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sexta-feira, 11 de novembro de 2016
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
O QUE É A MEDIUNIDADE INFANTIL?
Segundo a
doutrina espírita, todo ser humano tem a capacidade de se comunicar com os
mortos do mundo espiritual. Não é um dom sobrenatural - é uma habilidade
física, ligada à glândula pineal, no centro do cérebro, que capta o sinal do
"além" como se fosse uma onda magnética e o converte em percepções. O
que difere em cada um é a sensibilidade para interpretar essas percepções.
Alguns entendem como pressentimento, um medo repentino ou uma intuição
inexplicável. Uma pessoa só é considerada médium quando manifesta esse fenômeno
de forma ostensiva, ou seja, quando as comunicações podem ser percebidas de
forma clara. Ela pode sentir, ver, ouvir, falar ou ainda psicografar textos
ditados pelos espíritos. Não há idade determinada para o início das ocorrências
e elas podem rolar mesmo se a pessoa não acreditar na interação com os mortos.
Lá no
começo.
A crença na
comunicação com espíritos existiu em quase todas as civilizações. Xamãs
invocavam curandeiros, profetas recebiam mensagens divinas e pitonisas viam o
futuro. Mas o fenômeno só foi estudado com mais rigor científico após o
professor francês Allan Kardec (1804-1869) codificar a doutrina espírita e
conceitos como imortalidade da alma e evolução por meio de várias reencarnações
Entre dois
mundos.
Ainda
segundo a doutrina, o processo reencarnatório só se encerra por volta dos 7
anos. Até lá, a criança está ligada tanto ao mundo espiritual quanto ao físico.
Por isso, é na infância que mais ocorrem casos de comunicação desse tipo. Isso
não significa que ela seja médium - o título só será confirmado no restante da
vida, se ela demonstrar essa capacidade de modo ostensivo
As primeiras
interações...
As
ocorrências tendem a intensificar-se logo que a criança aprende a falar. Visões
e audições são as manifestações mais comuns e podem ocorrer juntas. Na maioria
das vezes, o pequeno não tem medo algum e não entende por que seus pais também
não conseguem ver a presença que ele percebe. Ele não compreende o conceito de
morte e por isso encara a "companhia" com naturalidade
Fantasma
camarada.
Na infância,
as interações tendem a ser positivas. É comum, por exemplo, bebês rirem
sozinhos, olhando para o "nada". Em muitos casos, podem estar vendo
amigos de vidas passadas ou espíritos protetores. Também são recorrentes as
visitas de parentes falecidos ou de amiguinhos espirituais que assumem uma
fisionomia mais infantil
Recordações
inexplicáveis.
Em alguns
casos, o contato pode revelar lembranças pregressas: a criança reconhece gente
da encarnação anterior e até renega a atual família. Para Léon Denis, filósofo
francês e seguidor da doutrina espírita, a mediunidade também pode estar por
trás de prodígios precoces: casos de genialidade podem ser manifestados, mesmo
de forma inconsciente, pelo estímulo de espíritos
De tremer a
espinha.
"Assombrações"
(em especial, aquelas chamadas de "obsessões" pela doutrina) são mais
raras nessa fase da vida. Na maioria das vezes, são espíritos sofredores que
habitam o mesmo local que a criança. Mesmo que não desejem causar mal, podem
provocar medo. Há também os que querem assustá-la para punir alguém da família
por alguma dívida passada
Pais e a
mediunidade infantil.
MEDIUNIDADE...
OU IMAGINAÇÃO?
Como
identificar se um "amiguinho invisível" pode ser mesmo um contato espiritual
De olho nos
pequenos.
Segundo
estatísticas, três em cada dez crianças apresentam "amigos
invisíveis" - algo encarado com naturalidade pela psicologia. Então, como
diferi-los de um evento mediúnico? Para a vice-presidente da Federação Espírita
Brasileira, Marta Antunes, não há uma receita exata: o fundamental é que os
pais observem o comportamento dos filhos e conheçam bem sua personalidade e
hábitos
Tudo bem.
Segundo a
autora espírita e especialista em terapia comunitária Walkiria Kaminski, as crianças
que se comunicam com espíritos costumam ser saudáveis, sem sinais de apatia ou
depressão. Interessam-se por brinquedos ou jogos tanto quanto as outras. Elas
encaram as visões com naturalidade, sem espanto - e ficam até intrigadas com o
fato de os pais não serem capazes de vê-las
Tudo mal.
E se as
visões forem sinal de uma doença psiquiátrica? Pode acontecer, mas é raro:
esquizofrenia só acomete uma em cada 10 mil crianças. E traz indícios mais
fáceis de detectar, como desejo por isolamento, depressão, mudanças repentinas
de humor... Além disso, as "vozes" ouvidas costumam ser ameaçadoras e
o pequenino tem dificuldade de relatar o fenômeno para os adultos
Clube dos
solitários.
A imaginação
é uma característica comum nessa fase e pode servir como suporte a quem tem
pouco ou nenhum contato com amiguinhos da sua idade. A construção fantasiosa
também pode rolar quando os filhos não recebem a devida atenção dos pais e
passam a maior parte do tempo sozinhos. Assim, as companhias de mentirinha
servem para evitar a solidão
MANUAL PARA
PAIS PREOCUPADOS.
A principal
dica é abordar o fenômeno com tranquilidade - ele passa com o tempo.
1. Para a
educadora espírita Martha Guimarães, os pais devem encarar os relatos com
naturalidade. Se eles entram na "brincadeira", a criança fica à
vontade para dar mais dados sobre o "amigo invisível": nome,
aparência, idade... Em alguns casos, ela pode até identificar nos álbuns da
família a imagem do espírito como sendo a de um parente já falecido.
2. Evite
incutir medo. Ele tem péssimas consequências. Aludir a figuras como
"monstros" ou "bicho-papão" pode deixar o(a) garoto(a) com
pavor de ficar sozinho(a) ou no escuro. Também se deve evitar dizer que
"isso é coisa do capeta" ou que as vozes são "do demônio".
Além de apavorar a criança, ela poderá achar que está sendo possuída.
3. É
importante achar um equilíbrio. Se os adultos acusarem a criança de mentir, ela
pode começar um processo de negação da mediunidade e acreditar que é louca. Por
outro lado, eles também não devem incentivar demais a habilidade, para que ela
não perca interesse pelo mundo físico ou se sinta forçada a forjar relatos de
contatos só para agradá-los.
4. Para quem
estiver aberto à ideia, uma sugestão é buscar apoio num centro espírita. A
maioria desenvolve trabalhos voltados às crianças que explicam, em linguagem
apropriada, a definição de conceitos como mediunidade e vida após a morte. Além
disso, a aplicação de passes e orações já é o suficiente para diminuir a
frequência do fenômeno.
5. Outra
opção é recorrer a um terapeuta profissional. A psicologia nega a existência da
mediunidade, mas considera a criação de amigos imaginários natural e positiva.
A criança tende a abandonar esse recurso de socialização quando envelhece -
geralmente, na mesma época em que a doutrina espírita acredita que o processo
reencarnatório se conclui, aos 7 anos.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
“A INSÔNIA E SUAS CAUSAS ESPIRITUAIS”
É cada vez
mais comum ouvirmos no consultório a seguinte frase : - Doutor, me receita um
remédio pra dormir! Alguns ainda exigem a prescrição de determinados remédios,
pois já experimentaram todos e sabem que no caso deles, alguns funcionam
melhor.
Vivemos a
época das pílulas milagrosas. Compramos milagres em cápsulas, diariamente e
nosso limite é o Céu. Lutero teria de encarnar novamente para lançar uma contra
reforma!
Deixemos que
a ciência oficial trate da insônia, mas seria interessante abordar alguns
aspectos do sono do ponto de vista espiritualista.
Allan
Kardec, nos diz no Livro dos Espíritos, no capítulo que versa sobre a
emancipação da alma, que o espírito nunca está inativo, e aproveita as horas de
sono para manter relação direta com o plano espiritual, entrando em contato com
espíritos encarnados e desencarnados, e visitando lugares bons ou ruins de
acordo com sua evolução, de acordo com o que permite a sua própria energia.
Isso explica o motivo pelo qual podemos acordar completamente descansados e
inspirados e outros dias acordamos mais cansados do que nos deitamos.
Não é
incomum, durante os tratamentos no centro espírita, observarmos que algumas
pessoas simplesmente não conseguem dormir porque trazem a casa repleta de
espíritos desencarnados que por algum motivo querem prejudicar aquela família,
pois é da lei que colhamos hoje o que semeamos ontem. Vemos também que uma das
causas frequentes de insônia é o despertar da mediunidade. Durante o
entorpecimento natural do sono, quando o espírito começa a se despreender do
corpo físico como faz toda noite, esses médiuns novatos começam a ver o
ambiente espiritual da casa. Então com medo e receio do desconhecido,
recusam-se a dormir, causando problemas enormes para a economia física, e no
entanto, seria muito mais fácil estudar e entender o processo mediúnico, se libertando
de receios infundados, baseados em crendices.
Se
imaginarmos nossa noite de sono como uma viagem a ser empreendida, facilmente
compreenderemos que alguns simplemente sabotam seu próprio sono. Qualquer
viagem, por menor que seja, exige um preparo mínimo. Verificamos o melhor
caminho, a roupa que levamos, o dinheiro, o local onde ficaremos etc..., mas a
maioria de nós não consegue nem fazer uma prece antes de dormir. Para alguns
não há antídoto melhor para insônia do que iniciar uma prece ou uma leitura
edificante. É fatal ! É começar e cair no sono.
Deitamos na
cama, nos preparando pra dormir, repletos de problemas, trazendo uma enormidade
de situações mal resolvidas, e queremos que nossa noite seja tranquila. Jesus
nos diz que onde estiver nosso tesouro, aí se encontrará nosso coração. Como
esperar noites tranquilas, acompanhadas pelo nosso anjo da guarda, nosso mentor
espiritual, se passamos o dia de forma agitada, ansiosa, intranquila? Com
certeza nosso espírito estará junto daqueles e das coisas as quais voltamos
nosso sentimento.
Deixemos de
ser cristãos de templos, nos preocupando com Jesus somente quando estamos na
nossa casa religiosa, e com certeza teremos noites tranquilas, de sono
reparador. Refletindo nisso, chegamos a conclusão que dormimos com nosso maior
inimigo, nós mesmos.
Os livros de
Divaldo Pereira Franco nos relatam inúmeros casos de trabalhadores do bem,
encarnados, que aproveitam suas noites de sono na continuação dos trabalhos de
ajuda espiritual iniciados durante o dia. Quantos benefícios não colhem esses
trabalhadores, aproveitando cada minuto para sua evolução. Cada um encontra o
que busca. O que passa o dia acumulando raiva, desentendimentos e stress, com
certeza terá uma noite bem diferente daquele que tenta viver em paz consigo
mesmo, exercendo sua religiosidade de forma segura.
Pensemos
nisso. Paz e luz a todos!
Postado por
ana maria teodoro massuci em 2 setembro
Fonte:
Medicina e Espiritualidade
terça-feira, 8 de novembro de 2016
“OS MORTOS VIVEM. ”
O querido Mestre Jesus revelou-se no maior exemplo da certeza
da vida após a vida, porque Ele mesmo atestou a imortalidade, revelando a morte
da morte, continuando a viver
Na data de 2 de novembro, os cemitérios ficam abarrotados de pessoas
que lá acorrem com o intuito de homenagear seus mortos. Muitos aproveitam o
ensejo para decorar os túmulos, outros acendem velas e, felizmente, muitos
também se lembram de dirigir seus pensamentos aos desencarnados pela oração.
Em O Livro dos Espíritos, nas questões 320 a 329, a
comemoração do chamado “Dia dos Mortos” é descrita, com muita propriedade e
felicidade, pelos excelsos Benfeitores Espirituais. É digno de ressaltar,
principalmente, o ensino de que os Espíritos rememorados comparecem, acorrendo
às necrópoles, atraídos pelos pensamentos dos seus amigos e parentes
encarnados. Contudo, o ensinamento doutrinário destaca que a prece é que
santifica o ato da lembrança e “o respeito que, em todos os tempos e entre
todos os povos, o homem consagrou e consagra aos mortos é efeito da intuição
natural que tem da vida futura”, isto é, de que os mortos vivem.
O querido Mestre
Jesus revelou-se no maior exemplo da certeza da vida após a
vida. Ele mesmo atestou a imortalidade, revelando a morte da morte, continuando
a viver. Aparece a Madalena, em pleno sepulcro, recém-materializado,
ultra-eletrizado, alertando-a para que não o tocasse, o que lhe acarretaria
vigoroso choque elétrico. Através, igualmente, do fenômeno mediúnico da
ectoplasmia, dialoga com alguns apóstolos, no caminho de Emaús e surge, no
recinto fechado, comprovando pela mediunidade de efeitos físicos a
imortalidade. Do mesmo modo, não se nega ao intercâmbio mediúnico,
comunicando-se pessoalmente com o discípulo Tomé, inicialmente incrédulo,
negando o retorno do Cristo ao convívio com seus discípulos.
O Cristo, na vida física, manteve contato com Espíritos desencarnados..
A materialização do Mestre, ressaltando a sobrevivência do
ser, constituiu-se em pedra basilar do Cristianismo, conforme atesta Paulo,
dizendo que “se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou. E
se o Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a vossa fé” (1 Co.
15:14). O apóstolo dos gentios enfatiza que os mortos ressuscitam em corpo
espiritual (1 Co. 15:44) e brada, com grande convicção: “Tragada foi a morte
pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu
aguilhão? (1Co. 15:54-55).
Jesus, reencarnado entre nós, dialogou com os chamados
mortos. No chamado “Monte da Transfiguração”, conversou com os Espíritos Elias
e Moisés, utilizando-se dos médiuns de efeitos físicos, Pedro, Tiago e João, os
quais se encontravam doando a névoa ectoplásmica, responsável pelo processo
mediúnico da materialização – “Pedro e seus companheiros achavam-se premidos de
sono” (Lc. 9:32). Somente a hipótese de estarem mediunizados explicaria o fato
de estarem dormindo após a transfiguração do Mestre.
O Cristo, na vida física, manteve contato também com
Espíritos desencarnados ignorantes, aparecendo os mesmos como surdos-mudos,
legião, etc. O Mestre ressaltou a imortalidade, atestando que os mortos
continuam vivos e cada vez mais vivos. Disse Jesus: “Quanto à ressurreição dos
mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o
Deus de Isaque e o Deus de Jacó’. Ele não é Deus de mortos e, sim, de vivos”
(Mt. 22:32). Estão vivos e bem acordados.
A morte não existe, porquanto a vida continua após o decesso
corporal. Se não houvesse vida fora do túmulo, não teria sentido a vida antes
da morte.
Os mortos vivem e têm consciência de suas individualidades
O Espírito preexiste ao corpo de carne – “antes de nascer, eu
já te conhecia...” (Jeremias 1:4) – e sobrevive além da sepultura, como provam
inúmeras passagens bíblicas, a seguir enumeradas: 1) João, o discípulo amado,
nos alerta: “... Não deis crédito a qualquer Espírito, antes, provai se
procedem de Deus” (1 Jo. 4:1); 2) “Os Espíritos saíram do sepulcro e apareceram
a muitos” (Mt. 27:53); 3) Quando foram ao túmulo, Maria Madalena e a outra
Maria viram um Espírito, certamente materializado: “O seu aspecto era como um
relâmpago, e a sua veste alva como a neve” (Mt. 28:3); 4) O ser espiritual
denominado Gabriel (“Homem de Luz”) é descrito como varão pelo profeta Daniel
(Dn. 9:21), não sendo uma entidade criada à parte na criação, diferente das
demais. Inclusive, uma entidade chamada Miguel apresenta-se como guerreiro; 5)
O apóstolo Pedro, seguro da existência da vida após a morte e da possibilidade
da comunicação mediúnica, afirmou que “depois da sua morte, procuraria lembrar
a todos das coisas que pregou” (1 Pe. 1:15); 6) No Antigo Testamento há um
relato de uma sessão mediúnica, na qual aparece o Espírito Samuel, deixando uma
mensagem a Saul, através da pitonisa de En-Dor (1-Sm. 28:1); 7) Jó vê um ser
espiritual, relatando o seguinte: “Um Espírito passou por diante de mim, fez-me
arrepiar os cabelos do meu corpo; parou ele, mas não lhe discerni a aparência;
um vulto estava diante dos meus olhos” (Jó 4:15-16); 8) No livro de Isaías,
denominado de “Quinto Evangelista”, os mortos conversam nas “zonas
purgatoriais”, “sheol” ou “umbral”, surpresos por ver, na mesma situação de
sofrimento, o famoso e poderoso rei da Babilônia (Is. 14:10); 9) Jesus, morto
na carne e liberto em Espírito, foi pregar, nessas mesmas paragens inferiores,
aos que se encontravam em atroz sofrimento (“prisão”) (1 Pe. 3:18-20).
Os mortos vivem e têm consciência de suas individualidades,
havendo vida de relação no além. Que tenhamos a certeza de que, após o fenômeno
da morte, continua a vida. Dois astrônomos deixaram inscritos, em seus
epitáfios, a seguinte mensagem confortadora: “Amamos tão apaixonadamente as
estrelas que não tememos a noite”.
AMÉRICO DOMINGOS NUNES FILHO- Rio de Janeiro, RJ (Brasil)-
O CONSOLADOR
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
“ O QUE SÃO ESPÍRITOS AGÊNERES."?
O que é um
agênere? É uma aparição em que o desencarnado se reveste de forma mais precisa,
das aparências de um corpo sólido, a ponto de causar completa ilusão ao
observador, que supõe ter diante de si um ser corpóreo.
Esse fato ocorre devido à natureza
e propriedades do perispírito que possibilitam ao Espírito, por intermédio de
seu pensamento e vontade, provocar modificações nesse corpo espiritual a ponto
de torná-lo visível.
Há uma condensação (os Espíritos
usam essa palavra a título de comparação apenas) tal, que o perispírito, por
meio das moléculas que o constituem, adquire as características de um corpo
sólido, capaz de produzir impressão ao tato, deixar vestígios de sua presença,
tornar-se tangível, conservando as possibilidades de retomar instantaneamente
seu estado etéreo e invisível.
Para que um Espírito condense seu
perispírito, tornando-se um agênere, são necessárias, além da sua vontade, uma
combinação de fluidos afins peculiares aos encarnados, permissão, além de
outras condições cuja mecânica se desconhece. Nesses casos a tangibilidade pode
chegar a tal ponto que é possível ao observador tocar, palpar, sentir a
resistência da matéria, o que não impede que o agênere desapareça com a rapidez
de um relâmpago, através da desagregação das moléculas fluídicas.
Os seres que se apresentam nessas
condições não nascem e nem morrem como os homens; daí o nome: agênere - do
grego: a privativo, e géine, géinomai, gerado: não gerado, ou seja, que não foi
gerado.
Podendo ser vistos, não se sabe de
onde vieram, nem para onde vão. Não podem ser presos, agredidos, visto que não
possuem um corpo carnal. Desapareceriam, tão logo percebessem a intenção
diferente ou que os quisessem tocar, caso não o queiram permitir.
Os agêneres,
embora possam ser confundidos com os encarnados, possuem algo de insólito,
diferente. O olhar não possui a nitidez do olhar humano e, mesmo que possam
conversar, a linguagem é breve, sentenciosa, sem a flexibilidade da linguagem
humana. Não permanecem por muito tempo entre os encarnados, não podendo se
tornar comensais de uma casa, nem figurar como membros de uma família.
Transcrevemos a seguir um exemplo
extraído da Revista Espírita de 1859 - Fevereiro (EDICEL):
"Uma pobre mulher estava na
igreja de Saint-Roque em Paris, e pedia a Deus vir em ajuda de sua aflição. Em
sua saída da igreja, na rua Saint-Honoré, ela encontrou um senhor que a abordou
dizendo-lhe: "Minha brava mulher, estaríeis contente por encontrar
trabalho? - Ah! Meu bom senhor, disse ela, pedia a Deus que me fosse achá-lo,
porque sou bem infeliz. - Pois bem! Ide em tal rua, em tal número; chamareis a
senhora T...; ela vo-lo dará." Ali continuou seu caminho. A pobre mulher
se encontrou, sem tardar, no endereço indicado - Tenho, com efeito, trabalho a
fazer, disse a dama em questão, mas como ainda não chamei ninguém, como ocorre
que vindes me procurar? A pobre mulher, percebendo um retrato pendurado na
parede, disse: - Senhora, foi esse senhor ali, que me enviou. - Esse senhor!
Repetiu a dama espantada, mas isso não é possível; é o retrato de meu filho,
que morreu há três anos. - Não sei como isso ocorre, mas vos asseguro que foi
esse senhor, que acabo de encontrar saindo da igreja onde fui pedir a Deus para
me assistir; ele me abordou, e foi muito bem ele quem me enviou aqui.
O Espírito São Luiz consultado a
respeito, forneceu instruções muito interessantes:
• Reafirma:
- não basta a vontade do Espírito; é também necessário permissão para ocorrer o
fenômeno.
• Existem,
muitas vezes na Terra, Espíritos revestidos dessa aparência.
• Podem
pertencer à categoria de Espíritos elevados ou inferiores.
• Têm as
paixões dos Espíritos, conforme sua inferioridade; se inferiores buscam
prazeres inferiores; se superiores visam fins elevados.
• Não podem
procriar.
• Não temos
meios de identificá-los, a não ser pelo seu desaparecimento inesperado.
• Não têm
necessidade de alimentação e não poderiam fazê-la; seu corpo não é real.
Encerrando nosso estudo sobre os
agêneres, relembramos que, por mais extraordinário que possam parecer, esses
fatos se produzem dentro das leis da Natureza, sendo apenas efeito e aplicação
dessas mesmas leis. Recomendamos aos leitores continuem a pesquisa sobre o tema
nas Obras Básicas e na Revista Espírita, Fevereiro de 1859, 1860 e 1863.
Por: Tereza
Cristina D'Alessandro
Bibliografia:
KARDEC,
Allan - O Livro dos Médiuns: 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap VII - 2ª
Parte.
KARDEC,
Allan - Revista Espírita - 1859 - Fevereiro: 1. ed. São Paulo: EDICEL, 1985.
domingo, 6 de novembro de 2016
“MEU FILHO NASCEU DOENTE. CASTIGO OU OPORTUNIDADE? ”
Para alguns,
filhos podem representar um enorme problema e obstáculo frente à essa vida
moderna e corrida. Para muitos, é o sonho dourado, o complemento do casamento.
Em diversas situações, a espera do nascimento de um bebê é coroada de
expectativas e desejos. Cria-se uma atmosfera diferente, uma alegria que não
existia, relações familiares estremecidas são relevadas, pessoas se aproximam,
o clima de festa toma conta da família.
A grande
maioria destas gestações irá transcorrer sem problemas até o final, veremos o
reencarne de milhares de espíritos, que voltam a encontrar antigos companheiros
de jornada, todos juntos novamente rumo ao árduo caminho da libertação
espiritual, da superação de nós mesmos.
Uma minoria,
porém, permanece com um gosto amargo na boca, um desapontamento profundo ao
constatar que o recém-chegado dos planos espirituais possui um problema de
saúde.
A pergunta
feita pelos pais que fica no ar, solicitando resposta, é sempre a mesma: - Por
quê? Como essa criança inocente, que não pediu pra nascer, pode apresentar uma
doença tão grave?
A resposta,
que nem sempre agrada, mas que esclarece é que na verdade nossos filhos não são
seres angélicos que nascem ternamente pela primeira vez, sem máculas e sem
manchas. E a maioria deles pediu, implorou pelo renascimento, enxergando nesse
processo algo natural que nos permite a todos evoluir, crescer. Assim como nós,
Pais, eles carregam a marca indelével dos acertos e dos erros no corpo
espiritual.
Dr. Hernani
Guimarães Andrade, em 1958 publicou um dos destaques de toda a sua obra: a
Teoria do Modelo Organizador Biológico, falando da natureza do Espírito e do
corpo bioenergético. Nessa teoria, ele brilhantemente explica que tudo que
fazemos enquanto encarnados, produz alterações energéticas no nosso corpo espiritual.
Essas modificações podem ser positivas ou negativas, dependendo da intenção dos
nossos atos. Ao renascermos essas alterações negativas precisam ser drenadas
para nosso corpo físico. Isso não necessariamente acontece ao renascer, pois
podemos drenar essas energias durante nossa vida enquanto encarnados através do
amor, da fé, da caridade, etc...
Porém em
alguns casos, há a necessidade de verter para a carne energias deletérias ao
corpo espiritual, inoculadas em nosso psicossoma por nós mesmos e pelos nossos
pensamentos e atitudes inconsequentes. Nesse processo temos as crianças que
nascem com doenças e em alguns casos essa doença é incompatível com a vida.
Qual o
propósito disso? Porque então deixar reencarnar um espírito se ele não poderia
usufruir de uma vida normal e isso traria tanto sofrimento para a família? Já
não basta a agonia do dia a dia, as dificuldades financeiras, de trabalho, os
relacionamentos desarmonizados?
É de João
Evangelista a célebre declaração: "Deus é amor" – I Jo.4.8. Seria
possível que esse Deus de amor permitisse que uma criança nascesse com um
defeito congênito que incompatibilize a vida e outra criança, nascida no mesmo
hospital, no mesmo dia, às vezes recebendo os cuidados do mesmo médico, viesse
à vida de forma perfeita e sem problemas?
Para quem
acredita em uma vida somente, que iniciamos e terminamos nossa caminhada em uma
única existência, só existe uma saída, ou não acreditamos em Deus, ou ficamos
muito desapontados com ele.
Porém, a
lógica do universo, da natureza perfeita, da criação micro e macrocósmica que
ainda foge ao nosso entendimento nos faz acreditar na superioridade divina, no
Deus misericordioso, amoroso, no Pai.
Somente a
reencarnação explica esses dilemas. Somente a evolução contínua esclarece isso,
mostrando que a criança nascida com defeitos congênitos necessitava daquilo
para a resolução de graves lesões no corpo espiritual, e a família precisava
dessa provação, não para sofrimento ou castigo, mas para crescer na fé e no
entendimento, na humildade e na união, buscando sentidos para a vida atual que
não sejam as coisas materiais.
Por tudo daí
graças, dizia o apóstolo Paulo. Por mais difícil que seja, sempre temos a
escolha de sermos positivos, gratos e esperançosos de que tudo vem para o bem.
Adotando essa conduta podemos deixar nossa existência mais leve e seguirmos em
frente, entendendo que um dia tudo passará, toda dor, toda tristeza, tudo
passará.
Paz e luz!
Postado por
Sérgio Vêncio.
Blog.
Medicina e Espiritualidade.
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