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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"IDOSOS E VELHOS'

Você se considera uma pessoa idosa, ou velha? Acha que é a mesma coisa? Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:
- Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
- A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
- Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.
- Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
- Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
- Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
- Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.
- Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.
- O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
- Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
- O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
- O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.
- O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
- O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
- O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
- Em resumo: idosos e velhos, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.

"IDOSOS E VELHOS'

Você se considera uma pessoa idosa, ou velha? Acha que é a mesma coisa? Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:
- Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
- A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
- Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.
- Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
- Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
- Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
- Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.
- Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.
- O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
- Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
- O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
- O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.
- O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
- O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
- O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
- Em resumo: idosos e velhos, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"LEI DA SEMEADURA"

Todas as religiões cristãs afirmam que não devemos fazer o mal. O Espiritismo concorda e vai mais longe; não basta não fazer o mal, é preciso fazer o bem. Um dia seremos julgados por todo o mal que praticamos ou provocamos e também pelo bem que não fizemos ou deixamos de fazer.
Não há ninguém que não possa fazer o bem.
Somente o egoísta nunca encontra ocasião. Bastam as relações sociais com outras pessoas para encontrar ocasião para fazer o bem.
E cada dia da vida da a oportunidade a quem não esteja cego pelo egoísmo, porque fazer o bem não é somente ser caridoso, é ser útil na medida certa todas as vezes que vossa ajuda se fizer necessária.
De que adianta uma vida de oração sem nenhuma obra? O próprio nome já diz: “Oração”.ORAI + AÇÃO. De que adianta ficar 24 horas trancado num mosteiro rezando enquanto lá fora milhões de seres humanos necessitam de ajuda?
Bendita era a Madre Tereza e Calcutá. Onde houvesse alguém necessitando de ajuda...lá estava ela. Terremotos...epidemias...guerras...ajudava somente por amor ao ser humano. Se quisesse, nem precisava rezar , sua rotina diária já era uma oração aos olhos de Deus.
Às religiões também afirmam que devemos nos arrepender dos pecados ainda em vida para alcançarmos a salvação;
A doutrina espírita nos ensina que não basta arrepender-se dos pecados: é preciso sofrer tudo o que fizemos os outros sofrerem. Se fomos duros e desumanos, poderemos ser tratados duramente e com desumanidade. Se fomos orgulhosos, poderemos nascer numa condição humilhante; se fomos avarentos, egoístas, ou se fizemos mau uso dos nossos bens, poderemos ser privados até do necessário. Se fomos maus filhos, poderemos sofrer com nossos próprios filhos.
Nem sempre seremos punidos ou completamente punidos nesta encarnação. Mas não escaparemos das conseqüências de nossas faltas. A prosperidade do mal é apenas momentânea; se não formos punido hoje, seremos amanhã; e, sendo assim, todo aquele que sofre está expiando os erros do seu passado.
Algumas pessoas menos esclarecidas com relação a Doutrina espírita ficará pensando então: Quando encontramos alguém sofrendo devemos ignorar.? Afinal ele está pagando os erros de outra encarnação.
Parece óbvio! Mas não é bem assim.
Ninguém cruza o nosso caminho por acaso. Esta pessoa que hoje está necessitando da sua ajuda, com certeza esta expiando os erros do passado, mas com certeza também você foi a pessoa que ela fez sofrer no passado e, esta situação, hoje, seria a oportunidade de pedir perdão a você pelo erros cometidos, e mais, dar a você a oportunidade de não cometer os mesmos erros e ter que pagar numa próxima encarnação. Pense nisso!

O plantio é opcional...mas a colheita é obrigatória. É a LEI DA SEMEADURA.

Quem planta vento colhe tempestade...quem planta amor colhe amor nos caminhos da vida.

"LEI DA SEMEADURA"

Todas as religiões cristãs afirmam que não devemos fazer o mal. O Espiritismo concorda e vai mais longe; não basta não fazer o mal, é preciso fazer o bem. Um dia seremos julgados por todo o mal que praticamos ou provocamos e também pelo bem que não fizemos ou deixamos de fazer.
Não há ninguém que não possa fazer o bem.
Somente o egoísta nunca encontra ocasião. Bastam as relações sociais com outras pessoas para encontrar ocasião para fazer o bem.
E cada dia da vida da a oportunidade a quem não esteja cego pelo egoísmo, porque fazer o bem não é somente ser caridoso, é ser útil na medida certa todas as vezes que vossa ajuda se fizer necessária.
De que adianta uma vida de oração sem nenhuma obra? O próprio nome já diz: “Oração”.ORAI + AÇÃO. De que adianta ficar 24 horas trancado num mosteiro rezando enquanto lá fora milhões de seres humanos necessitam de ajuda?
Bendita era a Madre Tereza e Calcutá. Onde houvesse alguém necessitando de ajuda...lá estava ela. Terremotos...epidemias...guerras...ajudava somente por amor ao ser humano. Se quisesse, nem precisava rezar , sua rotina diária já era uma oração aos olhos de Deus.
Às religiões também afirmam que devemos nos arrepender dos pecados ainda em vida para alcançarmos a salvação;
A doutrina espírita nos ensina que não basta arrepender-se dos pecados: é preciso sofrer tudo o que fizemos os outros sofrerem. Se fomos duros e desumanos, poderemos ser tratados duramente e com desumanidade. Se fomos orgulhosos, poderemos nascer numa condição humilhante; se fomos avarentos, egoístas, ou se fizemos mau uso dos nossos bens, poderemos ser privados até do necessário. Se fomos maus filhos, poderemos sofrer com nossos próprios filhos.
Nem sempre seremos punidos ou completamente punidos nesta encarnação. Mas não escaparemos das conseqüências de nossas faltas. A prosperidade do mal é apenas momentânea; se não formos punido hoje, seremos amanhã; e, sendo assim, todo aquele que sofre está expiando os erros do seu passado.
Algumas pessoas menos esclarecidas com relação a Doutrina espírita ficará pensando então: Quando encontramos alguém sofrendo devemos ignorar.? Afinal ele está pagando os erros de outra encarnação.
Parece óbvio! Mas não é bem assim.
Ninguém cruza o nosso caminho por acaso. Esta pessoa que hoje está necessitando da sua ajuda, com certeza esta expiando os erros do passado, mas com certeza também você foi a pessoa que ela fez sofrer no passado e, esta situação, hoje, seria a oportunidade de pedir perdão a você pelo erros cometidos, e mais, dar a você a oportunidade de não cometer os mesmos erros e ter que pagar numa próxima encarnação. Pense nisso!

O plantio é opcional...mas a colheita é obrigatória. É a LEI DA SEMEADURA.

Quem planta vento colhe tempestade...quem planta amor colhe amor nos caminhos da vida.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"CONSIDERAÇÕES SOBRE RIQUEZA E POBREZA"

“É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos céus”. Mateus: 19, 16, 24;

Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação nenhuma, idéia que repugna à razão. Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. E o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Produz tal vertigem que, muitas vezes, aquele que passa da miséria à riqueza esquece de pronto a sua primeira condição, os que com ele a partilharam, os que o ajudaram, e faz-se insensível, egoísta e vão. Mas, do fato de a riqueza tornar difícil a jornada, não se segue que a torne impossível e não possa vir a ser um meio de salvação para o que dela sabe servir-se, como certos venenos podem restituir a saúde, se empregados a propósito e com discernimento.
Quando Jesus disse ao moço que o inquiria sobre os meios de ganhar a vida eterna: "Desfaz-te de todos os teus bens e segue-me", não pretendeu, decerto, estabelecer como princípio absoluto que cada um deva despojar-se do que possui e que a salvação só a esse preço se obtém; mas, apenas mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação. Aquele moço, com efeito, se julgava quite porque observara certos mandamentos e, no entanto, recusava-se à idéia de abandonar os bens de que era dono. Seu desejo de obter a vida eterna não ia até ao extremo de adquiri-la com sacrifício.
O que Jesus lhe propunha era uma prova decisiva, destinada a pôr a nu o fundo do seu pensamento. Ele podia, sem dúvida, ser um homem perfeitamente honesto na opinião do mundo, não causar dano a ninguém, não maldizer do próximo, não ser vão, nem orgulhoso, honrar a seu pai e a sua mãe. Mas, não tinha a verdadeira caridade; sua virtude não chegava até à abnegação. Isso o que Jesus quis demonstrar. Fazia uma aplicação do princípio: "Fora da caridade não há salvação".
A conseqüência dessas palavras, em sua acepção rigorosa, seria a abolição da riqueza por prejudicial à felicidade futura e como causa de uma imensidade de males na Terra; seria, ao demais, a condenação do trabalho que a pode granjear; conseqüência absurda, que reconduziria o homem à vida selvagem e que, por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso, que é lei de Deus.
Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. E a conseqüência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.
A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. E, alias, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.
Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais. A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.
Fonte: "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO." ALLAN KARDEC"

"CONSIDERAÇÕES SOBRE RIQUEZA E POBREZA"

“É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos céus”. Mateus: 19, 16, 24;

Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação nenhuma, idéia que repugna à razão. Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. E o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Produz tal vertigem que, muitas vezes, aquele que passa da miséria à riqueza esquece de pronto a sua primeira condição, os que com ele a partilharam, os que o ajudaram, e faz-se insensível, egoísta e vão. Mas, do fato de a riqueza tornar difícil a jornada, não se segue que a torne impossível e não possa vir a ser um meio de salvação para o que dela sabe servir-se, como certos venenos podem restituir a saúde, se empregados a propósito e com discernimento.
Quando Jesus disse ao moço que o inquiria sobre os meios de ganhar a vida eterna: "Desfaz-te de todos os teus bens e segue-me", não pretendeu, decerto, estabelecer como princípio absoluto que cada um deva despojar-se do que possui e que a salvação só a esse preço se obtém; mas, apenas mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação. Aquele moço, com efeito, se julgava quite porque observara certos mandamentos e, no entanto, recusava-se à idéia de abandonar os bens de que era dono. Seu desejo de obter a vida eterna não ia até ao extremo de adquiri-la com sacrifício.
O que Jesus lhe propunha era uma prova decisiva, destinada a pôr a nu o fundo do seu pensamento. Ele podia, sem dúvida, ser um homem perfeitamente honesto na opinião do mundo, não causar dano a ninguém, não maldizer do próximo, não ser vão, nem orgulhoso, honrar a seu pai e a sua mãe. Mas, não tinha a verdadeira caridade; sua virtude não chegava até à abnegação. Isso o que Jesus quis demonstrar. Fazia uma aplicação do princípio: "Fora da caridade não há salvação".
A conseqüência dessas palavras, em sua acepção rigorosa, seria a abolição da riqueza por prejudicial à felicidade futura e como causa de uma imensidade de males na Terra; seria, ao demais, a condenação do trabalho que a pode granjear; conseqüência absurda, que reconduziria o homem à vida selvagem e que, por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso, que é lei de Deus.
Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. E a conseqüência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.
A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. E, alias, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.
Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais. A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.
Fonte: "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO." ALLAN KARDEC"

domingo, 23 de janeiro de 2011

"O CONSOLADOR PROMETIDO"

Razão há, pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes revelações. Vejamos em que essas revelações diferem e qual o laço que as liga entre si.
Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador de um povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se
por sobre a Terra.
O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte.
A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte primária, de pedra angular de toda a sua doutrina é o ponto de vista inteiramente novo sob que considera ele a Divindade. Esta já não é o Deus terrível, ciumento,vingativo, de Moisés; o Deus cruel e implacável, que rega a terra com o sangue humano, que ordena o massacre e o extermínio dos povos, sem excetuar as mulheres, as crianças e os velhos, e que castiga aqueles que poupam as vítimas; já não é o Deus injusto, que pune um povo inteiro pela falta do seu chefe, que se vinga do culpado na pessoa do inocente, que fere os filhos pelas faltas dos pais; mas,
um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a cada um segundo as suas obras. Já não é o Deus de um único povo privilegiado, o Deus dos exércitos, presidindo aos combates para sustentar a sua própria causa contra o Deus dos outros povos; mas, o Pai comum do gênero humano, que estende a sua proteção por sobre todos os seus filhos e os chama todos a si; já não é o Deus que recompensa e pune só pelos bens da Terra, que faz consistir a glória e a felicidade na escravidão dos povos rivais e na multiplicidade da progenitura, mas, sim, um Deus que diz aos homens: “A vossa verdadeira pátria não é neste mundo, mas no reino celestial, lá onde os humildes
de coração serão elevados e os orgulhosos serão humilhados.”
Já não é o Deus que faz da vingança uma virtude e ordena se retribua olho por olho, dente por dente; mas, o
Deus de misericórdia, que diz: “Perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem em troca do mal; não façais o que não quereis vos façam.” Já não é o Deus mesquinho e meticuloso, que impõe, sob as mais rigorosas penas, o modo como quer ser adorado, que se ofende pela inobservância de uma fórmula; mas, o Deus grande, que vê o pensamento que se não honra com a forma. Enfim, já não é o Deus que quer ser temido, mas o Deus que quer ser amado.
. Entretanto, o Cristo acrescenta: “Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis e muitas outras teria a dizer, que não compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém, enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará todas.” (S. João, 14,16; S. Mateus, 17.)
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria; previra, pois, que suas palavras não seriam bem interpretadas, e que os homens se desviariam do seu ensino; em suma, que desfariam
o que ele fez, uma vez que todas as coisas hão de ser restabelecidas: ora, só se restabelece aquilo que foi desfeito.
Por que chama ele Consolador ao novo messias? Este nome, significativo e sem ambigüidade, encerra toda uma revelação. Assim, ele previa que os homens teriam necessidade de consolações, o que implica a insuficiência daquelas que eles achariam na crença que iam fundar. Talvez nunca o Cristo fosse tão claro, tão explícito, como nestas últimas palavras, às quais poucas pessoas deram atenção bastante,
provavelmente porque evitaram esclarecê-las e aprofundar-lhes o sentido profético.
Se o Cristo não pôde desenvolver o seu ensino de maneira completa, é que faltavam aos homens conhecimentos que eles só podiam adquirir com o tempo e sem os quais não o compreenderiam; há muitas coisas que teriam parecido absurdas no estado dos conhecimentos de então. Completar o seu ensino deve entender-se no sentido de explicar e desenvolver, não no de ajuntar-lhe verdades novas, porque
tudo nele se encontra em estado de gérmen, faltando-lhe só a chave para se apreender o sentido de suas palavras.

Fonte: “A GÊNESE” ALLAN KARDEC

"O CONSOLADOR PROMETIDO"

Razão há, pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes revelações. Vejamos em que essas revelações diferem e qual o laço que as liga entre si.
Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador de um povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se
por sobre a Terra.
O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte.
A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte primária, de pedra angular de toda a sua doutrina é o ponto de vista inteiramente novo sob que considera ele a Divindade. Esta já não é o Deus terrível, ciumento,vingativo, de Moisés; o Deus cruel e implacável, que rega a terra com o sangue humano, que ordena o massacre e o extermínio dos povos, sem excetuar as mulheres, as crianças e os velhos, e que castiga aqueles que poupam as vítimas; já não é o Deus injusto, que pune um povo inteiro pela falta do seu chefe, que se vinga do culpado na pessoa do inocente, que fere os filhos pelas faltas dos pais; mas,
um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a cada um segundo as suas obras. Já não é o Deus de um único povo privilegiado, o Deus dos exércitos, presidindo aos combates para sustentar a sua própria causa contra o Deus dos outros povos; mas, o Pai comum do gênero humano, que estende a sua proteção por sobre todos os seus filhos e os chama todos a si; já não é o Deus que recompensa e pune só pelos bens da Terra, que faz consistir a glória e a felicidade na escravidão dos povos rivais e na multiplicidade da progenitura, mas, sim, um Deus que diz aos homens: “A vossa verdadeira pátria não é neste mundo, mas no reino celestial, lá onde os humildes
de coração serão elevados e os orgulhosos serão humilhados.”
Já não é o Deus que faz da vingança uma virtude e ordena se retribua olho por olho, dente por dente; mas, o
Deus de misericórdia, que diz: “Perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem em troca do mal; não façais o que não quereis vos façam.” Já não é o Deus mesquinho e meticuloso, que impõe, sob as mais rigorosas penas, o modo como quer ser adorado, que se ofende pela inobservância de uma fórmula; mas, o Deus grande, que vê o pensamento que se não honra com a forma. Enfim, já não é o Deus que quer ser temido, mas o Deus que quer ser amado.
. Entretanto, o Cristo acrescenta: “Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis e muitas outras teria a dizer, que não compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém, enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará todas.” (S. João, 14,16; S. Mateus, 17.)
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria; previra, pois, que suas palavras não seriam bem interpretadas, e que os homens se desviariam do seu ensino; em suma, que desfariam
o que ele fez, uma vez que todas as coisas hão de ser restabelecidas: ora, só se restabelece aquilo que foi desfeito.
Por que chama ele Consolador ao novo messias? Este nome, significativo e sem ambigüidade, encerra toda uma revelação. Assim, ele previa que os homens teriam necessidade de consolações, o que implica a insuficiência daquelas que eles achariam na crença que iam fundar. Talvez nunca o Cristo fosse tão claro, tão explícito, como nestas últimas palavras, às quais poucas pessoas deram atenção bastante,
provavelmente porque evitaram esclarecê-las e aprofundar-lhes o sentido profético.
Se o Cristo não pôde desenvolver o seu ensino de maneira completa, é que faltavam aos homens conhecimentos que eles só podiam adquirir com o tempo e sem os quais não o compreenderiam; há muitas coisas que teriam parecido absurdas no estado dos conhecimentos de então. Completar o seu ensino deve entender-se no sentido de explicar e desenvolver, não no de ajuntar-lhe verdades novas, porque
tudo nele se encontra em estado de gérmen, faltando-lhe só a chave para se apreender o sentido de suas palavras.

Fonte: “A GÊNESE” ALLAN KARDEC

sábado, 22 de janeiro de 2011

"ALÉM TÚMULO"

Teólogos eminentes, tentando harmonizar interesses temporais e espirituais, obscureceram o problema da morte, impondo sombrias perspectivas à simples solução que lhe é própria.
Muitos deles situaram as almas em determinadas zonas de punição ou de expurgo, como se fossem absolutos senhores dos elementos indispensáveis à análise definitiva. Declararam outros que, no instante da grande transição, submerge-se o homem num sono indefinível até o dia derradeiro consagrado ao Juízo Final.
Hoje, no entanto, reconhece a inteligência humana que a lógica evolveu com todas as possibilidades de observação e raciocínio.
Ressurreição é vida infinita. Vida é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Como qualificar a pretensão daqueles que designam vizinhos e conhecidos para o inferno ilimitado no tempo? como acreditar permaneçam adormecidos milhões de criaturas, aguardando o minuto decisivo de julgamento, quando o próprio Jesus se afirma em atividade incessante?
Os argumentos teológicos são respeitáveis; no entanto, não deveremos desprezar a simplicidade da lógica humana.
Comentando o assunto, portas a dentro do esforço cristão, somos compelidos a reconhecer que os negadores do processo evolutivo do homem espiritual, depois do sepulcro, definem-se contra o próprio Evangelho. O Mestre dos Mestres ressuscitou em trabalho edificante. Quem, desse modo, atravessará o portal da morte para cair em ociosidade incompreensível? Somos almas, em função de aperfeiçoamento, e, além do túmulo, encontramos a continuação do esforço e da vida.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.

Ditado pelo Espírito Emmanuel.

16a edição. Lição 68. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.

"ALÉM TÚMULO"

Teólogos eminentes, tentando harmonizar interesses temporais e espirituais, obscureceram o problema da morte, impondo sombrias perspectivas à simples solução que lhe é própria.
Muitos deles situaram as almas em determinadas zonas de punição ou de expurgo, como se fossem absolutos senhores dos elementos indispensáveis à análise definitiva. Declararam outros que, no instante da grande transição, submerge-se o homem num sono indefinível até o dia derradeiro consagrado ao Juízo Final.
Hoje, no entanto, reconhece a inteligência humana que a lógica evolveu com todas as possibilidades de observação e raciocínio.
Ressurreição é vida infinita. Vida é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Como qualificar a pretensão daqueles que designam vizinhos e conhecidos para o inferno ilimitado no tempo? como acreditar permaneçam adormecidos milhões de criaturas, aguardando o minuto decisivo de julgamento, quando o próprio Jesus se afirma em atividade incessante?
Os argumentos teológicos são respeitáveis; no entanto, não deveremos desprezar a simplicidade da lógica humana.
Comentando o assunto, portas a dentro do esforço cristão, somos compelidos a reconhecer que os negadores do processo evolutivo do homem espiritual, depois do sepulcro, definem-se contra o próprio Evangelho. O Mestre dos Mestres ressuscitou em trabalho edificante. Quem, desse modo, atravessará o portal da morte para cair em ociosidade incompreensível? Somos almas, em função de aperfeiçoamento, e, além do túmulo, encontramos a continuação do esforço e da vida.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.

Ditado pelo Espírito Emmanuel.

16a edição. Lição 68. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"O ESPIRITISMO E A CIÊNCIA"

Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do principio espiritual. Ora, como este último principio é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o principio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro.
O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo.
Todas as ciências se encadeiam e sucedem numa ordem racional; nascem umas das outras, à proporção que acham ponto de apoio nas idéias e  conhecimentos anteriores. A Astronomia, uma das primeiras cultivadas,
conservou os erros da infância, até ao momento em que a Física veio revelar a lei das forças dos agentes naturais; a Química, nada podendo sem a Física, teve de acompanhá-la de perto, para depois marcharem ambas de acordo, amparando-se uma à outra. A Anatomia, a Fisiologia, a Zoologia, a Botânica, a Mineralogia, só se tornaram ciências sérias com o auxílio das luzes que lhes trouxeram a Física e a Química.
À Geologia nascida ontem, sem a Astronomia, a Física, a Química e todas as outras, teriam faltado elementos de vitalidade; ela só podia vir depois daquelas.
- A Ciência moderna abandonou os quatro elementos primitivos dos antigos e, de observação em observação, chegou à concepção de um só elemento gerador de todas as transformações da matéria; mas, a matéria, por si só, é inerte; carecendo de vida, de pensamento, de sentimento, precisa estar unida ao principio espiritual. O Espiritismo não descobriu, nem inventou este princípio; mas, foi o primeiro a demonstrar-lhe, por provas inconcussas, a existência; estudou-o, analisou-o e tornou-lhe evidente a ação. Ao elemento  material, juntou ele o elemento espiritual. Elemento material e elemento espiritual, esses os dois princípios, as duas forças vivas da Natureza. Pela união indissolúvel deles, facilmente se explica uma multidão de fatos até então inexplicáveis.
O Espiritismo, tendo por objeto o estudo de um dos elementos constitutivos do Universo, toca forçosamente na maior parte das ciências; só podia, portanto, vir depois da elaboração delas; nasceu pela força mesma das coisas, pela impossibilidade de tudo se explicar com o auxílio apenas das leis da matéria.
- Acusam O ESPIRITISMO de parentesco com a magia e a feitiçaria; porém, esquecem que a Astronomia tem por irmã mais velha à Astrologia judiciária, ainda não muito distante de nós; que a Química é filha da Alquimia, com a qual nenhum homem sensato ousaria hoje ocupar-se. Ninguém nega, entretanto, que na Astrologia e na Alquimia estivesse o gérmen das verdades de que saíram as ciências atuais.
Apesar das suas ridículas fórmulas, a Alquimia encaminhou a descoberta dos corpos simples e da lei das afinidades. A Astrologia se apoiava na posição e no movimento dos astros, que ela estudara; mas, na ignorância das verdadeiras leis que regem o mecanismo do Universo, os astros eram, para o vulgo, seres
misteriosos, aos quais a superstição atribuía uma influência moral e um sentido revelador. Quando Galileu, Newton e Kepler tornaram conhecidas essas leis, quando o telescópio rasgou o véu e mergulhou nas profundezas do espaço um olhar que algumas criaturas acharam indiscreto, os planetas apareceram como
simples mundos semelhantes ao nosso e todo o castelo do maravilhoso desmoronou.
O mesmo se dá com o Espiritismo, relativamente à magia e à feitiçaria, que se apoiavam também na manifestação dos Espíritos, como a Astrologia no movimento dos astros; mas, ignorantes das leis que regem o mundo espiritual, misturavam, com essas relações, práticas e crenças ridículas, com as quais o
moderno Espiritismo, fruto da experiência e da observação, acabou.
Certamente, a distância que separa o Espiritismo da magia e da feitiçaria é maior do que a que existe entre a Astronomia e a Astrologia, a Química e a Alquimia. Confundi-las é provar não saber delas nem a primeira palavra.

Fonte: “A GÊNESE." ALLAN KARDEC.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...