Não se pode
levar adiante a ideia genérica de que não existe diversão sadia. Não é essa a
questão. Porém, o que ocorre nos dias atuais, típicos desse período de
transição que a humanidade atravessa, está relacionado às drogas.
Quando
falamos em drogas, falamos também das bebidas alcoólicas, nas quais,
infelizmente, nossos jovens se iniciam cada vez mais cedo. É o beber
socialmente. É a cervejinha aparentemente inocente, a porta de entrada para
drogas mais pesadas e perigosas.
A bebida
funciona afrouxando a noção da sensibilidade que o individuo ainda mantém a
respeito dos sinais de alerta. Propagandas maciças apregoam o prazer da bebida,
com um discreto alerta que passa desapercebido: ”beba com moderação”. Dir-se-ia que é até um contrassenso ou
uma ironia, pois a mensagem instigando o
consumo já atingira o consumidor à exaustão, principalmente o jovem, que
acredita que precisa beber muito com os amigos para se sentir parte do grupo. É
símbolo de status a “latinha na mão” do jovem, ostentando que é “descolado “é
“da hora”, bebendo até perder a noção da linha sutil que separa o lícito do
ilícito.
O jovem
alterado pela bebida, juntamente com seu grupo, sente-se corajoso,
conquistador, torna-se audacioso, imprudente e, muitas vezes,
irresponsável. Nesta situação, a
condição para o consumo de drogas ilícitas e pesadas está apenas a um passo, e
então ele vai no embalo.
É o amigo
que oferece, é o traficante sorrateiro, é a droga ministrada na bebida por
mal-intencionados. Quando o jovem já tiver “passado da conta” para perceber o
perigo, e os sinais evidentes da dependência química se manifestam, e então os
pais percebem o que está ocorrendo, e via de regra já é tarde demais para
medidas preventivas.
Não queremos
dizer que as “baladas”, tão a gosto de nossa juventude, sejam locais perigosos.
Certamente, muitos jovens também se divertem nestes ambientes sem,
entretanto, se envolver em perigosa
sintonia, porque conseguem manter o campo vibratório mental da diversão
saudável, permanecendo sem o exagero da bebida, a qual leva individuo a perder o controle de si mesmo,
vindo a ser presa fácil de irmãos menos felizes, encontrando neles a sintonia
dos desejos libidinosos incontroláveis pela ação da bebida e das drogas, que
afrouxam a retaguarda moral de cada um.
Reconhecemos,
entretanto, que a combinação de fatores como bebida, ritmo alucinante da musica
e consumo de drogas funcionam como um
catalisador de sensações agressivas e
primitivas que afloram de forma incontrolável, escancarando as portas mentais
para vícios perigosos, que trazem sempre em sua essência o componente da
obsessão espiritual.
Nossos
irmãos desencarnados elegem seus companheiros pela sintonia vibratória do
desejo inferior, das sensações desenfreadas, e os acompanham, exigindo cada vez
mais de seus eleitos, para que eles, sem o corpo físico, também possam
encontrar a satisfação que procuram no mundo da matéria, ao qual não mais
pertencem mais.
Dessa forma,
aquele que imagina que está bebendo, é o bebido. Aquele que acha que está “viajando” nas sensações do grande
barato da droga, é o viajado. Esse é um
fator de extrema preocupação, pois o drogado não é apenas dependente
químico-físico, mas também dependente químico-espiritual, pois tem, do lado de
lá, um companheiro espiritual que se utiliza de seu corpo físico para
satisfazer a própria dependência e angustia que se situa o campo mental
espiritual.
Por essa
razão, é extremamente difícil reverter quadros graves e crônicos. Na maioria
das vezes, além de lutar contra a própria dependência, o dependente tem a
vontade própria anulada pelo companheiro espiritual que o obsedia.
Muitos casos
já ocorreram em que o dependente num ato de loucura, é capaz de assassinar a
própria família, e cometer outros atos tresloucados, para atender à vontade soberana que se impõe de
forma avassaladora e incontrolável. E tudo isso começa de forma quase
imperceptível, com a aparentemente inocente “cervejinha” com os amigos.
Trecho da
Obra: “O SÉTIMO SELO”. Médium Antonio Demarchi.
Pelo
Espírito:”IRMÃO VIRGILIO “.