Foi divulgada em 24 de outubro de 2003, pela agência oficial
Xinhua, a notícia do estudante tibetano, de 13 anos, que é capaz de recitar de
cor o maior poema épico do mundo, de 10 milhões de palavras, que causou grande admiração
, afinal, isto é um feito fantástico. Sitar Doje disse que memorizou o poema
enquanto dormia. O poema conta a história do Rei Gesser e está dividida em 200
capítulos e foi transmitida oralmente de geração em geração, até sua publicação
em tibetano em 2001. O poema já foi traduzido para o chinês, o inglês, o
francês e o japonês e só pode ser totalmente recitado por 140 especialistas.1
Histórias como essa sempre aconteceram, quem é que não
conhece a história do menino Mozart que sob o olhar de espanto da imperatriz
Maria Tereza, da Áustria, que com apenas 6 anos de idade e com virtuosismo
fazia brotar os acordes inspirados de suas sonatas, isso mesmo, Wolfgang
Amadeus Mozart, um dos grandes gênios musicais de todos os tempos!
Não é apenas no Tibet ou na Áustria que acontecem fenômenos
como esses, mas sim, em todo mundo, inclusive no Brasil que registrou em 1998,
3 milhões de superdotados, entre eles estão Cynthia Laus e Ricardo Tadeu Cabral
de Soares.
A paulistana Cynthia Laus era uma dessas crianças que
surpreendem os pais com perguntas desconcertantes e com apenas 4 anos de idade,
começou a pintar, aos 8 anos de idade já estava expondo 29 obras, em uma
conceituada galeria de arte de São Paulo.
Ricardo Tadeu Cabral de Soares começou a ler aos 3 anos de
idade, escreveu um livro aos 9 e aos 11 desenvolveu um programa de computador
que dava prognósticos de turfe com 90% de acerto. Com 12 anos de idade enquanto
cursava a 8a série do Primeiro Grau, ele foi o primeiro colocado no vestibular
para Direito numa faculdade particular do Rio de Janeiro. Depois de uma batalha
judicial o pai de Ricardo, o advogado e arquiteto José Paulo Soares, para
conseguir uma liminar que permitisse ao garoto frequentar a universidade à
noite e a escola de manhã, deve de convencer o juiz de que o filho era
superdotado.
Assim, em 1988, Ricardo virou o mais jovem universitário
brasileiro. Quatro anos depois, entrou para o Livro Guines dos Recordes como o
mais jovem advogado do mundo. Aos 18, concluiu o mestrado em Direito na renomadíssima
universidade norte-americana Harvard, uma das maiores concentrações de
superdotados no planeta. E se tornou o mais jovem mestrando em Ciências
Jurídicas nos 362 anos de história daquela universidade.
Segundo o Livro Guines dos Recordes, o maior poliglota da
atualidade é o libanês naturalizado brasileiro Ziad Youssef Fazah que mora no
Rio de Janeiro, que fala, por incrível que pareça, 58 idiomas. Aprendeu todos
eles em apenas três anos, entre os 14 e os 17 anos de idade. Em sua lista,
estão idiomas como o cambojano, o vietnamita, o tailandês, o javanês e o
finlandês.2
Questões como essas levou o Codificador Espírita Allan
Kardec, no livro “A Gênese” nas páginas 14 e 15, da 37ª edição da FEB, comentar
com sapiência:
“Mas, o professor não ensina senão o que aprendeu: é um
revelador de segunda ordem; o homem de gênio ensina o que descobriu por si
mesmo: é o revelador primitivo; traz a luz que pouco a pouco se vulgariza. Que
seria da Humanidade sem a revelação dos homens de gênio, que aparecem de tempos
a tempos?
Mas, quem são esses homens de gênio? E, por que são homens
de gênio? Donde vieram? Que é feito deles? Notemos que na sua maioria denotam,
ao nascer, faculdades transcendentes e alguns conhecimentos inatos, que com
pouco trabalho desenvolvem. Pertencem realmente à Humanidade, pois nascem,
vivem e morrem como nós. Onde, porém, adquiriram esses conhecimentos que não
puderam aprender durante a vida? Dir-se-á, com os materialistas, que o acaso
lhes deu a matéria cerebral em maior quantidade e de melhor qualidade? Neste
caso, não teriam mais mérito que um legume maior e mais saboroso do que
outro.”3
Segundo os materialistas essa questão torna-se explicável
pela “maior quantidade” e “melhor qualidade” de “matéria cerebral”, será mesmo?
“No embrião de três meses (o cérebro) pesa quatro gramas,
chegando, no recém-nascido, a 350g. Na criança de um ano chega a 830g e, na de
seis anos, a 1.250g. No adulto, o cérebro masculino (1.360g) é maior do que o
feminino (1.230g). Isso não se traduz em nenhuma diferença de inteligência ou
de qualquer tipo de capacidade mental. Entretanto, cérebros com peso inferior
aos limites de 800g (mulher ) e 960g (homem) são incompatíveis com a
inteligência normal.”4
Como explicar a diferença de 1.100 gramas nos cérebros de
Lorde Byron (2.200 gramas) e Anatole France (1.100 gramas)?5
Se quantidade e qualidade de massa cerebral faz a
diferença!!!
“Nos Estados Unidos, o cérebro de Albert Einstein ficou
guardado num laboratório por ocasião de sua morte, em 1955. Depois de trinta
anos de pesquisas, uma equipe de neurologistas da Universidade da Califórnia
descobriu que ele possuía um tipo de células cerebrais - os oligodendrócitos,
que ajudam no funcionamento dos neurônios - em número maior do que o encontrado
em outros onze indivíduos menos dotados intelectualmente. Mas foi impossível
determinar se essas células adicionais já nasceram com Einstein ou se surgiram
como fruto de sua intensa atividade mental.”6
Não é com as mirabolâncias do reducionismo científico que
explicaremos a vida em profundidade, mas sim, com a lógica da reencarnação.
Kardec deixa isso claro e transparente em “A Gênese”:
“Dir-se-á, como certos espiritualistas, que Deus lhes deu
uma alma mais favorecida que a do comum dos homens? Suposição igualmente
ilógica, pois que tacharia Deus de parcial. A única solução racional do
problema está na preexistência da alma e na pluralidade das vidas. O homem de
gênio é um Espírito que tem vivido mais tempo; que, por conseguinte, adquiriu e
progrediu mais do que aqueles que estão menos adiantados. Encarnando, traz o
que sabe e, como sabe muito mais do que os outros e não precisa aprender, é
chamado homem de gênio. Mas seu saber é fruto de um trabalho anterior e não
resultado de um privilégio. Antes de renascer, era ele, pois, Espírito adiantado:
reencarna para fazer que os outros aproveitem do que já sabe, ou para adquirir
mais do que possui.
Os homens progridem incontestavelmente por si mesmos e pelos
esforços da sua inteligência; mas, entregues às próprias forças, só muito
lentamente progrediriam, se não fossem auxiliados por outros mais adiantados,
como o estudante o é pelos professores. Todos os povos tiveram homens de gênio,
surgidos em diversas épocas, para dar-lhes impulso e tirá-los da inércia.”7
Sem a reencarnação falta lógica a vida, com a reencarnação a
vida tem sempre explicação!
Bernardino da Silva Moreira
Bibliografia: