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terça-feira, 29 de novembro de 2016
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
"ESPÍRITOS QUE NÃO SE REENCARNARÃO MAIS NA TERRA"
Allan Kardec, abordando a questão da geração nova, em A Gênese, diz para que os homens sejam felizes na Terra, é preciso que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que só se dediquem ao bem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica neste momento entre os que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, visto que, se assim não fosse, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinarem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.
No dizer dos Espíritos, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.
Tudo, pois, se processará exteriormente, como de costume, mas com uma única e capital diferença: uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra, aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.
Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, é neste sentido que Jesus entendia as coisas, quando declarava: “Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido”. Assim, os que esperam ver a transformação operar-se efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão bastante decepcionados.
A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.
As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.
Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, por se recusarem a reconhecer um poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos anti-fraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.
A PROMESSA DE JESUS
Queremos concluir essas linhas sobre todos esses acontecimentos que já estão ocorrendo, em consonância com as palavras proféticas pronunciadas pelo Cristo no célebre Sermão do Monte:
– “BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS PORQUE ELES HABITARÃO A TERRA”.
Jesus ao dizer isso, não está exigindo perfeição dos que vão continuar no planeta depois da sua ascensão de categoria, mas sim a condição de “manso e pacífico”, em outras palavras, pacificado interiormente.
Publicado no Jornal Correio Espírita edição 67 Janeiro 2011
'O DESPERTAR DA PRINCESA DIANA NO PLANO ESPIRITUAL"
Certo dia, a
princesa Diana vai procurar madre Teresa de Calcutá, abrindo-lhe o coração.
Falou-lhe de suas angústias, do vazio que sentia em seu íntimo, muito embora, a
sua, fosse uma vida de glamour. E confessou-lhe o desejo de fazer parte de sua
ordem religiosa.
A madre
comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muita doçura e
bondade na alma daquela mulher simples, porém muita rica e famosa. E, com
grande carinho, buscou orientá-la.
Disse que
ela era uma princesa e, como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa,
de extrema pobreza.
A Madre
disse também:
- Diana,
você pode doar esse amor às crianças indefesas. Na sua posição, você pode
auxiliar muitas delas, que sofrem... A caridade pode ser exercida em qualquer
lugar onde nos encontremos...
A princesa
voltou para o seu palácio e, daí em diante, dedicou-se a visitar crianças
vítimas da AIDS, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enorme carinho,
crianças mutiladas pelas minas das guerras... Desde então, encontrou a alegria
de ser útil, o prazer de servir.
Madre Teresa
tudo acompanhava pelos informes da TV, da imprensa. E, entre aquelas duas
mulheres, elos de amor passaram a existir.
O tempo
correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a "rosa da
Inglaterra", como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num
acidente que chocou o mundo.
A madre,
muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e a cancelar
compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois.
Algo, porém,
alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável, levou-a à cama. Alguns dias
se passaram, e Madre Teresa veio também a falecer.
Joanna de
Ângelis nos contou, então, o suceder dos acontecimentos do "outro
lado".
Madre Teresa
foi recebida numa festa de luz, sob a carinhosa assistência de Teresa de
Lisieux, a Santa Terezinha do Menino Jesus, como é adorada na Igreja Católica.
Permaneceu consciente de seu processo desencarnatório, na paz de consciência
que sua vida honrada lhe fizera merecer.
E é então
que a Madre pergunta à religiosa que lhe recebera, onde estava Diana. E Teresa
de Lisieux lhe conta que a princesa, devido ao choque causado pelo acidente,
estava dormindo, ainda em refazimento e recuperação.
Madre Teresa
de Calcutá vela pela princesa, faz-lhe companhia, ora por sua harmonização.
E, no
momento de despertar, quando Diana abre os olhos diante da vida espiritual e
reconhece a grandeza do amor de Deus, eis que ela revê a Madre, a religiosa
afetuosa e amiga que, com extremado amor, lhe diz:
- Agora,
minha filha, você está pronta para ser aceita na minha ordem. Iremos trabalhar
juntas, com a bênção do Senhor.
Nós, que
sabemos como o mundo espiritual é fascinante, diz Divaldo, imaginemos o júbilo
desse encontro.
Relato de:
Divaldo Pereira Franco
"DEUS É JUSTO OU INJUSTO?"
Deus é justo ou injusto?
Na terra cada variedade de raça, recebe com maior ou menor intensidade o que necessita para desempenhar e enobrecer as qualidades de sua espécie, a raça a que pertence. O grupo humano não foge à regra natural, só nos é acrescentada a liberdade de escolha, cumprindo a função para a qual fomos chamados.
Ao nos harmonizarmos com as leis divinas, nos sentimos felizes a caminho do progresso. Desprezá-las cria um ambiente vibratório individual de desarmonia que pode chegar a atingir aqueles que nos cercam e terá ressonância de vibrações inferiores.
Será que Deus criou a Terra, com todo o seu aparato animal e vegetal, somente para o desfrute do homem? O ser humano foi criado para desfrutar à custa daqueles que caminham com ele? Não! Por todos os seus atos de abuso, há a consequência de que, não compreendendo, ache que Deus lhe está sendo injusto.
Temos quase sempre nas nossas vivência buscado o significado da vida, tentando adivinhar por que razão Deus criou o homem, talvez por darmos importância demais ao que pensamos ser ou pelos sentimentos que cultivamos sobre tão importante questão.
Deus é profundamente simples. Para que possamos ouvi-lo e senti-lo, é preciso antes de tudo ser simples como ele. Um exemplo da simplicidade de Deus é sua onipresença tanto no nosso Cristo quanto num verme desprezado por todos.
Devemos nos despojar do cultivo da autovalorização: vaidade, orgulho e presunção, para nos tornarmos melhores.
Não assumindo nossa participação no conjunto do orbe terráqueo, nos sentimos excluídos de obrigações e responsabilidades. Aí, o que acontece com o restante dos habitantes da Terra? A consequência é esta que estamos vendo: destruição e devastação do que a natureza levou milhões de anos para construir. Não nos sentindo parte do Universo, parece que estamos aqui para usar e desfrutar, não tendo nada a responder, nem responsabilidade sobre o que acontece com a Terra e seus habitantes, se sofrem dores ou misérias.
Não podemos compreender aquele do qual estamos separados e, enquanto assim estivermos, não faremos parte do todo. Se conseguirmos participar, seremos um só. Não haverá maior nem menor, meu pequeno eu se perderá diante da importância do grande todo.
Que restou, então, para mim e para minha espécie?
Viver e, neste viver, conhecer e compreender minhas funções e as do que nos cercam, compondo assim um todo harmônico. O que os irracionais fazem instintivamente, o homem deve fazer consciente e espontaneamente.
Os irracionais não tem escolhas, o homem pode escolher entre participar ou recusar do banquete Divino, que é a própria vida, refletindo, assim, a simplicidade e o equilíbrio do macro refletido no micro.
Sem nenhuma pretensão, anterior ou posterior, ou do momento presente, pois estes são produtos do egoísmo oriundo da mente temporal. Deus é atemporal.
Deus é profundamente justo. Não há desvio ou preferências nas suas leis. Recebemos de acordo com o que fazemos. As nossas vibrações são resultado de nosso estado interior, são elas que vão proporcionar união com vibrações harmoniosas ou perturbadas, causando dor e angustia, ou felicidade. Conhecendo a lei da Reencarnação, entendemos melhor a justiça Divina. Compreendendo Deus, veremos que tudo o que ele faz é justo, pois nada deve a ninguém. Tudo o que recebemos é graça e de graça, nada temos feito para termos crédito com Deus. Pois, por mais que façamos, é dele o potencial, a capacidade e a oportunidade de agir. Se vivermos esta verdade, nunca passará por nossa mente a questão de Deus ser justo ou injusto.
Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho.
Pelo Espírito: Patrícia. Da Obra: “ O Vôo da Gaivota”.
domingo, 27 de novembro de 2016
"MORTE OU DESENCARNE?."
O que significa para o Espírito, o desencarne? Para o
espírito, a morte significa Liberdade. A
vida do Espírito é eterna; a do corpo é transitória, passageira. Quando o corpo
morre, a alma retorna à vida eterna.
Morte ou Desencarne? Para ajudar a esclarecer esse assunto, é
preciso antes de tudo, conhecermos o significado dos termos morte e desencarne
para o Espiritismo. A morte é o fim da vida do corpo físico, ocorre quando o
corpo, natural ou forçadamente, não tem mais condições de se manter vivo.
O desencarne é o processo de desligamento do Espírito (seu
corpo espiritual ou períspirito), do seu corpo físico. É para o espírito,
início de uma nova oportunidade para que se cumpra a Lei do Progresso, que é
uma das leis de Deus.
Segundo a Doutrina Espírita, a lei divina (ou lei natural ou
lei de Deus) abrange as leis físicas e as leis morais. As leis físicas são as
leis do mundo natural material. Estudo e compreensão das várias ciências
existentes, como a Física, Química, Biologia, etc.
As leis morais são referentes às relações do homem com Deus e
com seu próximo. Lei de Adoração, Lei do Trabalho, Lei de Reprodução, Lei de
Conservação, Lei de Destruição, Lei de Sociedade, Lei do Progresso, Lei de
Igualdade, Lei de Liberdade, Lei de Justiça, de Amor e Caridade.
A lei divina é eterna, imutável (como o próprio Deus),
perfeita, igual para todos, inscrita na consciência dos homens e revelada em
todos os tempos (de acordo com a capacidade e compreensão dos homens). Todas as
criaturas têm, consciência das Leis divinas.
Os desmandos a que se entrega, os abusos que perpetra, os
excessos a que se expõe não lhe permitirão tranquilizar-se, porque, inscrita na
consciência, aquela lei superior, no momento justo, convocará o infrator ao
reajuste, de que ninguém se furta. (Divaldo Franco, Estudos Espíritas. Pelo
Espírito Joanna de Ângelis, cap. 10).
Segundo Allan Kardec, há duas espécies de progresso que se
prestam mútuo apoio e que, todavia, não marcham lado a lado: o progresso
intelectual e o progresso moral.
A Lei do progresso aplicada ao Espírito diz que, através de
sucessivas encarnações, o mesmo se auto aperfeiçoa gradativamente nas dimensões
intelectual e moral, deixando sua condição inicial de simplicidade e ignorância
para se elevar à condição de pureza espiritual.
As evoluções intelectual e moral não se dão, necessariamente,
ao mesmo tempo. O espírito só alcança a perfeição quando alia a perfeição moral
com a da inteligência. A perfeição é o destino de todo espírito, sem exceção,
mas isso não pode ser atingido numa só existência. Por essa razão, o espírito
reencarna.
A reencarnação é o sistema pelo qual a Providência Divina
aperfeiçoa o Espírito eterno. Para que ele possa crescer em inteligência e
moralidade, o Criador concede-lhe outras oportunidades de progresso através das
diversas existências. Assim ele renasce na dimensão material quantas vezes
forem necessárias.
Ao iniciar sua jornada reencarnatória nos primeiros estágios
evolutivos, o espírito sofre todo tipo de influências, boas e ruins, agradáveis
e desagradáveis. Por ser ainda ignorante, é levado por suas tendências a
vivenciar experiências errôneas, que prejudicam e lhe retardam o progresso.
Todos os espíritos passam obrigatoriamente pelo caminho da
ignorância, mas nem todos passam pelo caminho do mal. Em sua infinita
sabedoria, Deus concede ao espírito a liberdade de ceder ou resistir às suas
más influências e isso é chamado livre arbítrio.
À medida que adquire consciência de si mesmo, conquista
gradualmente a liberdade de agir e discernir, obtendo o mérito consequente de
suas próprias ações. Sendo assim, a evolução do espírito se dá
progressivamente, através da experiência.
Em suas lutas expiatórias e provacionais, o espírito avança
gradativamente pelo caminho da própria iluminação e aperfeiçoamento. Essa é a
lei da vida a que estamos sujeitos: Nascer, Crescer, Morrer, renascer e
Progredir sempre!
No desligamento do Espírito em relação ao corpo (desencarne)
ocorre, de modo geral, em momentos distintos podendo ser breve ou demorado. Nos
chama a atenção o fato de depender de cada um tornar esse momento mais fácil e
agradável ou mais penoso e doloroso.
A vida plenamente material onde se busca tudo que a matéria
oferece como gozos e posses (apego) dará mais dificuldade ao Espírito na hora
do desencarne.
Aquele que vive conforme a moral do Evangelho, dando
importância relativa às coisas materiais, reconhecendo seu valor, mas não
vivendo em função disso e principalmente reconhecendo e aceitando os Desígnios
Divinos acima de qualquer revolta, esse sim terá uma passagem tranquila e fácil
quando chegar sua hora.
A morte não é o mergulho no nada, é apenas a mudança de
estado, pois eles continuam do lado de lá, recebendo de nós, os sentimentos de
amor, ou de revolta que possamos emitir.
Joanna de Angelis nos alerta quanto a nossa atitude perante
aos desencarnados queridos, na obra Rumos Libertadores, Ela diz assim: Não
interrogues os que desencarnaram! O que será de mim? Por que você me deixou?
Por que você partiu antes de mim? O que será de mim agora? Como viverei sem
você ao meu lado?
Estes conceitos, profundamente egoístas, atestam desamor,
antes do que devotamento. Nem te entregues ao desejo de partir, também sob a
falsa alegação de que não podes continuar sem eles. Esta atitude os fará sofrer.
Põe-te no lugar deles!
Os pensamentos, dirigidos aos entes amados desencarnados,
chegam como vibrações e são percebidas e assimiladas por eles. Porque a morte
nada mais é do que a destruição do corpo orgânico, mas a alma imortal segue
eterna, assim como os laços de amor e afeições que os uniu aos pais, aos
filhos, aos maridos, as esposas, aos amigos!
O espiritismo é uma doutrina consoladora, por nos demonstrar
a continuidade da vida após a separação terrena. Mas devemos reconhecer que o
fato de sabermos que a vida continua não ameniza a saudade, pois é difícil
superar a ausência. Porém, assim como a felicidade é passageira, nenhum
sofrimento será eterno!
Fonte: Harmonia Espiritual
"ENCONTROS ESPIRITUAIS". DUAS PESSOAS QUE SE CONHECEM PODEM SE VISITAR DURANTE O SONO?"
Do princípio de emancipação da alma durante o sono parece resultar que temos, simultaneamente, duas existências: a do corpo, que nos dá a vida de relação exterior, e a da alma, que nos dá a vida de relação oculta. É isso exato? No estado de emancipação, a vida do corpo cede lugar à da alma, mas não existem, propriamente falando, duas existências; são antes duas fases da mesma existência, porque o homem não vive de maneira dupla.
Duas pessoas que se conhecem podem visitar-se durante o sono?
Sim, e muitas outras que pensam não se conhecerem se encontram e conversam. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. O fato de visitardes, durante o sono, amigo, parentes, conhecidos, pessoas que vos podem ser úteis, é tão frequente que o realizais quase todas as noites.
Qual pode ser a utilidade dessas visitas noturnas, se não as recordamos?
Ordinariamente, ao despertar, resta uma intuição que é quase sempre a origem de certas ideias que surgem espontaneamente, sem que se possa explicá-las, e não são mais que as ideias hauridas naqueles colóquios.
0 homem pode provocar voluntariamente as visitas espíritas? Pode, por exemplo, dizer ao adormecer: “Esta noite quero encontrar-me em espírito com tal pessoa; falar-lhe e dizer-lhe tal coisa?”
Eis o que se passa: o homem dorme, seu Espírito desperta, e o que o homem havia resolvido o Espírito está, muitas vezes, bem longe de o seguir, porque a vida do homem interessa pouco ao Espírito, quando ele se liberta da matéria. Isto para os homens já bastante elevados, pois os outros passam de maneira inteiramente diversa a sua existência espiritual: entregam-se às paixões ou permanecem em inatividade. Pode acontecer, portanto, que, segundo o motivo que se propôs, o Espírito vá visitar as pessoas que deseja: mas o fato de o haver desejado quando em vigília não é razão para que o faça.
Certo número de Espíritos encarnados pode então se reunir e formar uma assembleia?
Sem nenhuma dúvida. Os laços de amizade, antigos ou novos, reúnem assim, frequentem ente, diversos Espíritos que se sentem felizes de se encontrar.
Pela palavra “antigos” é necessário entender os laços de amizade contraídos em existências anteriores. Trazemos ao acordar uma intuição das ideias que haurimos nesses colóquios ocultos, mas ignoramos a fonte.
Uma pessoa que julgasse morto um de seus amigos, que na realidade não o estivesse, poderia encontrar-se com ele em espírito e saber, assim, que continuava vivo? Poderia, nesse caso, ter uma intuição ao acordar?
Como Espírito pode certamente vê-lo e saber como está. Se não lhe foi imposto como prova acreditar na morte do amigo, terá um pressentimento de que ele vive, como poderá ter o de sua morte!
(Fonte: Livro dos Espíritos)
sábado, 26 de novembro de 2016
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
"QUEM SERIA O MEU ESPIRITO PROTETOR?"
Comumente no
meio espírita, nos deparamos com pessoas tecendo os mais diversos comentários à
respeito de seus Espíritos protetores. Tais companheiros, (principalmente em
palestras públicas e livros) se reportam à presença dos Guias em momentos de
intimidade, de dificuldades, de alegria. Relatam também as opiniões e/ou
interferências dos Espíritos protetores em escolhas e decisões tomadas pelo
tutelado. Importante ressaltar, que os referidos companheiros, alegam ver,
ouvir, e interagir com seus protetores, chegando até mesmo a saber o nome do
mesmo!
Entretanto,
a grande maioria dos encarnados “fica só na vontade”. Pois é fato que vontade e
curiosidade de se ter um contato mais efetivo, saber identidade e nome do
Espírito Protetor, é sonho e/ou desejo, que habita a mente e o coração da
grande maioria das pessoas!
Portanto,
objetivando serenar os nossos corações, e para que não “morramos de inveja“
daqueles companheiros que relatam suas experiências com seus Guias Espirituais.
Para que saibamos discernir, o que “procede” e o que “não procede” das
experiências fantásticas, relatadas. Para que saibamos diferenciar um Espírito
“Protetor“, de um Espírito “familiar“, ou de um Espírito “simpático“, é que
escrevo o presente artigo. A fonte que saciará nossa sede, e nos confortará
será O Livro dos Espíritos, que em seu Capítulo IX, Item VI, desenvolve o assunto
sob o título de “Anjos da Guarda, Espíritos Protetores e Familiares ou
Simpáticos”.
Inicialmente,
busquemos saber “quem” são os Espíritos Protetores ou Anjos de Guarda e qual a
sua missão. À esse respeito, nos dizem os Espíritos da Codificação, que os Guias
Espirituais, são Espíritos de “ordem elevada“, que se ligam a um indivíduo em
particular, como um irmão espiritual. Quanto a missão do Espírito protetor, é a
missão de um pai para com o filho, ou seja, conduzi-lo pelo bom caminho,
ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, sustentar sua
coragem nas provas da vida. (LE, 491)
Importante
ressaltar, que o Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde o seu nascimento
até a morte, pois frequentemente a ligação prossegue no plano espiritual, e
mesmo através de várias experiências reencarnatórias. Isto porque, segundo a
Espiritualidade Superior, as vivências no mundo material não são nada mais do
que fases bem curtas da vida do Espírito.
Diante de
tais afirmativas, ficamos cientes, que todo Espírito Protetor, é
obrigatoriamente um Espírito de moralidade e intelectualidade elevada, haja
vista a complexidade e grandiosidade de sua missão, que é de conduzir um
Espírito imperfeito à perfeição. Conquanto, é profundo conhecedor da alma do seu
protegido, sendo sabedor de seus conflitos, vícios morais, medos, limitações,
qualidades, conquistas, e potencialidades evolutivas, por acompanhá-lo desde
existências pretéritas.
Importante
ressaltar, que embora algumas pessoas considerem impossível que Espíritos de
alta evolução fiquem restritos a uma tarefa tão penosa e contínua, asseguram os
Mestres Espirituais, que mesmo estando a anos luz de distância, para os
Espíritos Superiores não existe espaço, e mesmo vivendo em mundos evoluídos,
permanecem ligados aos seus protegidos, pois gozam de dons por nós não
concebidos. À esse respeito, Kardec de forma pedagógica esclarece, que os
Espíritos dispõem do “fluido universal” (tema objeto de estudo em O Livro dos
Espíritos) que permeia e liga todos os mundos, sendo portanto veículo da
transmissão do pensamento, como o ar é para nós o veículo da transmissão do
som.
Portanto, no
que concerne à comunicação com nosso Espírito protetor, esta comunicação se faz
através dos “pressentimentos” que comumente sentimos. São os pressentimentos, o
conselho íntimo e oculto de um Espírito que nos deseja o bem. O Espírito
protetor procura advertir seu tutelado no intuito de fazê-lo viver da melhor
forma possível, entretanto, muito frequentemente, fechamos os ouvidos e as
portas do coração para as boas advertências, e nos tornamos infelizes por nossa
culpa.
No que tange
à presença constante do Espírito Protetor com o seu protegido, dizem os
Espíritos da Codificação que há circunstâncias em que a presença não se faz
necessária. Entretanto, enquanto estivermos necessitando reencarnar no planeta
Terra, (planeta de provas e expiações) não temos condições de guiar-nos por nós
mesmos, precisando portanto da orientação e proteção efetiva do Guia
Espiritual.
Quanto ao
contato entre tutelado e Espírito protetor, como falamos no início do artigo, a
“grande maioria das pessoas” não têm experiências ostensivas, que possam
lembrar e relatar. Pelo que foi dito anteriormente pelos Mestres Espirituais,
já entendemos, que em razão do elevado grau evolutivo do Anjo Guardião, ele não
tem como ser visto e/ou ouvido objetivamente pelos encarnados no planeta Terra.
Em seguida,
Kardec lança o seguinte questionamento aos Espíritos da Codificação: - Por que
a ação dos Espíritos em nossa vida é oculta, e por que, quando eles nos
protegem, não o fazem de maneira ostensiva? A resposta dada foi a seguinte: “-
Se contásseis com o seu apoio não agiríeis por vós mesmos e o vosso Espírito
não progrediria. Para que ele possa adiantar-se necessita de experiência, e em
geral é preciso que adquira à sua custa; é necessário que exercite as suas
forças, sem o que não seria como uma criança a quem não deixam andar sozinha. A
ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre de maneira a vos deixar o
livre-arbítrio, porque se não tivésseis responsabilidade não vos adiantaríeis
na senda que vos deve conduzir a Deus. Não vendo quem o ampara, o homem se
entrega às suas próprias forças; não obstante, o seu guia vela por ele e de
quando em quando o adverte do perigo.” (grifei) (LE., Cap. XIX, Livro II, p.
501)
Diante das
palavras acima expostas, fica evidente que os Guias Espirituais não interferem
objetivamente na vida de seus tutelados. É fato, que temos como condição “sine
qua non” para a evolução espiritual, a liberdade de fazer escolhas, e responder
por estas, advindo daí, o aprendizado e consequente evolução do Espírito. O
livre-arbítrio do tutelado jamais será desrespeitado pelos Protetores
Espirituais! O que efetivamente nos dará força e coragem para avançarmos nos
caminhos evolutivos, é a certeza de que se tem um amigo, um irmão, a velar por
nós, solidário na dor e na alegria.
Vamos agora
tratar de outro aspecto provocador de grande curiosidade, que é a questão de se
saber o “nome” do Guia Espiritual. À esse respeito, é Kardec quem indaga aos
Mestres Espirituais na questão 504 de O Livro dos Espíritos, se podemos sempre
saber o nome do nosso Espírito protetor ou Anjo da Guarda. Observemos a
resposta dada pelos Espíritos: “- Como quereis saber nomes que não existem para
vós? Acreditais, então, que só existem os Espíritos que conheceis?” (grifei)
Logo em seguida, na questão complementar 504-a, o Codificador questiona, que se
não o conhecemos, como vamos invocá-lo? E mais uma vez, com toda a presteza
respondem os Espíritos Superiores, que podemos dar o nome que quisermos,
sugerindo inclusive, que escolhamos o de um Espírito superior que tenhamos
simpatia e respeito. Asseveram os Mestres que o nosso protetor atenderá
prontamente ao nosso apelo, pois todos os Espíritos elevados são irmãos e se
assistem mutuamente.
Não se dando
por satisfeito no que tange à questão do nome dos Espíritos protetores,
persiste Kardec na questão 505 indagando, se os Espíritos protetores que tomam
nomes comuns seriam sempre os de pessoas que tiveram esses nomes. Os Mentores
respondem categoricamente que não, acrescentando, que muito comumente,
Espíritos simpáticos aos nossos Guias Espirituais, ou, por determinação destes,
podem vir a nos atender.
Para que
melhor compreendamos como se dá a substituição, usam os Espíritos da seguinte
analogia: quando nós encarnados, não podemos por alguma razão realizar
pessoalmente alguma atividade, ou missão, enviamos alguém de nossa confiança
para que nos represente agindo em nosso nome. Portanto, a questão do nome é o de
menos, pois o que importa é a certeza da existência desse Guia Espiritual que
segundo os Espíritos da Codificação, conheceremos a sua identidade e o
reconheceremos quando estivermos na vida espírita, pois frequentemente, já o
conhecemos de outras encarnações.
Quanto à
possibilidade de um pai, ou uma mãe, virem a se tornar o Espírito protetor do
filho ou filha sobrevivente, nos dizem os Mestres Espirituais, que para que um
Espírito se torne “protetor” de alguém, deverá ter um certo grau de elevação,
além de um poder e uma virtude a mais, concedidos por Deus. Portanto, quando o
Espírito de pais ou mães, protegem filhos ou filhas, estarão certamente sendo
assistidos por um Espírito mais elevado, pois seu poder é mais ou menos
restrito à posição evolutiva em que se encontram, não lhes sendo permitido
sempre, inteira liberdade de ação. (LE., Cap. XIX, Livro II, p. 507/508)
Outra
questão a ser aventada, trata da possibilidade de termos vários Espíritos
protetores. À esse respeito, nos dizem os Mestres espirituais que “cada homem
tem sempre Espíritos “simpáticos”, mais ou menos elevados, que lhe dedicam
afeição e se interessam por ele, como há também, os que lhe assistem no mal.”
Acrescentam, que esses Espíritos “simpáticos”, “às vezes podem ter uma missão
temporária, mas em geral são apenas solicitados pela similitude de pensamentos
e de sentimentos, no bem como no mal”, posto que, “o homem encontra sempre
Espíritos que simpatizam com ele, qualquer que seja o seu caráter.” (grifei)
(LE., Cap. XIX, Livro II, p. 512/513 e 513-a)
Objetivando
uma melhor compreensão do que foi exposto, vou me apropriar do fechamento feito
por Kardec, quando assim resumiu as explicações dadas pelos Mestres Espirituais
sobre a natureza dos Espíritos que se ligam ao homem:
- O Espírito
protetor, anjo da guarda ou bom gênio, é aquele que tem por missão seguir o
homem na vida e o ajudar a progredir. É sempre de uma natureza superior à do
protegido.
- Os
Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por meio de laços mais ou menos
duráveis, com o fim de ajudá-las na medida de seu poder, frequentemente
bastante limitado. São bons, mas às vezes pouco adiantados e mesmo levianos;
ocupam-se voluntariamente de pormenores da vida íntima e só agem por ordem ou
com permissão dos Espíritos protetores.
- Os
Espíritos simpáticos são os que atraímos a nós por afeições particulares e uma
certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto no bem como no mal. A
duração de sua relações é quase sempre subordinada às circunstâncias.
Para
finalizar, estejamos cientes e confiantes de que “todos nós” seres humanos
encarnados e desencarnados, enquanto estivermos em uma condição de elevação
espiritual sofrível, vinculados aos mais diversos vícios morais, reencarnando
em planetas de provas, expiação, regeneração, teremos por necessidade de amparo
e orientação, um Espírito protetor de alta elevação - por isso não visível. A
esse amoroso Guia Espiritual, poderemos atribuir o nome que quisermos, pois ele
nos atenderá sempre, independentemente de “nomes“ - pois ele não tem nome de
Espíritos conhecidos na Terra. Estejamos atentos aos nossos “pressentimentos“,
pois nosso Anjo Guardião, se comunica conosco através de intuições e
pressentimentos. Nosso Guia Espiritual é o amigo que mais nos conhece, por nos
acompanhar em numerosas jornadas reencarnatórias, estando sempre presente nos
momentos mais solitários, infelizes, dolorosos, como nos momentos mais felizes
de nossa vida! E por fim, tenhamos a certeza, que será ele a nos recepcionar
quando do nosso retorno ao mundo espiritual, quando para nossa alegria, o
reconheceremos e o identificaremos! Haverá algo mais consolador?
Maria das
Graças Cabral.
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
“O QUE SÃO TRABALHOS ESPIRITUAIS? PODEMOS PAGAR POR ELES? ”
Você sabe
que existem trabalhos espirituais pagos. São trabalhos para os mais diversos
fins, quase sempre de fundo egoístico, em que a pessoa que paga o trabalho
espera um resultado imediato – sem pensar nas consequências.
São essas
pessoas que fazem simpatias, que procuram consultas para tratar dos seus
problemas pessoais, que buscam na religião um meio de resolver os seus
caprichos, um meio de conquistar as coisas que querem, um atalho para saciar os
seus desejos mundanos.
Tem muitas
casas, geralmente dirigidas por um médium, que não têm nada a ver com a
Doutrina Espírita. O mediunismo existe desde que o homem é homem; a Doutrina
Espírita surgiu com Allan Kardec no século XIX.
Nessas casas
geralmente há consultas. Consultas pagas. Joga-se búzios, joga-se cartas, essas
casas que prometem trazer a pessoa amada em três dias, esse tipo de coisa.
Quem dirige
essas casas geralmente é um médium com razoáveis condições de trabalho. É
alguém que reencarnou com a tarefa de trabalhar em benefício do próximo e
acabou se desviando. Muitos espíritos acumulam experiência com o mediunismo e
com as próprias capacidades psíquicas. Infelizmente, ao longo de várias
existências utilizam esse conhecimento de maneira egoísta – ou, pior ainda,
voltados diretamente para o mal.
Em
determinado momento da sua trajetória eles se arrependem do mal que vêm
cometendo e se comprometem a trabalhar em benefício do próximo. São auxiliados
por espíritos mais elevados a reencarnar em condições adequadas ao exercício da
mediunidade. Mas, por uma série de motivos, sempre de natureza egoística,
acabam se desviando do Bem novamente e trabalham por conta própria associados a
espíritos desencarnados de baixa evolução: espíritos vampirizadores, técnicos
das trevas detentores de grande conhecimento e às vezes com seres de grande
poder absolutamente voltados para o mal.
Quem se
envolve com esse tipo de espíritos está se metendo numa grande enrascada. Nós
temos que ter bem claro que espíritos são espíritos, não há diferença, em
termos morais, entre encarnados e desencarnados.
Vamos pegar
um exemplo dos mais comuns: basta ver nos jornais de grande circulação. Está
cheio de anúncios como este; “trago a pessoa amada em três dias”. Desfaço qualquer trabalho. A pessoa amada foi
embora. Não quer mais nada com você. Você não se conforma e vai atrás de um
desses anúncios. Lá eles dizem pra você que a pessoa foi amarrada, que fizeram
um trabalho pra separar vocês. Pra desmanchar esse trabalho tem que fazer outro
trabalho mais forte.
Pode ser
verdade que foi feito um trabalho pra separar vocês. Mas isso não se resolve
fazendo um outro trabalho do mesmo tipo. Isso é devolver o mal com o mal, é uma
prática frontalmente contrária ao ensino de Jesus, que é o que deve nos
nortear. O ensino de Jesus tem que ser o nosso guia, sempre.
A solução
pra esse tipo de situação eu não posso tratar aqui. Isso é muito complexo,
depende de uma série de fatores.
Mas pode ser
que não haja trabalho nenhum para separar vocês. A pessoa amada foi embora
porque não quer mais ficar com você, simples assim. Você talvez deva rever a
sua maneira de ser e verificar porque não deu certo; não é o caso pra forçar a
barra e querer trazer a pessoa amada de volta a qualquer custo.
Aí vem o
trabalho. Pra começar, nós não temos garantia de que o trabalho vai ser feito.
O que é certo é que nós estamos nos envolvendo com espíritos que, se estivessem
encarnados e nós pudéssemos vê-los e conversar com eles, dificilmente nós
iríamos solicitar os seus serviços.
Mas digamos
que eles resolvam executar o trabalho. No que consiste esse trabalho?
Esses
espíritos podem atrapalhar diretamente o novo relacionamento da tal pessoa
amada, podem projetar imagens que provoquem desejo por você, podem “assoprar”
determinadas frases incessantemente na mente da pessoa amada, podem fazer com
que a pessoa amada sinta-se terrivelmente mal longe de você – então você
provoca um encontro e o mal-estar passa como que por encanto…
Isso é o
básico, isso qualquer espírito é capaz de fazer. Pior que isso é o uso da
tecnologia por parte de técnicos das trevas, o que acaba afetando outras áreas
da vida da pessoa; ou, pior ainda, o uso de magia – que quase nunca é detectada
nos centros espíritas.
Imagine que
você, em vez de pagar um trabalho espiritual, resolva pagar alguém pra
prejudicar outra pessoa: sequestrar, roubar, incendiar a casa, matar – quem
você iria contratar? Que tipo de gente se presta a esse tipo de trabalho? Só
bandido! Se você se envolve com um bandido você sabe que está sujeito a
chantagens, a delação, a vingança…
É claro que
às vezes nós passamos por momentos muito difíceis. Algumas pessoas se
desesperam e recorrem a esses trabalhos espirituais pagos. Trabalhos para o
amor, para a saúde, para os negócios.
É
compreensível. Mas não é uma boa solução. É o mesmo que você estar muito
apertado financeiramente e recorrer a um agiota. Você até pode resolver o seu
problema imediato, mas arranja um problema muito maior do qual vai ser bem mais
difícil de se livrar.
Esses
trabalhos são uma tentativa de fugir da própria responsabilidade – é o velho atalho, que quando vamos ver não é
atalho coisa nenhuma; é um beco sem saída: nós vamos ter que fazer o caminho de
volta e retomar a nossa caminhada de onde havíamos parado.
O único modo
de avançar na vida (eu não me refiro exclusivamente a essa existência, eu me
refiro à vida do espírito) é através do uso das nossas próprias energias.
Fonte:
Espírito Imortal
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
COMO É O CÉU, O INFERNO E O PURGATÓRIO PARA O ESPÍRITA?
CÉU: A
teologia cristã reconhece três céus: o 1º é o da região do ar e das nuvens; o
2º o espaço em que giram os astros; o 3º fica além deste, é a morada de Deus, a
habitação dos bem-aventurados que O contemplam face a face. É conforme a esta
crença que se diz que S. Paulo foi alçado ao 3º céu. Mas, para os espíritas, o
céu está dentro de cada um de nós, é uma conquista interior. É a sensação do
dever cristão cumprido, que nos fará sentir felizes, onde estivermos. Estejamos
encarnados ou desencarnados.
INFERNO:
Jesus dizia, em suas pregações, que a alma culpada sofreria tormentos em suas
culpas, depurando-se como o lixo queimado na Geena, um vale onde no passado
eram oferecidos sacrifícios ao deus Moloch. Mais tarde, o local tornou-se um
lixão, onde queimavam cadáveres de criminosos, carcaças de animais, etc. Os
teólogos medievais, interpretaram esta comparação de Jesus como sendo o
inferno, localizado no interior da Terra, onde as almas condenadas ardem em
chamas eternas, sem jamais se consumir, em imperdoável sofrimento. Para nós
espíritas, o sofrimento é moral. Assim, o Céu e o Inferno são estados de
consciência e não um local geográfico. Quem já sentiu a angústia do
arrependimento mais intenso, por uma falta cometida, tem uma pequena idéia do
que é o sofrimento dos Espíritos culpados, que se tornam muito mais intenso na
Espiritualidade, onde não há as limitações impostas pelo corpo físico, nem as
ilusões da existência material, que ocultam as percepções e anestesiam a
consciência. O Espírito comprometido com o mal mergulha, ao desencarnar, num
torvelinho de emoções e lembranças relacionados com suas faltas, experimentando
sofrimentos morais tão intensos que não há nada que se lhes compare na Terra, onde
o levará para regiões (UMBRAIS) que condizem com o estado de sua consciência. O
umbral é definido como uma "região destinada a esgotamento de resíduos
mentais.” Assim sendo, entende-se como um período posterior ao desencarne
(processo em que a alma abandona o corpo após a morte deste) que possibilita à
alma entender o seu atual estado espiritual. O tempo de permanência no Umbral,
e a ocorrência de processos dolorosos de culpa e flagelação, vai depender do
estágio evolutivo da alma e do reconhecimento humilde das faltas cometidas
(quando for o caso).
PURGATÓRIO:
Devemos lembrar que, não há nenhuma referência explícita na Bíblia sobre o
purgatório. Segundo a tradição ortodoxa, o purgatório seria uma região no Além
onde estagiam as almas que, embora arrependidas e "na graça de Deus",
por submeterem a sacramentos religiosos, não são suficientemente puras para
elevarem-se ao Céu. Morrem abençoadas, mas não redimidas (perdoadas). É preciso
sofrer, pagar os débitos, depurar-se nesta tal região. Em torno desta idéia
exploraram a ingenuidade do povo. Na época, organizações religiosas, vendiam
para as famílias ricas, a transferência de seus mortos do purgatório para o
paraíso. Diziam os religiosos que se a família doasse grande soma de dinheiro
para a igreja ou comprasse "relíquias" (a peso de ouro), que diziam
ser parte do corpo de um santo (ossos, dentes, cabelos, unhas) o morto seria
transferido do purgatório para o céu mais rápido. Então, o purgatório tornou-se
uma saída para não cumprir as "penas eternas" no inferno, aberração
teológica incompatível com a justiça e misericórdia de Deus. Nós espíritas,
entendemos por purgatório, as dores físicas e morais: o tempo da expiação.
Quase sempre, é na Terra que fazemos o nosso purgatório, ou seja, que expiamos
as nossas faltas. Purgatório significa purgação, purificação. O purgante é o
remédio que limpa o organismo. E as dores e aflições é o purgante que limpa a
alma das transgressões à Lei Divina. Podemos dizer que, o caminho mais rápido e
seguro entre o purgatório e o Céu, é “O PRÓXIMO”. Na medida em que estivermos
dispostos a respeitar, ajudar, compreender e amparar aqueles que nos rodeiam,
seja o familiar, o colega de serviço, o amigo, o indigente, o doente, estaremos
habilitando-nos à felicidade, contribuindo para que ela se estenda sobre o
Mundo. Portanto, não nos elevaremos se não tivermos dispostos a auxiliar os
companheiros que conosco estagiam no purgatório terrestre.
Chico Xavier
resume o assunto na seguinte frase: “Dentro da visão espírita, céu, inferno e
purgatório começam dentro de nós mesmos. A alegria do bem praticado é o
alicerce do céu. A má intenção já é um piso para o purgatório e o mal
devidamente efetuado, positivado, já é o remorso que é o princípio do inferno.”
Postado por
GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
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