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terça-feira, 31 de janeiro de 2017
"PACTOS COM ESPÍRITOS"
Existem
diversos tipos de pactos espirituais que uma pessoa pode fazer. Há os pactos do
encarnado com outro encarnado, como, por exemplo, o pacto de sangue com
finalidades amorosas, que é o mais conhecido. Há também os pactos realizados de
encarnados com desencarnados. Esses pactos também podem envolver sangue,
rituais, matança de animais, símbolos mágicos, etc. O pacto é um compromisso
firmado com um ou mais espíritos que nos ligam a eles karmicamente, e servem,
na maioria das vezes, para se obter conquistas mundanas. Vamos entender melhor
o que é um pacto, suas consequências e como podemos nos libertar deles.
Quando Jesus
passou pelas provações no deserto, em uma das tentações o “diabo” o levou ao
alto de um monte. Daquele ponto mostrou-lhe todos os reinos da Terra e depois
disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”. Dizem que essa foi a
tentação mais difícil para Jesus. O tentador ofereceu o poder sobre o mundo
inteiro, todos os reinos e pessoas. Jesus teria o poder sobre tudo e seria o
homem mais rico e mais poderoso da Terra. No entanto, o diabo foi bem claro
quando disse: “Dar-te-ei tudo isto se, prostrado, me adorares.” O tentador
colocou uma condição: Jesus deveria servir o diabo; servir o mundo material e
deixar de lado sua alma, seu espírito, seu interior.
Aqui reside
a matéria prima de qualquer pacto firmado com o mal. Se Jesus tivesse aceitado
a oferta do diabo, ele teria, nesse momento, constituído um pacto com o diabo,
com as trevas, com o poder mundano. O que é o diabo na verdade? O diabo é o
poder do mundo, as riquezas materiais, as seduções da vida corpórea, tudo
aquilo que é parte do mundo externo e que nos gera satisfação, poder e
conforto. Jesus teria esquecido de Deus e teria ficado preso ao mundo e ao
poder mundano, caso tivesse aceitado a oferta do senhor do mundo. Mas como o
próprio Jesus ensinou posteriormente aos seus discípulos: “De nada adianta uma
pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”. Assim, Jesus recusou o
mundo e todo o seu poder e prazer, tornando-se um espírito mais puro, feliz, em
paz e elevado.
Por isso
dizemos que o pacto com uma entidade espiritual é sempre realizado quando a
pessoa deseja algum beneficio no mundo. Aqueles que desejam ganhar no mundo
podem utilizar os espíritos para realizar seu intento. Seja a cura de uma
doença, um emprego, trazer a pessoa amada, poder, status, prejudicar uma
pessoa, etc. A pessoa pode pedir também aos espíritos ganhos de conhecimento,
pois conhecimento é poder. É comum que algumas pessoas invoquem entidades
negativas para adquirir certos conhecimentos sobre magia e que lhe confiram
mais poder. A sabedoria popular fala em “vender a alma ao diabo”. Vender a alma
nada mais é do que firmar um pacto com o mundo material onde vamos estar tão
ligados e apegados ao poder mundano e aos desejos materiais que isso trará como
consequência a perda de nossa alma. Isso ocorre porque aqueles que ganham o
mundo, perdem sua alma, abandonam sua essência e acabam perdendo a si mesmos…
Por outro lado, aqueles que perdem o mundo, ganham sua alma e restituem a si
mesmos. Assim, fazer um pacto com o diabo é desejar obter o mundo, algo que não
pode ser obtido sem que a pessoa venha a perder aquilo que é mais importante e
essencial em nossa vida… nossa alma, nosso espírito, ou seja, nós mesmos.
O pacto com
espíritos segue essa mesma lógica. A pessoa firma um compromisso espiritual com
entidades sombrias a fim de conquistar coisas, pessoas e poder. Geralmente não
são feitos pactos com apenas um espírito, mas sim com vários. É comum se firmar
pactos de compromisso, de sangue, ou de acesso a comunidades espirituais
trevosas, onde existe toda uma hierarquia de poder. Esse grupo de espíritos
pode, de fato, ajudar uma pessoa a conseguir algo num dado momento de sua
encarnação. A pessoa fica feliz por ter obtido aquilo que desejava e permanece
bem por um tempo. Uma mulher pode, por exemplo, pedir que seu marido volte para
ela. O marido retornando ela vai ficar feliz , vai acreditar que o pacto deu
certo e que ela tomou a melhor decisão. No entanto, com o passar do tempo, ela
começará a sentir os duros efeitos do compromisso firmado.
Que efeitos
são esses? É preciso esclarecer que pacto sempre tem como consequência
principal o nosso aprisionamento psíquico ao grupo de espíritos no qual foi
consolidado o compromisso espiritual. Ficamos conectados a energia deles,
ligados a sua egrégora, submetidos a sua energia. Assim, eles podem começar a
nos influenciar, nos controlar e nos usar de diversas formas. Muitas pessoas, a
princípio, não percebem essa influência e acreditam que estão no controle. No
entanto, com o passar do tempo, os efeitos se fazem mais presentes, a
influência dessas entidades se torna mais forte, e quem fez o pacto acaba se
tornando nada mais do que um vassalo dessas entidades. Ele passa a integrar
esse grupo de espíritos e eles o usam de diversas formas. Mesmo que você dê
muitas coisas aos espíritos, eles depois sempre vem pedir mais e mais. Eles
nunca estão satisfeitos com o que você os ofereceu e pedem que você faça mais
coisas. É como o ser humano comum que mesmo ganhando 500 mil reais, deseja
ganhar 1 milhão. Mesmo ganhando 5 milhões, deseja depois ganhar 10 milhões.
Mesmo tendo 500 milhões, não está satisfeito, e depois quer 1 bilhão. Os
espíritos nada mais são do que seres humanos sem corpo físico, e, assim, seguem
os mesmos padrões que nós.
Dessa forma,
pacto firmado cria um elo entre a pessoa e o grupo de espíritos. Esse elo nada
mais é do que uma ligação kármica, e assim pode permitir o livre acesso desses
espíritos a nossa energia. Eles entram e saem de nossa mente à vontade. Para o
encarnado se torna uma tarefa bastante difícil resistir a essa influência por
causa do elo criado a partir do pacto. O encarnado pode tentar se libertar, mas
não consegue, pois o pacto é uma força viva dentro dele e os espíritos agora
podem não apenas controla-lo, como também constantemente roubam as suas
energias. É curioso observar que muitas pessoas que fizeram o pacto acreditam
que estão no controle total de suas vidas, quando na verdade eles estão sendo arrastados
por forças que são maiores e mais letais do que ele imagina.
É muito
comum o pacto gerar uma forte depressão na pessoa. Somente a mera presença
dessas entidades nas proximidades da pessoa, rondando sua residência, seus
aposentos, já é suficiente para se criar um clima negativo no local. Os pactos
não são firmados apenas na vida atual. Há também pactos de vidas passadas e que
subsistem até hoje. Várias pessoas que hoje desenvolvem quadros depressivos são
indivíduos que, em vidas passadas, consolidaram pactos mágicos de diversos
tipos com entidades sombrias. A magia na antiguidade era abundantemente
praticada e muitos de nós a realizamos. A pessoa que se valeu dessas práticas
em vidas passadas hoje pode se encontrar submissa aos espíritos e não conseguir
dar continuidade a sua vida. Uma forte depressão pode se abater sobre ela.
Podem surgir também doenças físicas, assim como pânico, ansiedade, estafa,
desânimo generalizado, e outros sintomas.
Mas o que
pode ser feito para se quebrar um pacto? Isso não é algo simples de ser feito e
pode demorar um tempo, até mesmo uma vida inteira. Muitas pessoas entram em
desespero ao sentirem os efeitos deletérios que o pacto gerou sobre elas, e
assim recorrem a pessoas que supostamente os “desfazem”. Podemos afirmar que a
maioria destas pessoas não faz exatamente o que promete e muitas vezes pode até
mesmo agravar o problema. Não se desfaz um trabalho com outro trabalho de mesmo
nível. Ao contrário, um pacto com as trevas só pode ser desfeito com nossa
entrada no reino da luz, do bem e do amor. Não poderia ser de outra forma, pois
a escuridão não destrói a escuridão; somente a luz pode dissipar a trevas.
A primeira
coisa que a pessoa deve fazer para se livrar do pacto é mentalizar que o
compromisso firmado foi encerrado e que não deseja mais servir as trevas, mas
que agora inicia sua jornada no bem, no amor, na paz e serve unicamente a Deus.
A pessoa pode pedir aos espíritos puros para desfazerem qualquer tipo de
ligação espiritual produzida pelo pacto. Depois, a pessoa deve se desfazer de
tudo aquilo que foi conseguido por intermédio das entidades. Se a pessoa, por
exemplo, pediu aos espíritos um emprego e o conseguiu , ela deve largar esse
emprego. Se a pessoa pediu que os espíritos trouxessem a pessoa amada de volta,
ela deve contar a pessoa o que fez, pedir perdão a ela, arrepender-se do seu
ato e terminar o relacionamento. Se a pessoa pediu a cura de uma doença,
obviamente ela não poderá produzir novamente sua doença, mas deverá iniciar
algum trabalho, projeto social ou terapia espiritual para ajudar outras pessoas
a se libertarem de doenças semelhantes.
Isso nos
remete a outra parte do ato de desfazer um pacto. A pessoa deve iniciar
trabalhos no bem, de auxílio as outras pessoas, de preferência na área em que
ela é mais sensível ou na área em que ela desejou algum ganho mundano. Se a
pessoa pediu ao espírito para gerar uma doença em outra pessoa, ela deve pedir
perdão a essa pessoa e tentar auxilia-la de alguma forma. Deve fazer de tudo
para melhorar a vida do outro e dar-lhe condições dignas de vida. Algumas
pessoas podem rechaçar essa ajuda. Se isso ocorrer, respeite o livre arbítrio
do outro e não force nada. Comece um trabalho de caridade, de ajuda aos
necessitados; faça o bem que você acredita ser bem para o outro. Isso vai te
ajudar a gradualmente ir queimando o karma negativo criado pelo pacto. Use a
luz para iluminar as trevas e tudo ficará bem.
(Hugo Lapa)
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
"OS EXILADOS DE CAPELA".No livro Os Exilados de Capela Edgard Armon pressupõe a existência de uma civilização muito desenvolvida, moral e intelectualmente, que habita o quarto planeta em órbita de Capella, estrela da constelação do Cocheiro.
Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres usam em seus estudos, observa-se uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela.
Há vários milênios, um dos planetas da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingiu o ponto máximo de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.
Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, dificultando o progresso daqueles povos cheios de piedade e virtudes.
As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmo, resolveram, então, trazer aqueles Espíritos aqui para a Terra longínqua.
Na Terra, eles aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração, impulsionando, simultaneamente, o progresso dos povos primitivos que habitavam este planeta.
Foi assim que Jesus, como governador da Terra, recebeu, à luz do Seu reino de amor e de justiça, aquela multidão de seres sofredores e infelizes.
Jesus mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-os no halo bendito da Sua misericórdia e da Sua caridade sem limites.
Abancou-lhes as lágrimas salutares, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a Sua colaboração cotidiana e a Sua vinda no porvir.
Esses Espíritos, vindos de um mundo em que o progresso já estava bem acentuado, guardavam no coração a sensação do paraíso perdido.
Ao encarnar na Terra, se dividiram em quatro grandes grupamentos dando origem à raça branca, ou adâmica, que até então não existia no orbe terrestre.
Formaram, desse modo, o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.
Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre antes de chegar à Terra, guardavam a lembrança da promessa do Cristo.
Eis por que as grandezas do Evangelho foram previstas e cantadas alguns milênios antes da vinda do Sublime Galileu, no seio de todos os povos, pelos antigos profetas.
Dentre os Espíritos exilados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do bem e no culto da verdade.
Importa considerar que eram eles os que possuíam menos débitos perante as leis Divinas.
Em razão de seus elevados patrimônios morais, guardavam no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante.
Uma saudade torturante de seu mundo distante, onde deixaram seus mais caros afetos, foi a base de todas as suas organizações religiosas.
Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
Isso explica por que muitas raças que trouxeram grande contributo de conhecimentos à Terra, desapareceram há muito tempo.
Informações preciosas sobre a História da Humanidade terrestre foram trazidas pelo Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier e constam do livro A caminho da luz.
Nesse livro você encontrará esclarecimentos sobre as grandes civilizações do passado, sobre a trajetória evolutiva do planeta, e muitas outras.
Irá saber porque Jesus afirmou que os mansos herdarão a Terra.
Descobrirá, também, que a Terra não está desgovernada; que no leme dessa gigantesca nave está Jesus, com mãos firmes e olhar sereno.
Os mundos também estão sujeitos à lei de progresso.
A Terra, por exemplo, já foi mundo primitivo, e hoje está na categoria de provas e expiações, que é apenas o segundo degrau da escala evolutiva.
Como o progresso é da lei, um dia a Terra atingirá o ponto máximo do atual ciclo evolutivo e passará para a categoria de mundo de regeneração, e assim por diante.
Por isso vale a pena investir na melhoria do ser humano, pois só assim conseguiremos transformar a Terra em um mundo de paz e felicidade.
Redação do Momento Espírita, com base no livro A caminho da luz, de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Autor: Momento Espírita
BÍBLIA ESTÁ REPLETA DE RELATOS DE MEDIUNIDADE" ! Veja..
O fenômeno é
dos mais antigos.
Recuando no
tempo, encontramos registros em um dos livros primeiros da Humanidade, a
Bíblia.
No versículo
segundo, do capítulo primeiro do livro de Gênesis, se lê: As trevas cobriam a
face do abismo e o Espírito de Deus movia-Se sobre as águas.
O homem
pressentia a presença do Criador. O que quer dizer, o homem registra, desde
sempre, o Mundo além da esfera física. O Mundo dos seres espirituais.
Paulo de
Tarso, dando-se conta dessa percepção especial do ser humano a denominou dom.
E a respeito
se estendeu em sua Epístola aos Coríntios, descrevendo as suas variedades.
Enquanto na
Terra, o Homem de Nazaré deu provas múltiplas da inter-relação entre ambos os
Mundos, físico e o espiritual.
Falou aos
Espíritos atormentados e que se chamavam Legião, na cidade de Gadara; aos que
agrediam o jovem que Lhe é trazido para ser curado.
Senhor dos
Espíritos - assim O denominaram por descobrirem que os Espíritos Lhe obedeciam.
Seria
somente no século XIX, no entanto, que este dom seria amplamente estudado e
decodificado, pelo sábio Allan Kardec. E ele lhe deu nome específico:
mediunidade.
A capacidade
de ser intermediário entre um mundo e outro, entre uma e outra dimensão.
Médium, ou intermediário.
Ainda hoje
bastante incompreendida, é a mediunidade, contudo, uma faculdade inerente ao
ser humano.
Dela quase
todos os homens têm resquícios. Alguns mais, outros menos.
Mas, quem já
não teve a impressão de ter alguém, incorpóreo, ao seu lado, velando por si, em
horas dolorosas?
Quem já não
se referiu à interferência de seres angélicos em momentos de grande
dificuldade?
Quem não
entregou o filho que parte para terras distantes aos cuidados de um ser que
chama anjo de guarda, anjo guardião, protetor, orientador?
Quem já não
ouviu o sussurrar de vozes imperceptíveis, no interior de si mesmo?
Dificilmente
se encontrará alguém que disso tudo não tenha um mínimo registro, senão por si
mesmo, por alguém de sua família.
Isso nos diz
que o Mundo Espiritual se faz presente de forma constante no Mundo físico.
Pode-se
dizer que há uma interpenetração de um e outro.
Movemo-nos
na esfera física. Nossos atos e pensamentos repercutem na esfera espiritual.
Ninguém
segue só. Como dizia o Apóstolo Paulo: Estamos rodeados por uma nuvem de
testemunhas.
Sombras,
Espíritos, guias. Não importa como os chamemos, eles são realidade.
E
silenciosamente velam por nós. Discretamente nos orientam. Sutilmente nos vão
dando notas de que têm sobre nós seus atentos olhares.
Quando
estiver a ponto de desanimar por se acreditar só, abandonado, pense que alguém,
da Espiritualidade, guarda a sua vida e vela por você.
Você pode
não crer. Mas não importa. Mesmo assim, os que o amam estão com você.
Redação do
Momento Espírita
“É TÃO REAL A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS QUE VIROU DOGMA. ”
As primeiras
gerações cristãs eram judias. Aliás, até os apóstolos e os discípulos de Jesus
e Ele próprio eram judeus. Por isso, durante séculos, as 613 leis mosaicas
(muitas vezes confundidas com as leis divinas ou naturais) influenciaram muito
os teólogos cristãos. E as comunicações com os espíritos na Bíblia, denominados
por ela de anjos (espíritos mensageiros) eram tidas, erradamente, como sendo
comunicações com o Espírito do próprio Deus. Um exemplo disso é a entrega das
Tábuas da Lei ou dos Dez Mandamentos, as quais foram dadas a Moisés por um
espírito que era um anjo (espírito mensageiro) e não como muitos pensam pelo
Espírito do próprio Deus! (Atos 7: 30).
Moisés, no
capítulo 18 de Deuteronômio, proibiu o contato com os espíritos, porque o povo
era muito ignorante, não sabendo que, para haver tal contato, era necessária a
presença de um médium (naquele tempo, chamado de profeta). E proibiu-o, também,
porque havia comércio e charlatanice com ela. Mas em outra parte, permite-o
(Números 11: 24 a 39).
São Paulo
ensinou que há pessoas que têm esses dons espirituais (proféticos, pneumáticos
ou mediúnicos), ou seja, o poder de, entre outros, curar, de profetizar e de
falar em línguas estrangeiras desconhecidas por elas (1 Coríntios capítulo 12).
Porém, mais tarde, os teólogos passaram a ensinar que esses dons espirituais
paulinos, com os quais as pessoas nascem, eram do Espírito Santo, instituído
por eles junto com a instituição da Santíssima Trindade, oficialmente, a partir
do Primeiro Concílio Ecumênico de Constantinopla em 381. Observe-se que esses
dons do Espírito Santo dos teólogos estão escritos somente no cabeçalho do
capítulo 12 de 1 Coríntios, o que quer dizer que são dos teólogos e não de são
Paulo. E segundo os teólogos, as manifestações seriam todas de espíritos maus,
se não fossem do Espírito Santo. Como ficariam, então, os espíritos
manifestantes bíblicos chamados de anjos? Se fosse verdade isso, Deus estaria
dando apoio aos espíritos maus para se manifestarem e impedindo que os bons se
manifestassem! Que Deus seria esse? Muitas coisas têm que ser revistas pelos
teólogos, uma vez que nada ficará oculto! (Marcos 4: 22). Não adianta, pois,
querer esconder a verdade, já que ela já chegou para muitos e vai chegando, aos
poucos, para todos! E atentemos para o fato de que, se Moisés proibiu o contato
com os espíritos dos mortos, é porque esse contato existe mesmo, pois ele não
era doido de proibir uma coisa que não existe!
O dogma da
comunhão dos santos é citado nas missas, mas os católicos, na sua maioria, não
sabem o seu significado. Os padres evitam falar nele, pois ele é espírita.
Segundo esse dogma, os espíritos, que foram católicos exemplares durante a sua
vida terrena, podem nos ajudar, alcançando-nos graças. E quanto aos que não
foram bons, eles sofrem, e nós é que podemos ajudá-los com preces e missas.
Esse
intercâmbio entre os dois mundos, como vimos, é proibido por Moisés
(Deuteronômio capítulo 18). E, assim, a Igreja encontrou forte resistência
contra essa doutrina da comunhão dos santos entre os cristãos do alvorecer do
cristianismo. E os teólogos tiveram que transformá-la em mais um dos seus
dogmas, obrigando a todos os cristãos a aceitarem-na.
É, pois,
óbvio que esse dogma da comunhão dos santos é muito agradável aos adeptos da
doutrina dos espíritos codificada por Kardec!
José
Reis Chaves- O Tempo.
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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.
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