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sexta-feira, 21 de julho de 2017
quinta-feira, 20 de julho de 2017
"A VIDA APÓS A MORTE"
"NINGUÉM É PROFETA EM SUA TERRA"
Tendo vindo
à sua terra natal, instruía-os nas sinagogas, de sorte que, tomados de espanto,
diziam: Donde lhe vieram essa sabedoria e esses milagres? — Não é o filho
daquele carpinteiro?
Não se chama
Maria, sua mãe, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não se
acham todas entre nós? Donde então lhe vêm todas essas coisas? — E assim faziam
dele objeto de escândalo. Mas, Jesus lhes disse: Um profeta só não é honrado em
sua terra e na sua casa. — E não fez lá muitos milagres devido à incredulidade
deles.
(S. Mateus,
13:54-58.)
Enunciou
Jesus dessa forma uma verdade que se tornou provérbio, que é de todos os tempos
e à qual se poderia dar maior amplitude, dizendo que ninguém é profeta em vida.
Na linguagem
usual, essa máxima se aplica ao crédito de que alguém goza entre os seus e
entre aqueles em cujo seio vive, à confiança que lhes inspira pela
superioridade do saber e da inteligência. Se ela sofre exceções, são raras
estas e, em nenhum caso, absolutas. O princípio de tal verdade reside numa consequência
natural da fraqueza humana e pode explicar-se deste modo:
O hábito de
se verem desde a infância, em todas as circunstâncias ordinárias da vida,
estabelece entre os homens uma espécie de igualdade material que, muitas vezes,
faz que a maioria deles se negue a reconhecer superioridade moral num de quem
foram companheiros ou comensais, que saiu do mesmo meio que eles e cujas
primeiras fraquezas todos testemunharam.
Sofre-lhes o
orgulho com o terem de reconhecer o ascendente do outro. Quem quer que se eleve
acima do nível comum está sempre em luta com o ciúme e a inveja. Os que se
sentem incapazes de chegar à altura em que aquele se encontra esforçam-se para
rebaixá-lo, por meio da difamação, da maledicência e da calúnia; tanto mais
forte gritam, quanto menores se acham, crendo que se engrandecem e o eclipsam
pelo arruído que promovem. Tal foi e será a História da Humanidade, enquanto os
homens não houverem compreendido a sua natureza espiritual e alargado seu
horizonte moral. Por aí se vê que semelhante preconceito é próprio dos
espíritos acanhados e vulgares, que tomam suas personalidades por ponto de
aferição de tudo.
Doutro lado,
toda gente, em geral, faz dos homens apenas conhecidos pelo espírito um ideal
que cresce à medida que os tempos e os lugares se vão distanciando. Eles são
como que despojados de todo cunho de humanidade; parece que não devem ter
falado, nem sentido como os demais; que a linguagem de que usaram e seus pensamentos
hão de ter ressoado constantemente no diapasão da sublimidade, sem se
lembrarem, os que tal imaginam, que o espírito não poderia permanecer
constantemente em estado de tensão e de perpétua superexcitação. No contacto da
vida privada, vê-se por demais que o homem material em nada se distingue do
vulgo. O homem corpóreo, que os sentidos humanos percebem, quase que apaga o
homem espiritual, do qual somente o espírito se percebe. De longe, apenas se
vêem os relâmpagos do gênio; de perto, vêem-se as paradas do espírito.
Depois da
morte, nenhuma comparação mais sendo possível, unicamente o homem espiritual
subsiste e tanto
maior
parece, quanto mais longínqua se torna a lembrança do homem corporal. É por
isso que aqueles cuja passagem pela Terra se assinalou por obras de real valor
são mais apreciados depois de mortos do que quando vivos. São julgados com mais
imparcialidade, porque, já tendo desaparecido os invejosos e os ciosos,
cessaram os antagonismos pessoais. A posteridade é juiz desinteressado no apreciar
a obra do espírito; aceita-a sem entusiasmo cego, se é boa, e a rejeita sem
rancor, se é má, abstraindo da individualidade que a produziu.
Tanto menos
podia Jesus escapar às consequências deste princípio, inerente à natureza
humana, quanto pouco esclarecido era o meio em que ele vivia, meio esse
constituído de criaturas votadas inteiramente à vida material.
Nele, seus
compatriotas apenas viam o filho do carpinteiro, o irmão de homens tão
ignorantes quanto ele e, assim sendo, não percebiam o que lhe dava superioridade
e o investia do direito de os censurar. Verificando então que a sua palavra
tinha menos autoridade sobre os seus, que o desprezavam, do que sobre os
estranhos, preferiu ir pregar para os que o escutavam e aos quais inspirava
simpatia.
Pode-se fazer
ideia dos sentimentos que para com ele nutriam os que lhe eram aparentados,
pelo fato de que seus
próprios irmãos, acompanhados de sua mãe, foram a uma reunião onde ele se
encontrava, para dele se apoderarem, dizendo que perdera o juízo. (S. Marcos, 3:20-21
e 31 a 35.
Assim, de um
lado, os sacerdotes e os fariseus o acusavam de obrar pelo demônio; de outro,
era tachado de louco pelos seus parentes mais próximos. Não é o que se dá em
nossos dias com relação aos espíritas? E deverão estes queixar-se de que os
seus concidadãos não os tratem melhor do que os de Jesus o tratavam? O que há
de estranhável é que, em pleno século
vinte e no seio de nações civilizadas,se dê o que, há dois mil anos, nada tinha
de espantoso, por parte de um povo ignorante.
Fonte.A
Gênese. Allan Kardec
“INIMIGOS EM FAMÍLIA - COMO O ESPIRITISMO EXPLICA A EXISTÊNCIA DE INIMIGOS DENTRO DA FAMÍLIA”
Como a
Doutrina Espírita explica a existência de desafetos dentro da própria família?
Quase todas as famílias têm seus casos de desentendimento entre alguns dos seus
membros, muitas vezes verdadeira aversão sem nenhuma explicação na existência
presente.
“Por que
certos desafetos reencarnam como nossos familiares? Mesmo se o perdão for
obtido em uma das partes eles continuarão reencarnando próximos um ao outro em
outras vidas?”- Kirae Scarffon
É bom nós
sabermos – e quem fez essa pergunta já sabe disso – que é comum que antigos
desafetos reencarnem próximos um do outro, principalmente no meio familiar.
Numa mesma família geralmente há o encontro de antigos desafetos. Por quê?
Imagine que
você se mude para o outro lado do mundo, que você nunca mais tenha contato com
ninguém do Brasil, com ninguém que você conheceu aqui. Daqui a uns 40 anos,
quando eventualmente você se lembrar de alguém que você conheceu aqui, de quem
você vai se lembrar?
Você vai
lembrar das pessoas que você ama e das pessoas que você odeia. Talvez você não
ame ninguém, ou você não odeie ninguém. Mas você certamente formou vínculos de
afeto e de desafeto. Muitas pessoas que nós conhecemos nessa existência não
irão representar grande coisa para nós no futuro. São coadjuvantes em nossa
vida. Mas há os protagonistas em nossa vida, que são aquelas pessoas por quem
nós nutrimos sentimentos de amor e ódio.
São com
essas pessoas que nós temos vínculos. É a elas que nós estamos ligados. É
importante considerarmos que se nós sentimos ódio de alguém é porque muito
provavelmente antes de experimentarmos esse sentimento de ódio nós sentimos por
esse alguém algo muito próximo muito semelhante ao amor. Ninguém sente ódio de
alguém se nunca gostou desse alguém antes. As relações de ódio quase sempre
surgem a partir da traição, do engano, da inveja, da disputa desenfreada – mas
antes de se manifestar a traição, o engano, a inveja, a disputa desenfreada,
havia amor – não o amor verdadeiro porque nós ainda não sabemos amar de
verdade, mas algo muito próximo ao amor.
Se uma
pessoa que eu não conheço, ou um conhecido qualquer – se essa pessoa me trai, é
claro que eu não vou gostar, mas também não vou morrer de ódio dessa pessoa.
Mas se
alguém que eu amo – um irmão, um filho, o cônjuge – se um deles me trair, o
amor que eu sinto poderia se transformar em ódio: eu tenho um vínculo muito
forte com essa pessoa e esse vínculo permanece – ele apenas deixa de ser
positivo e se torna negativo.
Os nossos
grandes desafetos, então, são espíritos com quem nós já convivemos no passado,
em outras existências, e são espíritos de quem nós já gostamos, fomos grandes
amigos, talvez sócios, ou irmãos, ou amantes – já tivemos laços de amor no
passado.
Os espíritos
se atraem por afinidade. A reencarnação acontece normalmente por afinidade. É
um equívoco supor que todos nós passamos por um planejamento antes de
reencarnar. Isso é correto se considerarmos que a Lei de Deus (o grande
conjunto de Leis que nos regem) seja um planejamento – ou que comportem um
planejamento. Mas não há planejamento individual para cada espírito que
reencarna.
Nós nos
aproximamos, então, por afinidade. Nós temos vínculos aqui, temos laços de
afeto e desafeto com algumas pessoas, nós mantemos esses laços depois de
desencarnados, e esses laços permanecem ainda quando reencarnamos. São esses
vínculos que nos unem, que aproximam as pessoas em pequenos e grandes grupos.
– Qual é a
razão, na Lei de Deus, para que os desafetos se encontrem? Não seria melhor se
nós nunca mais encontrássemos os nossos desafetos?
Não. Se nós não
os encontrássemos novamente, nós não curaríamos as feridas produzidas por esses
laços de ódio. O ódio é uma doença do espírito. Enquanto nós sentimos ódio,
enquanto nós tivermos ódio dentro de nós, mesmo que bem controlado, mesmo que
nós nem percebamos que sentimos ódio – nós não nos curamos. E a única maneira
de curar essa doença chamada ódio – ódio e seus derivados: mágoa, rancor,
ressentimento – o meio de nós curarmos essa doença é nos rearmonizando com nós
mesmos e com os nossos desafetos.
Em relação
ao perdão: eu posso perdoar, posso me elevar espiritualmente e superar esses
laços negativos. Perdoar é desligar-se, deixar para trás. Perdoar alguém de
quem eu tive ódio é romper com esses laços de ódio, eu já não estou ligado a
essa pessoa por laços de ódio.
Poderíamos
pensar, então, que basta perdoar para nos vermos livres dos nossos desafetos.
É mais ou
menos. Quando eu perdoo eu me livro da doença, eu estou curado do ódio. Mas a
Lei é perfeita. A Lei de Deus é perfeita. Nada escapa da Lei. Temos que considerar
que nós contribuímos para a formação desses laços de ódio, nós contribuímos
para que essa desarmonia acontecesse. Se examinarmos as nossas existências
anteriores veremos que nós não somos vítimas. Podemos ter sido vítimas numa
determinada existência, mas fomos algozes em outra existência anterior – às
vezes espíritos se perseguem durante milênios, alternando as posições de
perseguido e perseguidor. Isso só termina com o perdão e a rearmonização.
Referindo-se
a esses laços de desafeto, a essas relações de ódio, Jesus nos ensinou no
sermão da montanha:
“Concilia-te
depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não
aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial,
e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali,
enquanto não pagares o último centavo.” Mateus 5:25-26
Temos que
pagar até o último centavo. O que isso quer dizer?
Quer dizer
que nós não nos elevaremos de verdade enquanto estivermos em débito com as Leis
divinas.
Jesus disse
para entrarmos em acordo com o nosso adversário, para nos conciliarmos, ou nos
reconciliarmos com o nosso adversário – o adversário é esse desafeto que
reencarnou como nosso familiar. Temos a oportunidade de nos reconciliarmos
agora. Isso não quer dizer que temos que morrer de amores por esse familiar
nosso. Se nós construímos grandes diferenças um com o outro, a ponto de mal nos
suportarmos, dificilmente vamos amar esse desafeto, nesta reencarnação, como
nós amamos outras pessoas. Mas é preciso começar a rearmonização. É preciso
tolerar; compreender; ajudar, se for o caso; e querer o bem para essa pessoa,
orar por essa pessoa – isso é o mínimo que podemos fazer.
O perdão
liberta, é verdade. Mas não nos isenta de trabalharmos pela rearmonização, de
trabalharmos pela harmonia do universo.
A Lei de
Deus é pura harmonia. Deus é amor, é alegria, é prazer – para vivermos o reino
de Deus, que é o nosso próximo estágio evolutivo, temos que estar em plena
harmonia com as Leis de Deus.
Autor: Morel Felipe Wilkon
Autor: Morel Felipe Wilkon
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