Seguidores

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

"FOI DIFÍCIL ACORDAR HOJE DE MANHÃ."

 Foi difícil acordar hoje de manhã?
Talvez você seja mais um entre os que negociam minutos a mais com o despertador.
Sair da cama cambaleando, tentando organizar os pensamentos para iniciar a rotina de todos os dias.
Seguimos, resignados, o roteiro da “vida real” , sabendo que não nos resta outra escolha a não ser assumirmos nosso papel na sociedade, nos esforçando para correspondermos as expectativas do chefe, esposa, marido, filhos, amigos…
Mas, e você, o que espera?
Construímos nossas vidas sobre estruturas que já estavam aqui, afinal, todos fazem a mesma coisa sempre, certo? Acreditamos que não nos resta alternativa a não ser simplesmente aceitá-las.
Vestimos os uniformes, seguimos as regras, nos adequamos as demandas, muitas vezes suprimindo o que de fato nos habita.
Por que estou falando isso agora?
Talvez para lhe questionar se esse caminho, esse que você está agora, é realmente o seu caminho.
É nele que você gostaria de estar? Isso tem a ver com você de verdade ? Essa é SUA vida?
Infelizes os que constroem seus dias a partir das necessidade financeiras, de medo ou culpa, preenchendo todas as suas ambições pelo desejo do reconhecimento alheio.
Um dia você foi “ligado na tomada” e apareceu por aqui.
Sem nenhuma consciência, foi gerado e cuidado para que chegasse até esse instante.
Todos os seus caminhos te trouxeram para o hoje, para essa tela de computador, para esse lugar, nesse dia, nesse segundo e, saiba, foi você quem quis assim.
E agora? Para onde irá?
Não me refiro exclusivamente a navegação pela net logo após ler esse texto, mas, também: o que fará com o que está lendo?
Como a maioria das mentes atuais, a sua está sobrecarregada de informações, mas qual delas guardará por considerar relevante ?
Será que você não está programado para arquivar apenas o que contribui para a manutenção do que já está?
É você quem determina para onde vai a partir de suas escolhas.
É você quem escolhe. Você.
São suas prioridades que revelam que tipo de coração tem.
Talvez você não veja agora outros caminhos.
É possível que queira mudar algumas coisas, mas nem saiba como.
Preste atenção.
Isso vale para absolutamente tudo: os caminhos- todos eles- existem em você.
Aí dentro vivem todas as possibilidades que te transformariam em qualquer coisa.
A única questão é : você vê.?
São seus olhos que iluminam seus passos, que definem o que você consegue enxergar.
A luz que sai deles, é a que habita seu coração.
Seus caminhos revelam quem é você.
Então o que você precisa mudar?
Independente do que seja, comece pela mente.
Nada mudará de verdade se antes você não mudar sua mente.
Alimente-a com o que faz bem.
Sorva bons pensamentos, olhe por outras perspectivas, ouça boa música, leia bons livros, tenha pensamentos construtivos, enxergue o lado bom das pessoas, se há bons pensamentos, que habitem seu interior, abra mão da vitimização, deixe de adular seus traumas, fique perto de quem agrega, de tudo que construa um ser humano melhor e principalmente: perdoe, perdoe-se, livre-se do gigantesco peso da mágoa, da vingança, do “justicismo”, seja ele de que natureza for.
Se seu interior for bom, seus olhos também serão e, consequentemente, seus caminhos também.
Dificuldades e dores todos temos, mas quando você está em paz, o choro não significa desespero.
A dor não tangencia caminhos, a escassez vira apenas contratempo, oportunidade para amadurecer.
Quer repensar seus caminhos?
Então comece pelos caminhos que ninguém vê e que estão dentro de você. Mude sua mente.
Fazendo assim, todos, absolutamente todos os seus caminhos refletirão aquele que antes mudou em você.
Não existem fórmulas mágicas, não sei quantos passos para não sei o que, ou qualquer outro ritual que substitua o fato de que seus caminhos refletem quem você é.
Antes de mudá-los, mude sua mente.
Você só precisa perceber.
Flavio Siqueira


"A HUMILDADE ESPÍRITA "

“Alguém disse um dia que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude. Mas não é exatamente de hipocrisia que quero falar. Quero falar da busca de equilíbrio no comportamento humano, que tanto nos exige se estivermos realmente dispostos a mudar. 
Muitos não querem mudar. Acho que a maioria. O que querem é que a situação mude, que as pessoas mudem, que tudo mude, menos elas mesmas. Se existe um padrão ideal de comportamento devemos conquistá-lo. Não se trata de deixarmos de lado nossas características, não se trata de nos estereotiparmos, de nos tornarmos todos iguais. Pelo contrário. 
Justamente para podermos nos mostrar exatamente como somos é que precisamos alcançar um ponto de equilíbrio que nos permita nos manifestar tal como somos sem ferir o próximo. Porque o que mais vemos são dois extremos: Aquele que se mostra por inteiro, sem considerar direitos, sentimentos e conceitos alheios; e aquele que se esconde atrás de uma máscara de indiferença, como se nada lhe importasse, mas que por dentro fica se remoendo. 
Comecei falando sobre hipocrisia. É que a palavra hipocrisia se refere a máscara, a essa máscara que alguns nunca tiram da cara, e que todos nós experimentamos uma vezinha ou outra. A palavra hipocrisia vem do grego e designava, originalmente, o ator de teatro. Quando Jesus chamava os fariseus de hipócritas era o mesmo que hoje chamarmos alguém de "artista", querendo dizer com isso que a pessoa finge, que ela representa como um artista. 
Mas a designação pejorativa da palavra só se consolidou na Idade Média. Hoje hipócrita é um palavrão dos mais feios. E nós somos hipócritas mais vezes do que pensamos. Quando você cede no seu ponto de vista, sabendo que ele é verdadeiro, você acha que está sendo humilde? Eu, particularmente, evito discussão. Quando discutimos esquecemos a busca da verdade e só queremos que prevaleça o nosso ponto de vista. 
Mas uma coisa é evitar discussão, outra coisa é fazer de conta que aceita o ponto de vista alheio e ficar se remoendo por dentro. Isso acontece muito em querelas religiosas. Alguns espíritas, por força do preconceito, têm medo de assumir sua postura. E aceitam os argumentos fajutos de pessoas descrentes do Espiritismo. Fazem cara de banana e fingem que concordam. Cedem externamente e se revoltam intimamente. Isso não é humildade, longe disso. Isso é hipocrisia grossa. Para com os outros a para consigo mesmo. 
Não estou condenando quem faz isso. Eu já fiz coisas do gênero. Na tentativa de sermos humildes fazemos coisas muito ridículas. Ceder contra a vontade não é humildade, é hipocrisia. Ceder para evitar discussão, ser condescendente, dependendo das circunstâncias é atitude madura e meritória. Ceder por medo de assumir sua postura é covardia. Ser humilde não é ser covarde, ser manso não é ser medroso. Um cavalo para ser encilhado precisa ser domado. Depois da doma ele fica manso, e sua força e intrepidez podemos ser controladas e direcionadas. Mas o cavalo não deixa de ser forte e intrépido por ser manso. Não se torna medroso por ser manso. 
Acho que o conceito de humildade foi muito deturpado. É verdade que a palavra deriva do latim humus, terra. Por causa disso, talvez, se pense que ser humilde é rebaixar-se, é andar se arrastando. Mas as palavras homem e humanidade também derivam de humus. Isso se deve ao fato de os antigos considerarem que o homem veio do barro, da terra, do humus. Ser humilde, então, é ser como se é, é ser conforme a sua natureza, ser apenas mais um homem, indivíduo da humanidade. Ser humilde não é rebaixar-se, ser humilde é ser exatamente como se é, nem acima, nem abaixo. 
Ser humilde não é andar se arrastando, falando mole e aceitando desaforos e engolindo absurdidades. Devemos defender as verdades que nos são caras. Para isso é possível que tenhamos que ser firmes, enérgicos. Claro que não vamos perder tempo e energia discutindo ou dando conversa pra quem nem sabe direito o que pensa. Mas algumas vezes nos vimos na contingência de ter que defender nossas verdades, as posturas que adotamos. E isso exige energia e coragem. Isso são virtudes, não defeitos. Defeito é covardia, moleza, rebaixamento de si mesmo. Essas fraquezas não condizem com a grandeza de Deus.


Autor desconhecido.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

“SEJA COMO UMA FLOR”

Era uma tarde quente de verão, e o vendaval agitava a folhagem com violência, anunciando a tempestade que se aproximava rapidamente...
Pelas janelas abertas, um suave perfume enchia a casa...
Lá fora, um espetáculo digno de nota acontecia...
Açoitados pelo vento, os pés de manjericão, alfavaca e lavanda dobravam-se e liberavam um delicioso perfume.
Era impressionante notar a maneira como as flores e folhagens respondiam aos golpes violentos do vento...
Os primeiros pingos de chuva enfeitavam as rosas abertas como se fossem diamantes líquidos...
Mas o temporal anunciado logo chegou e as gotas da chuva, agora misturadas com o vento forte, pareciam um bombardeio cruel macerando as suaves pétalas, que respondiam à agressão liberando um perfume inconfundível...
Era incrível aquela lição viva de generosidade e resignação!
Ante a violência do temporal, instintivamente as plantas se dobravam para não quebrar...
As plantas não pensam, não são seres racionais, mas cumprem, silenciosas e submissas, a tarefa que o Criador lhes confia, apesar das tempestades da vida...
Assim também agem algumas pessoas. São como as flores que, mesmo maceradas pela enfermidade cruel, pela agrestia da vida, respondem com o perfume do otimismo e da alegria.
Seres racionais que são, sabem que todas as lições que lhes chegam são oportunidades de crescimento e autos superação.
Isso acontece com uma jovem senhora, agredida por um câncer cruel que tenta lhe roubar o corpo, minando-o aos poucos e insistentemente.
Quando soube que teria que fazer quimioterapia novamente, não se desesperou.
Eu venci essa doença uma vez e vou vencê-la de novo. Falava com fé e disposição.
A família, preocupada com seu estado de saúde, insistia para que ela ficasse em casa, repousando, mas ela prefere trabalhar.
Trabalha como vendedora e sempre supera as metas estabelecidas.
Quando faz o tratamento quimioterápico, ela passa muito mal. Mas a dor não a impede de estar o dia todo com um sorriso nos lábios, distribuindo otimismo junto aos seus colegas.
Sempre gentil, ela dribla a doença, trabalha, confia, sofre, espera...
Uma pessoa assim é como uma flor que, mesmo açoitada pelos ventos fortes e pela violência da chuva, exala perfume e não deixa de florescer a cada primavera.
Parece que Deus permite que pessoas assim nasçam na Terra para exemplificar a resignação, a confiança, o otimismo...
Pessoas que não se deixam desanimar, mesmo diante dos quadros mais graves e desesperadores.
O corpo sofre as agressões da doença, não há dúvida. Mas o Espírito está intacto, lúcido, ofertando o perfume da gratidão a Deus pela bênção da vida. E vive intensamente.
Enquanto muitas pessoas saudáveis reclamam por coisas mínimas, faltam ao trabalho sem motivos justos, aquela mulher-flor abre suas pétalas de esperança dignificando a oportunidade de crescer que o Criador lhe concede.
Sem dúvida, um exemplo incomum...
Em vez de se deixar derrotar pela enfermidade, ela luta com vigor e coragem, e, acima de tudo, com confiança plena em Deus...
Quando, em algum momento, sua coragem ameaça vacilar, pensa nas pessoas que sofrem mais que ela e firma o passo outra vez, seguindo em frente.
Imitando as flores que, mesmo tendo suas pétalas rasgadas pelo granizo, não deixam de exalar perfume, também essa moça valente não permite que a doença lhe roube a paz de Espírito e a imensa vontade de viver...
Pense nisso, e busque viver com otimismo, por mais que a situação esteja difícil...
Lembre-se sempre de como vivem as flores...
Redação do Momento Espírita.


"DEUS É JUSTO OU INJUSTO"

Deus é justo ou injusto?
Na terra cada variedade de raça, recebe com maior ou menor intensidade o que necessita para desempenhar e enobrecer as qualidades de sua espécie, a raça a que pertence. O grupo humano não foge à regra natural, só nos é acrescentada a liberdade de escolha, cumprindo a função para a qual fomos chamados.
Ao nos harmonizarmos com as leis divinas, nos sentimos felizes a caminho do progresso. Desprezá-las cria um ambiente vibratório individual de desarmonia que pode chegar a atingir aqueles que nos cercam e terá ressonância de vibrações inferiores.
Será que Deus criou a Terra, com todo o seu aparato animal e vegetal, somente para o desfrute do homem? O ser humano foi criado para desfrutar à custa daqueles que caminham com ele?  Não!   Por todos os seus atos de abuso, há a consequência de que, não compreendendo, ache que Deus lhe está sendo injusto.
Temos quase sempre nas nossas vivência buscado o significado da vida, tentando adivinhar por que razão Deus criou o homem, talvez por darmos importância demais ao que pensamos ser ou pelos sentimentos que cultivamos sobre tão importante questão.
Deus é profundamente simples. Para que possamos ouvi-lo e senti-lo, é preciso antes de tudo ser simples como ele.  Um exemplo da simplicidade de Deus é sua onipresença tanto no nosso Cristo quanto num verme desprezado por todos.
Devemos nos despojar do cultivo da autovalorização: vaidade, orgulho e presunção, para nos tornarmos melhores.
Não assumindo nossa participação no conjunto do orbe terráqueo, nos sentimos excluídos de obrigações e responsabilidades. Aí, o que acontece com o restante dos habitantes da Terra?  A consequência é esta que estamos vendo: destruição e devastação do que a natureza levou milhões de anos para construir. Não nos sentindo parte do Universo, parece que estamos aqui para usar e desfrutar, não tendo nada a responder, nem responsabilidade sobre o que acontece com a Terra e seus habitantes, se sofrem dores ou misérias.
Não podemos compreender aquele do qual estamos separados e, enquanto assim estivermos, não faremos parte do todo. Se conseguirmos participar, seremos um só.  Não haverá maior nem menor, meu pequeno eu se perderá diante da importância do grande todo.
Que restou, então, para mim e para minha espécie?
Viver e, neste viver, conhecer e compreender minhas funções e as do que nos cercam, compondo assim um todo harmônico. O que os irracionais fazem instintivamente, o homem deve fazer consciente e espontaneamente.
Os irracionais não tem escolhas, o homem pode escolher entre participar ou recusar do banquete Divino, que é a própria vida, refletindo, assim, a simplicidade e o equilíbrio do macro refletido no micro.
Sem nenhuma pretensão, anterior ou posterior, ou do momento presente, pois estes são produtos do egoísmo oriundo da mente temporal. Deus é atemporal.
Deus é profundamente justo. Não há desvio ou preferências nas suas leis. Recebemos de acordo com o que fazemos. As nossas vibrações são resultado de nosso estado interior, são elas que vão proporcionar união com vibrações harmoniosas ou perturbadas, causando dor e angustia, ou felicidade. Conhecendo a lei da Reencarnação, entendemos melhor a justiça Divina. Compreendendo Deus, veremos que tudo o que ele faz é justo, pois nada deve a ninguém. Tudo o que recebemos é graça e de graça, nada temos feito para termos crédito com Deus. Pois, por mais que façamos, é dele o potencial, a capacidade e a oportunidade de agir. Se vivermos esta verdade, nunca passará por nossa mente a questão de Deus ser justo ou injusto.
Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho.
Pelo Espírito: Patrícia. Da Obra: “ O Vôo da Gaivota”.    




"ANJOS GUARDIÕES"

Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.
Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.
Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.
Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.
Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.
São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.
Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueles outros de perturbação e vulgaridade.
Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.
Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.
Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.
Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.
Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.
Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.
Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.
Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânim
o e equilíbrio.
Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.
Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.
O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.
O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.
Imana-te a ele.
Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.
Medita nas Suas lições e busca seguir-lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.

Divaldo Pereira Franco. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

Salvador, BA: 1994.

domingo, 6 de dezembro de 2015

"ENCARNAÇÃO E REENCARNAÇÃO"

Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. Á medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio vito-material do gérmen , o perispírito , que possui certas propriedades da matéria , se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde se poder dizer-se que o Espírito, por intermédio de seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen Encarnação, como uma planta na terra.
Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior. A encarnação em outras palavras é o estado em que os Espíritos estão quando se revestem de um envoltório corporal. Diz-se: Espírito encarnado em oposição a espírito errante. Os Espíritos são errantes nos intervalos de suas diferentes encarnações. A encarnação pode ocorrer na Terra ou em outro mundo.
A palavra encarnar significa nascer em um corpo de carne; quando um espírito vai encarnar, aproxima-se de sua mãe, unindo-se ao novo ser que se forma desde o instante da concepção. Vai gradativamente envolvendo-se com o processo de crescimento do embrião, do feto, até que eclode para a vida biológica, corporal, no momento em que nasce pelo parto. Aí se diz que ele está encarnado, Às sucessivas encarnações de um Espírito, através de sua jornada evolutiva , dá-se o nome de reencarnação. O termo desencarnação tem sido utilizado para designar a saída definitiva do Espírito do corpo, ou morte física ou biológica. A palavra encarne o mesmo que encarnação. O termo em alusão também é muito usado no de desencarnação.
Como foi dito no início desta matéria para existir a encarnação é necessária à existência de espíritos e a causa principal da dúvida sobre a exigência dos espíritos é a ignorância da sua verdadeira natureza. Imaginam-se os Espíritos como seres à parte na criação, sem nenhuma prova de sua necessidade.
Muitas pessoas só conhecem os espíritos através de estórias fantasiosas que ouviram em criança, mais ou menos como as que conhecem a História pelos romances. Não procuram saber se essas estórias, desprovidas do pitoresco, podem revelar um fundo verdadeiro, ao lado do absurdo que as choca. Não se dão ao trabalho de quebrar a casca da noz para descobrir a amêndoa. Assim, rejeitam toda a estória, como fazem os religiosos que, chocados por alguns abusos, afastam-se da religião.
Seja qual for à ideia que se faça dos espíritos , a crença na sua existência decorre necessariamente do fato de haver um principio inteligente no Universo, além da matéria.
Uma palavra usada aqui de nome erraticidade, se faz necessário que se dê à sinonímia dela: Estado dos Espíritos errantes, ou erráticos, isto é, não encarnados, durante o intervalo de suas existências corpóreas.
Erraticidade do francês: (erraticité), estado dos espíritos errantes ou erráticos como está acima exposto, isto é, não encarnados, que vivem durante o intervalo de suas existências corpóreas. Kardec escreveu o seguinte sobre erraticidade: “Estado dos Espíritos errantes, isto é, não encarnados durante os intervalos de suas existências corporais. A erraticidade não é um sinal absoluto de inferioridade para os espíritos.
 Há espíritos errantes de todas as classes, salvo os da primeira Ordem ou Espíritos Puros ou Puros Espíritos, que não precisam mais encarnar para aproximar-se, não podem ser considerados errantes.
Exemplo de um Espírito Puro: Jesus Cristo. Os Espíritos errantes são felizes ou infelizes segundo o grau de sua purificação. É nesse estado que o Espírito, sem o véu material do corpo que vestia, percebe suas existências anteriores e os erros que o afastam da perfeição e da felicidade infinita. É, então que escolhe novas provas , a fim de progredir mais rápido”. Sendo a Doutrina Espírita uma Ciência, uma filosofia e uma Religião quem quiser se aprofundar mais nos seus ensinamentos, terá que ler e aprender o que está implícito nas Obras Básicas. Não basta ler e aprender também é preciso compreender.
Pelo exposto, dá perfeitamente para entender o que seja encarnação, suas nuances e sua importância para toda a humanidade.
Espírito Puro no Orbe Terrestre, este mundo de provas e expiações, pois além destas provas e expiações fomos criados “simples e ignorantes”, estamos aqui em busca da evolução através das encarnações ou reencarnações sucessivas.
Reencarnação tema muito discutido por outros irmãos de crenças, que não a aceitam, e sim a ressurreição. A definição vem dirimir de uma vez todas as dúvidas existentes. É à volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.
A ressurreição como frisa os que defendem se dá no mesmo corpo carnal, imaginem que já desencarnou a mais de 3000 anos, já virou pó, e esta afirmativa vem fortalecer o que disse o Pai maior: “Tu vieste de pó e ao pó tu voltarás”, e Jó uma figura bíblica afirma: “Nu nasci e nu voltarei”, Nicodemos disse a Jesus, mas Mestre como pode um velho como eu, entrar novamente no útero de minha mãe? E Jesus foi claro: Aquele que não nascer de novo, não entra no reino dos céus!
A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o espírito muitas existências sucessivas; é a única que corresponde a ideia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os espíritos a ensinam.
A maioria das religiões admite a reencarnação desde os primórdios dos tempos. Foi no ano de 526 depois de Cristo no concílio de Nicéia em Constantinopla que mudaram para ressurreição através de uma votação   fraudulenta, já que existiam quatro pessoas para exercer o voto e no final o resultado foi três a dois, voto misterioso que a religião católica diz ser obra e graça do “Espírito Santo”.
A reencarnação é a esperança de todas as mães, cujos filhos se transviaram no mundo. Amiga de todos os que aspiram a elevar-se espiritualmente. Mestra dos que erram, por permitir-lhes que retornem, como criancinhas, aos mesmos lares que um dia atormentaram e destruíram.
.                                                                     
(ANTONIO PAIVA RODRIGUES )
 OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA MILITAR - GESTOR DE EMPRESAS - ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FGF - BACHAREL EM SEGURANÇA PÚBLICA).







sábado, 5 de dezembro de 2015

"COMPAIXÃO"

 “Escasseia, na atual conjuntura terrestre, o sentimento da compaixão. Habituando-se aos próprios problemas e aflições, o homem passa a não perceber os sofrimentos do seu próximo. 
Mergulhado nas suas necessidades, fica alheio às do seu irmão, às vezes, resguardando-se numa couraça de indiferença, a fim de poupar-se a maior soma de dores.

Deixando de interessar-se pelos outros, estes esquecem-se dele, e a vida social não vai além das superficialidades imediatistas, insignificantes. 
Empedernindo o sentimento da compaixão, a criatura avança para a impiedade e até para o crime.
Olvida-se da gratidão aos pais e aos benfeitores, tornando-se de feitio soberbo, no qual a presunção domina com arbitrariedade. 
Movimentando-se, na multidão, o indivíduo que foge da compaixão, distancia-se de todos, pensando e vivendo exclusivamente para o seu ego e para os seus. No entanto, sem um relacionamento salutar, que favorece a alegria e a amizade, os sentimentos se deterioram, e os objetivos da vida perdem a sua alta significação tornando-se mais estreitos e egotistas. 
A compaixão é uma ponte de mão dupla, propiciando o sentimento que avança em socorro e o que retorna em aflição. 
É o primeiro passo para a vigência ativa das virtudes morais, abrindo espaços para a paz e o bem-estar pessoal. 
O individualismo é-lhe a grande barreira, face a sua programação doentia, estabelecida nas bases do egocentrismo, que impede o desenvolvimento das colossais potencialidades da vida, jacentes em todos os indivíduos. 
A compaixão auxilia o equilíbrio psicológico, por fazer que se reflexione em torno das ocorrências que atingem a todos os transeuntes da experiência humana. 
É possível que esse sentimento não resolva grandes problemas, nem execute excelentes programas. Não obstante, o simples desejo de auxiliar os outros proporciona saudáveis disposições físicas e mentais, que se transformarão em recursos de socorro nas próximas oportunidades. 
Mediante o hábito da compaixão, o homem aprende a sacrificar os sentimentos inferiores e a abrir o coração. 
Pouco importa se o outro, o beneficiado pela compaixão, não o valoriza, nem a reconheça ou sequer venha a identificá-la. O essencial é o sentimento de edificação, o júbilo da realização por menor que seja, naquele que a experimenta. 
Expandir esse sentimento é dar significação à vida. 
A compaixão está cima da emotividade desequilibrada e vazia. Ela age, enquanto a outra lamenta; realiza o socorro, na razão em que a última apenas se apoiada. 
Quando se é capaz de participar dos sofrimentos alheios, os próprios não parecem tão importantes e significativos. 
Repartindo a atenção com os demais, desaparece o tempo vazio para as lamentações pessoais.
Graças à compaixão, o poder de destruição humana cede lugar aos anseios da harmonia e de beleza na Terra. 
Desenvolve esse sentimento de compaixão para com o teu próximo, o mundo, e, compadecendo-te das suas limitações e deficiências, cresce em ação no rumo do Grande Poder.”

Joanna de Ângelis
Divaldo P. Franco. Da obra: Responsabilidade.



"LEI DE AÇÃO E REAÇÃO"

A lei de ação e reação, ou o a cada um segundo suas próprias obras, baseia-se num perfeito mecanismo de justiça e igualdade absoluta para todos. Não há qualquer favoritismo para quem quer que seja. Agindo bem, teremos o mérito do bem. Agindo mal, teremos as consequências. Não se trata de castigo, em absoluto, mas de consequências.
Qualquer prejuízo que causarmos a nós mesmos ou a terceiros, ocasionarão consequências inevitáveis em nossa própria vida. Isto é da Lei Divina. E qualquer benefício que distribuamos gerará méritos e benefícios correspondentes em nosso próprio caminho, ainda que haja ingratidão dos beneficiados.
Passamos a entender, portanto, que fazer o mal a quem quer que seja nunca será compensador, pois sempre responderemos pelo mal que causemos, inclusive a nós próprios. E, do mesmo modo, toda felicidade ou tranquilidade que proporcionarmos ao próximo redundará, inevitavelmente, em bem para nós mesmos.
Não é por outra razão que Jesus ensinou a perdoar. O ódio alimentado, a vingança executada ou a perseguição contumaz a qualquer pessoa redundarão em estágios de sofrimento e dor a seu próprio autor. Perdoando, libertamo-nos.
Também é pela mesma razão que a recomendação sempre constante é para que promovamos o bem, ainda que este não nos seja espontâneo (estamos aprendendo a incorporá-lo em nós mesmos), pois todo bem gera o bem. O mal sempre gerará consequências desagradáveis.
Fácil perceber, portanto, que muitos sofrimentos existentes hoje na vida individual, social e coletiva, inclusive a nível de planeta, poderiam ser evitados se houvesse o conhecimento dessa realidade das consequências geradas por nossos atos. Quantos equívocos pelo desconhecimento dessa lei que simplesmente usa a justiça e a igualdade como parâmetros... 
Não temos o direito de ferir, de denegrir, de caluniar, de espoliar... Não temos igualmente o direito de matar, de roubar (bens, dignidade, oportunidades, paz, etc), de interferir na vida alheia, de impor ideias ou padrões que julgamos corretos. Entendamos que as criaturas são livres, desejam ser respeitadas, assim como queremos ser...
Este é o detalhe: as tentativas de dominação, imposição, de cerceamento da liberdade individual, sempre ocasionarão sofrimentos, pois todos somos seres pensantes, com vontade própria, responsáveis pelo próprio caminho. Poderemos, é claro, sugerir, aconselhar (se formos solicitados), auxiliar no que for possível, mas jamais violentar as consciências. Todas merecem respeito.
O tema suscita muitos debates, abre perspectivas imensas de estudo. Observa-se que as próprias leis humanas, refletindo as imperfeições do estágio evolutivo do planeta, muitas vezes são equivocadas, gerando também consequências para o futuro. O que se observa atualmente é fruto de toda essa inconsciência coletiva dos mecanismos que nos dirigem a vida.
Há que se pensar no que estamos fazendo. Já não somos mais seres tão ingênuos que desconhecem as Leis Morais. Estamos todos num caminho evolutivo, onde os direitos são iguais. Tais direitos, abrangentes, devem ser respeitados pela igualdade e pela justiça.
E é justamente pelo desrespeito a tais princípios de igualdade e justiça que se observam os efeitos na vida material e na vida espiritual, com os depoimentos que os próprios espíritos trazem do estado em que se encontram, em virtude do padrão moral que adotaram no relacionamento uns com os outros ou consigo mesmos.
O próprio O Céu e o Inferno traz depoimentos, em sua segunda parte, de diferentes espíritos que descrevem a situação em que se encontraram após a morte. Mas a questão não é apenas para depois da morte. Há que se considerar a própria existência física, atual ou futura (s), onde os mesmos reflexos se fazem sentir.
Será de muita utilidade que possamos estudar e debater os itens do Código Penal da Vida Futura, constante do livro em referência, para espalhar tais esclarecimentos. Mesmo os depoimentos constantes da mesma obra, são de grande utilidade para estudos e reflexões. 
São princípios desconhecidos da maioria dos espíritos encarnados no planeta, embora a consciência, onde está escrita a Lei de Deus (1), os avise de seus equívocos. Sufocados pelas imperfeições morais do orgulho, do egoísmo, da vaidade, ainda nos permitimos sufocar a própria consciência e agimos em detrimento uns dos outros. Daí as consequências inevitáveis e os sofrimentos... 
Em tudo, porém, é preciso sempre considerar a misericórdia de Deus, que nunca abandona seus filhos e lhes abre sem cessar novas oportunidades de progresso. O tema é extenso, pois poderemos adentrar os domínios do arrependimento, expiação e reparação, mas desejamos mesmo é sugerir ao leitor a leitura atenta do Código constante em O Céu e o Inferno. Os itens enumerados, todos eles, abrem perspectivas imensas de entendimento e esclarecimento, o que seria impossível num artigo de poucas linhas. Melhor mesmo é buscar na fonte original a lucidez e clareza da própria Doutrina.
Para concluir, gostaríamos de oferecer à reflexão do leitor a frase de Joanna de Ângelis, na psicografia de Divaldo Pereira Franco, constante do capítulo 38 – A glória do trabalho –, do livro Lampadário Espírita (2): No lugar em que te encontras, sempre poderás semear a luz da esperança e do amor. Eis um programação de ação para modificar os panoramas da vida humana. Basta nos situarmos no esforço do bem, para gerar efeitos salutares de felicidade e saúde.
Se usarmos este roteiro nas atitudes de cada dia, pronto! Estaremos sintonizados com o bem, gerando efeitos de amor e alegria. Simples consequência da lei de ação e reação.
Orson Peter Carrara


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

"A GRANDE TRANSIÇÃO"

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo. O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral. Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as consequências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de serem úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade. Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os no abismos da violência e da sensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.
... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.
A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda a parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.
A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega de maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires contínuos.
É inevitável a colheita da sementeira por aqueles que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espéculos venenosos.
Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.
Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, selo-a pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.
A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.
Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.
Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.
O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.
Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.
O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões. Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.
A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar lhe a maneira de como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.
Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.
A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.
Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano tornasse-lhe vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição espiritual.
A dor momentânea que o fere, convida-o por outro lado, à observância das necessidades de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.
Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.
Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Joanna de Ângelis

(Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de Julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ. Publicada na revista ‘Presença Espírita’, Setembro/Outubro 2006, Nº 256, pági

"MENSAGEM DE CONFIANÇA."

A confiança nas próprias forças enche o homem de coragem e disposição para lutar.
Quem não acredita em si mesmo assume uma postura derrotista.
Antes mesmo de tentar, já admite a derrota.
Todo empreendimento pressupõe planejamento, estratégia e trabalho a ser realizado.
Mas a confiança da possibilidade da vitória é imprescindível para que ela ocorra.
Alguns percalços sempre surgem na realização de uma obra de vulto.
O pessimista vê neles uma confirmação de sua incompetência.
O otimista procura aprender com o malogro, faz ajustes na rota, mas persiste no propósito.
A confiança não é necessária apenas em relação a aspectos materiais da existência humana.
Ela também é imprescindível em questões morais e espirituais.
Muitas pessoas não se dedicam ao burilamento de seu caráter porque acham isso impossível.
Acreditam que seus vícios são herança genética e se conformam com eles.
Assumem que a gula, o egoísmo, a preguiça e a maledicência são características suas.
Imaginam que defeitos morais são imutáveis como a cor dos olhos e a altura.
Entretanto, estão errados.
O corpo não dá defeitos e virtudes a ninguém.
Se fosse assim, a santidade seria apenas um acidente da natureza e não representaria nenhum mérito.
Do mesmo modo, a crueldade e a violência seriam mera decorrência da organização física.
O Espiritismo ensina que todos os Espíritos são anjos em potencial.
Possuem em germe todas as virtudes, mas cada um deve trabalhar para desenvolver seus talentos e habilidades.
A transição da ignorância para a angelitude constitui um caminho muito longo.
Ele pressupõe inumeráveis encarnações para completar-se.
No processo evolutivo, o Espírito, às vezes, erra e, às vezes, acerta.
Gradualmente, vai ganhando lucidez e tornando-se mais assertivo.
Sempre é necessário reparar os estragos causados nas experiências infelizes.
Entretanto, a cada nova experiência o Espírito acumula aprendizado e amplia as possibilidades de agir corretamente.
Habilidades intelectuais e artísticas, virtudes e afinidades constituem a herança do que se viveu.
Mas também velhos hábitos equivocados deixam sua marca.
Assim, as tendências atuais, boas ou más, são o resultado de experiências do passado.
Se um homem é violento, a violência não decorre de seu físico, mas de seu Espírito.
Um Espírito pacífico e equilibrado não será violento, mesmo se animar um corpo de aparência extremamente rude.
Assim, é importante assumir a integral responsabilidade pelo que se é.
Quaisquer que sejam suas características, você se construiu assim.
Mas está inteiramente em suas mãos modificar-se.
Seu destino é a angelitude.
Todas as virtudes dos anjos encontram-se latentes em você.
Compenetre-se dessa verdade e assuma que se tornar alguém maravilhoso depende apenas de sua vontade, de seu esforço.
Certamente não é fácil romper com velhos hábitos.
Calar a maledicência, cessar o julgamento leviano do próximo, domar a gula, disciplinar a sexualidade, tudo isso exige uma boa dose de esforço.
O mesmo se dá com o desenvolvimento da compaixão, do gosto por leituras sérias e por conversas construtivas.
Entretanto, é possível.
Você foi criado para ser um anjo pleno de amor e sabedoria.
Tenha confiança em seu luminoso destino e lute bravamente para atingi-lo.
Só depende de você.

Redação do Momento Espírita.


"O PODER"

Uma das coisas mais difíceis da vida é lidar com o poder.
Muitos dizem que o poder corrompe, o poder degrada.
Mas o poder apenas mostra como cada pessoa é.
As pessoas não mudam quando ganham poder,
Elas apenas têm espaço de manifestar quem sempre foram.
Todo poder mundano é passageiro, efêmero e ilusório.
O verdadeiro poder é apenas um: o poder sobre si mesmo.
O único poder que você pode ter na vida é o de controlar a si mesmo.
Mas quando você concede esse poder a pessoas ou coisas,
Esse poder conferido passa a te controlar, e até, por vezes, a te subjugar.
Entenda que o outro só tem o poder que a ele é doado.
Quando isso ocorre, a pessoa que recebeu seu poder passa a ter domínio sobre ti.
Mas tudo isso é sugestão, é ilusão, posto que você acreditou no poder externo,
E acreditando no poder que vem do exterior, deu seu poder ao outro e perdeu o seu.
Pegue seu poder de volta, retome aquilo que lhe pertence,
Assim, o poder do outro sobre ti se anula, se perde, se esvai.
Mesmo quando dominam seu corpo, sua mente pode permanecer intacta a qualquer influência.
Quem adquire poder externo, nunca está satisfeito,
É necessário sempre mais e mais para se suprir.
O poder externo é apenas um sonho, um devaneio passageiro.
Pois o único poder real é aquele que habita dentro de ti.
Ninguém tem poder de impedir uma tempestade,
Mas sim de resistir bravamente quando chega a tormenta.
O maior poder do mundo não é o de quebrar, romper, impor nossa força.
Mas sim de construir, unir, agregar e amar.
Uma ideia pode ter mais poder que mil exércitos.
O maior poder do ser humano não reside em sua personalidade,
Mas na disposição de superar a si mesmo, seus hábitos arraigados, seus limites, sua consciência.
Poder tem aquele que mesmo nas maiores adversidades, continua caminhando.
Aquele que tem força, mas desiste de caminhar, não tem o verdadeiro poder.
O poder está em perseverar, em enfrentar as tormentas, em continuar seguindo em meio ao caos.
A flexibilidade e a adaptação às circunstâncias também são fontes de poder.
O poder de vencer os outros é ilusório;
O poder de vencer a si mesmo é real.
O grande poder está em resistir ao golpe, e não se abalar com nada.
O que mais te tira o poder? Tudo aquilo que você acredita ser definitivo, indiscutível e fechado.
A pessoa que crê num dogma imutável, perde seu poder de ir além.
A pessoa que crê na infalibilidade de algo ou alguém, perde seu poder ao menor sinal de falha.
A pessoa que coloca sua vida nas mãos de outro, perde igualmente seu poder.
A pessoa que se sente vazia quando não faz algo, perde seu poder ao fazer esse algo.
Aquilo que não te dá espaço para ir além, te tira o poder.
Qualquer crença de necessidade te tira o poder.
Quanto mais precisamos de algo, menos poder temos.
Quanto mais fragmentado ou dividido você estiver, menos poder tem.
Quanto mais unido for dentro de si, mais poder terá.
O poder vem da união, e essa união também se faz reunindo as partes divididas dentro de si.
Se um lado teu quer uma coisa e outro quer outra, você está dividido.
Junte suas partes perdidas e esteja reunindo para ti mesmo.
Recupere seu poder, nada externo a ti deve ter mais poder do que teu interior.
Somente resgatando seu poder, você será íntegro e forte.

Autor: Hugo Lapa

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...