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sábado, 13 de maio de 2017
sexta-feira, 12 de maio de 2017
“A MEDIUNIDADE DOS SANTOS”
O livro
“Mediunidade dos Santos” do espírita Clóvis Tavares é uma joia preciosa de
saber espiritual. Primeiro por que traz uma rica coleção de relatos sobre
fenômenos incomuns, geralmente associados à mediunidade, de indivíduos que
foram canonizados na Igreja e hoje são reconhecidos como santos.
No entanto,
após escrever o livro, Clóvis teve receio das reações conservadoras que esse
livro poderia gerar. Avesso a polêmicas e não desejando criar animosidades com
espíritas e católicos conservadores, Clovis optou em não publicar esta obra.
Mas parece que seu filho, Celso Vicente, não acatou a vontade do pai, que
chegou a cogitar queimar as folhas do livro. Por sorte do público ávido pelo
melhor entendimento e pelo estudo da universalidade do fenômeno mediúnico, o
livro foi mantido e até mesmo publicado pela Editora Prestígio e pela Editora
IDE.
Embora ainda
permaneça desconhecido pela maior parte dos espíritas, a obra contempla uma
ampla gama de casos de santos que apresentavam fenômenos espontâneos de
mediunismo. Chico Xavier se referiu a este livro como “uma obra de unificação,
e não de sectarismo”. Chico foi um dos que fez de tudo para que o livro fosse
publicado e assegurou a família que o livro era “a obra prima do Clóvis”. Ele
escreveu na primeira edição da obra que “O Evangelho é um livro de mediunidade
por excelência”.
No livro
Clóvis cita santos como Santa Teresa D´Ávila, São Pedro de Alcântara, Santa
Brígida (1302-1373), Teresa Neumann (1898-1962), Santa Margarida Maria
Alacoque, Dom Bosco, São Francisco de Assis, Santa Joana D´Arc, Santo Antônio
de Pádua, Vicente de Paulo (1581-1660), etc.
O fato de
estes indivíduos serem ícones da Igreja católica não altera em nada a
fenomenologia que apresentam, apenas se tem uma interpretação diferente de seus
prodígios. Como diz Clóvis Tavares “Nós reconhecemos a existência de Missionários
da Luz em todos os tempos e em todas as agremiações filosóficas ou religiosas
da Terra. Não importa o nome que os designe: benfeitores espirituais, como
comumente os chamamos, Missionários ou Santos, Gurus, Sufis, ou Arhats… Eles se
encarnam em todas as pátrias e desfraldam em todos os ambientes humanos a
bandeira da espiritualidade superior de que são intérpretes e mensageiros.
Naturalmente, condicionam sua linguagem ao seu meio e ao seu tempo, como também
é natural que sejam influenciados humanamente pela sua época e pelo seu
ambiente”.
Os
estudiosos da mediunidade sabem que ela não é um fenômeno restrito de nosso
tempo e cultura. Se assim fosse, ela seria apenas um produto da imaginação
humana que deseja enxergar o sobrenatural, e não estaria fundada na verdade.
Por este motivo, encontramos referências dos fenômenos mediúnicos em
praticamente todas as tradições, culturas, civilizações e tribos arcaicas. Essa
universalidade, quando avaliada de forma desapaixonada e sem ortodoxias,
permite uma apreciação mais clara e pura de como se processam os fenômenos que
o Espiritismo associa a mediunidade. Colher e apurar, com mente aberta, relatos
tradicionais e oficiais da Igreja sobre a mediunidade dos santos é entender com
mais profundidade esse universo gigantesco do potencial transcendente da
consciência humana.
Uma das
referências mais antigas sobre sonhos e visões pode ser encontrada no Velho
Testamento, nos sonhos e visões do profeta Daniel. Vemos escrito que “Quanto a
estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as
letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos”.
(1:17) e ainda “Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite;
então Daniel louvou o Deus do céu. Daniel” (2;19). Daniel apresenta também o
fenômeno da precognição, visão do futuro, quando prevê a queda do império persa
e o destino do povo hebreu. Esta é apenas uma referência de muitas que poderiam
ser citadas do fenômeno da profecia, ou conhecimento do futuro, encontrada na Bíblia.
Este, porém, não é um fenômeno mediúnico, mas algo produzido pela visão
psíquica do próprio indivíduo. Não há aparentemente nenhuma intervenção
espiritual na produção dessa visão. As visões que teve em sonhos, por outro
lado, pode ser anímica (do próprio espírito) ou mediúnica (de um espírito
alheio) dependendo das circunstâncias do sonho.
Hugo Lapa
"O ESPIRITISMO E OS EXTRATERRESTRES"
Apesar de
pouco conhecida, a ligação do espiritismo com a ideia de possíveis seres
extraterrestres é antiga. Allan Kardec, codificador da doutrina, já em 1868 se
referia à existência de vida inteligente em outros mundos. Depois dele, muitos
autores espíritas voltaram a falar do assunto. Mas, curiosamente, nada se fala
a respeito das naves extraplanetárias usadas pelos alienígenas em suas viagens:
os enigmáticos discos voadores.
“Deserto
inimaginável estende-se além das estrelas. Lá, em condições diferentes das do
vosso planeta, novos mundos revelam-se e desdobram-se em formas de vida, que as
vossas concepções não podem imaginar, nem vossos estudos comprovar”.
“Aquele que
vem de vosso sistema depara-se com a ação de outras leis regendo as
manifestações de vida. Os novos caminhos que se apresentam em tão singulares
regiões abrem-nos surpreendentes perspectivas.”
“Se nos
transportarmos além de nossa nebulosa, vemos que nos cercam milhões de sóis e
um número ainda maior de planetas habitados.”
Esses
períodos foram extraídos do capítulo 6 da
A Gênese, obra codificada pelo
francês Allan Kardec, codificador do espiritismo. Estas e outras passagens de
sua obra evidenciam uma aceitação da existência de vários planetas e da possibilidade
de serem habitados. No parágrafo 54 do capítulo A Vida Universal, ele escreve:
“Que as obras de Deus sejam criadas para o pensamento e a inteligência; que os
mundos sejam moradas se seres..., são questões que já não nos causam dúvidas”.
Mas adiante, no parágrafo 56, lemos: “Se os astros que se harmonizam e seus
vastos sistemas são habitados por inteligências, estas não se desconhecem. Pelo
contrário, trazem marcado na fronte o mesmo destino e hão de se encontrar,
temporariamente, segundo suas funções de vida, e isto poderá ocorrer de novo,
segundo suas simpatias mútuas”.
Os espíritas
aceitam a existência de vidas e inteligências extraterrenas. Não creem que os
inúmeros planetas existentes sejam matéria inerte e sem vida. Mas, isso não
significa que pensem ser a vida nestes mundos igual à terrena. Já em 1868 A
Gênese alertava o homem para que não visse, em torno de cada sol, sistemas
planetários iguais ao seu e, também, para o fato de lá não existirem somente
três reinos... “Assim como o rosto de nenhum homem é igual ao de outro”, dizia
Kardec, “da mesma forma são diversas as civilizações espalhadas pelo espaço.
Elas divergem segundo as condições que lhes foram prescritas e de acordo com o
papel que cabe a cada uma no cenário universal”.
Estas
observações, feitas há mais de um século, estão de acordo com L. B. Taylor e
seu livro For All Mankind, no capítulo Interplanetary Ambassadors, onde diz:
"Não existem dois planetas iguais, e há grandes diferenças entre seus
satélites. Cada um está num estágio, tem uma história e terá um futuro
diferente. Considerando como um todo, o sistema solar é comparável a um
laboratório rico em quantidade e variedade de espécies". E o humano é uma
delas!
Ainda em A
Gênese, ao falar dos seres humanos e dos extraterrestres, Kardec diz que no
intervalo de suas existências corporais “os desencarnados formam a população
espiritual da Terra”. Segundo ele, a morte e o nascimento fazem com que as duas
populações – os encarnados (vivos) e os desencarnados (espíritos) – se
completem constantemente. Contudo, quando a Terra ou outro mundo necessitam de
renovação ocorrem épocas de grandes calamidades que provocam imigrações e
emigrações. Ele observa, ainda, que esta troca populacional pode não se
realizar num só planeta – como entre a Terra e o plano espiritual que lhe é
próprio – mas entre este e um outro qualquer.
Os espíritos
falam sobre os extraterrestres
Por várias
vezes, artigos publicados na Revista Espírita descreveram extraterrestres e
falaram sobre seus costumes, moradias, alimentação e meios de transporte e
comunicação. Sobre os seres de Júpiter, por exemplo, podemos ler que “a
conformação física é quase igual á nossa, mas menos densa e com um peso
específico menor”. A densidade de seus corpos é tão pequena que pode ser
comparada aos nossos fluidos imponderáveis, tendo o aspecto vaporoso, imaterial
e luminoso, principalmente nos contornos do rosto e da cabeça. Este brilho
magnético é semelhante àquele que os artistas simbolizaram na auréola dos
santos. Como a matéria desses corpos é mais depurada, com a morte ela se
dissipa sem passar pelo estado de decomposição pútrida. O “homem” de Júpiter é
grande, maior que o terráqueo; seu desenvolvimento é rápido; e sua infância
dura apenas alguns meses.
A duração de
sua vida equivale a cinco de nossos séculos.
Quando à
locomoção, é fácil e obtida pelo esforço de vontade, pois, como a densidade do
corpo jupteriano é pouco maior do que a atmosférica, ele se liberta facilmente
da atração planetária. Enquanto aqui andamos, eles deslizam pela superfície com
a facilidade de um pássaro no ar.
Victorien
Sardou, jovem literato contemporâneo de Allan Kardec, desenhou diversas cenas
jupterianas. Desenhista sem habilidade foi, segundo diz, influenciado por um
habitante de Júpiter que, séculos antes, havia morado na Terra, onde fora
oleiro r chamara-se Bernard Palissy. Através de médium Sardou, Palissy não
apenas fez um grande número de pinturas onde retratava habitações,
personalidades e cenas do dia-a-dia, como menos também falou e explicou que,
desde que um ser possua um corpo físico, por menos que um denso que seja,
necessita não somente de alimentação e vestuário, mas, ainda, de moradia e
organização social.
As
descrições que Palissy fez de Júpiter são curiosas. Disse que a atmosfera desse
planeta é diferente da terrestre. A água do planeta é mais etérea, parece-se
mais ao vapor, e a matéria, como a conhecemos, quase não existe. Algumas
plantas assemelham-se às nossas, e existem flores com uma textura tão delicada
que as torna quase transparentes.
Ao falar
sobre as habitações, Palissy disse que o material com o qual são construídas as
casas do planeta funde-se sob a pressão dos dedos humanos, como se fosse neve,
e que este é um dos materiais mais resistentes do lugar.
As vidraças
são feitas por uma espécie de vidro líquido e colorido que endurece ao tomar
contato com o ar. Palissy disse que “a imobilidade das moradias era um entrave,
e por isso descobriu-se uma maneira de fazê-las leves e transportáveis a
qualquer lugar do planeta".
Segundo ele,
durante certas épocas do ano, o céu fica obscurecido por uma nuvem de “casas”
que vêm do todos os pontos. "É um passar ininterrupto de moradias de
várias formas, cores e tamanhos. Somente quando finda a temperada, o céu fica
livre destes curiosas pássaros.
Os jupiterianos
comunicam-se, normalmente, por telepatia, mas também se utiliza da linguagem
articulada. A Segunda visão (clarividência), têm permanentemente. O estado
rotineiro deles pode ser comparado ao de um “sonâmbulo lúcido”, e é por isso
que podem comunicar-se conosco com uma facilidade maior que habitantes de
mundos mais grossos e materiais".
Quando se
perguntou a Kardec sobre as condições de luz e calor nos mundos extraterrenos,
ele respondeu que a existência nesses lugares deve ser apropriada ao meio em
que se vive. “Que impossibilidade haveria para a eletricidade ser mais
abundante do que na Terra e desempenhar papéis cujos efeitos não compreendemos?
Esses mundos podem conter em si mesmos as fontes de luz e calor de que
necessitam”, disse ele.
Literatura espírita
não menciona naves espaciais
Entretanto,
não foi só Kardec que se manifestou a respeito do tema. Antes dele, Margeret,
uma das irmãs Fox que deram origem ao espiritismo na América, havia mencionado
o assunto. Posteriormente, numerosas mensagens surgiram em diversas partes do
globo. No Brasil, o médium Chico Xavier psicografou mensagens enviadas pelo
espírito do jornalista brasileiro Humberto de Campos e por Maria João de Deus.
Ercílio Maes recebeu, do espírito Ramatis, A Vida no Planeta Marte. Nesta obra,
Ramatis explica que o marciano não apresenta as mesmas características
substanciais do terráqueo, pois, apesar de Ter a mesma forma, vibra num plano
mais energético que material. Seu mundo situa-se num campo vibratório adequado
a seu corpo físico, ou seja, é menos material que o nosso.
José Neufel
diz que, “de acordo com a ciência, planos vibratórios podem sobrepor-se ou
interpenetrar-se. Nosso aparelhamento sensorial é apto à percepção de fenômenos
materiais situados entre as fronteiras do plano vibratório em que vivemos.
Normalmente, não podemos transpô-las e penetrar em outro planos vibratórios e
outros graus energéticos. Logo, o fato de não percebemos certas vibrações não
significa que inexistam, mas apenas que estão aquém ou além dos limites de nosso
mundo sensorial. Se formos a Marte ou a qualquer outro planeta, é provável que
os consideremos inteiramente desértico ou sem vida. Não é impossível, todavia,
que eles existam, num outro plano vibratório, mundos organizados e muito mais
adiantados que o nosso, imperceptíveis aos nossos sentidos”.
Na
literatura espírita, não encontramos qualquer menção às naves espaciais
avistadas por pessoas d todos os lugares do mundo. Chico Xavier, no livro Nosso
Lar, fala do “aerobus” mas, como a obra trata do mundo espiritual do nosso
planeta, não a comentaremos num texto sobre ufologia. Também as vozes
paranormais gravadas em fitas aludem a maios de transporte mas, segundo
pesquisadores, elas não originárias de planos espirituais próximos à Terra, e
por isso também fogem um pouco do tema deste artigo.
Assim,
apesar de aceitar a existência de diversos planetas habitados, o espiritismo
ainda não oferece explicações sobre locomoção dos extraterrestres por meio de
naves espaciais, nem sobre alguns “seqüestros” registrados. As comunicações
existente entre o homem e habitantes de outro planeta podem, segundo o
espiritismo, ser feitas por intermédio de médiuns que recebem mensagens de
espíritos que estão em comunicação com os extraterrestres.
Encerraremos
este artigo citando os dois últimos parágrafo da obra de José Neufel, Buscando
Vida nas Estrelas, onde ele sintetiza, muito bem, o pensamento dos espíritas:
“O homem, na sua extrema vaidade e seu inescondível orgulho, considera-se o rei
da criação, quando, na realidade, é um ser ainda no início da escala evolutiva
universal”.
“É esta
convicção que o espiritismo procura transmitir, bem como o sentimento do que,
ao melhorarmos nosso íntimo retificarmos
nossas falhas e imperfeições, aprimoramos nossos espíritos em múltiplas e sucessivas
existências, subimos na escala evolutiva e conquistamos o direito de viver em
mundos melhores, migrando por planetas, estrelas e galáxias, numa apoteose
gloriosa e sublime da ascensão espiritual.”
Fonte: Por
Elsie Dubugras-Blog Cartas de Ouro
"ESPÍRITO PROTETOR. ANJO GUARDIÃO OU GUIA ESPIRITUAL"
Anjo da guarda/guia espiritual/orientador espiritual/ Espírito protetor
O Espírito protetor vive do nosso lado?
Por que não percebemos a ação do Espírito protetor?
O Espírito protetor pode ajudar para arrumar casamento ou informando os números da loteria?
O Espírito protetor pode abandonar o protegido que é rebelde aos seus conselhos?
quinta-feira, 11 de maio de 2017
“A REENCARNAÇÃO E O CONCILIO DE CONSTANTINOPLA EM 553 D.C”
Até agora,
quase todos os historiadores da igreja romana acreditam que a Doutrina da
Reencarnação foi declarada herética durante o segundo Concílio de
Constantinopla em 553 D.C, atual Istambul, na Turquia. No entanto, a condenação
da Doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do finado imperador
Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo
Procópio, uma mulher de nome Teodora, filha de um guardador de ursos do anfiteatro
de Bizâncio, era a ambiciosa esposa de Justiniano, e na realidade, era quem
manejava o poder. Ela, como cortesã, iniciou sua rápida ascensão ao Império.
Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais tarde, a morte
de quinhentas antigas "colegas" e, para não sofrer as consequências
dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei do Carma, empenhou-se
em suprimir toda a magnífica Doutrina da Reencarnação. Estava confiante no
sucesso dessa anulação, decretada por Justiniano " em nome de DEUS "
!
Em 543 D.C,
o déspota imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista clerical,
declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes - exegeta e teólogo (185 -
235 D.C.), condenando tais ensinamentos através de um sínodo especial. Em suas
obras: De Principiis e Contra Celsum, Orígenes tinha reconhecido, abertamente,
a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas.
Ele pensava que certas passagens do Novo Testamento poderiam ser explicadas
somente à luz da Reencarnação.
Do Concílio
convocado por Justiniano só participaram bispos do oriente (ortodoxos). Nenhum
de Roma. E o próprio "Papa", que estava em Constantinopla nesta
ocasião, deixou isso bem claro.
O Concílio
de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou de um encontro, mais ou
menos em caráter privado, organizado por Justiniano, que, mancomunado com
alguns vassalos, excomungou e maldisse a doutrina da preexistência da alma, com
protestos do Papa Virgílio, e a publicação de seus anátemas. Embora estivesse
em Roma naquela época, o Papa Virgílio sequestrado e mantido prisioneiro de
Justiniano por oito anos, recusou-se a participar deste Concilio, quando
Justiniano não assegurou o mesmo quórum de bispos representantes do leste e do
oeste.
Uma vez
convocado, o Concilio só incluiu 165 bispos da Cristandade em sua reunião
final, dos quais 159 eram da Igreja oriental. Tal fato garantiu a Justiniano
todos os votos de que precisava.
A conclusão
oficial a que o Concílio chegou após uma discussão de quatro semanas teve que
ser submetida ao "Papa" para ratificação. Na verdade, os documentos
que lhe foram apresentados (os assim chamados "Três Capítulos")
versavam apenas sobre a disputa a respeito de três eruditos que Justiniano, há
quatro anos, havia por um edito (decreto) declarado heréticos. Nada continham
sobre Orígenes. Os "papas" seguintes, Pelagio I (556 - 561 D.C.),
Pelagio II (579 - 590 D.C.) e Gregório (590 - 604 D.C.), quando se referiram ao
quinto Concílio, nunca tocaram no nome de Orígenes.
E a Igreja
aceitou o edito de Justiniano - "Todo aquele que ensinar esta fantástica
preexistência da alma e sua monstruosa renovação, será condenado" - como
parte das conclusões do Concílio. Esta atitude da Igreja levou a reações tais
como a do Cardeal Nicolau de Cusa que sustentou, em pleno Vaticano, a
pluralidade das vidas e dos mundos habitados, com a concordância do Papa
Eugênio IV (1431 -1447), embora isso provocasse descontentamento de influentes
clérigos da Cúria Romana. Porém, havia e houve sempre o interesse em sepultar
esse conhecimento. Então, ao invés de uma aceitação simples e clara da
Reencarnação, a Igreja passou a rejeitá-la, justificando tal atitude com a
criação de Dogmas que lançam obscuridade sobre os problemas da vida, revoltam a
razão e impõem dominação, ignorância, apatia e graves entraves à autonomia da
razão humana e ao desenvolvimento espiritual da humanidade.
FRATERLUZ-Fraternidade
Espírita Luz do Cristianismo
"A DOR PARTILHADA"
Dois homens,
ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia
sentar-se na sua cama durante uma hora todas as tardes para conseguir drenar o
líquido de seus pulmões.
Sua cama
estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre
deitado de costas para a janela. Os homens conversavam horas a fio.
Falavam das
suas mulheres e famílias, das suas casas, seus empregos, seu envolvimento no
serviço militar, locais onde eles passava as férias.
Todas as
tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo
descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver do lado de
fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver para aqueles períodos
de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e
cor do mundo do lado de fora. A janela dava para um parque com um lindo lago de
patos e cisnes brincavam na água enquanto crianças com os seus barquinhos.
Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as
cores e uma bela vista da silhueta da cidade podia ser visto na distância.
Quando o homem perto da janela descrevia isto tudo com detalhes requintados , o
homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava esta cena
pitoresca . Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu um desfile que
passava. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda - ele podia vê-lo
no olho da sua mente como o senhor a retratava através de palavras descritivas
. Dias , semanas e meses se passaram. Uma manhã , a enfermeira chegou ao quarto
trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto
da janela , que tinha morrido tranquilamente em seu sono . Ela ficou muito
triste e chamou o atendentes para que levassem o corpo . Logo que lhe pareceu
apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da
janela. A enfermeira ficou feliz em fazer a troca , e depois de ter certeza que
ele estava confortável , ela deixou ele sozinho. Vagarosamente, pacientemente ,
ele se apoiou em um cotovelo para tomar o seu primeiro olhar para o mundo real.
Fez um grande esforço e lentamente a olhar para fora da janela além da cama .
Ele enfrentou uma parede em branco . O homem perguntou à enfermeira o que
poderia ter levado seu companheiro falecido, que tinha descrito coisas tão
maravilhosas fora dessa janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e
nem sequer conseguia ver a parede. Ela disse: Talvez ele só queria encorajar
você.
Há uma
felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios
problemas . A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade quando
partilhada, é dobrada.
Se você quer
se sentir rico, conta todas as coisas você tem que o dinheiro não pode comprar.
"Hoje é
uma dádiva, é por isso que é chamado de O PRESENTE".
Autor
desconhecido
“A ALMA APÓS A MORTE”
Que sucede à
ama após a morte?
Volta a ser
Espírito, isto é, volve ao mundo dos Espíritos, donde se apartara
momentaneamente." (Questão 149, de “ O Livro dos Espíritos” – Allan
Kardec)
Quando nos
debruçamos sobre as obras básicas, entendemos a real dimensão do ser humano.
Dentre os mistérios da humanidade, sem dúvida o destino de cada um após o que
se convencionou chamar de Morte, é o que mais nos intriga.
O Pentateuco
nos ensina que a alma, depois da morte, volta ao plano espiritual de onde veio.
A doutrina, didaticamente, coloca a nossa existência corpórea como se
estivéssemos em uma universidade, em contínuo aprendizado e, que ao terminar o
curso, voltaremos ao campo de trabalho maior, a fim de praticar toda a teoria e
os ensinamentos recebidos. Ao contrário das definições que colocam a vida na
Terra como castigo ou tormentos, a nossa passagem pela vida terrestre é uma
benção de Deus, que nos compete aproveitar como sendo das experiências a mais
valiosa.
Os livros,
principalmente os ditados por André Luiz, são pródigos em relatos daqueles que
desprezaram essa oportunidade no mundo e praticaram toda sorte de equívocos. Os
depoimentos apontam para espíritos amargurados, tomados de um arrependimento
constrangedor e que imploram pelo retorno à vida na esfera carnal, reconhecendo
aqui como uma grande oficina de ajuste moral.
Ao
estudarmos a Reencarnação, deparamo-nos com algumas constatações. A primeira,
que é sumamente impossível atingir-se um grau de perfeição em apenas uma única
existência e, a segunda, em se comparando com a eternidade da alma, que o corpo
humano é uma prisão, uma espécie de reformatório, no qual nossas faculdades
estão temporariamente oprimidas. Vai depender do nosso esforço, de nossa
perseverança no bem, iniciarmos o processo da libertação, na luz do tempo e com
as bênçãos de Deus.
Se o
Evangelho de Jesus é um código que favorece a iluminação dos nossos
sentimentos, a luz não pode atingir quem não se decidir em buscar sua melhoria.
Ninguém poderá fazer a nossa parte, e, tal qual Jesus na subida do Gólgota,
precisamos superar as barreiras, vencer todos os obstáculos e vivenciar a
mensagem que o Mestre nos deixou.
Mesmo que
isso leve um bom número de reencarnações. Olhemos ao nosso redor, existem muito
mais oportunidades para se fazer o bem do que o mal. Deus, o Pai Maior, criou
tudo o que existe para o nosso bem, esperando como retribuição nosso desejo
renovado de buscar conhecimentos no avanço em prol da nossa libertação.
Entretanto, são tantas as tentações da porta larga que, muitas vezes, nos
perdemos no caminho e nos distanciamos do objetivo.
Confúcio
disse “aprenda viver e saberás morrer bem”. Uma sábia verdade, pois estudamos
que, no instante da morte a alma volta a ser Espírito, retornando ao estado
espiritual, seu lugar de origem, conservando a sua individualidade e seu
perispírito, e guardando este o aspecto que tinha na sua última encarnação, já
que assim se mentaliza. Na chamada “morte”, o encarnado leva consigo deste
mundo apenas as lembranças doces ou amargas, conforme a maneira como se
conduziu. Além disso, a sua bagagem é constituída pelos valores morais que
conquistou. Ao expor essa verdade de maneira tão clara, a Doutrina Espírita
transforma completamente a perspectiva do futuro.
A vida
futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois
da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Os oradores
espíritas gostam de referir-se a este tema dizendo que “ergueu-se o véu”. É a
realidade. Ao entendermos a pluralidade das existências; o mundo espiritual
aparece-nos na plenitude de uma realidade prática. E isso, não foi Kardec quem
descobriu; numa concepção engenhosa, foram os próprios Espíritos que vieram
descrever a sua situação. Contaram-nos dos vários graus da escala espiritual,
todas as fases da felicidade e da desgraça, que eles mesmos assistiram, em suas
epopeias de além-túmulo.
Ao aprender
o real sentido da resposta à pergunta 149, os espíritas passam a encarar a
morte calmamente, pois que não alimentam mais somente a esperança, mas
experimentam uma certeza reconfortante: a vida futura é a continuação da vida
terrena em melhores condições. Assim, não enxergam a morte como o fim de tudo,
mas comparam-na ao nascer do Sol depois de uma noite de tempestade.
O próprio
conceito de família muda, pois passamos a compreender que eles não são almas
penadas que nada falam ao pensamento, e sim, seres que existem sob uma forma
concreta. O Espiritismo apresenta-se como o Consolador Prometido, quando
sinaliza claramente que já não é a esperança que nos guia, mas a certeza. Ele
nos faz saber que, apesar de nossos erros e acertos, temos a convicção que
estamos no caminho e que não haverá uma condenação eterna e nem a separação dos
entes queridos.
Orlando
Ribeiro
FRATERLUZ-Fraternidade
Espírita Luz do Cristianismo
"...E CONHECEREIS A VERDADE E ELA VOS LIBERTARÁ"
A ideia da
reencarnação tem encontrado enorme resistência entre os cristãos de todo o
mundo, apesar da sua profunda lógica e justiça. Muitas pessoas acreditam em
vida após a morte mas não acreditam na Reencarnação.
Sabe-se que
nos primórdios do cristianismo a ideia da reencarnação, era aceita, e chegou a
ser ensinada por alguns “pais da Igreja
como Orígenes, Plotino e Clemente de Alexandria. Até mesmo Santo
Agostinho, em (Confissões, I, cap. VI), escreveu: “Não teria eu vivido em outro
corpo, ou em outra parte qualquer, antes de entrar para o ventre de minha mãe?”
Mas quando o
cristianismo instituiu-se, assumindo o formato da Igreja Católica,
acomodando-se ao paganismo de Roma, adotando e adaptando algumas das suas práticas,
tais como os rituais, a hierarquia, as imagens, etc., afastando-se do modelo
ensinado por Jesus que era o da simplicidade, da pobreza e do amor acima de
tudo, precisou eliminar aquela ideia. Se não o fizesse, acabaria
desestruturando seu edifício e perdendo o bastão do próprio poder, porque a
reencarnação é um conhecimento que liberta. Já não seria a Igreja a detentora
das chaves do Céu. Seu poder se esvairia como fumaça se os fiéis não mais
pudessem ser atemorizados com as ameaças das chamas do inferno, ou atraídos
pelas glórias e delícias do Céu.
Então, todos
os cristão, sob pena de serem tachados de hereges, foram forçados a acreditar
no dogma que afirma ser o espírito criado na concepção.
Quem não
acreditasse, quem discordasse da Igreja era passado a fio de espada ou jogado
nas fogueiras da inquisição.
Tal crença,
incutida no psiquismo dos fiéis ao longo dos séculos (sempre acompanhada do
medo de pecar e sofrer por isso terríveis castigos e conseqüências) criou
poderosas algemas do pensamento, que foram se cristalizando mais e mais a cada
nova encarnação ocorrida num meio cristão. Tanto que, hoje, o simples fato de
tentar questionar algum dogma da Igreja católica ou das evangélicas deixa o
fiel apavorado, pelo medo de estar cometendo terrível pecado e ter de pagar por
ele. Pois colocaram na mente das pessoas que todos os dogmas da Igreja foram
criados sob orientação de Deus.
Mas Jesus
disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará.”
A qual
verdade estaria o Mestre se referindo? Certamente a nada que Ele ensinara,
porque disse “conhecereis”, ou seja, no futuro. E nem Ele, nem seus seguidores
apresentaram algum novo conhecimento que poderia representar tal verdade.
Isto está
cristalinamente claro.
Quando disse
“A verdade vos libertará”, deixou claro que seus seguidores se encontravam e
continuariam se encontrando prisioneiros de algum engano, até que o
conhecimento da verdade, no futuro, viesse libertá-los. Isto, porque, seus
seguidores não estavam preparados para conhecer toda a verdade.
Em Mat.11:14,
essa assertiva é confirmada por Jesus, quando, referindo-se a João Batista,
diz: “Se puderdes compreender, ele mesmo é Elias que devia vir”. Observe-se que
o Mestre tinha dúvidas sobre a capacidade de entendimento dos discípulos,
porque disse: “Se puderdes compreender...”
Não há
qualquer arranjo teológico que possa mostrar outra verdade libertadora que veio
depois de Jesus, a não ser o conhecimento da reencarnação e da lei de causa e
efeito, trazida pelo espírito que se assinou como A Verdade, apresentando na
seqüência todo um universo de informações que foram magnificamente codificadas
por Allan Kardec. (V. O Livro dos Espíritos)
Convém
observar também que as verdades que o Mestre ensinou não eram de molde a
libertar alguém. Uns dirão que elas libertam do pecado, mas o mundo cristão
continua tão “pecador” como sempre. Portanto, se alguém analisar estas questões
em profundidade e sem as amarras do condicionamento psicológico a que nos
referimos anteriormente, acaba ficando maravilhado com tamanha lógica e tal
demonstração da sabedoria e de amor do nosso Criador, ao criar a lei que
determina a evolução dos seres através das vidas sucessivas.
Essa sim é
uma verdade realmente libertadora. Quem acredita na reencarnação e na lei de
causa e efeito sente-se realmente livre, dono de si mesmo e único responsável
pelos próprios passos, sabendo, no entanto, que tudo que semear, terá de
colher.
Jesus nunca
disse que alguém vai para o inferno porque acredita nisso ou naquilo, mas
sempre ensinou a vivência dos valores da alma.
À ideia da
reencarnação, é também encontrada em quase todos os sistemas religiosos do
mundo, mesmo entre as tribos selvagens mais afastadas umas das outras; em todos
os continentes da Terra e desde os povos mais antigos. Isto mostra que essa
ideia não foi inventada. É como se ela tivesse surgido junto com o ser humano,
um conhecimento do próprio espírito.
Grandes
pensadores como Pitágoras, Sócrates e Platão, tinham-na como fundamento
filosófico.
Mas as
idéias da reencarnação e da lei de causa e efeito (carma) também estão
expressas em vários momentos na própria Bíblia.
No episódio
da transfiguração, depois que Jesus conversou com Moisés e Elias na presença de
Pedro, Tiago e João, estes lhe perguntaram: “Por que dizem os escribas ser
necessário que Elias venha primeiro? Ao que o Mestre respondeu dizendo: Elias
certamente a de vir e restabelecerá todas as coisas: digo-vos, porém, que Elias já veio, mas eles não o conheceram.
Antes fizeram dele quanto quiseram. Então os discípulos entenderam que Ele falava
de João Batista” (Mateus 17:12 e 13).
Ora, se
Elias foi também João Batista, isto só pode ter se dado mediante a
reencarnação, porque diante de Jesus no momento da transfiguração ele
apresentou-se em sua antiga forma, quando fora profeta do Velho Testamento.
Em Mat.
16:13 e 14 se diz: “E Jesus perguntou aos seus discípulos: Quem dizem os homens
que eu sou? E responderam: uns, João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias
ou algum dos profetas”.
Ora, como
poderia ser Jesus algum desses profetas do Antigo Testamento, a não ser pela
reencarnação?
O pensamento
de que João Batista era Elias reencarnado e que os Profetas podiam reviver na
terra, encontra-se em muitas passagens dos Evangelhos. Se essa crença fosse um erro, Jesus não teria
deixado de combatê-la , como combateu tantas outras. Longe disso, Jesus a
confirmou com toda a sua autoridade e colocou-a como ensinamento e como uma
condição necessária quando disse: Ninguém pode ver o reino de Deus se não
nascer de novo . E insistiu. Não vos espantei se vos digo que é preciso
que nasçais de novo.
Já com
Nicodemus, que era doutor da lei ,um intelectual da época o Mestre foi mais explícito, mais
claro:
Nicodemos perguntou a
Jesus: Como pode renascer um homem que já está velho? Pode ele entrar no
ventre de sua mãe para nascer uma segunda vez??
Jesus
respondeu : Em verdade, em verdade vos digo: Se um homem não renascer da água e
do espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne é
carne. O
que nasceu do espírito é espírito não te admires de eu dizer:
“Necessário vos é nascer de novo” (João 3:6).
Estas
palavras: “Se um homem não renascer da água e do espírito”, foram interpretadas
pelas religiões no sentido da
regeneração pela água do batismo. Porém
os textos primitivos traziam simplesmente: “Não renascer da água e do espírito“, enquanto em
algumas traduções, a expressão do
espírito foi substituída por do espírito santo, o que não corresponde mais ao
mesmo pensamento.
A mesma
interpretação; aliás, é confirmada por Jesus quando disse: O que nasceu da
carne é carne e o que nasceu do espírito é espírito, as quais dão a exata
diferença entre o espírito e o corpo. Indica claramente que só o corpo procede
do corpo e que o espírito é independente
dele.
Portanto, o
conhecimento da reencarnação é a verdade que liberta.
Fonte: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” O
Livro dos Espíritos”.
Allan Kardec
quarta-feira, 10 de maio de 2017
“TRATAMENTO ESPIRITUAL DO CÂNCER”
A
problemática do câncer:
A cada
minuto 30 pessoas recebem o diagnóstico de câncer ao redor do mundo. Isso
representa mais de 15 milhões de casos novos da doença por ano. O peso que a
palavra câncer carrega ainda é enorme, provavelmente porque antigamente
equivalia a uma sentença de morte. Mas muita coisa mudou. A ciência traz
resultados maravilhosos nos tratamentos atuais.
Ouvir de um
profissional: - você tem câncer! - gera um turbilhão de emoções. Desespero,
dor, sofrimento, tristeza, são alguns dos sentimentos que permeiam esse
momento. A depender da personalidade do médico, mais fechado ou falante, mais
compassivo ou seco, o impacto da noticia é atenuado ou aumentado. Sem exceção a
regra, é um período onde a família interrompe a correria do dia a dia e
obrigatoriamente reavalia a caminhada individual e coletiva.
O câncer é
uma doença que precisa de muito conhecimento para ser tratada, e dessa forma,
uma equipe multiprofissional com especialistas no assunto é a melhor forma de
lidar com a situação. Não é incomum que diante desse diagnóstico, ocorra a
procura por tratamentos complementares. A família se volta para a religião de
base, e abre o coração para outras formas terapêuticas, muitas vezes chamadas
de terapias alternativas, mas que na verdade não constituem de forma alguma uma
alternativa para o tratamento médico e sim um complemento com efeitos
variáveis, ou seja, funciona pra uns e não pra outros, exatamente como o
protocolo médico.
Essa procura
por caminhos mais leves não é infundada. Uma pesquisa (metanálise) publicada na
prestigiosa revista americana Cancer, mostrou que quanto maior a
religiosidade/espiritualidade do paciente, maior a associação com o bem estar
físico durante o tratamento. O artigo ressalta também que uma abordagem
religiosa/espiritual precisa fazer parte de um programa de cuidado holístico no
paciente com câncer.
A visão
espiritualista:
Na nossa
prática mediúnica na Comunidade Espírita Ramatís, temos tentado estudar o
efeito do câncer nos corpos espirituais e as formas de atenuar o sofrimento
causado no doente e na família. Durante os mais de 25 anos em que atendemos
esses pacientes já observamos respostas quase miraculosas e da mesma forma,
desencarnes lamentáveis, de portadores do câncer que acabam se tornando amigos
queridos.
A doutrina
espírita nos fala que o câncer tem raízes profundas no nosso psiquismo, nas
nossas atitudes pretéritas, e que a sua ocorrência poderia nos auxiliar a curar
nossa alma, através de um processo que Ramatís chama de "verter para a
carne", ou seja, a drenagem de uma energia espiritual adoecida para o
corpo físico.
Obviamente
que do ponto de vista médico, observamos a hereditariedade, a genética, as
substâncias cancerígenas, os disruptores endócrinos, e tudo isso é muito
importante, mas nossa abordagem hoje, diz respeito somente ao aspecto
energético-espiritual da doença.
Um dado
importante que nos foi passado pela espiritualidade maior e pela observação
sistemática nos trabalhos mediúnicos é que o processo de drenagem dessa energia
espiritual do períspirito para o corpo físico só acontece se o Duplo Etérico
estiver lesado.
Definição de
Duplo etérico:
O nobre Dr.
José Lacerda ensina que o Duplo representa a vitalidade, a energia construtora
que coordena as moléculas físicas e as reúne no organismo físico.
Ressaltamos
que uma das características principais do câncer é justamente o crescimento
desordenado, e isso ocorre porque o controle da forma física exercido pelo
Duplo (comandado pelo corpo astral) está danificado.
A designação
de "duplo etérico" exprime a natureza e a constituição da parte mais
sutil do nosso corpo físico; esta designação é, pois, significativa e fácil de
reter. Este elemento, o "duplo etérico", é formado por éteres
variados, e duplo porque constitui uma duplicata no nosso corpo físico, sua
sombra por assim dizer. Ele é formado na gestação e quando do desencarne, o
Duplo, assim como o corpo físico se desintegra.
André Luiz,
através da mediunidade de Chico Xavier nos mostra que o Duplo é constituído de
eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne.
Essas emanações neuropsíquicas revestem o perispírito.
No livro
Mãos de luz, Bárbara Brennan revela a existência de um corpo ou campo de
energia vital (Duplo etérico), que forma a matriz, a qual penetra o denso corpo
físico como teia reluzente de raios de luz. Essa matriz energética é o modelo
básico sobre o qual se afeiçoa e firma a matéria física dos tecidos, que só
existem como tais por força do campo vital que os sustenta.
Funções do
Duplo Etérico:
Ramatís nos
explica que o corpo etéreo ou duplo etérico liga-se ao físico e ao perispírito
(corpo astral), intermediando e transmitindo ao cérebro físico as manifestações
vibratórias e impulsos do espírito e também de outros espíritos desencarnados.
No livro
"elucidações do além", Ramatís esclarece que o Duplo absorve o Prana
ou a vitalidade do mundo oculto, emanada do Sol, conjugando-a com as forças
exaladas no meio físico; e em seguida as distribui pelo sistema nervoso e por
todas as partes do organismo físico do homem.
Não é um
veículo consciente, pois é incapaz de atuar por si ou de modo inteligente,
mesmo quando desligado do homem. Embora realize certos ajustes e tome
providências defensivas, isto sucede pelo automatismo instintivo e biológico do
próprio organismo carnal, pois este, quando se move independentemente do
comando direto do espírito imortal, revela um sentido fisiológico inteligente e
disciplinado, nutrindo e reparando as células gastas ou enfermas,
substituindo-as por outras, sadias, de modo a recuperar-se de todas as perdas
materiais.
Em resumo, o
Duplo tem a função de nutrir e reparar as células físicas. Ele faz a
comunicação entre o perispírito e o sistema nervoso do corpo físico. Exerce as
suas funções de forma automática.
Tratamento
do câncer através do Duplo Etérico:
Dentro da
filosofia espírita aprendemos que nossas atitudes pretéritas equivocadas
plasmaram energias desarmonizadas no nosso perispírito. A harmonização desse
importante corpo sutil é uma das prioridades no nosso processo de evolução.
Isso poderia e preferencialmente deveria acontecer de forma leve através da
nossa mudança íntima.
Porém, a
maioria de nós prefere o caminho mais doloroso, repetindo padrões de
comportamentos equivocados e sofrendo as consequências danosas da nossa
teimosia.
Fosse outra
a nossa atitude e a misericórdia divina encontraria formas positivas de agir em
nosso coração. Mas mesmo que o diagnóstico tenha sido firmado e você ou algum
familiar esteja nesse momento passando por essa dificuldade, temos observado
nos trabalhos mediúnicos que os espíritos superiores estão sempre presentes na
assistência, e coisas maravilhosas acontecem nas vidas das pessoas.
Uma das
formas que o espírito imortal encontra para se livrar dessas energias adoecidas
é drenando para o corpo físico. Entretanto, o Duplo tem justamente a função de
proteger essa comunicação bilateral, físico-astral. Chega um momento onde a
persistência dessa doença energética se mostra intolerável para o espírito, e
essa energia lesa o Duplo e atinge o corpo físico, causando a doença.
Esse é
exatamente o retrato que vemos nos pacientes que atendemos em nossa casa
espírita na assistência mediúnica. Em 100% dos portadores de câncer o Duplo
está completamente lesado. A tela etérica, espécie de pele (na falta de
terminologia mais adequada) que reveste o Duplo perdeu completamente a
integridade e os chacras estão deformados e muito comprometidos.
A lesão na
tela etérica faz com que o paciente perca muita energia vital. Os estudiosos do
magnetismo relatam há muito tempo que os portadores de câncer são sugadores de
energia. Com o Duplo lesado, não existe possibilidade de reter a energia vital
curativa. É como querer reter o calor deixando a tampa da panela aberta.
Reconstruir
o duplo etérico é uma parte importante no tratamento complementar do câncer.
Isso pode ser feito pela acupuntura, pela homeopatia, Reiki e outras terapias,
mas uma das formas mais eficazes é através da doação consciente de ectoplasma.
O excelente
André Luiz esclarece que o ectoplasma é o fluido animalizado produzido no duplo
etérico e decorrente do metabolismo biológico do equipo físico. Em médiuns
treinados, o ectoplasma abundante exalado pelo duplo etérico durante o
desdobramento consciente contribui para a revitalização e o retorno à forma
original do perispírito e do duplo do atendido (portador de câncer).
Na nossa
Comunidade Espírita, ao atender um assistido portador de câncer, o primeiro
tratamento realizado é no Duplo. Com os médiuns em desdobramento consciente,
intencionamos a exsudação do ectoplasma com a finalidade de reconstruir o Duplo
etérico do assistido, realinhando e harmonizando os chacras, refazendo a tela
etérica e implantando um molde energético que ficará no Duplo do assistido
durante uma semana.
É importante
esclarecer que esse é somente um dos aspectos do tratamento espiritual. Quando
comparamos com o tratamento médico, é como pensar na cirurgia, na quimioterapia
e na radioterapia. Um complementa o outro e todos são importantes a depender da
indicação.
Dentro da
abordagem espiritual temos vários fatores que precisam ser tratados, e que
detalharemos posteriormente em outros artigos, mas a título de informação, é
fundamental a terapia psicológica para aceitação e entendimento tanto do
paciente como da família. Da mesma forma, devemos observar o tratamento espiritual
do perispírito, o modelo organizador biológico e do corpo mental, que envolve
as memorias negativas que originaram o processo em primeira instância.
Se ficarmos
somente no Duplo, não atingiremos a causa-raiz do problema. Mas qualquer outro
tratamento sem a reconstituição do Duplo não surtirá o mesmo efeito. Visão
holística acolhedora. Esse é o caminho.
Paz e luz!
Sérgio
Vencio- Medicina e Espiritualidade
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