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terça-feira, 17 de janeiro de 2017
“MICROCEFALIA E ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL NA GESTAÇÃO”
Todos os estudiosos da doutrina espírita tem conhecimento,
através de inúmeras obras psicografadas, da existência do “Ministério da
Reencarnação” nas colônias espirituais ligadas à esfera terrestre. Equipes
especializadas no retorno ao mundo físico estudam, intensamente, e trabalham,
procurando propiciar a situação mais adequada às necessidades evolutivas dos
irmãos que necessitam voltar ao planeta.
Ao contrário do que se pensa, não são os mentores espirituais
que determinam os defeitos físicos ou anomalias congênitas de um feto. NÃO É
CORRETO Imaginar que Seres de Luz, Amor
e Sabedoria, determinem: “você vai renascer com microcefalia”, mas observam que
a lei Universal de Causa e Efeito é inexorável. O “modus vivendi” do Espírito, os traumas
que sofreu ou fatos vivenciados no passado geraram campos de força, circuitos
vibratórios, no seu corpo espiritual e esses sim que determinam, agora, campos modeladores nas matrizes
perispirituais.
Os mentores especializados, profundos conhecedores da
dinâmica das energias, sabem ser inexorável
a consequência e podem informar ao Espírito ou mesmo aos seus seres
amados, da anomalia orgânica que surgirá
no seu novo corpo físico, seja por via
congênita ou genética. Um Espírito que renasce com microcefalia, está ainda com
dolorosas marcas no seu corpo astral que necessitam ser drenadas, expiadas para
um corpo físico, visando a sua cura. Há também, raras situações, de Espíritos
superiores que se ofereceram para renascer assim, com objetivos de auxiliarem
os envolvidos e também adquirirem uma grande experiência nesta área. São exceções, mas existem.
As obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier (Chico)
descrevem com detalhes essa assistência. Entre outras obras, citaríamos o livro
“Missionários da Luz”, obra que detalha a reencarnação do Espírito de Segismundo,
mostrando a participação dos dois planos no processo.
Uma vez tendo sido escolhidos os pais, pelo critério
considerado mais adequado à situação evolutiva do espírito, e o merecimento dos
genitores, inicia-se uma laboriosa assistência espiritual às pessoas mais
envolvidas na reencarnação. Habitualmente: pai, mãe e filho. Ninguém tem um
filho microcéfalo por mera casualidade, por azar do destino. São histórias
seculares ou até milenares que unem os envolvidos em reencontros construtivos e
necessários para o desenvolvimento espiritual e superação de antigas dificuldades.
O trabalho de assistência espiritual, por vezes, necessita
estender-se a outros membros da família, cuja interferência na gestação se
fazia de forma negativa como, por exemplo, mecanismo de pressão induzindo ao
aborto, ou outras formas de interferência que prejudicariam a planificação
superior. Através da sensibilidade espiritual das criaturas, como sensibilidade
paranormal ou mediúnica, os mentores espirituais procurarão constantemente intuir
para que sejam tomadas as decisões mais equilibradas e saudáveis, as quais
refletirão no ser que se prepara para voltar ao convívio dos encarnados. No
caso do microcéfalo, um ser que necessita muito de carinho e amparo em todos os
níveis.
Quando a resistência dos assistidos (pai e mãe
principalmente) é muito forte, no sentido de acatar as ideias que lhe são
sugeridas, a espiritualidade passa a buscar formas indiretas para veicular a
mensagem harmonizadora. São enviadas sugestões
mentais a parentes, vizinhos ou profissionais, que poderão influir
construtivamente no processo da aceitação do filho microcéfalo ou amparo com
relação a esta entidade reencarnante.
Durante o sono, habitualmente, sucede o desdobramento ou
projeção astral dos encarnados. Nesta oportunidade, são fornecidos
esclarecimentos ou informações preciosas aos pais.
Comumente, é feita a apresentação do espírito reencarnante
aos futuros pais e se existir um desafeto importante por parte de algum deles,
com relação ao futuro filho, passa a ser executado um intenso trabalho de
doutrinação visando amenizar as dificuldades mútuas. A projeção astral
consciente e inconsciente dos pais, tem um papel de relevo neste trabalho de
amparo amoroso dos mentores espirituais.
A assistência recebida pela constelação familiar ocorre antes
mesmo da fecundação, já nas fases de aproximação da entidade. Nos lares onde reina o equilíbrio psíquico,
no amparo dos Espíritos Superiores, é possível se preservar a intimidade do
casal no momento íntimo que determinará e fecundação.
As vibrações de amor que envolve os cônjuges criam uma aura
energética de alta frequência, estabelecendo um campo de sintonia com os
mentores espirituais, propiciam o isolamento no recesso do lar e evitam a
aproximação de entidades espirituais não participantes do processo
reencarnatório.
Lembra-nos o autor espiritual, André Luiz, que a privacidade
do casal é respeitada pelos mentores espirituais, e que o momento da fecundação
ocorre algumas horas após o ato sexual, quando o espermatozoide alcança o óvulo
em sua longa caminhada pelo interior dos ductos femininos.
Quando as encarnações se processam nos locais onde a gravidez
é considerada como um acidente inconveniente, e o amor sexual deixou de ser uma
expressão nobre entre duas criaturas para descer às profundezas de um triste
comércio, há maiores dificuldades na recepção da assistência espiritual.
Embora os mentores espirituais estejam atuando sobre os
envolvidos, nos casais desequilibrados, estabelece-se uma verdadeira capa
energética impermeável ao auxílio mais efetivo. As vibrações mentais dos
ambientes, às vezes sórdidos, constituem uma aura de baixa frequência, que não
sintonizam com as vibrações mais sutis no plano espiritual mais elevado. Nesta
situação, torna-se difícil a proteção ao
casal, que fica à mercê das entidades que convivem nestes locais.
No entanto, nas situações mais dolorosas e complexas, acaba
reencarnando, por afinidade vibratória, aquele que necessita do meio em questão
para o ressarcimento cármico correspondente.
Fonte: Medicina e Espiritualidade
Dr. Ricardo di Bernardi
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
“PODE O ESPÍRITO DE UMA CRIANÇA SER TÃO DESENVOLVIDO QUANTO DE UM ADULTO”?
O Espírito que anima o corpo de uma criança é tão desenvolvido quanto o de um adulto?
— Pode mesmo ser mais, se ele mais progrediu, pois são apenas os
órgãos imperfeitos que o impedem de se manifestar. Age de acordo com o instrumento de que se serve.
Numa criança de tenra idade, o Espírito, fora do obstáculo que a imperfeição dos órgãos opõe à sua livre manifestação, pensa como uma criança ou como um adulto?
— Enquanto criança, é natural que os órfãos da inteligência, não estando desenvolvidos, não possam dar-lhe toda a intuição de um adulto: sua inteligência, com efeito, é bastante limitada, até que a idade lhe amadureça a razão. A perturbação que acompanha a encarnação não cessa de súbito com o nascimento e só se dissipa com o desenvolvimento dos órgãos.
Comentário de Kardec: Uma observação vem ao apoio desta resposta: é que os sonhos de uma criança não têm o caráter dos sonhos de um adulto; seu objeto é quase sempre pueril, o que é um indício da natureza das preocupações do Espírito.
Com a morte da criança o Espírito retoma imediatamente o seu vigor primitivo?
—Assim deve ser, pois que está desembaraçado do seu envoltório carnal: entretanto, ele não retoma a sua lucidez, primitiva enquanto a separação não estiver completa, ou seja, enquanto não desaparecer toda ligação entre o Espírito e o corpo.
O Espírito encarnado sofre, durante a infância, com o constrangimento imposto pela imperfeição dos seus órgãos?
— Não; esse estado é uma necessidade natural e corresponde aos desígnios da Providência. É um tempo de repouso para o Espírito.
Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pela infância?
— Encarnando-se com o fim de se aperfeiçoar, o Espírito é mais acessível durante esse tempo às impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados da sua educação.
Por que os primeiros gritos da criança são de choro?
— Para excitar o interesse da mãe e provocar os cuidados necessários. Não compreendes que, se ela só tivesse gritos de alegria, quando ainda não sabe falar, pouco se inquietariam com as suas necessidades? Admirai, pois, em tudo, a sabedoria da Providência.
Qual o motivo da mudança que se opera no seu caráter a uma certa idade, e particularmente ao sair da adolescência? É o Espírito que se modifica?
— É o Espírito que retoma a sua natureza e se mostra tal qual era. Não conheceis o mistério que as crianças ocultam em sua inocência; não sabeis o que elas são, nem o que foram, nem o que serão; e no entanto as amais e acariciais como se fossem uma parte de vós mesmos, de tal maneira que o amor de uma mãe por seus filhos é reputado como o maior amor que um ser possa ter por outros seres. De onde vêm essa doce afeição, essa terna complacência que até mesmo os estranhos experimentam por uma criança? Vós sabeis? Não; e é isso que vou explicar.
As crianças são os seres que Deus envia a novas existências e, para que não possam acusá-lo de demasiada severidade, dá-lhes todas as aparências de inocência. Mesmo numa criança de natureza má, suas faltas são cobertas pela não-consciência dos atos. Esta inocência não é uma superioridade real, em relação ao que elas eram antes; não, é apenas a imagem do que elas deveriam ser, e se não o são, é sobre elas somente que recai a culpa.
Mas não é somente por ela que Deus lhe dá esse aspecto, é também e sobretudo por seus pais, cujo amor é necessário à fragilidade infantil. E esse amor seria extraordinariamente enfraquecido pela presença de um caráter impertinente e acerbo, enquanto, supondo os filhos bons e ternos, dão-lhes toda a afeição e os envolvem nos mais delicados cuidados. Mas quando as crianças não mais necessitam dessa proteção, dessa assistência que lhes foi dispensada durante quinze a vinte anos, seu caráter real e individual reaparece em toda a sua nudez: permanecem boas, se eram fundamentalmente boas, mas se irisam sempre de matizes que estavam na primeira infância.
Vedes que os caminhos de Deus são sempre os melhores, e que, quando se tem o coração puro, é fácil conceber-se a explicação a respeito.
Com efeito, ponderai que o Espírito da criança que nasce entre vós pode vir de um mundo em que tenha adquirido hábitos inteiramente diferentes; como quereríeis que permanecesse no vosso meio esse novo ser, que traz paixões tão diversas das que possuís, inclinações e gostos inteiramente opostos aos vossos; como quereríeis que se incorporasse no vosso ambiente, senão como Deus quis, ou seja, depois de haver passado pela preparação da infância? Nesta vêm confundir-se todos os pensamentos, todos os caracteres, todas as variedades de seres engendrados por essa multidão de mundos em que se desenvolvem as criaturas. E vós mesmos, ao morrer, estareis numa espécie de infância, no meio de novos irmãos, e na vossa nova existência não terrena ignorareis os hábitos, os costumes, as formas de relação desse mundo, novo para vós, manejareis com dificuldade uma língua que não estais habituados a falar, língua mais vivaz do que o é atualmente o vosso pensamento.
A infância tem ainda outra utilidade: os Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para se melhorarem; a debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir. É então que se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão de responder.
É assim que a infância é não somente útil, necessária, indispensável mas ainda a consequência natural das leis Deus estabeleceu e que regem o Universo.
Os pais e os professores espíritas devem ponderar sobre este item e os que se lhe seguem. O Espiritismo vem abrir um novo capítulo da psicologia infantil e da pedagogia, mostrando a importância da educação da criança não apenas para esta vida mas para a sua própria evolução espiritual. (N. do T.)
Fonte: O Livro dos Espíritos-Allan Kardec
domingo, 15 de janeiro de 2017
“LEMBRANÇA DA EXISTÊNCIA CORPÓREA”
É muito
comum, procurarmos saber o que acontece com nossas lembranças, uma vez desencarnados.
O espírito, na verdade, se lembra de sua existência terrena, na medida que
necessita da informação. Não há portanto, uma necessidade intrínseca das
informações como um todo , obtidas durante sua encarnação. Ele, pode-se lembrar
de detalhes minuciosos , inclusive pensamentos se isso lhe for de alguma
utilidade, mas comumentemente, o espírito busca lembranças que o façam sentir
bem ou que o ajude em sua atual condição a entender suas necessidades e razões
por estar na situação atual que se encontra. Ele vê e percebe a necessidade de
purificação para sua evolução , por isso compreende que evoluí a cada
existência.
As vidas
passadas do espírito podem se apresentar de duas formas: - Através de um quadro
diante de sua memória como se fosse na verdade filmes a serem transmitidos à
sua mente - ou através de sua imaginação.
Essas
lembranças são trazidas de acordo com o grau de importância para esse espírito.
Quanto mais evoluído estiver, menos se lembrará das coisas materias.
Ele somente
trará para si, lembranças que o farão progredir e continuar na escala
evolutória. As demais caem no esquecimento. Suas lembranças, vêm de todas as
suas vidas, não somente a última deixada . As primeiras , as quais podem ser
lembradas como a infância do espírito, perdem-se no vazio e desaparecem na
noite do esquecimento. O espírito sente-se feliz por encontrar-se na nova
situação. Pois a veste que nós encarnados aqui usamos , é na verdade uma veste
que nos embaraça e nos aprisiona. Uma vez, seu corpo em decomposição, o
espírito percebe-o como uma coisa normal e isso não agride seus olhos. Mesmo
após um certo lapso de tempo(1).Com relação as boas lembranças da vida, como os
prazeres terrenos, somente os espíritos inferiores a cultivam e sentem falta.
Os espíritos mais evoluídos valorizam a felicidade eterna . Pois já conseguem
compreender mais o amor verdadeiro. Ele é mais desprendido das coisas terrenas,
bens materiais e prazeres.
Normalmente,
o espírito quando deixa a terra, não sente falta das tarefas que vinha
executando, incluindo tarefas edificantes relacionadas a humanidade. Este, sabe
que suas obras continuarão, e que pode continuar influenciando de certa forma
para a boa continuidade. Os espíritos , dependendendo de seu grau evolutório e
de sua missão é simpático aos trabalhos na terra relacionados as ciências e
artes. O amor a sua pátria segue o mesmo principio, sabendo que a pátria é o
universo.
" As
condições dos Espíritos e as maneiras por que veem as coisas variam ao
infinito, de conformidade com os graus de desenvolvimento moral e intelectual
em que se achem. Geralmente, os Espíritos de ordem elevada só por breve tempo
se aproximam da Terra. Tudo o que aí se faz é tão mesquinho em comparação com
as grandezas do infinito, tão pueris são, aos olhos deles, as coisas a que os
homens mais importância ligam, que quase nenhum atrativo lhes oferece o nosso
mundo, a menos que para aí os leve o propósito de concorrerem para o progresso
da Humanidade. Os Espíritos de ordem intermédia são os que mais frequentemente
baixam a este planeta, se bem considerem as coisas de um ponto de vista mais
alto do que quando encarnados. Os Espíritos vulgares, esses são os que aí mais
comprazem e constituem a massa da população invisível do globo terráqueo.
Conservam quase que as mesmas ideias, os mesmos gostos e as mesmas inclinações
que tinham quando revestidos do invólucro corpóreo.
Metem-se em
nossas reuniões, negócios, divertimentos, nos quais tomam parte mais ou menos
ativa, segundo seus caracteres. Não podendo satisfazer às suas paixões, gozam
na companhia dos que a eles se entregam e os excitam a cultivá-las. Entre eles,
no entanto, muitos há, sérios, que veem e observam para se instruírem e
aperfeiçoarem. "
Quando o
espírito se encontra em sua nova situação, suas ideias também sofrem
modificações a medida que o espirito se desmaterializa. Numa vida
espiritualizada, ele aos poucos abandona os sentimentos ligado a matéria e
evolui. Quando ele reentra no mundo dos espíritos, ele se espanta, mas isso
ocorre somente no momento de perturbação. Aos poucos ele entende seu novo
estado e continua na busca de sua evolução.
Como diz
Emmanuel em O Consolador...
"
Desencarnar é mudar de plano, como alguém que se transfere de uma cidade para
outra sem que o fato lhe altere as enfermidades ou as virtudes com a simples
modificação dos aspectos exteriores. Importa observar apenas a ampliação desses
aspectos, comparando-se o plano terrestre com a esfera de ação dos
desencarnados. Imaginai um homem que passa de sua aldeia para uma metrópole moderna.
Como se haverá na hipótese de não se encontrar devidamente preparado em face
dos imperativos de sua nova vida ? A comparação é pobre , mas serve para
esclarecer que a morte não é um salto dentro da Natureza. A alma prosseguirá na
sua carreira evolutiva, sem milagres prodigiosos. Os dois planos, visível e
invisível, se interpenetram no mundo, e, se a criatura humana é incapaz de
perceber o plano da vida imaterial, é que o seu sensório está habilitado
somente a certas percepções, sem que lhe seja possível, por enquanto,
ultrapassar a janela estreita, dos cinco sentidos. "
O Consolador
- Emmanuel.
“FONTE: O
LIVRO DOS ESPÍRITOS QUESTÕES 304 A 319”
sábado, 14 de janeiro de 2017
“O QUE AS PESSOAS FAZEM APÓS A MORTE? FICAM OCIOSAS OU TRABALHAM? ”
Ocupação dos
Espíritos - Os Espíritos se ocupam com as coisas deste mundo de acordo com o
grau de evolução em que se achem. Os superiores só se ocupam no que seja útil
ao progresso. Já os inferiores se sentem ligados às coisas materiais, e delas
se ocupam. As atribuições dos Espíritos são proporcionais ao seu progresso, às
luzes que possuem, às suas capacidades, experiências e grau de confiança
inspirada ao Senhor soberano. Nem favores, nem privilégios que não sejam o
prêmio ao mérito; tudo é medido e pesado na balança da estrita justiça.
Os Espíritos
encarnados têm ocupações inerentes às suas existências corpóreas. No estado de
erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações são adequadas ao seu grau
de adiantamento.
Uns
percorrem os mundos, se instruem e se preparam para as novas encarnações.
Outros, mais
adiantados, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo
ideias que lhe sejam propicias. Assistem os homens de gênio que concorrem para
o adiantamento da humanidade.
Outros
ainda, tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades
e os povos, dos quais se constituem anjos guardiães, gênios protetores e os
Espíritos familiares. Outros, finalmente, presidem aos fenômenos da natureza,
de que se fazem agentes diretos.
Além do
trabalho de se melhorarem pessoalmente, incumbe-lhes executar a vontade de
Deus, concorrendo, assim, para a harmonia do Universo.
A ocupação
dos Espíritos é continua, contudo, nada tem de penosa, uma vez que não estão
sujeitos à fadiga e às necessidades próprias da vida terrena.
Os Espíritos
inferiores e imperfeitos também desempenham função útil no Universo, embora
muitas vezes não se apercebam disso, visto que todos têm deveres a cumprir.
Os Espíritos
devem percorrer todos os diferentes graus da escala evolutiva para se
aperfeiçoarem. Assim, todos devem habitar em toda parte e adquirir o
conhecimento de todas as coisas. Dessa forma, a experiência e o aprendizado
pelo qual um Espírito está passando hoje, um outro já passou e outro ainda
passará.
Existem
Espíritos que não se ocupam de coisa alguma, conservando-se totalmente ociosos.
Todavia esse estado é temporário e cedo ou tarde o desejo de progredir os
impulsiona para uma atividade, tornando-os felizes por se sentirem úteis.
O Espírito
se adianta conforme a maneira que desempenha sua tarefa. Mas algo muito
importante ensinada pelos Espíritos é que muito diferente umas das outras são
as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos
seus habitantes. Entre eles há os inferiores a terra, física e moralmente,
outros da mesma categoria que a nossa e outros superiores.
Nos mundos
inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões sendo
quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência
da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim
dizer toda espiritual.
Abaixo
informaremos as questões do Livro dos Espíritos que nos dão informações sobre
este assunto:
558 - Alguma
outra coisa incumbe aos espíritos fazer que não seja melhorarem - se
pessoalmente?
R. Concorrem
para a harmonia do Universo, executando as vontades de Deus, cujas eles são
ministros. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa,
como a vida na terra, porque não há a fadiga corporal, nem as angústias das
necessidades.
559 - Também
desempenham funções útil no Universo os espíritos inferiores e imperfeitos?
R. Todos tem
deveres a cumprir. Para a construção de um edifício, não concorre tanto o
último dos serventes de pedreiros como o arquiteto.
572 - A
missão de um espírito lhe é imposta ou depende da sua vontade?
R. Ele a
pede e ditoso se considera se a obtém.
- Pode uma
missão ser pedida por muitos espíritos?
R. Sim é
frequente apresentarem-se muitos candidatos mas nem todos são aceitos.
573 - Em que
consiste a missão dos espíritos encarnados?
R. Em
instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as
instituições, por meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou
menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão,
como o que governa, ou o que instrui. Tudo na natureza se encadeia.
"A
felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade
contemplativa, que seria, como temos dito muitas vezes, uma eterna e fastidiosa
inutilidade."
Ä As missões
dos Espíritos - Têm sempre por objetivo do bem . Quer como Espíritos, quer como
homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da humanidade, dos povos ou dos
indivíduos, dentro de um círculo de ideias mais ou menos amplas, mais ou menos
especiais e de velar pela execução de determinadas coisas.
Alguns
desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente
locais, como sejam: assistir aos enfermos, aos agonizantes, aos aflitos, velar
por aqueles de quem se constituíram guias e protetores; dirigi-los, dando-lhes
conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos
gêneros assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme a
maneira por que desempenha a sua tarefa.
As missões
mais importantes são confiadas somente àqueles que Deus julga capazes de as
cumprir e incapazes de desfalecimento ou comprometimento. E enquanto que os
mais dignos compõe o Supremo Conselho, sob as vistas de Deus, a chefes
superiores é outorgada a direção de turbilhões planetários, e a outros,
conferidos a mundos especiais . Vêm, depois, pela ordem de adiantamento e
subordinação hierárquica, as atribuições mais restritas dos prepostos ao
progresso dos povos, à proteção das famílias e indivíduos, ao impulso de cada
ramo de progresso, às diversas operações da natureza até aos mais ínfimos
pormenores da criação. Neste vasto e harmônico conjunto há ocupações para todas
as capacidades, aptidões e esforços; ocupações aceitas com júbilo, solicitadas
com ardor, por serem um meio de adiantamento para os Espíritos que ao progresso
que aspiram.
Ao lado das
grandes missões confiadas aos Espíritos Superiores, há outras de importância
relativa em todos os graus, concedidas a Espíritos de todas as categorias,
podendo mesmo afirmar-se que cada encarnado tem sua missão, isto é, deveres a
preencher a bem dos seus semelhantes, desde o chefe de família, a quem incumbe
o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos
germes de progresso. É nessas missões secundarias que se verificam
desfalecimentos, prevaricações e renúncias que prejudicam o indivíduo sem
afetar o todo.
Todas as
inteligências concorrem, pois para a obra geral, qualquer que seja o grau
atingido, e cada uma na medida das suas forças, seja no estado de Espírito
Encarnado ou no plano espiritual. Por toda parte a atividade, desde a base ao
ápice da escala, instruindo-se, coadjuvando-se em mútuo apoio, dando-se as mãos
para alcançarem o zênite.
Ana Maria Teodoro Mmassuci
Fonte o Livro dos Espíritos. Allan Kardec
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
“TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO-TOC NA VISÃO ESPIRITA”
É no mundo
íntimo, no inconsciente pessoal, que se encontram as fixações perversas e
desvairadas do primarismo do ser, que permanecem durante o período da razão,
gerando distúrbios que reaparecem na consciência atual, desestruturando os
equipamentos da saúde física, psíquica e, especialmente, da emocional.
O transtorno
obsessivo-compulsivo se caracteriza por:
- pensamento
compulsivo: quando a consciência é invadida por representações mentais
involuntárias, repetitivas e incontroláveis. Trata-se de um objetivo defensivo
do inconsciente pessoal, impedindo que o doente tome conhecimento da sua
realidade interior, dos seus legítimos impulsos e emoções.
- atividade
compulsiva: que se apresenta como incoercível necessidade de ações repetidas.
Podem variar para fórmulas, rituais, cerimônias, como atavismos ancestrais, em
imagens arquetípicas perturbadoras. É um mecanismo que busca fazer uma catarse
da ansiedade de que se é vítima.
- caráter
obsessivo: o indivíduo que o possui mostra-se sistemático, impressionando pela
rigidez do comportamento, inclusive para com eles próprios. São portadores de
sentimentos nobres, confiáveis e dedicados ao trabalho, que exercem até o
excesso.
Sobre o
Caráter obsessivo
Sentindo-se
obrigados, desde cedo, a reprimir as emoções e sentimentos outros, tornam-se
ambivalentes, escapando-lhes de controle os que se constituem de natureza
hostil, apresentando-se mais como intelectuais do que sentimentais, mecanismos
escapistas que se impõem inconscientemente.
São
relevantes, com relação a isto, os estudos de Freud com relação ao caráter anal
(em razão das exigências da mãe quando no trato com eles na infância,
higienizando-os, exigindo-lhes obediência irracional a horários rígidos,
incluindo aqueles para as funções intestinais; através dessas imposições, as
mães negavam-lhes afeto e identificação emocional).
Na
fisiopatologia pode-se detectar anomalias biológicas, como: epilepsia do lobo
temporal, aumento expressivo de atividade metabólica no giro orbital esquerdo e
até mesmo uma alteração cromossômica na constituição do ser.
Sob ponto de
vista neurológico observa-se a influência não somente de epilepsia no lobo
temporal, mas também da coréia de Sydenhan, da síndrome de Giles de la
Tourette, etc. Há aumento do fluxo sanguíneo cerebral no córtex orbitofrontal,
neostriatum, globo pálido e tálamo, no hipocampo e córtex posterior do giro
cíngulo.
Esses
desencadeadores dos transtornos psicóticos obsessivo-compulsivos, do ponto de
vista psicológico, encontram-se no inconsciente pessoal, como herança também de
atos transatos, sem dúvida, no qual estão inscritos igualmente os códigos das
imagens arquetípicas que permitem, por outro lado, a vinculação com outras
mentes ora desencarnadas. Essas entidades impõem-se o direito de cobranças
esdrúxulas.
Ainda sobre
a compreensão espiritual
Porque
permanece impressa nos painéis do inconsciente pessoal, nos refolhos do
perispírito a dívida moral, os pacientes assimilam, as ondas mentais das suas
antigas vítimas, que são convertidas em sensações penosas, em forma de consciência
de culpa - lavar as mãos, assepsiar-se em demasia, sentir o corpo sempre sujo -
tanto quando a captação de odores pútridos - ativação da pituitária pelo
psiquismo que sente necessidade de reparação - que são exteriorizados pelos
cobradores espirituais.
Sob outro
aspecto, esses endividados espirituais reencarnam com os fatores neurológicos e
orgânicos, em geral impressos no corpo perispiritual, em face dos transtornos
morais que se permitiram anteriormente, de forma a experimentarem a recuperação
moral mediante o processo depurador a que ora fazem jus.
Tratamento:
A
psicoterapia cognitivo-comportamental, bem conduzida em relação a esses
enfermos, ameniza ou produz a cura dos efeitos danosos e mórbidos; no entanto,
a terapêutica bioenergética, por alcançar os fulcros espirituais de onde se
exteriorizam os campos vibratórios, interrompe a emissão da energia enfermiça,
afastando os agentes que, necessariamente atendidos, orientados e confortados
moralmente, terminam por abandonar os propósitos malsãos em que permanecem e
libertam os seus inimigos, entregando-os à Consciência Cósmica.
Evidentemente,
o contributo de alguns barbitúricos e fármacos diversos, sob cuidadosa
orientação psiquiátrica, portadores de inibidores de reabsorção de serotonina,
torna-se de inestimável significado para o reequilíbrio do paciente.
Entrementes, a educação, o trabalho junto ao enfermo, auxiliando-o na mudança
de atitude perante a vida, de comportamento mental, de sentimento rancoroso e
agressivo em relação ao seu próximo, para o qual, não raro, transfere o perigo
de trazer-lhe contaminação, resulta em valiosa psicoterapia para o reequilíbrio
do Self, e lento, posterior, mas seguro bem-estar.
Fonte: Livro
Triunfo Pessoal- Joanna de Angelis- (Psicografado por Divaldo Franco)
“ANENCEFALIA” SEM CÉREBRO”, UM CASO REAL EXPLICADO PELO ESPIRITISMO.”
Mais grave que a microcefalia seria a anencefalia. Lembremos
que anencéfalo, embora seja considerado um ser sem cérebro, na realidade é
portador de um segmento cerebral – faltam-lhe regiões do cérebro, o que
impossibilitará uma sobrevivência prolongada pós-parto.
A fim de colocarmos a visão espírita acerca desse importante
problema, exemplificaremos com um caso real e usaremos nomes e local fictícios.
João e Maria eram casados há dois anos. A felicidade havia
batido à sua porta. Maria estava grávida. Exultantes, procuraram o médico
Obstetra para as orientações iniciais. Planos mil ambos estabeleceram.
Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos, por meio
do estudo ultrassonográfico, pela triste notícia de que seu bebê era
anencéfalo.
Ao serem informados, caíram em prantos ao ouvirem a proposta
do Obstetra propondo-lhes o abortamento. Posicionaram-se contrários explicando
sua visão espírita.
- Trata-se de um ser humano que renasce precisando de muito
amor e amparo. Nós estaremos junto com nosso filho (a) até quando nos for
permitido.
- Mas, esta criatura não vai viver além de alguns dias ou
semanas na incubadora, disse o Obstetra.
- Estamos cientes, mas até lá seremos seus pais, amaremos
este bebê.
Guardavam, também, secretamente, a esperança de que houvesse
algum equívoco de diagnóstico que lhes proporcionasse um filho saudável.
Durante nove meses dialogaram com seu bebê, intraútero.
Disseram quanto o amavam. Realizaram, semanalmente, a reunião do Evangelho no
Lar, solicitando aos Mentores a proteção e o amparo ao ser que reencarnava.
Chegara o grande momento. Em trabalho de parto, Maria adentra
a maternidade com um misto de esperança e angústia. A criança nasce. O pai, ao
ver o filho, sofre profundo impacto emocional, tendo uma crise de lipotimia.
O bebê anencéfalo sobrevive na incubadora, com oxigênio, 84
horas. Há um triste retorno ao lar. O casal, com o coração espiritual
sangrando, arruma as malas olhando um berço vazio.
Passam-se, aproximadamente, dois anos do pranteado evento.
João e Maria, trabalhadores do Instituto de Cultura Espírita de sua cidade,
frequentavam na mencionada Instituição, reunião mediúnica, quando uma médium em
desdobramento consciente informa ao coordenador do grupo:
- Há um espírito de uma criança que deseja se comunicar.
Percebo nitidamente sua presença agradável e luminosa.
- Que os médiuns facilitem o transe psicofônico para
atendermos este espírito, responde o dirigente.
Após alguns segundos, uma experiente médium dá a comunicação:
-Boa noite, meu nome é Shirley. Venho abraçar papai e mamãe.
- Quem são seu papai e sua mamãe?
-São aqueles dois - disse apontando João e Maria.
-Seja bem vinda Shirley, muita paz! Que tens a dizer?
- Quero agradecer a papai e a mamãe todo o amor que me
dedicaram durante a gravidez. Sim... Eu era aquele anencéfalo.
-Mas você está linda e lúcida, agora.Graças às energias de
amor recebidas, graças ao Evangelho no
Lar, que banharam meu corpo espiritual durante todo aquele tempo.
-Como se operou esta mudança?
-Tive permissão para esta mensagem pelo alcance que a
mesma poderá ter junto a outras
pessoas. Eu possuía meu corpo espiritual
muito doente, deformado pelo meu passado cheio de equívocos.
Após breve pausa continuou.
-Fui, durante nove meses, envolvida em luz, a luz do amor de
meus pais. Uma verdadeira cromoterapia mental que, gradativamente, passou a
modificar meu corpo astral (perispírito). Os diálogos que meus pais tiveram
comigo foram uma intensa educação pré-natal e muito contribuíram para meu
tratamento. Eu expiei, no verdadeiro sentido da palavra. Expiar é como expirar,
colocar para fora o que não é bom. Eu drenei as minhas deformidades
perispirituais para meu corpo físico e delas fui me libertando.
- Estamos felizes por você estar se comunicando com seus
pais...
- Como meus pais foram generosos! Meu amor por eles será
eterno.
- Por que estás na forma de uma criança, já que te expressas
tão inteligentemente?
- Porque estou em preparo para o retorno. Dizem meus
instrutores que tenho permissão para informar e, sobretudo, meus pais têm o
merecimento de saber. Devo renascer como filha deles, normal, talvez no próximo
ano.
- Após dois anos, renasceu Shirley, que hoje é uma linda
menina de olhos verdes e cabelos castanhos, Espírito suave e encantador.
Conclusões:
1- O Espírito inicia
seu processo de reencarnação no momento da fecundação, portanto o embrião é um
Ser Espiritual com um planejamento reencarnatório a cumprir, envolvendo,
também, os familiares.
2- O microcéfalo
assim está por lesões nas matrizes do corpo espiritual, são inúmeras as causas,
não devemos rotular apressadamente, nem
julgar, pois cada caso tem uma origem
diferente.
3- A opção pelo
aborto prejudicaria a todos os envolvidos, pai, mãe, médico, paramédicos e
familiares que participem conscientemente da indicação do ato.
4- O grande
prejudicado seria o Espírito abortado que perde uma grande oportunidade de
drenar energias, reequilibrar em seus
campos morfogéticos em desarmonia. Uma
vez abortado poderá sofrer muito e reagir de diversas maneiras conforme seu
nível evolutivo.
5- Pelo conhecimento
baseado nas informações espirituais, alicerçadas no critério da universalidade
de informações ( inúmeras fontes mediúnicas), utilidade e racionalidade não é
recomendável o aborto do microcéfalo.
6- Microcéfalo ou
anencéfalo, em gestação, são irmãos nossos que necessitam de banhos energéticos
de amor.
Seminários espíitas
rhdb11@gmail.com
Bibliografia;
Livro do s Espíritos FEB
A Gênese FEB
Missionários da Luz – André Luiz / Chico Xavier FEB
Evolução em dois Mundos -
André Luiz/ Chico Xavier FEB
O consolador Emmanuel /Chico Xavier FEB
Gestação sublime Intercâmbio. Ricardo di Bernardi Intelítera
Fonte: Medicina e Espiritualidade
“O TRANSTORNO BIPOLAR NA VISÃO ESPÍRITA."
O transtorno
bipolar é uma doença funcional do cérebro relacionada aos neurotransmissores
cerebrais, que provoca oscilações imprevisíveis do humor, que vai da depressão
aos estados mais elevados, chamados de hipomania ou mania.
Afetando em
torno de 1% da população, distribuído igualmente entre homens e mulheres, o
TB(tanstorno bipolar) permanece como crônico em 1/3 dos acometidos, perdurando
por toda vida. Surge geralmente na terceira década de vida e os sintomas
depressivos predominam na maior parte do tempo.
Conquanto
receba o nome de transtorno bipolar do humor, ele tem subespécies onde só se
manifesta a mania ou a depressão ou estados mistos de mania e depressão, em que
predomina a irritabilidade. Comumente, quando se apresenta com o predomínio dos
sintomas depressivos é mal diagnosticado como depressão maior e tratado
erroneamente com antidepressivos somente, o que piora o quadro.
Por isso, o
diagnóstico deve ser feito por profissional qualificado, após exame clínico
acurado e colhida história detalhada da enfermidade e sua evolução.
Sabe-se que
o transtorno funcional dos neurotransmissores como noradrenalina, serotonina e
dopamina desempenham papel fundamental na doença, e estudos mostram uma base
genética também, pois incide mais frequentemente em algumas famílias. Conquanto
existam os fatores predisponentes, há tambem as situações desencadeantes,
geralmente associadas ao estresse ambiental ou uso e abuso de substâncias
psicotrópicas, legais e ilegais.
Pelo que
você pode observar, até agora analisamos apenas os fatores biológicos e
ambientais, ficando uma lacuna nos aspectos psíquicos e espirituais. Há fatores
intrapsíquicos, como a estrutura de personalidade, que joga como um fator de
facilitação para a emersão do estado patológico. Aqui, de igual forma, torna-se
imposível separar os fatores espirituais, cármicos, dos fatores psíquicos, pois
ambos procedem de uma mesma fonte, qual seja, o espírito imortal.
Torna-se
vital avaliarmos o papel que desempenha o cérebro e o corpo físico como um todo
no processo da evolução espiritual. O cérebro e o sistema endócrino-humoral é
um grande sistema cibernético ou computadorizado, de natureza analógica e não
digital, isto é, responde às gradações de forma gradual e não pelo tudo ou
nada. Isto faculta ao cérebro ser um meio modulador dos impulsos mentais
advindos do espírito, atenuando-os ou potencializando-os, conforme as
necessidades adaptativas ou educativas da interação espírito- matéria.
Em assim
sendo, as tendências patológicas agem como um alarme, fazendo o espírito
outomodular-se nas tendências e paixões. É a própria Lei de Causa e Efeito a
serviço da educação, finalidade maior de sua existência no grande plano
pedagógico de Deus.
À guisa de
metáfora, seria como um mau motorista que, notório abusador dos recursos do
veículo, desgastando-o prematuramente no descontrole da velocidade e nas
frenagens, arriscando-se e levando riscos aos outros, recebesse como parte do
seu processo reeducativo um veículo com deficiência nos freios, obrigando-o a
restringir a velocidade e a utilizar marchas adequadas, de modo a lhe permitir
o devido controle no direcionamento veicular.
Assim
podemos melhor compreender a injunção cármica dos transtornos mentais como um
todo, que servem de recursos retificadores dos trânsfugas espirituais que,
destarte, corrigem em si mesmos os desvios das paixões alucinantes, do suicídio
direto e indireto, dos abusos da inteligência e de outras formas de viciação e
alienação do espírito.
No âmbito do
tratamento, embora a própria enfermidade seja em si mesma uma forma de cura da
causa original do problema, a providência divina concedeu à medicina humana os
meios paliativos e mesmo efetivos de controlar, digamos, o descontrole. No caso
do transtorno bipolar temos uma imensa gama de substâncias chamadas de
estabilizadores do humor que se utilizam no tratamento de crise e no de longo
prazo desta devastadora doença.
Sob o ponto
de vista espiritual, strictu sensu, a reforma íntima, a vigilância e a oração,
o propósito no bem, as ações beneficentes constituem-se na melhor profilaxia e
tratamento. Não raro, os portadores de TB trazem um séquito de cobradores do
passado que podem vir a ser soezes obsessores, complicando um quadro já em si
complexo e difícil. O transtorno bipolar do humor parece ser um facilitador da
manifestação de faculdades mediúnicas, o que junto às afinidades espirituais do
passado e os seus compromissos, vulnerabilizam sobremaneira o enfermo, que se
torna assim presa fácil de múltiplos fatores alienantes.
É
desnecessário dizer que a utilização da terapêutica espírita é de grande valia,
se acompanhada do devido esforço regenerativo por parte do doente. A doença em
si é um grande processo de cura, dentro da qual se insere a abordagem espírita,
a funcionar como psicoterapia cognitiva e, ao utilizar os recursos fluídicos e
ectoplásmicos, como recurso relevante na cura quântica do desequilíbrio, mas
sempre secundariamente à adequada abordagem médica.
Dr Luiz
Paiva
Postado por
Sérgio Vencio-Blog-Medicina e Espiritualidade
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