Seguidores

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"UM SÓ REBANHO E UM SÓ PASTOR"

- Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; é preciso que também a essas eu conduza; elas escutarão a minha voz e haverá um só rebanho e um único pastor. (S. João, cap. X, v. 16.)


- Por essas palavras, Jesus claramente anuncia que os homens um dia se unirão por uma crença única; mas, como poderá efetuar-se essa união? Difícil parecerá isso, tendo-se em vista as diferenças que existem entre as religiões, o antagonismo que elas alimentam entre seus adeptos, a obstinação que manifestam em se acreditarem na posse exclusiva da verdade. Todas querem a unidade, mas cada uma se lisonjeia de que essa unidade se fará em seu proveito e nenhuma admite a possibilidade de fazer qualquer concessão, no que respeita às suas crenças.
Entretanto, a unidade se fará em religião, como já tende a fazer-se socialmente, politicamente, comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem (1). Os povos do mundo inteiro já confraternizam, como os das províncias de um mesmo império. Pressente-se essa unidade e todos a desejam. Ela se fará pela força das coisas, porque há de tornar-se uma necessidade, para que se estreitem os laços da fraternidade entre as nações; far-se-á pelo desenvolvimento da razão humana, que se tornará apta a compreender a puerilidade de todas as dissidências; pelo progresso das ciências, a demonstrar cada dia mais os erros materiais sobre que tais dissidências assentam e a destacar pouco a pouco das suas fiadas as pedras estragadas. Demolindo nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis da Natureza, a Ciência não poderá destruir, mau grado à opinião de alguns, o que é obra de Deus e eterna verdade. Afastando os acessórios, ela prepara as vias para a unidade.
A fim de chegarem a esta, as religiões terão que encontrar-se num terreno neutro, se bem que comum a todas; para isso, todas terão que fazer concessões e sacrifícios mais ou menos importantes, conformemente à multiplicidade dos seus dogmas particulares. Mas, em virtude do processo de imutabilidade que todas professam, a iniciativa das concessões não poderá partir do campo oficial; em lugar de tomarem no alto o ponto de partida, tomá-lo-ão em baixo por iniciativa individual. Desde algum tempo, um movimento se vem operando de descentralização, tendente a adquirir irresistível força. O princípio da imutabilidade, que as religiões hão sempre considerado uma égide conservadora, tornar-se-á elemento de destruição, dado que, imobilizando-se, ao passo que a sociedade caminha para a frente, os cultos serão ultrapassados e depois absorvidos pela corrente das idéias de progressão.
A imobilidade, em vez de ser uma força, torna-se uma causa de fraqueza e de ruína para quem não acompanha o movimento geral; ela quebra a unidade, porque os que querem avançar se separam dos que se obstinam em permanecer parados.
No estado atual da opinião e dos conhecimentos, a religião, que terá de congregar um dia todos os homens sob o mesmo estandarte, será a que melhor satisfaça à razão e às legítimas aspirações do coração e do espírito; que não seja em nenhum ponto desmentida pela ciência positiva; que, em vez de se imobilizar, acompanhe a Humanidade em sua marcha progressiva, sem nunca deixar que a ultrapassem; que não for nem exclusivista, nem intolerante; que for a emancipadora da inteligência, com o não admitir senão a fé racional; aquela cujo código de moral seja o mais puro, o mais lógico, o mais de harmonia com as necessidades sociais, o mais apropriado, enfim, a fundar na Terra o reinado do Bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais.
O que alimenta o antagonismo entre as religiões é a idéia, generalizada por todas elas, de que cada uma tem o seu deus particular e a pretensão de que este é o único verdadeiro e o mais poderoso, em luta constante com os deuses dos outros cultos e ocupado em lhes combater a influência. Quando elas se houverem convencido de que só existe um Deus no Universo e que, em definitiva, ele é o mesmo que elas adoram sob os nomes de Jeová, Alá ou Deus; quando se puserem de acordo sobre os atributos essenciais da Divindade, compreenderão que, sendo um único o Ser, uma única tem que ser a vontade suprema; estender-se-ão as mãos umas às outras, como os servidores de um mesmo Mestre e os filhos de um mesmo Pai e, assim, grande passo terão dado para a unidade.

Fonte: 'A Gênese" de Alan Kardec

"UM SÓ REBANHO E UM SÓ PASTOR"

- Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; é preciso que também a essas eu conduza; elas escutarão a minha voz e haverá um só rebanho e um único pastor. (S. João, cap. X, v. 16.)


- Por essas palavras, Jesus claramente anuncia que os homens um dia se unirão por uma crença única; mas, como poderá efetuar-se essa união? Difícil parecerá isso, tendo-se em vista as diferenças que existem entre as religiões, o antagonismo que elas alimentam entre seus adeptos, a obstinação que manifestam em se acreditarem na posse exclusiva da verdade. Todas querem a unidade, mas cada uma se lisonjeia de que essa unidade se fará em seu proveito e nenhuma admite a possibilidade de fazer qualquer concessão, no que respeita às suas crenças.
Entretanto, a unidade se fará em religião, como já tende a fazer-se socialmente, politicamente, comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem (1). Os povos do mundo inteiro já confraternizam, como os das províncias de um mesmo império. Pressente-se essa unidade e todos a desejam. Ela se fará pela força das coisas, porque há de tornar-se uma necessidade, para que se estreitem os laços da fraternidade entre as nações; far-se-á pelo desenvolvimento da razão humana, que se tornará apta a compreender a puerilidade de todas as dissidências; pelo progresso das ciências, a demonstrar cada dia mais os erros materiais sobre que tais dissidências assentam e a destacar pouco a pouco das suas fiadas as pedras estragadas. Demolindo nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis da Natureza, a Ciência não poderá destruir, mau grado à opinião de alguns, o que é obra de Deus e eterna verdade. Afastando os acessórios, ela prepara as vias para a unidade.
A fim de chegarem a esta, as religiões terão que encontrar-se num terreno neutro, se bem que comum a todas; para isso, todas terão que fazer concessões e sacrifícios mais ou menos importantes, conformemente à multiplicidade dos seus dogmas particulares. Mas, em virtude do processo de imutabilidade que todas professam, a iniciativa das concessões não poderá partir do campo oficial; em lugar de tomarem no alto o ponto de partida, tomá-lo-ão em baixo por iniciativa individual. Desde algum tempo, um movimento se vem operando de descentralização, tendente a adquirir irresistível força. O princípio da imutabilidade, que as religiões hão sempre considerado uma égide conservadora, tornar-se-á elemento de destruição, dado que, imobilizando-se, ao passo que a sociedade caminha para a frente, os cultos serão ultrapassados e depois absorvidos pela corrente das idéias de progressão.
A imobilidade, em vez de ser uma força, torna-se uma causa de fraqueza e de ruína para quem não acompanha o movimento geral; ela quebra a unidade, porque os que querem avançar se separam dos que se obstinam em permanecer parados.
No estado atual da opinião e dos conhecimentos, a religião, que terá de congregar um dia todos os homens sob o mesmo estandarte, será a que melhor satisfaça à razão e às legítimas aspirações do coração e do espírito; que não seja em nenhum ponto desmentida pela ciência positiva; que, em vez de se imobilizar, acompanhe a Humanidade em sua marcha progressiva, sem nunca deixar que a ultrapassem; que não for nem exclusivista, nem intolerante; que for a emancipadora da inteligência, com o não admitir senão a fé racional; aquela cujo código de moral seja o mais puro, o mais lógico, o mais de harmonia com as necessidades sociais, o mais apropriado, enfim, a fundar na Terra o reinado do Bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais.
O que alimenta o antagonismo entre as religiões é a idéia, generalizada por todas elas, de que cada uma tem o seu deus particular e a pretensão de que este é o único verdadeiro e o mais poderoso, em luta constante com os deuses dos outros cultos e ocupado em lhes combater a influência. Quando elas se houverem convencido de que só existe um Deus no Universo e que, em definitiva, ele é o mesmo que elas adoram sob os nomes de Jeová, Alá ou Deus; quando se puserem de acordo sobre os atributos essenciais da Divindade, compreenderão que, sendo um único o Ser, uma única tem que ser a vontade suprema; estender-se-ão as mãos umas às outras, como os servidores de um mesmo Mestre e os filhos de um mesmo Pai e, assim, grande passo terão dado para a unidade.

Fonte: 'A Gênese" de Alan Kardec

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"A PALAVRA NÃO CONTROLADA"

Uma vez desencadeada pela boca uma frase que deveria obedecer ao pensamento de prudência , as conseqüências daí decorrentes são incontroláveis.
Enquanto guardamos os pensamentos na elaboração mais sábia de nossas reflexões, amadurecendo-os com os temperos da calma, da intuição superior, da convivência fraterna, do objetivo elevado, estamos burilando a pedra preciosa que poderia encantar os olhos e ouvidos alheios pela beleza das luzes que reflete.
Todavia, quando nos deixamos dominar pelos impulsos notadamente nos momentos em que as discussões escravizam os sentimentos, quando nossa língua se transforma em uma arma para os que estão do outro lado da fronteira do nosso eu, passamos a agir como delinqüentes emocionais, mais preocupados em retribuir as ofensas em grau mais baixo do que a agressão recebida e, por isso, abdicamos da capacidade de controlar os nossos destinos e, ao invés de pensarmos com os neurônios cerebrais, passamos a raciocinar pelo fígado, com suas descargas amargas de fel, a saírem pelas nossas bocas dirigidas ao demais.
Nesses momentos, atirando a esmo sem a condição de equilíbrio que o pensamento controlado nos permite, acabamos por piorar todas as coisas, tornando mais cheios de buracos o caminho que tínhamos de percorrer, aumentado os antagonismos que já nos causavam problemas, ferindo aqueles de quem iremos precisar, cedo ou tarde, abrindo brechas de desequilíbrio nas nossas vibrações, a nos provocar enfermidades físicas e permitindo que instalem em nós e à nossa volta, entidades necessitadas que partilharão das nossas emoções raivosas, das descargas de hormônios que os estimulam, mantendo o ambiente à nossa volta impregnado de densidade desagregadora.
Tudo isso por causa da palavra não controlada pelo raciocínio sereno, usada como veiculo de agressão, de cinismo, de ironia,de sarcasmo, de diversão ou separação.
Controlar a maneira de expressar-se representa para às pessoas evoluídas , uma verdadeira vitória sobre si mesmo, fechando assim todas as brechas por meio das quais, ao invés de ser senhor das próprias emoções e de controlar as suas manifestações tem sido ele escravo delas, usando-as de maneira irrefletida e percebendo, tardiamente, o quanto as suas explosões fazem vítima de inúmeras desditas.

Portanto, saiba esperar a hora certa para fazer valer a sua vontade.

ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito: Lucius

Da obra: “ OS ROCHEDOS SÃO DE AREIA”

"A PALAVRA NÃO CONTROLADA"

Uma vez desencadeada pela boca uma frase que deveria obedecer ao pensamento de prudência , as conseqüências daí decorrentes são incontroláveis.
Enquanto guardamos os pensamentos na elaboração mais sábia de nossas reflexões, amadurecendo-os com os temperos da calma, da intuição superior, da convivência fraterna, do objetivo elevado, estamos burilando a pedra preciosa que poderia encantar os olhos e ouvidos alheios pela beleza das luzes que reflete.
Todavia, quando nos deixamos dominar pelos impulsos notadamente nos momentos em que as discussões escravizam os sentimentos, quando nossa língua se transforma em uma arma para os que estão do outro lado da fronteira do nosso eu, passamos a agir como delinqüentes emocionais, mais preocupados em retribuir as ofensas em grau mais baixo do que a agressão recebida e, por isso, abdicamos da capacidade de controlar os nossos destinos e, ao invés de pensarmos com os neurônios cerebrais, passamos a raciocinar pelo fígado, com suas descargas amargas de fel, a saírem pelas nossas bocas dirigidas ao demais.
Nesses momentos, atirando a esmo sem a condição de equilíbrio que o pensamento controlado nos permite, acabamos por piorar todas as coisas, tornando mais cheios de buracos o caminho que tínhamos de percorrer, aumentado os antagonismos que já nos causavam problemas, ferindo aqueles de quem iremos precisar, cedo ou tarde, abrindo brechas de desequilíbrio nas nossas vibrações, a nos provocar enfermidades físicas e permitindo que instalem em nós e à nossa volta, entidades necessitadas que partilharão das nossas emoções raivosas, das descargas de hormônios que os estimulam, mantendo o ambiente à nossa volta impregnado de densidade desagregadora.
Tudo isso por causa da palavra não controlada pelo raciocínio sereno, usada como veiculo de agressão, de cinismo, de ironia,de sarcasmo, de diversão ou separação.
Controlar a maneira de expressar-se representa para às pessoas evoluídas , uma verdadeira vitória sobre si mesmo, fechando assim todas as brechas por meio das quais, ao invés de ser senhor das próprias emoções e de controlar as suas manifestações tem sido ele escravo delas, usando-as de maneira irrefletida e percebendo, tardiamente, o quanto as suas explosões fazem vítima de inúmeras desditas.

Portanto, saiba esperar a hora certa para fazer valer a sua vontade.

ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito: Lucius

Da obra: “ OS ROCHEDOS SÃO DE AREIA”

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"DEUS NEGRO"

Eu, detestando pretos,
Eu, sem coração!
Eu, perdido num coreto,
Gritando: "Separação"!
Eu, você, nós...nós todos,
cheios de preconceitos,
fugindo como se eles carregassem lodo,
lodo na cor...
E, com petulância, arrogância,
afastando a pele irmã.
Mas,
estou pensando agora,
e quando chegar minha hora ?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã?
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas,
se eu chegasse lá e um porteiro manco,
como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta,
e eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei?
Se a sua mão tateasse pelo trinco,
como as mãos do cego que não ajudei ?
Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei ?
Se uma criança me tomasse pela mão,
criança como aquela que não embalei,
e me levasse por um corredor florido, colorido,
como as flores que eu jamais dei ?
Se eu sentisse o chão frio,
como o dos presídios que não visitei ?
Se eu visse as paredes caindo,
como as das creches e asilos que não ajudei ?
E se a criança tirasse corpos do caminho,
corpos que eu não levantei
dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos,
que era vagabundagem, mas era fome?
Meu Deus !
Agora me assusta pronunciar seu nome .
E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu,
da prostituta que eu usei,
ou do moribundo que não olhei,
ou da velha que não respeitei,
ou da mãe que não amei ?
Corpo de alguém exposto, jogado por minha causa,
porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei,
sei lá, só dei desgosto?
E, no fim do corredor, o início da decepção .
Que raiva, que desespero,
Se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho,
o maldito funcionário, e até, até o padeiro,
todos sorrindo não sei de quê?
Ah! Sei sim, riem da minha decepção.
Deus não está vestido de ouro. Mas como?
Está num simples trono.
Simples como não fui, humilde como não sou.
Deus decepção .
Deus na cor que eu não queria,
Deus cara a cara, face a face,
sem aquela imponente classe.
Deus simples! Deus negro !
Deus negro?
E Eu...
Racista, egoísta. E agora ?
Na terra só persegui os pretos,
não aluguei casa, não apertei a mão.
Meu Deus você é negro, que desilusão!
Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão? Que nada .
Meu Deus você é negro, que decepção!
Não dei emprego, virei o rosto. E agora?
Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?
Deus, eu não podia adivinhar.
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto, preto como o engraxate,
aquele que expulsei da frente de casa?
Deus, pregaram você na cruz
e você me pregou uma peça.
Eu me esforcei à beça em tantas coisas,
e cheguei até a pensar em amor,
Mas nunca,
nunca pensei em adivinhar sua cor.

Autor: Neimar de Barros





















Copyright-2004-Reflexão de Vida



Webdesigner Sueli Pioli Bigucci



Todos os Direitos Reservados















Reflexão de Vida



Orgulho de ser um site brasileiro

"DEUS NEGRO"

Eu, detestando pretos,
Eu, sem coração!
Eu, perdido num coreto,
Gritando: "Separação"!
Eu, você, nós...nós todos,
cheios de preconceitos,
fugindo como se eles carregassem lodo,
lodo na cor...
E, com petulância, arrogância,
afastando a pele irmã.
Mas,
estou pensando agora,
e quando chegar minha hora ?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã?
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas,
se eu chegasse lá e um porteiro manco,
como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta,
e eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei?
Se a sua mão tateasse pelo trinco,
como as mãos do cego que não ajudei ?
Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei ?
Se uma criança me tomasse pela mão,
criança como aquela que não embalei,
e me levasse por um corredor florido, colorido,
como as flores que eu jamais dei ?
Se eu sentisse o chão frio,
como o dos presídios que não visitei ?
Se eu visse as paredes caindo,
como as das creches e asilos que não ajudei ?
E se a criança tirasse corpos do caminho,
corpos que eu não levantei
dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos,
que era vagabundagem, mas era fome?
Meu Deus !
Agora me assusta pronunciar seu nome .
E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu,
da prostituta que eu usei,
ou do moribundo que não olhei,
ou da velha que não respeitei,
ou da mãe que não amei ?
Corpo de alguém exposto, jogado por minha causa,
porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei,
sei lá, só dei desgosto?
E, no fim do corredor, o início da decepção .
Que raiva, que desespero,
Se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho,
o maldito funcionário, e até, até o padeiro,
todos sorrindo não sei de quê?
Ah! Sei sim, riem da minha decepção.
Deus não está vestido de ouro. Mas como?
Está num simples trono.
Simples como não fui, humilde como não sou.
Deus decepção .
Deus na cor que eu não queria,
Deus cara a cara, face a face,
sem aquela imponente classe.
Deus simples! Deus negro !
Deus negro?
E Eu...
Racista, egoísta. E agora ?
Na terra só persegui os pretos,
não aluguei casa, não apertei a mão.
Meu Deus você é negro, que desilusão!
Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão? Que nada .
Meu Deus você é negro, que decepção!
Não dei emprego, virei o rosto. E agora?
Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?
Deus, eu não podia adivinhar.
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto, preto como o engraxate,
aquele que expulsei da frente de casa?
Deus, pregaram você na cruz
e você me pregou uma peça.
Eu me esforcei à beça em tantas coisas,
e cheguei até a pensar em amor,
Mas nunca,
nunca pensei em adivinhar sua cor.

Autor: Neimar de Barros





















Copyright-2004-Reflexão de Vida



Webdesigner Sueli Pioli Bigucci



Todos os Direitos Reservados















Reflexão de Vida



Orgulho de ser um site brasileiro

sábado, 11 de dezembro de 2010

"DIALOGANDO COM UM ESPIRITO CÉPTICO"

CHICO XAVIER Humberto de Campos

Ainda não me encontro bastante desapegado desse mundo para que
não me sentisse tentado a voltar a ele, no dia que assinalou o meu
desprendimento da carcaça de ossos.
Se o vinte e sete de outubro marcou o meu ingresso no reino das
sombras, que é a vida daí, o cinco de dezembro representou a. minha volta
ao país de claridades benditas, cujas portas de ouro são escancaradas pelas
mãos poderosas da morte.
Nessa noite, o ambiente do cemitério de São João Batista parecia
sufocante. Havia um "quê" de mistérios, entre catacumbas silenciosas, que
me enervava, apesar da ausência dos nervos tangíveis no meu corpo
estranho de espírito. Todavia, toquei as flores cariciosas que a Saudade
me levara, piedosa e compungidamente. O seu aroma penetrava o meu
coração como um consolo brando, conduzindo-me, num retrospecto
maravilhoso, às minhas afeições comovidas, que haviam ficado a
distância.
E foi entregue a essas cogitações, a que são levados os mortos
quando penetram o mundo dos vivos, que vi, acocorado sobre a terra, um
dos companheiros que me ficavam próximos ao bangalô subterrâneo com
que fui mimoseado na terra carioca. .
- O senhor é o dono desses ossos que estão por aí apodrecendo? -
interpelou-me.
- Sim, e a que vem a sua pergunta?
- Ora, é que me lembro do dia de sua chegada ao seu palacete
subterrâneo. Recordo-me bem, apesar de sair pouco dessa toca para onde
fui relegado há mais de trinta anos... - O senhor se lembra? A urna
funerária, portadora dos seus despojos, saiu solenemente da Academia de
Letras, altas personalidades da política dominante se fizeram representar
nas suas exéquias e ouvi sentidos panegíricos pronunciados em sua
homenagem. Muito trabalho tiveram as máquinas fotográficas na
camaradagem dos homens da imprensa e tudo fazia sobressair à
importância do seu nome ilustre. Procurei aproximar-me de si e notei que
as suas mãos, que tanto haviam acariciado o espadim acadêmico, estavam
inermes e que os seus miolos, que tanto haviam vibrado, tentando
aprofundar os problemas humanos, estavam reduzidos a um punhado de
massa informe,onde apenas os vermes encontrariam algo de útil.
Entretanto, embora as homenagens, as honrarias, a celebridade, o senhor
veio humildemente repousar entre as tíbias e os úmeros daqueles que o
antecederam na jornada da Morte. Lembra-se o senhor de tudo isso?
- Não me lembro bem... Tinha o meu espírito perturbado pelas dores
e emoções sucessivas.
- Pois eu me lembro de tudo. Daqui, quase nunca me afasto, como
um olho de Argos, avivando a memória dos meus vizinhos. O senhor
conhece as criptas de Palermo?
- Não.
- Pois nessa cidade os monges, um dia, conjugando a piedade com o
interesse, inventaram um cemitério bizarro. Os mortos eram mumificados
e não baixavam à sepultura. Prosseguiam de pé a sua jornada de silêncio e
de nudez espantosa. Milhares de esqueletos ali ficaram, em marcha,
vestidos ao seu tempo, segundo os seus gostos e opiniões. Muito rumor
causou essa parada de caveiras e de canelas, até que um dia um inspetor
da higiene, visitando essa casa de sombras da vida e enojado com a
presença dos ratos que roíam displicentemente as costelas dos
traspassados ricos e ilustres que se davam ao gosto de comprar ali um
lugar de descanso, mandou cerrar-lhe as portas pelo ministro Crispi, em
1888. Ora bem: eu sou uma espécie dos defuntos de Palermo. Aqui estou
sempre de pé, apesar dos meus ossos estarem dissolvidos na terra, onde se
encontraram com os ossos dos que foram meus inimigos.
- A vida é assim -disse-lhe eu; mas, por que se dá o amigo a essa
inglória tarefa na solidão em que se martiriza? Não teria vindo do orbe
com bastante fé, ou com alguma credencial que o recomendasse a este
mundo cujas fileiras agora integramos? -
Credenciais? Trouxe muitas. Além da honorabilidade de velho
político do Rio de Janeiro, trazia as insígnias da minha fé católica,
apostólica romana. Morri com todos os sacramentos da igreja ; porém,
apesar das palavras sacramentais, da liturgia e das felicitações dos
hissopes, não encontrei viva alma que me buscasse para o caminho do
Céu, ou mesmo do inferno. Na minha condição de defunto
incompreendido, procurei os templos católicos, que certamente estavam
na obrigação de me esclarecer. Contudo, depressa me convenci da
inutilidade do meu esforço. As igrejas estão cheias de mistificações. Se
Jesus voltasse agora ao mundo, não poderia tomar um átomo de tempo
pregando as virtudes cristãs, na base, luminosa da humildade. Teria de
tomar, incontinenti, ao regressar a este mundo, um látego do fogo e
trabalhar anos afio no saneamento de sua casa. Os vendilhões estão muito
multiplicados e a época não comporta mais o Sermão da Montanha. O que
se faz necessário, no tempo atual, no tocante a esse problema, é a creolina
de que falava Guerra Junqueiro nas suas blasfêmias.
- Mas, o irmão está muito cético. É preciso esperança e crença...
-Esperança e crença? Não acredito que elas salvem o mundo, com
essa geração de condenados. Parece que maldições infinitas perseguem a
moderna civilização. Os homens falam de fé e de religião, dentro do
esnobismo e da elegância da época. A religião é para uso externo,
perdendo-se o espírito nas materialidades do século. As criaturas parecem
muito satisfeitas sob a tutela estranha do diabo. O nome de Deus, na
atualidade, não deve ser evocado senão como máscara para que os
enigmas do demônio sejam resolvidos.
Não estamos nós aqui dentro da terra da Guanabara, paraíso dos
turistas, cidade maravilhosa? Percorra o senhor, ainda depois de morto, as
grandes avenidas, as artérias gigantescas da capital e verá as crianças
famintas, as mãos enauseantes dos leprosos, os rostos desfigurados e
pálidos das mães sofredoras, enquanto o governo remodela os teatros,
incentiva as orgias carnavalescas e multiplica regalos e distrações. Vá ver
como o câncer devora os corpos enfermos no hospital da Gamboa; ande
pelos morros, para onde fugiu a miséria e o infortúnio; visite os hospícios
e leprosários. Há de se convencer da inutilidade de todo o serviço em
favor da esperança e da crença. Em matéria de religião, tente materializarse
e corra aos prédios elegantes e aos bangalôs adoráveis de Copacabana e
do Leblon, suba a Petrópolis e grite a verdade. O seu fantasma seria
corrido a pedradas. Todos os homens sabem que hão de chocalhar os
ossos, como nós, algum dia, mas um vinho diabólico envenenou no berço
essa geração de infelizes e de descrentes.
- Por que o amigo não tenta o Espiritismo? Essa doutrina representa
hoje toda nossa esperança.
- Já o fiz. É verdade que não compareci em uma reunião de
sabedores da doutrina, conhecedores do terreno que perquiriam; mas
estive em uma assembléia de adeptos e- procurei falar-lhes dos grandes
problemas da existência das almas. Exprobrei os meus erros do passado,
penitenciando-me das minhas culpas para escarmentá-los; mostrei-lhes as
vantagens da prática do bem, como base única para encontrarmos a senda
da felicidade, relatando-lhes a verdade terrível, na qual me achei um dia,
om os ossos confundidos com os ossos dos miseráveis. Todavia, um dos
componentes da reunião interpelou-me a respeito das suas tricas
domésticas, acrescentando uma pergunta quanto à marcha dos seus
negócios. Desiludi-me.
Não tentarei coisa alguma. Desde que temos vida depois da morte,
prefiro esperar a hora do Juízo Final, hora essa em que deverei buscar um
outro mundo, porque, com respeito a Terra, não quero chafurdar-me na
sua lama. Por estranho paradoxo vivo depois da morte, serei adepto da
congregação dos descrentes. .
- Então, nada o convence?
- Nada. Ficarei aqui até à consumação dos evos, se a mão do Diabo
não se lembrar ,de me arrancar dessa toca de ossos moídos e cinzas
asquerosas. E, quanto ao senhor, não procure afastar-me dessa
misantropia. Continue gritando para o mundo que lhe guarda os despojos.
Eu não o farei.
E o singular personagem, recolheu-se à escuridão do seu canto
imundo, enquanto pesava no meu espírito a certeza dolorosa da existência
dessas almas vazias e incompreendidas na parada eterna dos túmulos
silenciosos para onde os vivos levam de vez em quando as flores
perfumadas da sua saudade e da sua afeição.
Recebida em Pedro Leopoldo a 13 de dezembro de 1935.

Do livro Palavras do Infinito. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"Á BÍBLIA E AS COMUNICAÇÕES COM OS ESPIRITOS'

A maioria das religiões cristãs dizem que a bíblia proibe a comunicação com os espíritos, (comunicação com os mortos) em razão de algumas passagens escritas no velho testamento. Mas analisando a fundo, estas passagens, vemos que tudo é questão de interpretação. Senão, vejamos:
No livro do deuteronômio; DT, 18:9 diz:
Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Analisemos: Não se proíbe algo que não existe. Se a bíblia proíbe a comunicação com os mortos é porque ela existe.
Em Deuteronômio vemos claramente: "não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos" referindo-se à
FORMA como consultavam os mortos, explicitamente colocado como "adivinhador", "mágico", entre outras coisas.
No caso do povo de Moisés, era utilizada de maneira errada, como adivinhações, para contato com Espíritos rasteiros, que nada iriam acrescentar-lhes. Vê-se claramente, que aquelas pessoas não entendiam tal fenômeno; não estavam preparadas para o uso da mediunidade, como ocorreu com a carne de porco mal lavada, Moisés a proibiu.
Se você ver uma criança de dois anos colocando o dedinho na tomada, certamente o repreenderá. Mas não conseguirá explicar a esta criança o porque desta proibição; pois ela não está preparada para tal conhecimento. Nada impede, porém, que esta criança quando crescer, seja um engenheiro elétrico, quando terá conhecimento suficiente para dominar a eletricidade.
O que é proibido numa época, pode não ser em outra. Tudo depende do grau de evolução de cada povo. Ao longo da história da humanidade quantas coisas que eram proibidas, hoje são liberadas escancaradamente.
A Bíblia também diz no livro do Êxodo: 20:4-6
"Não farás para ti escultura, nem imagem alguma daquilo que existe no alto, no céu, ou aqui em baixo, na terra, ou daquilo que existe debaixo da terra, nas águas. Não te prostrarás diante delas, nem as servirás." — Êxo. 20:4-6.
No entanto, vemos as igrejas católicas repletas de imagens e ninguém as questiona.
A outra citação polêmica é de Paulo de Tarso em sua epístola aos Hebreus, 9:27: E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo.
Paulo diz que após a morte - que, realmente só ocorre uma vez - há o juízo, a avaliação das próprias posturas. Isso é correto. Ao homem é dado morrer somente uma vez - em cada corpo. Hoje podemos entender a colocação de Paulo de acordo com a certeza da reencarnação. Era de se esperar que, pela forte formação judaica, Paulo ainda resistisse pessoalmente à reencarnação, até porque não conheceu o Cristo em vida quando disse a Nicodemos claramente que era necessário retornar ao ventre de sua mãe para ver a Deus. O Espiritismo mais uma vez, considera válido o pensamento inspirado de Paulo, situando-o no âmbito em que ele, Espírito, estava: no de uma vida física. Em cada vida física é dado ao homem morrer e depois disso vir o juízo, mais uma vez entendendo as escrituras de acordo com o contexto em que foram escritas.
No livro de Gênesis Capitulo; 1:1-31, está escrito que Deus fez o Mundo em seis dias e no sétimo dia descansou. Hoje, a ciência já comprovou que a terra desde o inicio da criação até a aparição do homem, foram seis períodos; ou eras geológicas. Não seriam estes os seis dias da criação? Na bíblia não está escrito que os dias do senhor eram dias de 24 horas. Um dia para Deus pode ser milhões de anos para nos seres humanos.
A bíblia deixa de ser verdadeira por isso? Perde sua credibilidade? Claro que não. O Homem que na sua ignorância, na sua pequenez, não consegue entender o pensamento divino.

Como vemos, a bíblia não erra; nos é que muitas vezes erramos ao interpreta-la.

"Á BÍBLIA E AS COMUNICAÇÕES COM OS ESPIRITOS'

A maioria das religiões cristãs dizem que a bíblia proibe a comunicação com os espíritos, (comunicação com os mortos) em razão de algumas passagens escritas no velho testamento. Mas analisando a fundo, estas passagens, vemos que tudo é questão de interpretação. Senão, vejamos:
No livro do deuteronômio; DT, 18:9 diz:
Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Analisemos: Não se proíbe algo que não existe. Se a bíblia proíbe a comunicação com os mortos é porque ela existe.
Em Deuteronômio vemos claramente: "não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos" referindo-se à
FORMA como consultavam os mortos, explicitamente colocado como "adivinhador", "mágico", entre outras coisas.
No caso do povo de Moisés, era utilizada de maneira errada, como adivinhações, para contato com Espíritos rasteiros, que nada iriam acrescentar-lhes. Vê-se claramente, que aquelas pessoas não entendiam tal fenômeno; não estavam preparadas para o uso da mediunidade, como ocorreu com a carne de porco mal lavada, Moisés a proibiu.
Se você ver uma criança de dois anos colocando o dedinho na tomada, certamente o repreenderá. Mas não conseguirá explicar a esta criança o porque desta proibição; pois ela não está preparada para tal conhecimento. Nada impede, porém, que esta criança quando crescer, seja um engenheiro elétrico, quando terá conhecimento suficiente para dominar a eletricidade.
O que é proibido numa época, pode não ser em outra. Tudo depende do grau de evolução de cada povo. Ao longo da história da humanidade quantas coisas que eram proibidas, hoje são liberadas escancaradamente.
A Bíblia também diz no livro do Êxodo: 20:4-6
"Não farás para ti escultura, nem imagem alguma daquilo que existe no alto, no céu, ou aqui em baixo, na terra, ou daquilo que existe debaixo da terra, nas águas. Não te prostrarás diante delas, nem as servirás." — Êxo. 20:4-6.
No entanto, vemos as igrejas católicas repletas de imagens e ninguém as questiona.
A outra citação polêmica é de Paulo de Tarso em sua epístola aos Hebreus, 9:27: E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo.
Paulo diz que após a morte - que, realmente só ocorre uma vez - há o juízo, a avaliação das próprias posturas. Isso é correto. Ao homem é dado morrer somente uma vez - em cada corpo. Hoje podemos entender a colocação de Paulo de acordo com a certeza da reencarnação. Era de se esperar que, pela forte formação judaica, Paulo ainda resistisse pessoalmente à reencarnação, até porque não conheceu o Cristo em vida quando disse a Nicodemos claramente que era necessário retornar ao ventre de sua mãe para ver a Deus. O Espiritismo mais uma vez, considera válido o pensamento inspirado de Paulo, situando-o no âmbito em que ele, Espírito, estava: no de uma vida física. Em cada vida física é dado ao homem morrer e depois disso vir o juízo, mais uma vez entendendo as escrituras de acordo com o contexto em que foram escritas.
No livro de Gênesis Capitulo; 1:1-31, está escrito que Deus fez o Mundo em seis dias e no sétimo dia descansou. Hoje, a ciência já comprovou que a terra desde o inicio da criação até a aparição do homem, foram seis períodos; ou eras geológicas. Não seriam estes os seis dias da criação? Na bíblia não está escrito que os dias do senhor eram dias de 24 horas. Um dia para Deus pode ser milhões de anos para nos seres humanos.
A bíblia deixa de ser verdadeira por isso? Perde sua credibilidade? Claro que não. O Homem que na sua ignorância, na sua pequenez, não consegue entender o pensamento divino.

Como vemos, a bíblia não erra; nos é que muitas vezes erramos ao interpreta-la.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"CAMINHOS DO CORAÇÃO'

Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.
Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.
Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.
Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.
Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.
Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.
Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.
Caminhos e caminhantes!
Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.
Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.
Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma... São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...
Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.
Ao fazê-lo, repassa pela mente os objetivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.
Se possível, opta pelos caminhos do coração.
Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.
O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correção.
O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.
A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.
A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.
A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida; destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.
Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundário importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.
Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.
Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.
Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade.
Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.
Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.
Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direção da plenitude espiritual.
Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.

Divaldo Pereira Franco. Da obra: Momentos de Felicidade.

Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

Salvador, BA: LEAL, 1990.

"CAMINHOS DO CORAÇÃO'

Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.
Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.
Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.
Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.
Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.
Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.
Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.
Caminhos e caminhantes!
Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.
Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.
Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma... São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...
Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.
Ao fazê-lo, repassa pela mente os objetivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.
Se possível, opta pelos caminhos do coração.
Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.
O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correção.
O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.
A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.
A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.
A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida; destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.
Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundário importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.
Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.
Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.
Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade.
Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.
Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.
Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direção da plenitude espiritual.
Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.

Divaldo Pereira Franco. Da obra: Momentos de Felicidade.

Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

Salvador, BA: LEAL, 1990.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...