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quinta-feira, 6 de julho de 2017
“ENCARNAÇÃO, DESENCARNAÇÃO E REENCARNAÇÃO - AFINAL, QUAIS AS FINALIDADES DO PROCESSO REENCARNATÓRIO? ”

Quando o
Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço
fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao
gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. Á
medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do
princípio vito-material do gérmen , o perispírito , que possui certas
propriedades da matéria , se une, molécula a molécula, ao corpo em formação,
donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio de seu perispírito, se
enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra.
Quando o
gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o
ser para a vida exterior. A encarnação em outras palavras é o estado em que os
Espíritos estão quando se revestem de um envoltório corporal. Diz-se: Espírito
encarnado em oposição a espírito errante. Os Espíritos são errantes nos
intervalos de suas diferentes encarnações. A encarnação pode ocorrer na Terra
ou em outro mundo.
A palavra encarnar
significa nascer em um corpo de carne; quando um espírito vai encarnar,
aproxima-se de sua mãe, unindo-se ao novo ser que se forma desde o instante da
concepção. Vai gradativamente envolvendo-se com o processo de crescimento do
embrião, do feto, até que eclode para a vida biológica, corporal, no momento em
que nasce pelo parto. Aí se diz que ele está encarnado, Às sucessivas
encarnações de um Espírito, através de sua jornada evolutiva , dá-se o nome de
reencarnação. O termo desencarnação tem sido utilizado para designar a saída
definitiva do Espírito do corpo, ou morte física ou biológica. A palavra
encarne o mesmo que encarnação. O termo em alusão também é muito usado no de
desencarnação.
Como foi
dito no início desta matéria para existir a encarnação é necessária à
existência de espíritos e a causa principal da dúvida sobre a exigência dos
espíritos é a ignorância da sua verdadeira natureza. Imaginam-se os Espíritos
como seres à parte na criação, sem nenhuma prova de sua necessidade.
Muitas
pessoas só conhecem os espíritos através de estórias fantasiosas que ouviram em
criança, mais ou menos como as que conhecem a História pelos romances. Não
procuram saber se essas estórias, desprovidas do pitoresco, podem revelar um
fundo verdadeiro, ao lado do absurdo que as choca. Não se dão ao trabalho de
quebrar a casca da noz para descobrir a amêndoa. Assim, rejeitam toda a
estória, como fazem os religiosos que, chocados por alguns abusos, afastam-se
da religião.
Seja qual
for à ideia que se faça dos espíritos , a crença na sua existência decorre
necessariamente do fato de haver um principio inteligente no Universo, além da
matéria.
Uma palavra
usada aqui de nome erraticidade, se faz necessário que se dê à sinonímia dela:
Estado dos Espíritos errantes, ou erráticos, isto é, não encarnados, durante o
intervalo de suas existências corpóreas.
Erraticidade
do francês: (erraticité), estado dos espíritos errantes ou erráticos como está
acima exposto, isto é, não encarnados, que vivem durante o intervalo de suas existências
corpóreas. Kardec escreveu o seguinte sobre erraticidade: “Estado dos Espíritos
errantes, isto é, não encarnados durante os intervalos de suas existências
corporais. A erraticidade não é um sinal absoluto de inferioridade para os
espíritos> Há espíritos errantes de todas as classes, salvo os da primeira
Ordem ou Espíritos Puros ou Puros Espíritos, que não mais que encarnar para
aproximar-se, não podem ser considerados errantes.
Exemplo de
um Espírito Puro: Jesus Cristo. Os Espíritos errantes são felizes ou infelizes
segundo o grau de sua purificação. É nesse estado que o Espírito, sem o véu
material do corpo que vestia, percebe suas existências anteriores e os erros
que o afastam da perfeição e da felicidade infinita. É, então que escolhe novas
provas , a fim de progredir mais rápido”. Sendo a Doutrina Espírita uma
Ciência, uma filosofia e uma Religião quem quiser se aprofundar mais nos seus
ensinamentos, terá que ler e aprender o que está implícito nas Obras Básicas.
Não basta ler e aprender também é preciso compreender.
Pelo
exposto, dá perfeitamente para entender o que seja encarnação, suas nuances e
sua importância para toda a humanidade.
Reencarnação
tema muito discutido por outros irmãos de crenças, que não a aceitam e sim a
ressurreição. A definição vem dirimir de uma vez todas as dúvidas existentes. É
à volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente
formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.
A
ressurreição como frisa os que defendem se dá no mesmo corpo carnal, imaginem
que já desencarnou a mais de 3000 anos, já virou pó, e esta afirmativa vem
fortalecer o que disse o Pai maior: “Tu vieste de pó e ao pó tu voltarás”, e Jó
uma figura bíblica afirma: “Nu nasci e nu voltarei”, Nicodemos disse a Jesus,
mas Mestre como pode um velho como eu, entrar novamente no útero de minha mãe,
sobre a assertiva de Cristo.
A doutrina
da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o espírito muitas
existências sucessivas; é a única que corresponde a idéia que formamos da
justiça de deus para com os homens que se acham em condição moral inferior ; a
única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos
oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão
no-la indica e os espíritos a ensinam.
A maioria
das religiões admite a reencarnação desde os primórdios dos tempos, e no ano de
526 depois de Cristo no concílio de Nicéia em Constantinopla mudar para
ressurreição através de uma votação fraudulenta, já que existem quatro pessoas
para exercer o voto e no final o resultado foi três a dois, voto misterioso que
a religião católica consegui por obra e graça do “Espírito Santo”.
A
reencarnação é a esperança de todas as mães, cujos filhos se transviaram no
mundo. Amiga de todos os que aspiram a elevar-se espiritualmente . Mestra dos
que erram, por permitir-lhes que retornem, como criancinhas, aos mesmos lares
que um dia atormentaram e destruíram.
Um grande
cientista de renome internacional afirma: Que não é religioso e que sua família
é, mas foi através da física quântica que descobriu que Deus existe e a
reencarnação também. Um cientista americano Yan Stevenson, há mais de trinta
anos se dedica ao estudo da reencarnação, e já confirmou cientificamente mais
de três mil casos. O Doutor Bryan Weiss através de uma sessão de Telepatia com
a senhorita Bernadete, confirmou que a reencarnação existe, pois passava ele
por momentos dificies, e esta moça sem o conhecê-lo, em estado de transe,
contou todo o acontecido com ele, à perda de um filho menor de quatro anos de
idade, que tinha vindo a terra apenas para completar sua destinação.
Outros fatos
merecem destaques, mas irei ficar por cá, já que não quero entrar em detalhes
mais íntimos, para não ofender ninguém, visto que a missão do Espírito é outra:
“Fora da Caridade não há salvação”.
Por: Antonio
Paiva Rodrigues (É Oficial Superior da Polícia Militar, Gestor de Empresas,
Estudante de Jornalismo da FGF e Bacharel em Segurança Pública).
quarta-feira, 5 de julho de 2017
“AS SETE MARAVILHAS DA ESPIRITUALIDADE”
Sempre
ouvimos comentários, na mídia, das chamadas Sete Maravilhas do Mundo. São obras
faraônicas, que marcaram a história das civilizações mundiais, e algumas delas
já nem existem… Perderam-se no tempo, ou foram destruídas em acidentes e
guerras.
Houve nova
eleição em 2007, sendo então eleitas as sete maravilhas do “mundo moderno”.
Para fins didáticos, nos referiremos às anteriores como referentes ao mundo
antigo, que são:
1. Pirâmide
de Quéops;
2. Jardins
Suspensos da Babilônia;
3. Estátua
de Zeus, em Olímpia;
4. Tempo de
Ártemis, em Éfeso;
5. Mausoléu
de Halicarnasso;
6. Colosso
de Rodes;
7. Farol de
Alexandria;
As eleitas
no ano de 2007, referentes aos tempos atuais foram:
1. As
muralhas da China;
2. Petra;
3. O Cristo
Redentor;
4. Machu
Picchu;
5. Chichén
Itzá;
6. Coliseu;
7. Taj
Mahal;
A Doutrina
Espírita, codificada por Kardec, transmite-nos inúmeras maravilhas! Porém,
tivemos o cuidado de escolher apenas sete, numa alusão ao tema. O critério de
escolha não foi a importância, sendo colhidas de forma aleatória:
1. DEUS
“Inteligência
suprema, causa primária de todas as coisas”, soberanamente justo e bom. Essas
informações já seriam suficientes, para nos fortalecermos na caminhada
evolutiva.
Podemos,
porém, usar como referência da grandiosidade do Pai, os dizeres de Francisco
Cândido Xavier, no capítulo 28 da obra “Na Era do Espírito”:
- (…) Porque
tudo está dentro da Ordem Divina. Cada mundo, cada sistema, cada galáxia,
orientados por Inteligências Divinas, e Deus para lá disso tudo, sem que
possamos fazer-lhe uma definição.
2.
IMORTALIDADE DO ESPÍRITO
Em sua
inteligência suprema e amor inigualável, criaria Deus seres perecíveis?
Os seres
criados por Deus são imortais! Momentaneamente, vestimos corpos físicos, pois
somos testados em nossas tendências, através do esquecimento de nossos atos
passados e daquilo que combinamos para essa encarnação. Mas jamais deixaremos
de existir!
3.
COMUNICABILIDADE
Em seu
infinito amor, Deus se fez Pai dos encarnados e também dos desencarnados.
Havendo duas dimensões (física e espiritual), perguntamos: Deus criaria dois
planos (ou dimensões) isolados?
A lógica nos
diz que deve haver comunicação entre os dois planos, ambos habitados por irmãos
nossos.
Esse
raciocínio nos leva a crer na comunicabilidade dos desencarnados com os
encarnados, através de uma ferramenta chamada mediunidade.
Fala-se
muito na transcomunicação instrumental. Mas a ferramenta mediúnica nos coloca
muito a frente desses aparelhos eletrônicos, pois o médium pode comunicar-se
com os espíritos diretamente pelo pensamento!
4.
REENCARNAÇÃO
Reflete o
retorno do espírito ao plano físico, para nova série de provas e a expiação dos
erros mais grotescos do seu passado.
Citada de
forma indireta por Jesus, e referida em inúmeras passagens do Antigo
Testamento, a pluralidade das existências nos possibilita o esquecimento do
passado, pela limitação vibratória imposta pelo corpo físico. Assim, sem a
lembrança dos erros passados e daquilo que combinamos para essa existência,
devemos analisar as tendências que portamos para nos conhecermos. É inegável
que o autoconhecimento é a primeira e maior ferramenta da reforma íntima.
5.
PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
Nas notas do
evangelista João, o governador espiritual do orbe nos revela:
– Na casa do
meu Pai há muitas moradas…
Reflitamos:
onde fica a “casa do Pai”?
Será que a
morada divina restringe-se ao planeta Terra? Seria menosprezar a sabedoria e o
amor divino. Jesus nos revela, por essas palavras, que existe vida inteligente
fora do nosso orbe. Cada planeta do Universo infinito tem, teve ou terá
habitantes em vias de progresso.
6. LEI DO
PROGRESSO
Umas das
mais sublimes entre as Leis Morais (3ª parte de “O Livro dos Espíritos”)
possibilita-nos o crescimento mediante o esforço!
Hoje, melhores
do que ontem!
Amanhã,
melhores do que hoje!
Sempre
amparando e sendo amparado! (Vide questão 779 da mesma obra).
7. LEI DO
TRABALHO
Pois é
através do trabalho que se progride, e já sabemos que não se pode colher sem
plantar!
Bendita
Doutrina Espírita, que nos proporciona tanta iluminação!
André
Sobreiro
“RELAÇÕES CONFLITIVAS ENTRE PAIS E FILHOS DIANTE DA ESPIRITUALIDADE! ”
Para melhor
se compreender as relações conflitivas entre pais e filhos, deve-se levar em
conta, também, a pluralidade das existências. Vivemos atualmente uma educação
libertadora, onde muitos pais usam o diálogo amoroso e negociam com seus
filhos, comportamentos éticos mínimos necessários para viverem em sociedade
como cidadãos íntegros e conscientes da finalidade da vida.
No entanto,
muitos se confundem, sendo partidários da liberdade absoluta, chegando ao
anarquismo, deixando aos filhos a decisão e consecução dos seus mais estranhos
desejos, favorecendo a geração de conflitos inimagináveis entre eles, tais como
o parricídio e filicídio. É lamentável que tal aconteça entre almas que saíram
do torvelinho da escuridão espiritual pelo retorno à matéria, com a promessa de
se perdoarem e iniciarem a jornada ascensional em direção à luz.
Foi o
Codificador quem melhor esclareceu, do ponto de vista da reencarnação, as
causas anteriores dos conflitos familiares. Escreveu ele: “Quantos pais são
infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram as más tendências desde o
princípio! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem
os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do
coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se
afligem da falta de respeito e a sua ingratidão.”
Permita-me o
leitor relembrar que tendência é uma energia que incita alguém a seguir um
determinado caminho ou agir de certa forma. É uma predisposição natural,
inclinação, vocação. Pode ser boa ou má. Não é instinto, pois não se origina de
uma necessidade biológica, não devendo ser com ela confundido. O Espiritismo
define a tendência como uma força espiritual que adormece no Inconsciente
Profundo de todos nós e que se debate para despertar no Consciente e se
manifestar nos atos, palavras, sentimentos e pensamentos.
São elas
manifestações do Espírito velho reencarnado, que as crianças já demonstram a
partir dos primeiros meses de vida material, as quais devem ser levadas em alta
conta pelos pais. Lembra André Luiz: “Se o Espírito reencarnado estima as
tendências inferiores, desenvolvê-las-á, ao reencontrá-las dentro do novo
quadro da experiência humana, perdendo um tempo precioso e menosprezando o
sublime ensejo de elevação” . Daí a necessidade de levar em consideração o
poder da influência do meio e dos exemplos dados pelos pais aos seus filhos.
Nem sempre
os pais admitem a manifestação das inclinações inferiores em seus filhos, já
que alimentam a ideia de que são inocentes e que tudo não passa de
infantilidade, sem observar que nem todas as crianças sentem prazer em destruir
brinquedos e outros objetos, maltratar animais domésticos, agredir colegas da
creche e da escola de forma sistemática.
Crianças que
chutam, xingam e gritam violentamente, não respeitando os pais nem aqueles que
são responsáveis por elas, merecem atenção especial, para se buscar as razões
de tais procedimentos, que não são unicamente do estado de infância. Joanna de
Ângelis ensina que “Essas inclinações más ou tendências para atitudes
primitivas, rebeldes, perturbadoras do equilíbrio emocional e moral, são
heranças e atavismo insculpidos no Self, em razão da larga trajetória
evolutiva, em cujo curso experienciou o primarismo das formas ancestrais [...]
.
Sem dúvida,
não é somente a mãe a responsável pela formação moral do filho. O pai também
responde pelas suas negligências ou fracasso da missão que recebeu para
cooperar com a esposa nesse mister. No entanto é universalmente comprovada a
força influenciadora da mãe sobre seus filhos, que lhes exerce um efeito
psíquico alimentador. E é por essa razão que o Mentor Emmanuel ensina que “A
mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus filhos, primeiramente,
são filhos de Deus. Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a
luta que os esperam. Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do
abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e concertando-lhe as posições
mentais, pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma
vida.”
Quando o
Codificador perguntou aos Espíritos (LE - questão 890) se o amor materno era
uma virtude ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais, eles
responderam que seria “uma e outra coisa”. Seria virtude, que não é uma graça
obtida, mas um hábito adquirido; e seria instinto, que no animal se limita a
prover as necessidades primárias das crias. Sabendo o professor Rivail que nem
todas as mães possuem esse sentimento tão nobre de que falam as entidades do
Além-túmulo, redarguiu: - “como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro,
desde a infância destes?” E a resposta foi a de que, em muitos casos, pode ser
uma prova ou expiação que o filho escolheu para enfrentar uma mãe má. Fica,
portanto, implícito que o Espírito ao reencarnar na condição de mãe nem sempre
terá o amor pelo futuro filho. (LE - questão 891)
Não obstante
encontrarmos valiosos esclarecimentos para as relações conflitivas entre pais e
filhos; na verdade da reencarnação e na Lei de causa e efeito, não devemos ser
reducionistas na apreciação dessa modalidade de conflito. “Sem dúvida, muitos
pais,
despreparados
para o ministério que defrontam em relação à prole, cometem erros graves, que
influem consideravelmente no comportamento dos filhos, que, a seu turno, logo
podem se rebelar contra estes, crucificando-os nas traves ásperas da
ingratidão, da rebeldia e da agressividade contínua, culminando, não raro, em
cenas de pugilato e vergonha.”
Em verdade,
quase todos nascemos despreparados para sermos pais, amar e educar os filhos na
forma ideal, conforme os estudiosos do assunto e os Espíritos Superiores.
Diante disso, teremos que buscar ajuda nas ciências que tratam do
relacionamento interpessoal, com enfoque na família. Não há dúvida que as
técnicas psicológicas e a metodologia da educação favorecem profundamente o
êxito desse empreendimento. O diálogo aberto e sincero, a solidariedade, a
indulgência, a energia moral e o amor dilatado em todos os sentidos são
instrumentos de que os pais podem adotar para merecerem o respeito e a
confiança dos filhos. Imprescindível acompanhar o desenvolvimento
bio-psico-social deles, na tentativa de compreender-lhes o comportamento,
levando em conta a idade, capacidade intelectual, estágio espiritual e o
contexto social em que estão inseridos.
Aos pais
lhes é dada pelo Criador a árdua e compensadora missão de conduzir os filhos,
preparando o adolescente e o homem do futuro; moldando-os com cinzel das
admoestações amorosas; alimentando suas mentes com as conversações
dignificantes; oferecendo-lhes exemplos de caráter saudável, carinho e amizade.
Esses
procedimentos promovem a desintegração dos quistos conflitantes na família, com
etiologia em vidas pregressas, evitando que novos desajustes se iniciem na vida
atual. A família de cada um de nós é estruturada com base na lei da causa e
efeito; pais e filhos se reencontram porque necessitam uns dos outros,
almejando a reconciliação. Vital é que a tolerância, a indulgência e o perdão
se façam presentes nos momentos difíceis, para que o recomeço, bênção divina,
se transforme em ventura espiritual.
Fonte:
Waldehir Bezerra de Almeida
“POR QUE DEUS PERMITE O SOFRIMENTO NO MUNDO?”
Uma pergunta
muito comum que as pessoas fazem é:
“Se Deus é
infinitamente bom, justo e misericordioso, por que Ele permite tantos
sofrimentos no mundo?”
Vamos
responder essa pergunta com uma pequena estória, para que todos possam
compreender a permissão de Deus sobre nossos sofrimentos.
Havia um
rapaz que recentemente enveredara pelo caminho das drogas. Seu pai muito o
aconselhou para não seguir este direcionamento na vida, mas o rapaz não o
ouviu. Experimentou algumas drogas e após um tempo não conseguia mais parar de
usar. O pai conversou com ele e insistiu que ele fizesse um tratamento. O rapaz
recusou. O pai tentou mais uma vez e o rapaz não o ouviu.
Seu pai
então providenciou que ele fosse internado numa clínica de reabilitação
antidrogas. O filho fez todo o tratamento, se desintoxicou e foi liberado. No
entanto, duas semanas depois já estava se drogando novamente. O pai decidiu
mais uma vez leva-lo a uma clínica e fez todo o tratamento, mas assim que
recebeu alta, novamente foi se drogar. O pai o internou cinco vezes, mas em
todas as oportunidades o filho retomava o antigo padrão e voltava a suar
drogas.
O pai,
desesperado, já não sabia mais o que fazer. Decidiu então que nada mais poderia
ser feito, pois o filho simplesmente não correspondia, não reagia e tampouco
queria ser ajudado. Ele desejava continuar mergulhado no mundo das drogas e
nada do que o pai fizesse poderia lhe tirar desse caminho. O pai então decidiu
que permitiria que o filho vivesse essas experiências para que chegasse sozinho
a conclusão. Um dia ele entenderia o malefício das drogas e que, na verdade,
ele estava se destruindo.
O filho
então saiu de casa e passou a praticar roubos. Ele vivia de assalto em assalto,
pois só assim conseguia usar as drogas e se alimentar. Tornou-se um marginal e
logo virou um traficante conhecido. Certo dia levou um tiro numa guerra entre
facções para controle de uma boca de fumo. Foi para o hospital, ficou em coma
por semanas e depois voltou. Assim que retomou a consciência, decidiu que
largaria esse caminho…
Essa estória
ilustra um pouco o que acontece com o ser humano neste mundo. Como um pai pode
ajudar um filho que não deseja ouvi-lo e quer permanecer no caminho do erro e
da ilusão? Podemos tentar orienta-lo de várias formas, dar o tratamento
adequado, mas se a pessoa insiste no erro, é necessário permitir que ela sofra
as consequências de suas próprias ações. É mais ou menos assim que funciona o
sofrimento humano. Deus procura enviar diversos tipos de mensagens sobre os
erros que cometemos, mas nós não O ouvimos e não mudamos de caminho; insistimos
no erro e na ilusão. O homem insiste em permanecer na embriaguez das ilusões do
mundo, e Deus autoriza que venha a dor, o sofrimento, o desespero, as perdas,
etc., para liberta-lo.
Dessa forma,
Deus autoriza o sofrimento para que, somente assim, possamos encontrar o
caminho real e nos transformar. Se as pessoas querem viver de tal modo a criar
o sofrimento para si mesmas, Deus permite que isso seja feito para que elas
possam aprender e despertar para a realidade. Nesse sentido, o sofrimento acaba
sendo a única forma do espírito acordar dos sonhos e miragens mundanas que
criou para si mesmo.
(Hugo Lapa)
“ O DIA EM QUE CHICO XAVIER TEVE UMA VISÃO ESPIRITUAL DE JESUS CRISTO- A MAIOR VISÃO ESPIRITUAL JÁ VIVIDA POR CHICO”.
Ao longo dos anos em que ia a Uberaba conheci muita gente.
Gente boa, gente meio boa e gente menos boa. Algumas o tempo vai apagando
lentamente, mas jamais terá força suficiente para apagar de minhas lembranças a
figura encantadora que vocês vão passar a conhecer.
Numa daquelas madrugadas, quando as reuniões do Grupo
Espírita da Prece se estendiam até ao amanhecer, vi-o pela primeira vez.
Naquela filas quase intermináveis, que se formavam para a despedida ou para uma
última palavrinha ainda que rápida com Chico, ele chamou-me a atenção pela
alegria com que esperava a sua vez. Vinha com passos cansados, o andar trôpego,
a fisionomia abatida, mas seus olhos brilhavam à medida que se aproximava do
médium. Não raro, seu contentamento se traduzia em lágrimas serenas, mas
copiosas. Trajes pobres, descalço, pés rachados, indicando que raramente teriam
conhecido um par de sapatos. Calça azul, camisa verde, com muitos remendos; um
paletó de casimira apertava-lhe o corpo franzino. Pele escura, cabelos
enrolados, nos lábios uma ferida. Chamava-se Jorge. Creio que deve ter tomado
poucos banhos durante toda a vida. Quando se aproximava, seu corpo magro,
sofrido e mal alimentado exalava um odor desagradável. Em sua boca, alguns
raros tocos de dentes, totalmente apodrecidos. Quando falava, seu hálito era
quase insuportável. Ainda que alguém não quisesse, tinha um movimento
instintivo de recuo. Quando se aproximava, tínhamos pressa em dar-lhe algum
trocado para que ele fosse comprar pipoca, doce ou um refrigerante, a fim de que
saísse logo de perto da gente.
Jorge morava com o irmão e a cunhada num bairro muito pobre
- uma favela, quase um cortiço. Seu quarto era um pequeno cômodo anexado ao
barraco do irmão. Algumas telhas, pedaços de tábuas, de plásticos, folhas de
lata emolduravam o seu pequeno espaço. O irmão e a cunhada eram bóias-frias.
Jorge ficava com as crianças. Fazia-lhes mingau, trocava-lhes os panos,
assistia-os. Alma, assim, caridosa acredito que sofresse maus tratos. Muitas
vezes o vi com marcas no rosto e, ainda hoje, fico pensando se aquela ferida
permanente em seu lábio inferior não seria resultante de constantes pancadas.
Pois o Chico conversava com ele, cinco, dez, vinte minutos. Nas primeiras
vezes, pensava: "Meu Deus! Como é que o Chico pode perder tanto tempo com
ele, quando tantas pessoas viajaram milhares de quilômetros e mal pegaram sua
mão?!? Por que será que ele não diminui o tempo do Jorge para dar mais atenção
aos outros?" Somente mais tarde fui entender que a única pessoa capaz de
parar para ouvir o Jorge era ele.
Em casa, o infeliz não tinha com quem conversar; na rua,
ninguém lhe dava atenção. Quase todas as vezes em que lá estive, lá estava ele
também. Assim, por alguns anos, habituei-me a ver aquele estranho personagem
que, aos poucos, me foi cativando. Hoje, passados tantos anos, ao escrever
estas linhas ainda choro. A gente corre o risco de chorar um pouco, quando se
deixou cativar, não é mesmo? Nunca ouvimos de sua boca qualquer palavra de
queixa ou revolta.
Seu diálogo com o paciente médium era comovente e
enternecedor:
- “Jorge, como vai a vida?”
- “Ah, Tio Chico, eu acho a vida uma beleza!”
- “E a viagem, foi boa?”
- “Muito boa, Tio Chico! Eu vim olhando as flores que Deus
plantou no caminho para nos alegrar!”
- “Do que você mais gosta de olhar, Jorge?”
- “O azul do céu, Tio Chico! Às vezes penso que o Sinhô
Jesus tá me espiando por detrás de uma nuvem!”
Depois o visitante falava da briga dos gatos, da goteira que
molhou a cama, do passarinho que estava fazendo ninho no seu telhado. Quando
pensava que tudo havia terminado, o dono da casa ainda dizia:
- “Agora, o nosso Jorge vai declamar alguns versos”.
Eu chegava até a me virar na cadeira, perguntando a mim
mesmo: "Onde é que o Chico arruma tanta paciência?"
Jorge declamava um, dois, quatro versos.
- “Bem, Jorge, agora, para a nossa despedida, declame o
verso que mais gosto.”
- “Qual, tio Chico?”
- “Aquele, da moça!”
- “Ah, Tio Chico! Já me lembrei. Já me lembrei!!!”
Naquelas horas, o centro continuava lotado. As pessoas se
acotovelavam, formando um grande círculo em torno da mesa.
Jorge colocava, então, o colarinho da camisa para fora,
abotoava o único botão de seu surrado paletó, colocava as mãos para trás, à
semelhança de uma criança quando vai declamar na escola, ou perante uma
autoridade, olhava para ver se o estavam observando e sapecava, inflado de
orgulho:
- "Menina, penteia o cabelo. Joga as tranças para a
cacunda. Queira Deus que não te leve de domingo pra segunda!"
Quando terminava, o riso era geral. Ele também sorria. Um
sorriso solto e alegre, mas ainda assim doído, pois a parte inferior de seus
grossos lábios se dilatava, fazendo sangrar a ferida. Aí ele se aproximava do
médium, que lhe dava uma pequena ajuda em dinheiro. Em todos aqueles anos,
nunca consegui ver quanto era. Depois colocava o dinheiro dentro de uma
capanga, onde já havia guardado as pipocas, os doces, dando um nó na alça do
pano. Para se despedir, ele não se abraçava ao Chico: ele se jogava, sim, todo
por inteiro, em cima do Chico! Falava quase dentro do nariz do Chico e eu nunca
o vi ter aquele recuo instintivo como eu tivera tantas vezes.
Beijava-lhe a mão, o qual também beijava a mão e a face
dele, ao que ele retribuía, beijando os dois lados da face do Chico, onde
ficavam manchas de sangue deixadas pela ferida aberta em seus lábios. Nunca vi
o Chico se limpar na presença dele nem depois que ele se tivesse ido. Eu,
muitas vezes, ao chegar à casa dele, molhava um pano e limpava o que passamos a
chamar carinhosamente de "o beijo do Jorge..."
Não saberia dizer quantas vezes pensei em levar um presente
àquele pobre irmão - uma camisa... um par de sapatos... uma blusa.
Infelizmente, fui adiando e o tempo passando. Acabei por não lhe levar nada.
Lembro-me disso com tristeza e as palavras do apóstolo Paulo se fazem mais fortes
nos recessos de minha alma: "Façamos o bem, enquanto temos tempo".
Enquanto temos tempo. De repente, fica tarde demais.
Jorge desencarnou. Desencarnou numa madrugada fria.
Completamente só em seu quarto. Esquecido do mundo, esquecido de todos, mas não
de Deus.
Contou-me o Chico que foi este nosso irmão de pele escura,
cabelos enrolados, ferida nos lábios, pés rachados, mau cheiro e mau hálito
que, ao desencarnar, Jesus Cristo veio pessoalmente buscar. Entrou naquele
quarto de terra batida, retirou Jorge do corpo magro e sofrido, envolto em
trapos imundos, aconchegou-o de encontro ao peito e voou com ele para o espaço,
como se carregasse o mais querido dos seus irmãos!
"Eis que estarei convosco até o fim dos séculos."
"Não vos deixarei órfãos."
Ele não faria uma promessa que não pudesse cumprir.
Histórias de Chico
Xavier
terça-feira, 4 de julho de 2017
"FASES DA REENCARNAÇÃO-TODA REENCARNAÇÃO É DIVIDIDA EM VÁRIAS FASES"
P. — Cabe ao
Espírito a escolha do corpo em que encarne, ou somente a do gênero de vida que
lhe sirva de prova?
R. — Pode
também escolher o corpo, porquanto as imperfeições que este apresente serão,
para o Espírito, provas que lhe auxiliarão o progresso, se vencer os obstáculos
que lhe oponha.
Item 335
Reencarnação
nem sempre é sucesso expiatório, como nem toda luta no campo físico expressa
punição.
EMMANUEL
Assim como
não existem duas reencarnações exatamente iguais, também não há dois processos
reencarnatórios rigorosamente idênticos — eis um postulado doutrinário que,
segundo nos parece, todos os espiritas pacificamente aceitamos.
Diversos
fatores contribuem para esta variedade nas providências que antecedem uma
reencarnação e para que diverso seja o seu mecanismo.
Estado
evolutivo.
Ambiente
onde deva realizar a sua experiência. Necessidade ou não de uma boa saúde ou de
um corpo orgânico deficiente.
Natureza das
provas.
Qualidades
morais e culturais.
Missão mais
ou menos relevante a realizar.
Em resumo:
Motivo da reencarnação: — missão, prova ou expiação.
Eis, ai,
algumas das razões que alteram, que diversificam os processos reencarnatórios.
Focalizar,
pois, o assunto, nesse aspecto, significa, bem o sabemos, pisar em terreno
movediço.
Toda cautela
é pouca, para que não enverede o aprendiz espírita no campo do radicalismo, da
ortodoxia. Mas, nem por isso o estudante da Doutrina deve cruzar os braços ou
permanecer expectante ante a beleza, a magnitude, a sublimidade do tema.
Sem nos
esquecermos, pois, de que as reencarnações variam ao infinito, podemos, no
entanto, considerar que, em tese, um princípio geral deve ser obedecido nas
reencarnações de Espíritos de evolução média e que apresentem, as mesmas
necessidades.
Os mesmos
defeitos e virtudes, méritos e deméritos, boas qualidades e más tendências.
Para efeito
de estudo do assunto, figuremos três fases determinadoras das reencarnações,
cada uma delas com uma série de providências idênticas, ou, pelo menos, bem
semelhantes.
Eis, na
hipótese, algumas providências que seriam tomadas na chamada primeira fase:
a) —
Intercessão de benfeitores espirituais em geral, e, em particular, do
reencarnante.
b) — Se
necessário, preparação psicológica dos pais, no sentido de manter-lhes ou
despertar-lhes os valores afetivo-emocionais.
c) —
Encontros no Plano Espiritual do candidato à reencarnação com os futuros
genitores.
d) — Visita
ao lar onde deverá renascer.
A segunda fase
constaria do estabelecimento do contato fluídico com os pais, isso antes de
qualquer providência concepcional, no que toca à união sexual, a fim de
possibilitar:
a) — Perda
de energias perispiríticas acumuladas no plano extrafísico.
b) —
Assimilação de elementos fluídicos do plano corporal, em substituição às
energias mencionadas na alínea supra que, por pertencerem ao plano espiritual,
a este devem ser restituídas.
Como se
observa, despoja-se o Espírito dos elementos energéticos do plano extra físico,
a fim de ir tecendo o novo vestuário com os agentes somáticos.
Teríamos,
assim, de agora em diante, a fase final — a terceira fase, a se iniciar com a
operação redutiva do perispírito (diminuição do corpo perispirital, para
oportuno acondicionamento no seio materno).
Entendamos,
no entanto, que o que vai acondicionar-se no útero materno, a modelar o novo
corpo em formação, é, propriamente, o perispírito, porque, quanto mais elevado
for o Espírito, tem ele a faculdade de, durante o período de gestação, conservar
uma liberdade relativa, que lhe permite uma certa autonomia de movimentos, sem
prejuízo do andamento normal do processo biológico.
Em sentido
inverso, o reencarnante involuído, muito atrasado, ficará mais intimamente
justaposto ao seio materno.
Em tese, como se vê, o que se recolhe ao organismo feminino é
o perispírito.
Um Espírito
grandemente evoluído pode, até, comunicar-se em sessão mediúnica, durante o
período de gestação.
Reencarnar é
esconder-se, é ocultar-se no envoltório carnal.
É apagar-se
o Espírito, temporariamente, nas sombras do mundo.
E submergir
no "mar da matéria", se nos permitem a imagem, segundo a qual o
reencarnante seria o mergulhador, que utiliza compacto escafandro.
As fases da
reencarnação podem ser comparadas às providências para a descida de um
escafandro ao fundo do mar (vide ilustração à pág. 119).
O mergulho,
embora necessário, porque objetivando o adestramento e o progresso, com a
consequente vitória do homem sobre si mesmo, oferece perigos, mas o uso nobre e
adequado do livre-arbítrio, conciliando razão esclarecida e sentimento
evangélico, garante o triunfo e a iluminação.
a) — Do
preparo e condições do escafandrista: méritos espirituais, grau evolutivo,
patrimônio moral e cultural, etc.
b) —
Qualidade do escafandro, representada por limitações físicas, defeitos
provacionais ou expiatórios, inibições, anomalias; ou, em sentido contrário,
saúde excelente, equilíbrio orgânico, etc...
c) —
Excelência do pessoal da equipe intercessória: entidades especializadas, Espíritos
amigos, protetores que colaboram no processo reencarnatório.
d) —
Explorações e preparativos prévios: cursos, treinamentos, aprendizagem, enfim,
visando a preparação para a nova experiência.
e) —
Circunstâncias especiais: fatores imprevisíveis e fortuitos, que podem ocorrer,
apesar do melhor planejamento e das mais enfáticas promessas; aventuras,
riscos, configurações sutis de fatores, etc...
Voltemos ao
problema da redução do perispírito. Leon Denis ("O Problema do Ser, do
Destino e da Dor") e André Luiz ("Missionários da Luz",
"Entre a Terra e o Céu" e outros) explicam, com suficiente clareza,
como se processa essa redução do perispírito, que se inicia antes do ato
concepcional, propriamente dito, por meio de ação magnética, quando o reencarnante
é posto em sintonia com os Instrutores que presidem a reencarnação.
Estabelecida
a sintonia indispensável, para que se positive o trabalho magnético dos
Benfeitores de Mais Alto, é o reencarnante convidado ou induzido a participar
do processo palingenésico, da seguinte maneira:
a) —
Lembrar-se da organização fetal.
b) —
Mentalizar o seu próprio ingresso no seio materno, para o refúgio cíclico.
c) — Desejar
ser pequeno.
A
contribuição mental do reencarnante fará com que os Instrutores obtenham o começo
da operação redutiva, que se consolidará depois do inicio da ligação uterina,
através ou mediante a diminuição dos espaços intermoleculares, sob a influência
de "fortes correntes magnéticas".
Inicia-se,
assim, com as sagradas medidas acima expostas, o processo de co-criação de mais
um ente, de mais uma vida.
Uma vida
organizada e consciente, em seu duplo aspecto psicofísico, que ressurgirá, ou
despontará nove meses depois, na paisagem terrestre, para o sublime mister da
redenção pelo trabalho, pelo estudo, pelo amor.
Um dos
maiores débitos que temos para com a Doutrina Espírita, entre tantos outros que
o nosso coração agradecido registra, é este: o conhecimento de como se opera
uma reencarnação, em seus mínimos detalhes, o que, sem dúvida, nos leva a
melhor valorizá-la, buscando, consequentemente, aproveitar ao máximo o tempo de
vida que nos é concedido, no envoltório carnal, pela Divina Misericórdia.
"Conhecereis
a Verdade e ela vos fará livres" — asseverou o Mestre.
Conheçamos a
reencarnação — dizemos nós — e a verdade reencarnatória abrir-nos-á as portas
que levam ao progresso, à iluminação interna, à felicidade.
O estudo
criterioso do Espiritismo — nas fontes doutrinárias de Allan Kardec e nos
substanciosos livros de André Luiz e Emmanuel — constitui imperiosa
necessidade, eis que, adquirindo exata noção de nossa responsabilidade
individual, ser-nos-á possível realizar aquilo que, cm boa linguagem,
denominaríamos evolução consciente.
O estudo e a
aplicação, simultâneos, dos fundamentos doutrinários do Espiritismo, com a sua
consequente incorporação à nossa vida, colocam o ser humano no limiar do
Infinito.
Teoria e
prática espírita-cristãs desdobram à inteligência e ao coração os mais ricos e
mais belos panoramas de crescimento e evolução para Jesus, no rumo de Deus.
O passado
espiritual de grande parte da Humanidade é, realmente, deficitário, mas,
recordando Emmanuel, o extraordinário benfeitor, "dentro da grade dos
sentidos fisiológicos, porém, o espírito recebe gloriosas oportunidades de trabalho
no labor de auto superação".
"A
bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra — acrescenta
Emmanuel — é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior
de todos os dons que o nosso Planeta pode oferecer."
EMMANUEL
IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EVOLUÇÃO ESPIRITUAL
Karma e família
Karma é uma
expressão que vem do sânscrito e significa ação. Nesse contexto, é uma ação que
deve ser tomada para remover ou modificar erros do passado. Na prática, tudo
que fazemos gera consequência ou karma. O que importa é se o karma será bom ou
ruim. Evitar o karma é impossível, mas é possível agir para que ele seja
positivo.
A família é
um dos maiores karmas que temos, já que nela foram reunidas em um único grupo
espiritual, almas afins, principalmente no que tange as necessidades de
evolução espiritual. Cada família, ou melhor, cada grupo espiritual que se
reúne em uma experiência aqui na Terra, tem um propósito comum entre seus
integrantes, no entanto genericamente, para todos os casos, as famílias se
formam para aflorar suas afinidades e qualidades, bem como para transmutar seus
karmas, e é aí que os conflitos começam, principalmente porque não estamos
acostumados a enxergar a família como o celeiro da reforma íntima na Terra.
Há uma
percepção por parte do ser humano espiritualizado que diz que a Terra é uma
escola, porque aqui nos são oferecidas todas as condições necessárias para que
possamos evoluir. Experiências e situações transformadoras que tem o papel de
educar e domar nossos instintos inferiores e estimular a angelitude de nossas
almas, através do desenvolvimento do amor. Para compreendermos bem a importância
da família no cenário da missão evolutiva que cada alma encarnada tem nesse
planeta, entenda que se a Terra é uma escola então a família é a sala de aula.
A família é
a união de espíritos reunidos por laços kármicos e de afinidade
A família é
o cenário perfeito no qual somos inseridos, porque proporciona inúmeras
possibilidades de resgates (transmutação do karma ruim) de uma só vez. Na
família se reencontram desafetos de outras vidas, vilões e suas vítimas,
assassinos e assassinados, assaltantes e assaltados e tantas outros relações
mal resolvidas do passado que são rearranjadas na estrutura da família.
Quanto mais
próximos estamos de uma ou mais pessoas, quanto mais perto é esse convívio,
podemos notar duas situações mais específicas:
1-Grande
afinidade; quando a relação é harmônica, feliz, suave, tranquila e
principalmente sem cobranças de comportamento entre as pessoas.
2-Grande
karma ou necessidade de resgate; quando a relação é conflitante, conturbada, as
emoções positivas oscilam muito com as negativas, o clima é intenso, há grande
cobrança de comportamento entre os integrantes do grupo.
Grau de parentesco
Porque nascemos
filho, irmão, pai, neto, esposo, esposa, sobrinho, cunhado, primo, sogro,
sogra, genro, nora, tio ou tia daquela pessoa específica?
O que
determina o grau de parentesco na vida atual?
O que faz com que certa pessoa tenha esse ou aquele grau de
parentesco em relação a você?
Pense, reflita um pouco…
São as
necessidades de resgates que determinam o grau de parentesco. Como citado
anteriormente, a família é a união de espíritos reunidos com o propósito de
aflorar as afinidades, bem como eliminar desarmonia e curar os desafetos nas
relações. Vale a pena evidenciar que a sabedoria divina é tão bondosa, que não
só reúne espíritos conflitantes em um grupo espiritual chamado aqui na Terra de
família, há também a aproximação de espíritos afinizados por sentimentos
positivos.
Acreditamos,
que se só houvesse almas conflitantes em uma família, a reforma íntima e a
harmonização entre os espíritos conflitantes seria muito dificultada. Assim
sendo, Deus, em sua infinita demonstração de amor, proporciona que tenhamos
estreito contato com as almas de maior sintonia também, favorecendo ao
afloramento do sentimento de amor, respeito, entre tantos outros.
Olhe para
sua família, faça uma análise criteriosa…
Perceba que
você não demorará muito para perceber que alguns integrantes são pessoas que
recebem seu maior afeto, já outras seu desafeto ou no mínimo a sua indiferença.
Não caia
nessa armadilha, já que nessas pessoas identificamos nossas maiores
necessidades de resgate ou transmutação do karma. Contudo, o que determina o
grau de parentesco, de forma que você possa identificar na prática, é o que
esse grau de parentesco pode proporcionar como ferramenta pedagógica para a
evolução da alma humana.
É comum
haver como proposta de evolução na relação de uma mãe para um filho, a
necessidade de amar incondicionalmente, a necessidade do desenvolvimento da
paciência, da dedicação de tempo, auto renúncia, entre tantos sentimentos
envolvidos que só quem é mãe para saber.
A relação de
sogra e genro, por exemplo, tem como característica típica o afloramento do
ciúmes, da posse, do apego, por isso é tão comum haver conflitos entre sogra e
genro.
Em todos os
casos, inúmeras situações mostram no mundo todo, que famílias podem se
harmonizar, com grande naturalidade, desde que, em primeiro lugar estejam
dispostas a aprender a amar, e principalmente a dizimar as cobranças baseadas
nos sentimentos negativos. Essas cobranças de comportamento são as grandes
causadoras de conflitos entre as famílias e as principais responsáveis pelo
aprisionamento que as almas tem umas com as outras, mostradas por sucessivas
encarnações que não conseguem produzir a transmutação do karma das relações, o
que criam na maioria das vezes é o aumento desses conflitos, gerando um
emaranhado de karmas nas relações ao longo das encarnações.
Quando o
grau de parentesco fica mais distante, em que não há necessidade de convívio
diário ou constante, manifesta menor atração kármica entre as almas, ou seja,
menor necessidade de resgate.
Por que não lembramos dos nossos desafetos de outras vidas?
Graças à lei
do esquecimento. A ação do plano espiritual faz com que tenhamos condições de
retornar para uma nova chance, uma nova reencarnação, para reparar erros e
aumentar acertos, contudo precisamos ter um sentimento de neutralidade que
ainda não estamos prontos para ter.
Dessa forma,
nos é apagado do consciente, as memórias das experiências de vidas passadas,
para que possamos aceitar a vida vigente na Terra, ao lado dos desafetos do
passado sem que haja recusa. Na condição consciencial atual da humanidade,
ainda não estamos prontos para reencarnar com total consciência dos
acontecimentos do passado, sem deixar que essa memória nos atrapalhe o livre
arbítrio.
As mudanças
em nossas vidas que indicam transformação no karma familiar
Muitas vezes
durante uma vida, nota-se certas mudanças que hora aproximam, hora distanciam
as relações. Essas situações podem lhe mostrar o afloramento das necessidades
de harmonização das relações, bem como podem lhe dar indícios de que essa
harmonização já está ocorrendo.
São notadas
através das mais diversas mudanças, por exemplo:
Alguma
situação acontece e lhe força a ir morar com o seu genro, ou com a sua sogra, o
que fará com que as relações sejam mais próximas. Isso provavelmente indica a
necessidade de curar conflitos de relação para a transmutação do karma ruim.
Outros
exemplos:
Você tem
mais de trinta anos, é solteiro ou solteira, por isso mora com os pais, o que
faz que viva uma vida de acordo com as vontades deles. Não que isso seja bom ou
ruim, no entanto, na maioria dos casos, as forças que mantém as pessoas
magneticamente próximas, na maioria dos casos, indica necessidade de resgate
kármico.
Mas se uma
novidade aconteceu, você recebeu uma proposta de trabalhar em outra cidade,
longe da sua e decidiu ir morar sozinha(o), tudo indica as relações estão se
harmonizando.
É importante
salientar, que sempre que essas mudanças acontecem de forma forçada, sem
harmonia, com grande carga de tensão emocional, indica em casos gerais, aumento
do karma, por isso não se iluda, quando as mudanças acontecem baseadas na
necessidade de fugir de uma relação, o karma ruim está aumentando.
A
importância da familia_na_evolucao_espiritual Não se entristeça, não se vitimize, nada,
absolutamente nada está errado. A vida não nos dá muitas vezes o que achamos
melhor ou o que desejamos, mas sempre nos oferece o que necessitamos para
evoluir. Reclamar, lamentar, se vitimizar por conta da sua estrutura familiar é
um grande erro que mostra que você ainda não sabe absolutamente nada sobre a
importância da família na evolução espiritual.
Não estamos
aqui cobrando que seu comportamento seja ou paciente, ou sério, ou sorridente,
ou mais severo ou qualquer que seja… Estamos apenas recomendando que desperte
para o entendimento da importância da família na sua evolução espiritual, pois
se você falhar nessa compreensão, as consequências negativas poderão adentrar
aos futuros séculos da nossa existência.
Por Bruno J.
Gimenes-Professor e Escritor-Redação Luz da Serra
segunda-feira, 3 de julho de 2017
"VOCÊ NÃO TEM UM ESPÍRITO. VOCÊ É UM ESPÍRITO."
Há uma
grande verdade na vida:
“Meu Reino
não é deste mundo”, disse Jesus.
Assim como
nenhum de nós é deste mundo, ou pertencemos a ele.
Estamos aqui
apenas de passagem…
É como
cruzar uma ponte, caminhar por uma estrada, percorrer uma via.
Este mundo
nada é mais do que um acesso, um passadouro, uma viagem de um ponto a outro.
Dizem os
sábios “Não fixe aqui sua morada. Não se prenda nesse mundo. Não se apegue. Não
pare aqui!”
Acaso um
viajante deseja permanecer eternamente na estrada que o leva ao objetivo?
Ou ele se
conduz pela via que o permitirá culminar em seu propósito?
Encantado
pelas belezas do caminho, o homem se perde nas veredas da matéria.
Distraído
que está pelas seduções e dores do mundo, ele se perde em caminhos tortuosos e
ilusórios,
E esquece-se
de sua natureza essencial, de seu espírito, do divino que nele habita.
Procure
lembrar-te de que não és matéria, mas espírito;
Não és
emoção, mas espírito, não és personalidade, mas espírito.
Você cruza o
vale do mundo, mas não pertence a ele; passa pela matéria, mas não é matéria.
Você veste a
roupagem humana, mas não é humano; sente emoções, mas não é nenhuma emoção.
Convive com
pessoas, mas elas não te pertencem; vive na Terra, mas não é da Terra.
Você sente
os prazeres do mundo, mas nada levará daqui; possui muitas coisas, mas tudo um
dia se desfaz.
Tua origem
não é a Terra, mas o cosmos, o infinito, a eternidade.
Você vive no
mundo para se preparar para a jornada sempiterna do espírito…
O que é do
mundo, deixe no mundo; o que é do espírito, você pode levar.
“Dai a César
o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Traga o
espírito para o mundo, mas não tente levar coisas do mundo para a esfera da
essência.
Você é o
herdeiro do cosmos, não brigue pelas migalhas desse mundo transitório. Não lute
pelo copinho de água diante de um inesgotável oceano.
Um dia tudo
perece, tudo se desgasta, tudo se deteriora, tudo morre,
Mas o
espírito não tem começo nem sequer terá fim.
Você não é
humano… Você é espírito. Tudo o que você faz é o espírito que habita em ti que
age e realiza.
Tudo o que
você tem é apenas um instrumento que deve ser usado para o crescimento e o
despertar do espírito que você é.
Não pense
que sua personalidade tem o poder, que suas capacidades humanas te trazem tudo,
Que tua
mente pode tudo revelar, que teu pensamento pode tudo alcançar.
É o espírito
que tudo dá e tudo tira; ele que vive em você e não você que vive com ele.
Você não tem
uma alma, não tem um espírito, você é espírito.
Você não
vive no tempo… Você vive na eternidade.
Você não
vive no espaço… Você vive no infinito.
Você é o
espírito da vida habitando momentaneamente um corpo enquanto se prepara para a
vida eterna.
Que é pura
paz, puro amor, pura felicidade, onde nada se esgota, nada deixa faltar e tudo
é o que é.
(Hugo Lapa)
“MÁQUINA PÕE CHICO XAVIER À PROVA E O RESULTADO É SURPREENDENTE. ”
Há 15 anos o
mundo perdia Francisco Cândido Xavier, um dos líderes espíritas mais famosos de
todos os tempos e autor de exatos 412 livros escritos. Coleção essa que ele
sempre rejeitou o papel de autor: afirmava que a obra era inteira
psicografadas.
O
aniversário da morte de Chico Xavier colocou essa questão novamente em
discussão. Isso porque uma empresa brasileira resolveu fazer uma investigação
da obra do líder espírita utilizando nada menos do que inteligência artificial.
A ideia girava em torno da resposta de duas perguntas principais.
A primeira
delas era sobre estilo. Teriam cada um desses autores que Chico Xavier alegava
ter psicografado um estilo próprio? A segunda, é quase complementar a essa: os
autores são suficientemente diferentes entre si?
Quem
resolveu tentar buscar uma resposta para essa pergunta foi a empresa Stilingue,
atuando na área da análise de textos via inteligência artificial como forma de
“resumir a internet” e encontrar tendências que estejam sendo criadas em redes
sociais. Para analisar a obra do médium, eles utilizaram a máquina chamada Deep
Learning.
O processo é
o seguinte: a partir de uma quantidade enorme de dados, o computador aprende a
criar relações entre eles sem a necessidade de aprender o que é um verbo ou um
substantivo, por exemplo. Assim, ele é capaz de entender que, caso vá
reescrever a Bíblia, o computador saberá que precisa colocar um número antes de
cada frase para refazer a estrutura em versículos.
A técnica já
foi utilizada, por exemplo, para recriar Shakespeare. No caso do dramaturgo, o
trabalho foi considerado bem sucedido. Afinal, apesar de alguns erros, o
computador conseguiu “imitar” perfeitamente o estilo do inglês. As frases não
faziam sempre total sentido, mas os tempos verbais e a criação de novas
palavras mudando seus finais, marca de Shakespeare, foram fielmente
reproduzidos.
Para fazer a
técnica funcionar com Chico Xavier, a empresa resolveu escolher os três
principais autores que eram psicografados pelo médium: Emmanuel, André Luiz e
Humberto dos Campos. Foram selecionados três grandes livros de cada autor e o
processo feito com Shakespeare foi então repetido pela máquina.
Logo de cara
a primeira pergunta feita pelo estudo foi respondida: cada autorizá-los tem sim
um estilo razoavelmente marcante e uniforme. Na sequência, os pesquisadores
misturaram os textos de diferentes autores para confundir a máquina. Mandaram o
bot criado para reproduzir Emmanuel, por exemplo, escrever com base na obra de
Humberto. E deu muito errado.
Esse erro na
hora de misturar as escritas provou que os modelos eram simplesmente incapazes
de encontrar padrões iguais de estilo em livros de diferentes entidades
espíritas. Ou seja, os autores são sim bastante diferentes entre eles, dado o
acesso da pesquisa a essa informação.
Quanto à
psicografia em si, o estudo não conclui nada que não que esse ato é uma questão
de fé. Por outro lado, a genialidade do médium é devidamente comprovada. Mesmo
sem a questão da sobrenaturalidade, é impressionante para pesquisadores que uma
só pessoa tenha escrito tanto com personas comprovadamente distintas.
Fonte: Yahoo Noticias
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