naquele chão
imundo. Escutava gemidos e uma energia de medo e dor vibrava no ambiente. Muitos
espíritos puxavam minhas pernas, outros estavam completamente atordoados,
indiferentes à minha presença.
Andei um
pouco por aquela multidão de infelizes. Todos pareciam ainda estar sob o efeito
das drogas, completamente sugados em sua vitalidade, sem forças para se
levantar.
Em
determinado momento, senti a necessidade de me sentar no chão, mesmo sem saber
ao certo o motivo. Logo que fiz isso, uma jovem aparentando uns 19 anos, loira,
aproximou-se de mim muito amedrontada. Não sabia onde estava nem o que estava
acontecendo. Sentou-se ao meu lado e me abraçou, na ânsia de se proteger
daquilo tudo.
Não sei
quanto tempo ela ficou abraçada em mim. Na verdade, a percepção do tempo varia
de acordo com o plano em que nos manifestamos. Só sei que fui me sentindo cada
vez mais fraco, até perder a consciência e despertar no corpo físico.
O que
aconteceu é fácil de entender. Fui levado pelos amparadores à uma região
umbralina onde muitos espíritos que desencarnaram devido ao uso de drogas
estavam reunidos, de acordo com a lei de afinidade. Muitos espíritos ainda
ficam sob o efeito de drogas devido à ligação energética que têm com seus
corpos e com a energia de determinada droga. Suas mentes estão cristalizadas no
vício, fazendo com que fiquem por tempo indeterminado naquelas regiões. Mas
alguns, devido ao próprio carma ou a uma vontade sincera, se encontram em
condições de sair desses lugares e buscar apoio nos hospitais extrafísicos. Era
o caso daquela jovem. É bem provável que ela tivesse desencarnado por overdose recentemente
e por isso, seu corpo astral estava muito denso. Como se encontrava fraca,
somente alguém encarnado, temporariamente afastado do corpo poderia doar
energia vital mais densa, para que ela pudesse ser tratada posteriormente pelos
amparadores, que devido ao plano de manifestação, irradiam energias mais sutis.
É claro que
nem todos os espiritos que desencarnam sob o vício das drogas se dirigem a este
vale. Cada caso é um caso. Tudo é uma questão de afinidade.
Relato de
uma projeção astral- Por Victor Rebelo
Revista
Cristã de Espiritismo, edição 32
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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.
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