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sexta-feira, 18 de maio de 2012

"FRATERNIDADE"


"O estado corporal é transitório e passageiro. É no estado espiritual sobretudo que o Espírito colhe os frutos do progresso realizado pelo trabalho da encarnação; é também nesse estado que se prepara para novas lutas e toma as resoluções que há-de pôr em prática na sua volta à humanidade." O CÉU E O INFERNO 1ª parte - Capítulo 3º - item 10.

Saúda a madrugada do dever fazendo luz no entendimento amargurado.
Não digas que é inútil lutar, tendo em vista os insucessos pessoais.
Não creias que tudo seja caos e desordem, porque o mundo íntimo se encontre em desassossego e anarquia.
As dores valem o valor que lhes damos.
As provações significam em aflição a dimensão da taça em que as recolhemos como se fossem ácidos ou cáusticos.
Porque mal-estares te inquietem e sombras derramem fantasmas na imagem das coisas, não compares os dias a salas escuras de perspectivas negativas.
Abre a porta à fraternidade e alegra-te também. Quem cultiva urze apresenta-se cravado de espinhos.
Quem assimila decepções extravasa pessimismo.
É imprescindível romper as comportas do personalismo infeliz para que as vibrações de felicidade te visitem a casa mental.
O homem que prefere baixadas tudo povoa de limites. Mas quem sonha alcantis altaneiros e céus infinitos perde medidas e limitações para espraiar-se como o ar ou agigantar-se como  a luz.
Vives as idéias que te aprazem, e, enquanto te agrades na desdita imaginária ninguém poderá clarear-te com as estrelas aurifulgentes da serenidade.
O homem transforma-se no que acalenta e vitaliza nos painéis recônditos da mente.
Por esse motivo a desencarnação promove surpresas e choques àqueles mesmos que despertam além da morte e que, conscientemente se ignoravam em situações lamentáveis.
Fraternidade! - Muitos crimes se cometem em teu nome!
O solo e a mente, a água e o ar, o tempo e a luz em harmonioso conúbio oferecem o pão generoso e rico à mesa.
A paciência e o trabalho no labor do artesão se unem para a grandeza da arte.
A argila e o artífice em combinação segura dão forma à cerâmica preciosa.
O buril e o amor identificados renovam as visões e paisagens sombrias da Terra.
Fraternidade - sol para as almas, roteiro para a vida!
Em todo lugar há lugar para a fraternidade.
Os povos a preconizam estimulando a beligerância.
Pronunciam-lhe o nome, arregimentando soldados.
Lecionam diretrizes em torno dela, assaltando países indefesos para discutirem a paz, demoradamente, nos Organismos próprios, enquanto a hidra da guerra dizima populações...
A fraternidade começa no lugar em que estamos, a fim de atingir a região onde não iremos.
Aceitas a ira que gera conflitos, que cria violências, que estimula o crime.
Agasalhas o ódio que oblitera a razão, que acicatá instintos, que estruge em convulsões.
Corporificas azedumes que consomem o equilíbrio, que facultam desordens, que enlouquecem.
No entanto, a palavra de Jesus é inconfundível:
- "Bem aventurados os mansos porque herdarão a Terra
Mansuetude para a ação fraternal - eis a rota.
Procurando expressar a própria ventura e homenagear com a sua gratidão o Mestre Incomparável, conhecido militante espírita, desencarnado, demandou, na noite evocativa do Natal, região pavorosa de angústia punitiva e dor reparadora, no Mundo Espiritual, para evangelizar a turbamulta ignara e obscena.
Abrindo pequeno Evangelho, nos apontamentos de Mateus no Sermão da Montanha começou a ler as anotações consoladoras registradas pelo Discípulo Amado.
Enquanto a voz harmoniosa e calma vibrava amor fraternal no reduto purgatorial, antigo sicário de consciências, turbulento e impiedoso, agora entregue à própria rebeldia, explodindo ira, solicitou o livro singular, e, diante do evangelizador despedaçou as páginas, que atirou sobre o charco nauseabundo em que se revolvia.
Longe de revidar, o mensageiro da Palavra da Vida Eterna tomado de incomum sentimento fraternal, exclamou:
- "Perdoa-me não ter conseguido alcançar tua alma com o verbo divino, considerando a minha própria inferioridade!"
Houve uma pausa na densa região de amargura.
- "Compreendo, meu irmão - prosseguiu, comovido -, tua revolta, no entanto, não conheces Jesus. Reconheço-me indigno de apresentá-Lo; todavia, sabendo-O o Médico do Amor por excelência não consigo recuar... Recorda o Rei singular, nascido em manjedoura e supliciado na Cruz, a balbuciar, em hora de terrível soledade:
- "Perdoa-os, meu Pai!"...
Não pode prosseguir. Não disse mais, nem se fazia necessário.
O verdugo se levantou, em pranto, e acudiu, dizendo:
- "Fala-me d’Ele, esse Homem que te dá forças para vencer a ira e amar a ponto de chamar-me irmão".
Fraternidade!
Começa agora mesmo o teu programa fraternal, tendo paciência contigo próprio, no caminho evolutivo por onde rumas...
Divaldo Pereira Franco. Da obra: Espírito e Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

"FRATERNIDADE"


"O estado corporal é transitório e passageiro. É no estado espiritual sobretudo que o Espírito colhe os frutos do progresso realizado pelo trabalho da encarnação; é também nesse estado que se prepara para novas lutas e toma as resoluções que há-de pôr em prática na sua volta à humanidade." O CÉU E O INFERNO 1ª parte - Capítulo 3º - item 10.

Saúda a madrugada do dever fazendo luz no entendimento amargurado.
Não digas que é inútil lutar, tendo em vista os insucessos pessoais.
Não creias que tudo seja caos e desordem, porque o mundo íntimo se encontre em desassossego e anarquia.
As dores valem o valor que lhes damos.
As provações significam em aflição a dimensão da taça em que as recolhemos como se fossem ácidos ou cáusticos.
Porque mal-estares te inquietem e sombras derramem fantasmas na imagem das coisas, não compares os dias a salas escuras de perspectivas negativas.
Abre a porta à fraternidade e alegra-te também. Quem cultiva urze apresenta-se cravado de espinhos.
Quem assimila decepções extravasa pessimismo.
É imprescindível romper as comportas do personalismo infeliz para que as vibrações de felicidade te visitem a casa mental.
O homem que prefere baixadas tudo povoa de limites. Mas quem sonha alcantis altaneiros e céus infinitos perde medidas e limitações para espraiar-se como o ar ou agigantar-se como  a luz.
Vives as idéias que te aprazem, e, enquanto te agrades na desdita imaginária ninguém poderá clarear-te com as estrelas aurifulgentes da serenidade.
O homem transforma-se no que acalenta e vitaliza nos painéis recônditos da mente.
Por esse motivo a desencarnação promove surpresas e choques àqueles mesmos que despertam além da morte e que, conscientemente se ignoravam em situações lamentáveis.
Fraternidade! - Muitos crimes se cometem em teu nome!
O solo e a mente, a água e o ar, o tempo e a luz em harmonioso conúbio oferecem o pão generoso e rico à mesa.
A paciência e o trabalho no labor do artesão se unem para a grandeza da arte.
A argila e o artífice em combinação segura dão forma à cerâmica preciosa.
O buril e o amor identificados renovam as visões e paisagens sombrias da Terra.
Fraternidade - sol para as almas, roteiro para a vida!
Em todo lugar há lugar para a fraternidade.
Os povos a preconizam estimulando a beligerância.
Pronunciam-lhe o nome, arregimentando soldados.
Lecionam diretrizes em torno dela, assaltando países indefesos para discutirem a paz, demoradamente, nos Organismos próprios, enquanto a hidra da guerra dizima populações...
A fraternidade começa no lugar em que estamos, a fim de atingir a região onde não iremos.
Aceitas a ira que gera conflitos, que cria violências, que estimula o crime.
Agasalhas o ódio que oblitera a razão, que acicatá instintos, que estruge em convulsões.
Corporificas azedumes que consomem o equilíbrio, que facultam desordens, que enlouquecem.
No entanto, a palavra de Jesus é inconfundível:
- "Bem aventurados os mansos porque herdarão a Terra
Mansuetude para a ação fraternal - eis a rota.
Procurando expressar a própria ventura e homenagear com a sua gratidão o Mestre Incomparável, conhecido militante espírita, desencarnado, demandou, na noite evocativa do Natal, região pavorosa de angústia punitiva e dor reparadora, no Mundo Espiritual, para evangelizar a turbamulta ignara e obscena.
Abrindo pequeno Evangelho, nos apontamentos de Mateus no Sermão da Montanha começou a ler as anotações consoladoras registradas pelo Discípulo Amado.
Enquanto a voz harmoniosa e calma vibrava amor fraternal no reduto purgatorial, antigo sicário de consciências, turbulento e impiedoso, agora entregue à própria rebeldia, explodindo ira, solicitou o livro singular, e, diante do evangelizador despedaçou as páginas, que atirou sobre o charco nauseabundo em que se revolvia.
Longe de revidar, o mensageiro da Palavra da Vida Eterna tomado de incomum sentimento fraternal, exclamou:
- "Perdoa-me não ter conseguido alcançar tua alma com o verbo divino, considerando a minha própria inferioridade!"
Houve uma pausa na densa região de amargura.
- "Compreendo, meu irmão - prosseguiu, comovido -, tua revolta, no entanto, não conheces Jesus. Reconheço-me indigno de apresentá-Lo; todavia, sabendo-O o Médico do Amor por excelência não consigo recuar... Recorda o Rei singular, nascido em manjedoura e supliciado na Cruz, a balbuciar, em hora de terrível soledade:
- "Perdoa-os, meu Pai!"...
Não pode prosseguir. Não disse mais, nem se fazia necessário.
O verdugo se levantou, em pranto, e acudiu, dizendo:
- "Fala-me d’Ele, esse Homem que te dá forças para vencer a ira e amar a ponto de chamar-me irmão".
Fraternidade!
Começa agora mesmo o teu programa fraternal, tendo paciência contigo próprio, no caminho evolutivo por onde rumas...
Divaldo Pereira Franco. Da obra: Espírito e Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"EDUCANDÁRIO DE LUZ"

Ninguém se reconheceria fora da paciência e do amor que Jesus nos legou, se todos freqüentássemos a universidade da beneficência, cujos institutos de orientação funcionam, quase sempre nas áreas da retaguarda.
Aí, nos recintos da penúria, as lições são administradas, ao vivo, através das aulas inumeráveis do sofrimento.
Tanto quanto possas e, mais demoradamente nos dias de aflição, quando tudo te pareça convite ao desalento, procura experiência e compreensão nessa escola bendita, alicerçada em necessidades e lágrimas.
Se contratempos te ferem nos assuntos humanos, visita os irmãos enfermos, segregados no hospital, a fim de que possas aprender a valorizar a saúde que te permite trabalhar e renovar a esperança.
Quando te atormente a fome de sucesso nos temas afetivos e a ventura do coração se te afigure tardia, toma contato com aqueles companheiros que habitam furnas abandonadas, para quem a solidão se fez o prato de cada dia.
Ante os empeços da profissão com que o mundo te honra a existência, consagra alguns minutos a escutar o relatório dos pais de família, entregues ao desespero por lhes escassearem recursos à própria subsistência.
E, se experimentas dissabores, perante os filhos que te enriquecem a alma de esperança e carinho, à face das tribulações que lhes gravam a vida, observa aqueles outros pequeninos que caminham nas trilhas do mundo, sem tutela de pai ou mãe que os resguarde, atirados à noite da criminalidade e da ignorância.
Matricula-te no educandário da caridade e guardarás a força da paciência.
Enriquece de cultura os dotes que te enfeitam a personalidade e realiza na terra os nobres ideais afetivos que te povoam os pensamentos, no entanto, se queres que a felicidade venha morar efetivamente contigo, auxilia igualmente a construir a felicidade dos outros.
Nosso encontro com aqueles que sofrem dificuldades e provações maiores que as nossas será sempre, em qualquer lugar, o nosso mais belo e mais duradouro encontro com Deus. 
Emmanuel.
Mensagem retirada do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.





"EDUCANDÁRIO DE LUZ"

Ninguém se reconheceria fora da paciência e do amor que Jesus nos legou, se todos freqüentássemos a universidade da beneficência, cujos institutos de orientação funcionam, quase sempre nas áreas da retaguarda.
Aí, nos recintos da penúria, as lições são administradas, ao vivo, através das aulas inumeráveis do sofrimento.
Tanto quanto possas e, mais demoradamente nos dias de aflição, quando tudo te pareça convite ao desalento, procura experiência e compreensão nessa escola bendita, alicerçada em necessidades e lágrimas.
Se contratempos te ferem nos assuntos humanos, visita os irmãos enfermos, segregados no hospital, a fim de que possas aprender a valorizar a saúde que te permite trabalhar e renovar a esperança.
Quando te atormente a fome de sucesso nos temas afetivos e a ventura do coração se te afigure tardia, toma contato com aqueles companheiros que habitam furnas abandonadas, para quem a solidão se fez o prato de cada dia.
Ante os empeços da profissão com que o mundo te honra a existência, consagra alguns minutos a escutar o relatório dos pais de família, entregues ao desespero por lhes escassearem recursos à própria subsistência.
E, se experimentas dissabores, perante os filhos que te enriquecem a alma de esperança e carinho, à face das tribulações que lhes gravam a vida, observa aqueles outros pequeninos que caminham nas trilhas do mundo, sem tutela de pai ou mãe que os resguarde, atirados à noite da criminalidade e da ignorância.
Matricula-te no educandário da caridade e guardarás a força da paciência.
Enriquece de cultura os dotes que te enfeitam a personalidade e realiza na terra os nobres ideais afetivos que te povoam os pensamentos, no entanto, se queres que a felicidade venha morar efetivamente contigo, auxilia igualmente a construir a felicidade dos outros.
Nosso encontro com aqueles que sofrem dificuldades e provações maiores que as nossas será sempre, em qualquer lugar, o nosso mais belo e mais duradouro encontro com Deus. 
Emmanuel.
Mensagem retirada do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.





terça-feira, 15 de maio de 2012

"DESTINO"

Muito se fala sobre o destino. Tudo que acontece de anormal em nossas vidas, geralmente culpamos  o destino.  Se alguém ganha na loteria é coisa do destino. Se acontece uma tragédia na vida de alguém também é obra do destino.
Mas será que existe mesmo o Destino. ?
Se todos os  acontecimentos da nossa vida fosse obra do destino o homem seria uma máquina sem vontade. Para que serviria sua inteligência uma vez que todos os atos de sua vida seriam  invariavelmente dominados pelo poder do destino?
Não haveria mais responsabilidade para o homem, e conseqüentemente nem bem nem mal, nem crimes nem virtudes. Deus soberanamente justo não poderia castigar suas criaturas por faltas que não dependeram delas,  nem recompensá-las pelas virtudes  das quais não teriam o mérito. Onde estaria o livre arbítrio do homem?
De que adiantaria às pessoas estudarem, trabalharem para progredir se o seu destino está traçado?
Sempre que acontecer algo anormal em nossa vida, devemos perguntar: “ Eu poderia ter evitado isto?  Se estava em meu poder evitar tal acontecimento, então não é obra do destino.  Se eu não poderia ter evitado tal fato, então posso considerá-lo uma fatalidade.
Se tenho conhecimento que dirigir um carro embriagado numa rodovia em alta velocidade,  posso provocar uma tragédia e mesmo assim o faço;  todo o risco é de  minha responsabilidade, não é obra do destino.
Agora, se dirijo meu carro com minha família, tranquilamente, e vem um louco, bêbado, voando no seu carro e me atropela, sem que eu possa evitar a tragédia, aí sim posso culpar o destino.
A fatalidade ou destino, existe  na posição que o homem ocupa na terra e nas funções que aí cumpre, por  conseqüência do gênero de existência, que seu espírito escolheu  como prova, expiação ou missão, antes de se reencarnar.
Ele sofre, fatalmente, todas as alternâncias dessa existência, e todas  as tendência, boas ou más que lhe são próprias, porém, termina aí o Destino porque depende de sua vontade ceder ou não a estas tendências. Os detalhes  dos acontecimentos  dependem das circunstâncias que ele provoca com os seus atos. A Fatalidade pode deixar de acontecer, quando o homem usando de prudência, modifica-lhes o curso. Também não há fatalidade nos atos da vida moral.
Todas as nossas más tendência não é  culpa do destino.
O Espírito livre da matéria, no intervalo das encarnações faz as escolhas de suas existências corporais futuras, de acordo com o grau de perfeição que atingiu, e nisso, consiste principalmente o seu livre  arbítrio. Essa liberdade não é anulada pela encarnação. Se o homem cede à influência da matéria é porque fracassou nas provas que escolheu.
Se um espírito escolheu nascer e viver   uma vida de pobreza, ele tem a opção de aceitar  com dignidade esta situação, ou partir para o enriquecimento ilícito; roubando, corrompendo-se; às conseqüências advindas das suas escolhas não é  obra do destino.
O espírito pode também escolher apenas nascer num meio pobre para que  force-o lutar e  melhorar de vida. Usando de prudência e por merecimento, Deus pode conceder-lhe aquilo que deseja.
Se um espírito escolheu como prova nascer num meio propicio ao crime, ele poderá ou não vir a  ser um criminoso, vai depender unicamente dele; de sua força de vontade.
Ceder as más tendências, as tentações, significa falhar nas escolhas feitas e ter que recomeçar numa outra encarnação.
Assim, nem tudo que acontece em nossa vida é obra do destino. Destino ou fatalidade são aquelas provas que escolhemos antes de nos encarnarmos. Aquelas coisas que não podemos evitar.
Fatalidade ou destino só existe mesmo, no verdadeiro sentido da palavra, apenas no  instante da morte. Quando este momento chega, seja por um meio ou por outro, nada podemos fazer.
Fonte: O Livro dos Espíritos. “Allan Kardec”

"DESTINO"

Muito se fala sobre o destino. Tudo que acontece de anormal em nossas vidas, geralmente culpamos  o destino.  Se alguém ganha na loteria é coisa do destino. Se acontece uma tragédia na vida de alguém também é obra do destino.
Mas será que existe mesmo o Destino. ?
Se todos os  acontecimentos da nossa vida fosse obra do destino o homem seria uma máquina sem vontade. Para que serviria sua inteligência uma vez que todos os atos de sua vida seriam  invariavelmente dominados pelo poder do destino?
Não haveria mais responsabilidade para o homem, e conseqüentemente nem bem nem mal, nem crimes nem virtudes. Deus soberanamente justo não poderia castigar suas criaturas por faltas que não dependeram delas,  nem recompensá-las pelas virtudes  das quais não teriam o mérito. Onde estaria o livre arbítrio do homem?
De que adiantaria às pessoas estudarem, trabalharem para progredir se o seu destino está traçado?
Sempre que acontecer algo anormal em nossa vida, devemos perguntar: “ Eu poderia ter evitado isto?  Se estava em meu poder evitar tal acontecimento, então não é obra do destino.  Se eu não poderia ter evitado tal fato, então posso considerá-lo uma fatalidade.
Se tenho conhecimento que dirigir um carro embriagado numa rodovia em alta velocidade,  posso provocar uma tragédia e mesmo assim o faço;  todo o risco é de  minha responsabilidade, não é obra do destino.
Agora, se dirijo meu carro com minha família, tranquilamente, e vem um louco, bêbado, voando no seu carro e me atropela, sem que eu possa evitar a tragédia, aí sim posso culpar o destino.
A fatalidade ou destino, existe  na posição que o homem ocupa na terra e nas funções que aí cumpre, por  conseqüência do gênero de existência, que seu espírito escolheu  como prova, expiação ou missão, antes de se reencarnar.
Ele sofre, fatalmente, todas as alternâncias dessa existência, e todas  as tendência, boas ou más que lhe são próprias, porém, termina aí o Destino porque depende de sua vontade ceder ou não a estas tendências. Os detalhes  dos acontecimentos  dependem das circunstâncias que ele provoca com os seus atos. A Fatalidade pode deixar de acontecer, quando o homem usando de prudência, modifica-lhes o curso. Também não há fatalidade nos atos da vida moral.
Todas as nossas más tendência não é  culpa do destino.
O Espírito livre da matéria, no intervalo das encarnações faz as escolhas de suas existências corporais futuras, de acordo com o grau de perfeição que atingiu, e nisso, consiste principalmente o seu livre  arbítrio. Essa liberdade não é anulada pela encarnação. Se o homem cede à influência da matéria é porque fracassou nas provas que escolheu.
Se um espírito escolheu nascer e viver   uma vida de pobreza, ele tem a opção de aceitar  com dignidade esta situação, ou partir para o enriquecimento ilícito; roubando, corrompendo-se; às conseqüências advindas das suas escolhas não é  obra do destino.
O espírito pode também escolher apenas nascer num meio pobre para que  force-o lutar e  melhorar de vida. Usando de prudência e por merecimento, Deus pode conceder-lhe aquilo que deseja.
Se um espírito escolheu como prova nascer num meio propicio ao crime, ele poderá ou não vir a  ser um criminoso, vai depender unicamente dele; de sua força de vontade.
Ceder as más tendências, as tentações, significa falhar nas escolhas feitas e ter que recomeçar numa outra encarnação.
Assim, nem tudo que acontece em nossa vida é obra do destino. Destino ou fatalidade são aquelas provas que escolhemos antes de nos encarnarmos. Aquelas coisas que não podemos evitar.
Fatalidade ou destino só existe mesmo, no verdadeiro sentido da palavra, apenas no  instante da morte. Quando este momento chega, seja por um meio ou por outro, nada podemos fazer.
Fonte: O Livro dos Espíritos. “Allan Kardec”

segunda-feira, 14 de maio de 2012

"DEUS NEGRO"


 Eu, detestando pretos, Eu, sem coração!
Eu, perdido num coreto, Gritando: "Separação"!
Eu, você, nós...nós todos, cheios de preconceitos,
fugindo como se eles carregassem lodo,
lodo na cor...
E, com petulância, arrogância, afastando a pele irmã.
Mas, estou pensando agora, e quando chegar minha hora ?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã?
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas, se eu chegasse lá e um porteiro manco,
como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta, e eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei?
Se a sua mão tateasse pelo trinco, como as mãos do cego que não ajudei ?
Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei ?
Se uma criança me tomasse pela mão, criança como aquela que não embalei, e me levasse por um corredor florido, colorido, como as flores que eu jamais dei ?
Se eu sentisse o chão frio, como o dos presídios que não visitei ?
Se eu visse as paredes caindo, como as das creches e asilos que não ajudei ?
E se a criança tirasse corpos do caminho, corpos que eu não levantei dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos, que era vagabundagem, mas era fome?
Meu Deus !
Agora me assusta pronunciar seu nome .
E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu, da prostituta que eu usei, ou do moribundo que não olhei, ou da velha que não respeitei, ou da mãe que não amei ?
Corpo de alguém exposto, jogado por minha causa, porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei, sei lá, só dei desgosto?
E, no fim do corredor, o início da decepção .
Que raiva, que desespero, se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho, maldito funcionário, e até, até o padeiro, todos sorrindo não sei de quê?
Ah! Sei sim, rindo da minha decepção. Deus não está vestido de ouro. Mas como?
Está num simples trono. Simples como não fui, humilde como não sou.
Deus decepção .
Deus na cor que eu não queria, Deus cara a cara, face a face, sem aquela imponente classe.
Deus simples! Deus negro !
Deus negro?!!!!!!!
E Eu...
Racista, egoísta. E agora ?
Na terra só persegui os pretos, não aluguei casa, não apertei a mão.
Meu Deus você é negro, que desilusão!
Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão? Que nada .
Meu Deus você é negro, que decepção!
Não dei emprego, virei o rosto. E agora?
Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?
Deus, eu não podia adivinhar....
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto, preto como o engraxate, aquele que expulsei da frente de casa?
Deus, pregaram você na cruz e você me pregou uma peça.
Eu me esforcei à beça em tantas coisas, e cheguei até a pensar em amor, Mas nunca, nunca pensei em adivinhar sua cor.
Autor: Neimar de Barros



















































"DEUS NEGRO"


 Eu, detestando pretos, Eu, sem coração!
Eu, perdido num coreto, Gritando: "Separação"!
Eu, você, nós...nós todos, cheios de preconceitos,
fugindo como se eles carregassem lodo,
lodo na cor...
E, com petulância, arrogância, afastando a pele irmã.
Mas, estou pensando agora, e quando chegar minha hora ?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã?
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas, se eu chegasse lá e um porteiro manco,
como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta, e eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei?
Se a sua mão tateasse pelo trinco, como as mãos do cego que não ajudei ?
Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei ?
Se uma criança me tomasse pela mão, criança como aquela que não embalei, e me levasse por um corredor florido, colorido, como as flores que eu jamais dei ?
Se eu sentisse o chão frio, como o dos presídios que não visitei ?
Se eu visse as paredes caindo, como as das creches e asilos que não ajudei ?
E se a criança tirasse corpos do caminho, corpos que eu não levantei dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos, que era vagabundagem, mas era fome?
Meu Deus !
Agora me assusta pronunciar seu nome .
E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu, da prostituta que eu usei, ou do moribundo que não olhei, ou da velha que não respeitei, ou da mãe que não amei ?
Corpo de alguém exposto, jogado por minha causa, porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei, sei lá, só dei desgosto?
E, no fim do corredor, o início da decepção .
Que raiva, que desespero, se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho, maldito funcionário, e até, até o padeiro, todos sorrindo não sei de quê?
Ah! Sei sim, rindo da minha decepção. Deus não está vestido de ouro. Mas como?
Está num simples trono. Simples como não fui, humilde como não sou.
Deus decepção .
Deus na cor que eu não queria, Deus cara a cara, face a face, sem aquela imponente classe.
Deus simples! Deus negro !
Deus negro?!!!!!!!
E Eu...
Racista, egoísta. E agora ?
Na terra só persegui os pretos, não aluguei casa, não apertei a mão.
Meu Deus você é negro, que desilusão!
Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão? Que nada .
Meu Deus você é negro, que decepção!
Não dei emprego, virei o rosto. E agora?
Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?
Deus, eu não podia adivinhar....
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto, preto como o engraxate, aquele que expulsei da frente de casa?
Deus, pregaram você na cruz e você me pregou uma peça.
Eu me esforcei à beça em tantas coisas, e cheguei até a pensar em amor, Mas nunca, nunca pensei em adivinhar sua cor.
Autor: Neimar de Barros



















































sexta-feira, 11 de maio de 2012

"APARIÇÕES DE JESUS DEPOIS DA MORTE"

Em várias oportunidades Jesus disse aos seus discípulos que após sua morte ressuscitaria. Preocupa-nos a compreensão correta do que, em seu conceito, era a ressurreição. Vejamos a seguinte passagem:
“E que os mortos ressuscitem, é Moisés quem dá a conhecer através do episódio da Sarça Ardente, quando chama ao Senhor: o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; para ele, então, todos são vivos”. (Lc 20,37-38).
Vejam bem, se Jesus, em se referindo a pessoas que haviam morrido, diz que para Deus todos “são vivos” é porque nossa individualidade sobrevive após a morte, em outras palavras, poderia estar dizendo da nossa condição de espíritos eternos. Ao que chamamos de morte é apenas o processo, ao qual nosso espírito, em seu regresso ao plano espiritual de onde veio, devolve à natureza os elementos constitutivos do corpo físico, cuja finalidade era viabilizar o seu desenvolvimento moral e intelectual. Em vista disso, é que devemos entender que a ressurreição de que Jesus falava não era no corpo físico, e sim o ressurgir em espírito. Foi o que aconteceu com ele. Depois de sua morte esteve ainda na terra em seu corpo espiritual, conforme se encontra em Atos: “Após sua paixão,ele lhes mostrou, com muitas provas, que estava vivo, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do Reino de Deus”. (1,3).
Sabemos, por informação dos próprios espíritos, que eles se manifestam em seu corpo espiritual, denominado perispírito. Nele é evidenciada toda a evolução moral do espírito, assim quanto mais luminoso maior evolução e, via de conseqüência, quanto menos luz produzir mais inferior é o espírito. Deve ser pelo motivo de sua luminosidade que, em algumas situações, Jesus não foi reconhecido pelos seus discípulos, como observamos em Mc 16,12: “Depois disto, ele apareceu sob outra forma, a dois deles que estavam a caminho do campo”. Também ao aparecer a Saulo, na estrada de Damasco (At 9, 3-9), veio em sua plenitude espiritual, fato que impossibilitou aos que presenciavam o fenômeno de vê-lo, só ouviram sua voz. Ao narrar esse acontecimento, Paulo diz (At 22,6-9): “... aí pelo meio-dia, de repente uma grande luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim”, o que confirma o que estamos dizendo sobre o perispírito refletir a evolução moral.
A matéria, igualmente, não oferece nenhuma resistência a esse corpo perispiritual. Vejamos a prova disso, pelo fato de Jesus ter entrado em ambiente fechado:“Oito dias depois, os discípulos se achavam de novo na casa, e Tomé com eles. Jesus entrou, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e os cumprimentou: A paz esteja convosco!”. (Jo 20,26).
Podemos aceitar também que, em algumas circunstâncias, Jesus se materializou diante dos discípulos, nesse caso tornou-se tangível, o que podemos verificar quando diz: “Olhai para minhas mãos e pés: sou eu mesmo! Apalpai-me e vede: um fantasma não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho! Dizendo isto, mostrou-lhes mãos e pés. Mas como hesitavam em acreditar, por causa da muita alegria, e continuavam espantados, Jesus lhes disse: ‘Tendes aqui alguma coisa para comer?’ Deram-lhe um pedaço de peixe grelhado. Ele o tomou e comeu na presença deles”. (Lc 24, 39-43). É bem provável que Jesus, ao se materializar, teve que se comportar como se fosse realmente de carne e osso, tendo em vista que nem os discípulos nem os de sua época tinham conhecimento dos mecanismos das manifestações espirituais para entender o que estava acontecendo.
Temos que convir que, em certos relatos do Evangelho, existem alguns exageros. Assim, determinados acontecimentos foram colocados buscando valorizar os fatos ou a pessoa quem os produziu. Vejamos, como exemplo, o que consta em Jo 21,25: “Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seriam escritos”.
Dito isso, vamos à 1ª carta aos Coríntios 15, 3-6: “Eu vos transmiti principalmente o que eu mesmo recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que apareceu a Cefas, depois aos doze. Em seguida apareceu, de uma só vez, a mais de quinhentos irmãos, dos quais a maior parte vive ainda hoje, embora alguns tenham morrido”. Nenhum dos quatro evangelistas fala que Jesus teria aparecido a quinhentas pessoas, assim podemos supor que pode ser apenas um exagero de Paulo.
Por outro lado, até mesmo a questão de Jesus ter ficado quarenta dias no meio dos discípulos poderíamos entender de outra forma, pois o número 40 possuía, para eles, um significado importante, observem:
·         O povo hebreu permaneceu 40 anos no deserto;
·         No dilúvio choveu 40 dias e 40 noites;
·         Jacó ao morrer ficou 40 dias embalsamado;
·         Moisés ficou no Sinai 40 dias e 40 noites, quando recebe os Dez Mandamentos;
·         Deus, por castigo, entrega os israelitas aos filisteus por 40 anos (Jz 13,1);
·         Em desafio um filisteu se apresenta ao exército hebreu por 40 dias (1Sm 17,16);
·         Davi reinou por 40 anos (2Sm 5,4);
·         O templo tinha 40 côvados.(1Rs 6,17);
·         O reinado de Salomão durou 40 anos (1Rs 11,42);
·         Elias, após comer o que um anjo lhe dá, caminha 40 dias e 40 noites (1Rs 19,8);
·         Jesus jejuou 40 dias e 40 noites.
Carlos Torres Pastorino no Livro A Sabedoria do Evangelho, quando fala sobre como devemos fazer a interpretação da Bíblia, coloca:
Os números possuem sentido muito simbólico, assim:
10 – diversos
40 – muitos
07 – grande número
70 – todos, sempre.
Então, conclui: não devem ser tomados à risca.
Dessas aparições de Jesus podemos realçar duas coisas. A primeira, é que há vida após a morte, caso contrário, ninguém poderia aparecer depois de morto. A segunda, é que os mortos se comunicam com os vivos, por mais que alguns ainda venham a dizer que isso não pode ocorrer, a nós não resta dúvida alguma quanto a isso. Alguns querem sustentar que Jesus tenha se manifestado com o corpo físico, entretanto isso não condiz com o que podemos tirar dos acontecimentos.
Então Jesus não ressuscitou no corpo físico? Reafirmamos: Não, apesar de que isso possa lhe causar um certo choque, mas analisemos.
Quando se apresenta a Maria de Madalena, diz “não me toques, porque ainda não subi para meu Pai” (Jo 20,17), entretanto, a Tomé Ele disse: “Põe aqui o teu dedo, vê as minhas mãos, aproxima também a tua mão, põe-na no meu lado” (Jo 20,27), nos parecendo contraditório. Fica ainda mais difícil de compreender, quando colocam Jesus dizendo “porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que eu tenho” (Lc 24,39), e, na seqüência (v.43), ele está comendo peixe com favo de mel. Tudo isso nos parece ter sido um ajuste para sustentar a idéia de que a alma não sobrevive sem o corpo físico.
No livro de Tobias, encontramos um anjo fazendo coisas comuns ao seres humanos, inclusive comendo, mas ao final ele declara: “Eu sou Rafael, um dos sete anjos... Vocês pensavam que eu comia, mas era só aparência... E o anjo desapareceu...”. (Tb 12, 15-22). No caso de Jesus não poderia ter sido uma situação semelhante ou mesmo completamente materializado, conforme já o dissemos? Esta hipótese justificaria a questão de que poderia ser tocado, pois estaria tangível.
Mas considerando que, em várias oportunidades, se manifesta e ninguém o reconhece, somente acontecendo após algum gesto dele. Isso não ocorreria se ele tivesse mesmo ressuscitado no corpo físico. Se fosse em espírito poderia muito bem, por sua evolução espiritual, transparecer com tanta luz que não conseguiram de imediato identificá-lo. Teria Ele, quando vivo, dito algo que viesse a negar depois de morto, já que acreditamos que o que pregou foi realmente a ressurreição do Espírito?
Os evangelistas são unânimes em dizer que o corpo de Jesus foi colocado num túmulo novo. As narrativas de Mateus (27.59-60) e Marcos (15,46) dizem que o túmulo era de José de Arimatéia, enquanto a de Lucas (23,52) não dá a entender isso e João (19,41-42) diz que o túmulo estava localizado no jardim perto do lugar onde Jesus fora crucificado e o colocaram lá apenas porque estava perto, faltam dados para concluir que seria de José de Arimatéia. Prestem a atenção à narrativa, pois foi dito “colocaram” em vez de enterraram, com isso não estaria mesmo para ser um lugar provisório?
Em Atos (5,6.10), quando se narra a morte de Ananias, e, logo após, a de Safira, sua mulher, a expressão usada foi: “levaram para enterrar”, ou seja, em definitivo. Assim, por falta de maiores comprovações, podemos concluir que o lugar onde colocaram o corpo de Jesus não era o seu túmulo definitivo, o que, provavelmente, foi feito depois, daí a razão do desaparecimento de seu corpo, hipótese mais provável tomando-se como base as narrativas.
Por outro lado, no domingo de manhã, dois dias depois da morte de Jesus, algumas mulheres compraram perfumes e foram ao sepulcro para embalsamar o corpo (Mc 16,1; Lc 24,1), reforçando a idéia de que estava ali provisoriamente. João (20,1-2) relata que somente Maria Madalena foi ao sepulcro, sem dizer o motivo, que ao encontrá-lo vazio, diz: “levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram”, ou seja, falou exatamente o que seria de se esperar para uma situação provisória.
Quem vai nos tirar desse impasse? Em Atos (16,7) Paulo e Timóteo tentam entrar na Bitínia, aí diz o texto: “mas o Espírito de Jesus os impediu”. Em 2Cor 3,17, Paulo afirma: “O Senhor é Espírito”. Pedro já nos diz que Jesus: “...sofreu a morte em seu corpo, mas recebeu vida pelo Espírito (1Pe 3,18) e mais adiante nos dá outra informação dizendo que Jesus foi pregar o Evangelho aos mortos (1Pe 4,4-6), o que Jesus só poderia ter feito em Espírito. Assim, tudo se converge para a idéia de que Jesus, após sua morte, ressuscitou em Espírito.
A conclusão final, portanto, fica-nos que a ressurreição contida na Bíblia é a do Espírito e não do corpo. E sendo a do Espírito teremos também que, forçosamente, admitir a comunicação dos “mortos” com os vivos, conforme o acontecido com o próprio Jesus após sua morte.
Fica aí ainda evidenciada a necessidade de uma exegese mais realista dos fatos acontecidos, já que o que os teólogos nos colocaram não condiz com a realidade.


Paulo da Silva Neto Sobrinho

Bibliografia:

Bíblia Sagrada, São Paulo, Edições Paulinas, 1980.Bíblia Sagrada, São Paulo, Paulus, 1990.




quinta-feira, 10 de maio de 2012

"A SOCIEDADE HUMANA"


A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funciona exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades radicais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.
Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
Atingida a época da aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, as vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias,.
E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinqüência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo.
Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem Como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestavam, arrecadando a compensação das próprias obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência da evolução.
 “Emmanuel” - Do livro: Pensamento e Vida. Francisco Cândido Xavier


"A SOCIEDADE HUMANA"


A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funciona exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades radicais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.
Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
Atingida a época da aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, as vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias,.
E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinqüência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo.
Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem Como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestavam, arrecadando a compensação das próprias obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência da evolução.
 “Emmanuel” - Do livro: Pensamento e Vida. Francisco Cândido Xavier


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...