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sábado, 27 de agosto de 2011

"AGRADECE"

Agradece as mãos que te constróem a existência, decorando-a com as
tintas da alegria e da esperança, mas endereça os teus pensamentos de
gratidão àquelas outras que te ferem com os espinhos da incompreensão,
ensinando-te a conviver e a servir.
Agradece as vozes que te embalam os anseios, entretecendo hinos de paz
e amor com que te inspiram as melhores realizações, no entanto, envia
as tuas vibrações de reconhecimento àquelas outras que te exageram
essa ou aquela falha, induzindo-te a compreender e a perdoar.
Agradece aos amigos que te proporcionam mesa farta, impulsionando-te a
pensar na abastança da Terra, mas não recuses respeito àqueles que, em
algum tempo, te sonegaram o pão, levando-te a prestigiar a
fraternidade e a beneficência.
Agradece aos irmãos que te reconhecem a nobreza de sentimentos,
louvando-te o trabalho, entretanto, não olvides o apreço que se deve
àqueles outros que te menosprezam, auxiliando-te a descobrir os
tesouros da humildade e da tolerância.
Certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o
levasse para a superfície da Terra, a fim de ser mais útil. O Supremo
Senhor ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele detido no subsolo
para a devida maturação.
O minério humilde aceitou a resposta e permaneceu na clausura, por
séculos e séculos, suportando a química da natureza com o assalto
constante dos vermes que habitavam o chão.
Chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para
atender-lhe aos ideais. Instrumentos de perfuração exumaram-no a
golpes desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos,
em minucioso burilamento.
Mas quando o carbono sublimado surgiu, de todo, aos olhos do mundo,
Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar, entre os
homens, parecendo uma flor do arco-íris com o fulgor das estrelas.

"Francisco Candido Xavier"

"AGRADECE"

Agradece as mãos que te constróem a existência, decorando-a com as
tintas da alegria e da esperança, mas endereça os teus pensamentos de
gratidão àquelas outras que te ferem com os espinhos da incompreensão,
ensinando-te a conviver e a servir.
Agradece as vozes que te embalam os anseios, entretecendo hinos de paz
e amor com que te inspiram as melhores realizações, no entanto, envia
as tuas vibrações de reconhecimento àquelas outras que te exageram
essa ou aquela falha, induzindo-te a compreender e a perdoar.
Agradece aos amigos que te proporcionam mesa farta, impulsionando-te a
pensar na abastança da Terra, mas não recuses respeito àqueles que, em
algum tempo, te sonegaram o pão, levando-te a prestigiar a
fraternidade e a beneficência.
Agradece aos irmãos que te reconhecem a nobreza de sentimentos,
louvando-te o trabalho, entretanto, não olvides o apreço que se deve
àqueles outros que te menosprezam, auxiliando-te a descobrir os
tesouros da humildade e da tolerância.
Certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o
levasse para a superfície da Terra, a fim de ser mais útil. O Supremo
Senhor ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele detido no subsolo
para a devida maturação.
O minério humilde aceitou a resposta e permaneceu na clausura, por
séculos e séculos, suportando a química da natureza com o assalto
constante dos vermes que habitavam o chão.
Chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para
atender-lhe aos ideais. Instrumentos de perfuração exumaram-no a
golpes desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos,
em minucioso burilamento.
Mas quando o carbono sublimado surgiu, de todo, aos olhos do mundo,
Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar, entre os
homens, parecendo uma flor do arco-íris com o fulgor das estrelas.

"Francisco Candido Xavier"

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"O AMOR DIVINO"


Para Deus, todas as criaturas possui o seu valor inalienável, estejam mergulhados no lodo do crime ou assentados sobre o mais elevado trono das virtudes.
Todas as criaturas são oriundas da mesma fonte soberana e embebidas nas mesmas celestes vibrações, donde se pode entender que para o Amor Divino, todos os seres são dignos de sua proteção.
Haverá os mais imaturos e inexperientes, como os mais avançados  dedicados no aprendizados das Leis Universais. Todavia, para todos estão abertas as portas da compaixão e das oportunidades de aprender  novas lições, repetindo as que foram mal conduzidas, através da generosa concessão das muitas existências.
E ainda que as pessoas pensem que o regresso à vida material será um novo desafio que as conduzirá aos mesmos erros, isto é, apenas a visão limitada da ignorância que habita em cada um de nós, já que cada nova reencarnação apresentará nuances específicos  que possibilitarão aos espíritos  comprometidos aprimorarem-se em áreas de seu desenvolvimento espiritual, ainda que voltem a cometer erros semelhantes em outros setores de experiência.
Além do mais, não é apenas através do sofrimento que se abrem as portas do crescimento e da evolução espiritual.
Notadamente é através do Bem que se canalizam as possibilidades evolutivas. Uma nova jornada física possibilitará que novas condutas generosas sejam estabelecidas, novas fontes de sementes férteis sejam descerradas e, apesar dos erros, outras flores surjam no trajeto do espírito que renasce.
Não devemos nunca nos esquecer que, no pendão verde que sustenta a rosa perfumada, os espinhos aparecem antes do que a flor esbelta e linda.
No entanto, não há quem não se anime em enfrentar o desafio dos espinhos até colher a beleza inspiradora da rosa.       
ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito:”Lúcios”
Da obra: “A FORÇA DA BONDADE”.

"O AMOR DIVINO"


Para Deus, todas as criaturas possui o seu valor inalienável, estejam mergulhados no lodo do crime ou assentados sobre o mais elevado trono das virtudes.
Todas as criaturas são oriundas da mesma fonte soberana e embebidas nas mesmas celestes vibrações, donde se pode entender que para o Amor Divino, todos os seres são dignos de sua proteção.
Haverá os mais imaturos e inexperientes, como os mais avançados  dedicados no aprendizados das Leis Universais. Todavia, para todos estão abertas as portas da compaixão e das oportunidades de aprender  novas lições, repetindo as que foram mal conduzidas, através da generosa concessão das muitas existências.
E ainda que as pessoas pensem que o regresso à vida material será um novo desafio que as conduzirá aos mesmos erros, isto é, apenas a visão limitada da ignorância que habita em cada um de nós, já que cada nova reencarnação apresentará nuances específicos  que possibilitarão aos espíritos  comprometidos aprimorarem-se em áreas de seu desenvolvimento espiritual, ainda que voltem a cometer erros semelhantes em outros setores de experiência.
Além do mais, não é apenas através do sofrimento que se abrem as portas do crescimento e da evolução espiritual.
Notadamente é através do Bem que se canalizam as possibilidades evolutivas. Uma nova jornada física possibilitará que novas condutas generosas sejam estabelecidas, novas fontes de sementes férteis sejam descerradas e, apesar dos erros, outras flores surjam no trajeto do espírito que renasce.
Não devemos nunca nos esquecer que, no pendão verde que sustenta a rosa perfumada, os espinhos aparecem antes do que a flor esbelta e linda.
No entanto, não há quem não se anime em enfrentar o desafio dos espinhos até colher a beleza inspiradora da rosa.       
ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito:”Lúcios”
Da obra: “A FORÇA DA BONDADE”.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"A MIGALHA DE AMOR"

 Não menosprezes a migalha de amor que te pode marcar o concurso no serviço do bem.
Estende o coração através dos braços e auxilia sempre.
Quem definirá, entre os homens, toda a alegria da xícara de leite nos lábios da criancinha doente ou da gota de remédio na boca atormentada do enfermo? Quem dirá o preço de uma oração fervorosa, erguida ao Céu, em favor do necessitado? Quem medirá o brilho oculto da caridade que socorre os sofredores e desvalidos?
Que ouro pagará o benefício da fonte, quando a sede te martiriza? e onde o cofre repleto que te possa valer, no suplício da fome, quando a casa está órfã de pão?
Recorda a importância do pano usado para os que choram de frio, da refeição desaproveitada para o companheiro subnutrido, do vintém a transformar-se em mensagem de reconforto, do minuto de conversação consoladora que converte o pessimismo em esperança, e auxilia quanto possas.
Lembra-te de que Jesus renovou a Terra, utilizando diminutas migalhas de boa vontade e cooperação... Dos recursos singelos da Manjedoura faz o mais belo poema de humildade, de cinco pães e dois peixes retira o alimento para milhares de criaturas, em velhos barcos emprestados erige a tribuna das sublimes revelações do Céu... Para ilustrar seus preciosos ensinamentos, detém-se na beleza dos lírios do campo, salienta o valor da candeia singela, comenta a riqueza de um grão de mostarda e recorre ao merecimento de uma dracma perdida.
Não olvides que teu coração é esperado por bênção viva, na construção da felicidade humana e, empenhando-lhe, agora, a tua migalha de carinho, recolhê-la-ás, amanhã, em forma de alegria eterna no Reino do Eterno Amor.
Senhor!...
Auxilia-me a reconhecer que cansaço e dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.
Psicografado pelo médium Chico Xavier

"A MIGALHA DE AMOR"

 Não menosprezes a migalha de amor que te pode marcar o concurso no serviço do bem.
Estende o coração através dos braços e auxilia sempre.
Quem definirá, entre os homens, toda a alegria da xícara de leite nos lábios da criancinha doente ou da gota de remédio na boca atormentada do enfermo? Quem dirá o preço de uma oração fervorosa, erguida ao Céu, em favor do necessitado? Quem medirá o brilho oculto da caridade que socorre os sofredores e desvalidos?
Que ouro pagará o benefício da fonte, quando a sede te martiriza? e onde o cofre repleto que te possa valer, no suplício da fome, quando a casa está órfã de pão?
Recorda a importância do pano usado para os que choram de frio, da refeição desaproveitada para o companheiro subnutrido, do vintém a transformar-se em mensagem de reconforto, do minuto de conversação consoladora que converte o pessimismo em esperança, e auxilia quanto possas.
Lembra-te de que Jesus renovou a Terra, utilizando diminutas migalhas de boa vontade e cooperação... Dos recursos singelos da Manjedoura faz o mais belo poema de humildade, de cinco pães e dois peixes retira o alimento para milhares de criaturas, em velhos barcos emprestados erige a tribuna das sublimes revelações do Céu... Para ilustrar seus preciosos ensinamentos, detém-se na beleza dos lírios do campo, salienta o valor da candeia singela, comenta a riqueza de um grão de mostarda e recorre ao merecimento de uma dracma perdida.
Não olvides que teu coração é esperado por bênção viva, na construção da felicidade humana e, empenhando-lhe, agora, a tua migalha de carinho, recolhê-la-ás, amanhã, em forma de alegria eterna no Reino do Eterno Amor.
Senhor!...
Auxilia-me a reconhecer que cansaço e dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.
Psicografado pelo médium Chico Xavier

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

'A GRANDE PERGUNTA"

 E por que me chamais Senhor,
Senhor, e não fazeis o que eu digo?
- Jesus. (LUCAS, 6:46) 

Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.
É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.
Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.
Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam.
Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.
É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.
 Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
17a edição. Lição 47. Rio de Janeiro, RJ: FEB.
 






'A GRANDE PERGUNTA"

 E por que me chamais Senhor,
Senhor, e não fazeis o que eu digo?
- Jesus. (LUCAS, 6:46) 

Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.
É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.
Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.
Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam.
Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.
É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.
 Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
17a edição. Lição 47. Rio de Janeiro, RJ: FEB.
 






quarta-feira, 17 de agosto de 2011

"O PROGRAMA DO SENHOR".

 A frente da turba faminta, Jesus multiplicou os pães e os peixes, atendendo à necessidade dos circunstantes.
O fenômeno maravilhara.
O povo jazia entre o êxtase e o júbilo intraduzíveis.
Fora quinhoado por um sinal do Céu, maior que os de Moisés e Josué.
Frêmito de admiração e assombro dominava a massa compacta.
Relacionavam-se, ali, pessoas procedentes das regiões mais diversas.
Além dos peregrinos, em grande número, que se adensavam habitualmente em torno do Senhor, buscando consolação e cura, mercadores da Iduméia, negociantes da Síria, soldados romanos e cameleiros do deserto ali se congregavam em multidão, na qual se destacavam as exclamações das mulheres e o choro das criancinhas.
O povo, convenientemente sentado na relva, recebia, com interjeições gratulatórias, o saboroso pão que resultara do milagre sublime.
Água pura em grandes bilhas era servida, após o substancioso repasto, pelas mãos robustas e felizes dos apóstolos.
E Jesus, após renovar as promessas do Reino de Deus, de semblante melancólico e sereno contemplava os seguidores, da eminência do monte.
Semelhava-se, realmente, a um príncipe, materializado, de súbito, na Terra, pela suavidade que lhe transparecia da fronte excelsa, tocada pelo vento que soprava, de leve…
Expressões de júbilo eram ouvidas, aqui e ali.
Não fornecera Ele provas de inexcedível poder? Não era o maior de todos os profetas? Não seria o libertador da raça escolhida?
Recolhiam os discípulos a sobra abundante do inesperado banquete, quando Malebel, espadaúdo assessor da Justiça em Jerusalém, acercou-se do Mestre e clamou para a multidão haver encontrado o restaurador de Israel. Esclareceu que conviria receber-lhe as determinações, desde aquela hora inesquecível, e os ouvintes reergueram-se, à pressa, engrossando fileiras, ao redor do Messias Nazareno.
Jesus, em silêncio, esperou que alguém lhe endereçasse a palavra e, efetivamente, Malebel não se fez rogado.
– Senhor – indagou, exultante –, és, em verdade, o arauto do novo Reino?
– Sim – respondeu o Cristo, sem, titubear.
– Em que alicerces será estabelecida a nova ordem? – prosseguiu o oficial do Sinédrio, dilatando o diálogo.
– Em obrigações de trabalho para todos.
O interlocutor esfregou o sobrecenho com a mão direita, evidentemente inquieto, e continuou:
– Instituir-se-á, porém, uma organização hierárquica?
– Como não? – acentuou o Mestre, sorrindo.
– Qual a função dos melhores?
– Melhorar os piores.
– E a ocupação dos mais inteligentes?
– Instruir os ignorantes.
– Senhor, e os bons? Que farão os homens bons, dentro do novo sistema?
- Ajudarão aos maus, á fim de que estes se façam igualmente bons.
– E o encargo dos ricos?
– Amparar os mais pobres para que também se enriqueçam de recursos e conhecimentos.
– Mestre – tornou Malebel, desapontado –, quem ditará semelhantes normas?
O PROGRAMA DO SENHOR
– O amor pelo sacrifício, que florescerá em obras de paz no caminho de todos.
– E quem fiscalizará o funcionamento do novo regime?
– A compreensão da responsabilidade em cada um de nós.
– Senhor, como tudo isto é estranho! – considerou o noviço, alarmado – desejarás dizer que o Reino diferente prescindirá de palácios, exércitos, prisões, impostos e castigos?
– Sim – aclarou Jesus, abertamente –, dispensará tudo isso e reclamará o espírito de renúncia, de serviço, de humildade, de paciência, de fraternidade, de sinceridade e, sobretudo, do amor de que somos credores, uns para com os outros, e a nossa vitória permanecerá muito mais na ação incessante do bem com o desprendimento da posse, na esfera de cada um, que nos próprios fundamentos da Justiça, até agora conhecidos no mundo.
Nesse instante, justamente quando os doentes e os aleijados, os pobres e os aflitos desciam da colina tomados de intenso júbilo, Malebel, o destacado funcionário de Jerusalém, exibindo terrível máscara de sarcasmo na fisionomia dantes respeitosa, voltou as costas ao Senhor, e, acompanhado por algumas centenas de pessoas bem situadas na vida, deu-se pressa em retirar-se, proferindo frases de insulto e zombaria…
O milagre dos pães fora rapidamente esquecido, dando a entender que a memória funciona dificilmente nos estômagos cheios, e, se Jesus não quis perder o contato com a multidão, naquela hora célebre, foi obrigado a descer também.
Pelo Espírito Irmão X
Do livro: Pontos e Contos
Médium: Francisco Cândido Xavier

"O PROGRAMA DO SENHOR".

 A frente da turba faminta, Jesus multiplicou os pães e os peixes, atendendo à necessidade dos circunstantes.
O fenômeno maravilhara.
O povo jazia entre o êxtase e o júbilo intraduzíveis.
Fora quinhoado por um sinal do Céu, maior que os de Moisés e Josué.
Frêmito de admiração e assombro dominava a massa compacta.
Relacionavam-se, ali, pessoas procedentes das regiões mais diversas.
Além dos peregrinos, em grande número, que se adensavam habitualmente em torno do Senhor, buscando consolação e cura, mercadores da Iduméia, negociantes da Síria, soldados romanos e cameleiros do deserto ali se congregavam em multidão, na qual se destacavam as exclamações das mulheres e o choro das criancinhas.
O povo, convenientemente sentado na relva, recebia, com interjeições gratulatórias, o saboroso pão que resultara do milagre sublime.
Água pura em grandes bilhas era servida, após o substancioso repasto, pelas mãos robustas e felizes dos apóstolos.
E Jesus, após renovar as promessas do Reino de Deus, de semblante melancólico e sereno contemplava os seguidores, da eminência do monte.
Semelhava-se, realmente, a um príncipe, materializado, de súbito, na Terra, pela suavidade que lhe transparecia da fronte excelsa, tocada pelo vento que soprava, de leve…
Expressões de júbilo eram ouvidas, aqui e ali.
Não fornecera Ele provas de inexcedível poder? Não era o maior de todos os profetas? Não seria o libertador da raça escolhida?
Recolhiam os discípulos a sobra abundante do inesperado banquete, quando Malebel, espadaúdo assessor da Justiça em Jerusalém, acercou-se do Mestre e clamou para a multidão haver encontrado o restaurador de Israel. Esclareceu que conviria receber-lhe as determinações, desde aquela hora inesquecível, e os ouvintes reergueram-se, à pressa, engrossando fileiras, ao redor do Messias Nazareno.
Jesus, em silêncio, esperou que alguém lhe endereçasse a palavra e, efetivamente, Malebel não se fez rogado.
– Senhor – indagou, exultante –, és, em verdade, o arauto do novo Reino?
– Sim – respondeu o Cristo, sem, titubear.
– Em que alicerces será estabelecida a nova ordem? – prosseguiu o oficial do Sinédrio, dilatando o diálogo.
– Em obrigações de trabalho para todos.
O interlocutor esfregou o sobrecenho com a mão direita, evidentemente inquieto, e continuou:
– Instituir-se-á, porém, uma organização hierárquica?
– Como não? – acentuou o Mestre, sorrindo.
– Qual a função dos melhores?
– Melhorar os piores.
– E a ocupação dos mais inteligentes?
– Instruir os ignorantes.
– Senhor, e os bons? Que farão os homens bons, dentro do novo sistema?
- Ajudarão aos maus, á fim de que estes se façam igualmente bons.
– E o encargo dos ricos?
– Amparar os mais pobres para que também se enriqueçam de recursos e conhecimentos.
– Mestre – tornou Malebel, desapontado –, quem ditará semelhantes normas?
O PROGRAMA DO SENHOR
– O amor pelo sacrifício, que florescerá em obras de paz no caminho de todos.
– E quem fiscalizará o funcionamento do novo regime?
– A compreensão da responsabilidade em cada um de nós.
– Senhor, como tudo isto é estranho! – considerou o noviço, alarmado – desejarás dizer que o Reino diferente prescindirá de palácios, exércitos, prisões, impostos e castigos?
– Sim – aclarou Jesus, abertamente –, dispensará tudo isso e reclamará o espírito de renúncia, de serviço, de humildade, de paciência, de fraternidade, de sinceridade e, sobretudo, do amor de que somos credores, uns para com os outros, e a nossa vitória permanecerá muito mais na ação incessante do bem com o desprendimento da posse, na esfera de cada um, que nos próprios fundamentos da Justiça, até agora conhecidos no mundo.
Nesse instante, justamente quando os doentes e os aleijados, os pobres e os aflitos desciam da colina tomados de intenso júbilo, Malebel, o destacado funcionário de Jerusalém, exibindo terrível máscara de sarcasmo na fisionomia dantes respeitosa, voltou as costas ao Senhor, e, acompanhado por algumas centenas de pessoas bem situadas na vida, deu-se pressa em retirar-se, proferindo frases de insulto e zombaria…
O milagre dos pães fora rapidamente esquecido, dando a entender que a memória funciona dificilmente nos estômagos cheios, e, se Jesus não quis perder o contato com a multidão, naquela hora célebre, foi obrigado a descer também.
Pelo Espírito Irmão X
Do livro: Pontos e Contos
Médium: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"A FAMILIA"

  "Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus." - Paulo. [I Timóteo, 5:4.]
A família consangüínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se revestem de paciência, renúncia e boa vontade.
De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.
Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já demandaram à
esfera superior, dignamente aureolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, para restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para os cimos da vida.
Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de amigos compromissos.
Se és pai, não abandones teu filho aos processos evolutivos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que a hortaliça de tua casa.
A criança é um "trato de terra espiritual" que devolverá o que aprende, invariavelmente, de acordo com a sementeira recebida.
Se és filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e subestimando-lhes os corações, como se estivessem em desacordo com os teus ideais de elevação e nobreza, porque também, um dia, precisarás da alheia compreensão para que se te aperfeiçoe na individualidade a região presentemente menos burilada e menos atendida.
A criatura no acaso da existência é o espelho do teu próprio futuro na Terra.
Aprende a usar a bondade, em doses intensivas, ajustando-a ao entendimento e à vigilância para que a tua experiência em família não desapareça no tempo, sem proveito para o caminho a trilhar.
Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro de muitos.
Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se com espontaneidade e alegria, a beneficio do companheiro de tarefa ou de lar, debalde se erguirá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.
Cultiva o trabalho constante, o silêncio oportuno, a generosidade sadia e conquistarás o respeito dos outros, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo.
Se não praticas no grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a inspiração e a diretriz.
Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou destrutivas.
Procura entender e auxiliar a todos em casa, para que todos em casa te entendam e auxiliem na luta cotidiana, tanto quanto lhes seja possível.
O lar é o porto de onde a alma se retira para o mar alto do mundo, e quem não transporta no coração o lastro da experiência dificilmente escapará ao naufrágio parcial ou total.
Procura a paz com os outros ou a sós.
Recorda que todo dia é dia de começar

Emmanuel & Francisco Cândido Xavier



𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...