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domingo, 3 de janeiro de 2016

"MORRER NÃO É O FIM"

Eu somente passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como sempre foi. 
Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos, permanece intocada, imutável. 
O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. 
Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira como sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. 
Ria como sempre o fizemos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. 
Deixe que meu nome seja uma palavra comum em casa, como sempre foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem sombra. 
A vida continua a ter o significado que sempre teve. 
Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. A ligação não foi interrompida. 
O que é a morte? 
Por que ficarei fora dos seus pensamentos apenas porque estou fora do alcance da sua visão? 
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho. 
Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo bem próximo, na outra esquina. 
Você que aí ficou, siga em frente. A vida continua bela, como sempre foi. 
Tudo está bem. 
A morte é somente a cessação da vida orgânica. É apenas o fim do corpo físico e de mais uma etapa da programação Divina. 
A essência humana sobrevive para além da vida física, pois o Espírito não tem fim. Somos imortais. 
A morte vem apenas nos dizer que chegou o momento da alma retornar à vida plena e verdadeira. 
Mostra-nos que o Espírito se despediu do corpo que o abrigou durante a jornada terrestre para se elevar a outras dimensões e continuar sua trajetória evolutiva. 
A afeição real, de alma a alma, é durável, e também sobrevive à destruição do corpo. Apenas as afeições de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. 
O amor que nutrimos uns pelos outros continuará existindo na Espiritualidade. 
Ao desencarnarmos, seremos recebidos do outro lado da vida por aqueles a quem estamos ligados por laços de afeto e que desencarnaram antes de nós. 
Será o momento de rever seres amados que nos aguardam. 
O reencontro na Espiritualidade ou em vidas futuras, através de uma nova encarnação, haverá de acontecer. 
E todas as vezes que a saudade daquele que partiu parecer maior do que nossas forças possam suportar, busquemos o lenitivo da oração. 
Nossas preces alcançam os seres amados onde quer que estejam, levando até eles nossas melhores vibrações. 
E, para que possamos sentir as vibrações enviadas pelo pensamento dos amores que hoje vivem em outras dimensões, aquietemos nossas mentes e corações. Com certeza, experimentaremos algum conforto. 
A prece é mecanismo abençoado que nos aproxima de Deus e dos afetos que estão distantes. 

Redação do Momento Espírita

sábado, 2 de janeiro de 2016

“NAMORAR, “FICAR OU CASAR”, EIS A GRANDE QUESTÃO. '

De modo geral, a moral espírita não é dogmática em suas recomendações, porque reconhece no ser humano a necessidade de liberdade de ação para a aprendizagem evolutiva. Isto é tanto mais válido no que se refere à vida afetiva e sexual de cada um. Esse é um setor onde cada Espírito tem inteira jurisdição de si mesmo e ninguém pode ou deve fazer imposições. Mas dentro do princípio monogâmico, que é um princípio claramente expresso na Doutrina Espírita, poderíamos tirar algumas orientações gerais de conduta.
Que cada um reflita por si mesmo sobre sua validade e as aplique em sua vida, na medida de sua adesão e capacidade moral.
O ideal de formar uma família deve estar por trás de qualquer relacionamento. Se um indivíduo tem um namoro, um caso, uma relação qualquer, sem que este objetivo o esteja orientando, já está partindo do pressuposto de que será algo passageiro e sua postura não é responsável, nem diante de si mesmo, nem diante do parceiro. A premissa de que o namoro é coisa sem importância é que deveria ser evitada. Nada que envolva o sentimento das pessoas pode ser considerado banal. Aquele que entra num relacionamento com essa mentalidade está brincando com o outro ser humano, que pode ficar seriamente envolvido. Espíritos responsáveis não brincam com os sentimentos sagrados da vida e encaram seus próprios atos com gravidade e reflexão.
Pode-se alegar que ninguém vai começar um namoro já pensando em casamento e que justamente os namoros servem para conhecer o outro, para observarmos se de fato temos afinidade real para a constituição de uma família. O problema é sutil. Esta alegação é verdadeira, mas é preciso esclarecê-la. Primeiro, que fique claro que o namoro é uma forma de compromisso - pois todo envolvimento afetivo pode implicar em lesão de sentimento do outro e de nós mesmos - principalmente se for acompanhado de relação sexual, como o é hoje, na maioria das vezes. Ora, com a liberdade e convivência que existe hoje entre os dois sexos, é perfeitamente possível conhecer alguém numa relação de amizade, até relativamente bem, antes do início de qualquer compromisso mais profundo. Para se entrar, portanto, num relacionamento, seria necessário já um certo conhecimento do outro, um sentimento mais intenso e pelo menos uma séria possibilidade de que o namoro possa se desdobrar numa relação mais estável.
 Quanto mais cedo o adolescente comece a namorar, maior a possibilidade de enganos e decepções. Acha-se, hoje em dia, que quanto maior número de relacionamentos, mais experiente é o indivíduo. É justamente o contrário: mais lúcido, mais maduro e mais elevado espiritualmente se mostrará aquele que durante a vida toda se relacionar apenas com aquela pessoa que lhe está destinada. Não há necessidade de ensaios para aprender: já temos vastíssima experiência no assunto em centenas de encarnações. O que devemos buscar agora é equilíbrio e responsabilidade e não sensação e experimentação. Quanto mais a criatura esperar o momento certo e a pessoa certa para namorar e depois se casar, mais facilmente alcançará uma vida afetiva saudável e equilibrada e mais simples se tornará a realização da uma família.
 É premente e necessidade de outros objetivos na vida que não apenas o de relacionar-se com o sexo oposto. Há milhões de criaturas na Terra que centralizam todas as suas forças e capacidades na busca da satisfação nesse setor. A excessiva concentração no assunto, a fixação mental num só objetivo (ainda que seja no fundo o de casar) é prejudicial à lucidez do Espírito e revela desequilíbrio. Nosso objetivo maior na Terra é evoluir e, dentro dessa meta, temos várias tarefas a realizar - uma delas pode ser a formação da família. Mas nosso ideal deve ser sempre abrangente, deve se elevar e se alargar o máximo possível. Durante a adolescência e a mocidade é que esses ideais se solidificam e será muito mais fácil para alguém preservar seu potencial afetivo para a criatura certa, à sua espera em algum ponto do destino, se estiver trabalhando e se desenvolvendo em outros ideais. Muita gente estuda, trabalha, adquire uma profissão, pratica uma religião, mas tudo de forma mecânica, pois sua preocupação central é entregar-se às sensações do sexo ou a busca desesperada de satisfação afetiva. Ao invés, quem se dedicar ao desenvolvimento do próprio Espírito, cultivando sua inteligência e procurando a prática do Bem, terá maior facilidade de controlar seus impulsos e não dispersar energias inutilmente.
A vida sexual não pode ser o ponto central do namoro e depois do casamento. A afinidade espiritual, a amizade, a admiração mútua, a troca de intensas vibrações afetivas, a identidade de ideais e objetivos na vida -  entre os quais o de ter filhos e educá-los - o amor fiel e equilibrado, são estes os fatores preponderantes de um relacionamento estável. A manifestação física do sexo é consequência. Tanto isso é verdade que, com o avançar dos anos, o desejo carnal pode esmaecer, mas o amor pode continuar mais vivo do que nunca. É, pois, importante que desde o namoro dedique-se muito mais tempo e atenção para cuidar desses fatores do que à sôfrega entrega aos desejos carnais. Antes dos corpos se juntarem, é preciso que as almas se amem e se entendam. As manifestações da carne são transitórias e instáveis, mas o amor é eterno.
Jovens, adolescente e adultos! Pensem que desde o primeiro desabrochar de sonhos românticos, desde os primeiros anseios de satisfação sexual e afetiva, podem estar juntos de vocês, invisíveis e atentos, os Espíritos destinados a nascer como seus filhos!  Não decepcionem suas esperanças, não traiam compromissos assumidos no Plano Espiritual. Eles esperam que vocês se conduzam com dignidade e responsabilidade diante do sexo, que se unam à alma que lhe está destinada a ser mãe ou pai. Com que tristeza e vergonha verão se vocês se entregarem a relacionamentos passageiros, a paixões desregradas; se ferirem sentimentos alheios e se desviarem do caminho previsto! Procurem estar em sintonia mental com eles, os Espíritos dos seus futuros filhos, para prepararem dignamente a família que os deverá receber. Procurem a inspiração dos Espíritos do Bem, buscando forças para vencer os arrastamentos das más tendências, das paixões inferiores e dos discursos sofísticos do mundo, que justificam todos os desregramentos com bonitas palavras que podem levar os incautos para o abismo! A,luta é difícil - sabemos todos! Os impulsos sexuais muitas vezes nos torturam, nos atormentam! E mais que de sexo, temos também sede de companhia, de compreensão, de carinho! Então, queremos nos atirar às conquistas, queremos forçar o destino, pensando encontrar aqui e ali a realização do nosso anseio mais profundo! Olhamos todas as pessoas do sexo oposto com um interesse exagerado! Pensamos encontrar satisfação em vários relacionamentos! Busquemos, porém, o autocontrole e o equilíbrio. Através da prece, do estudo, do trabalho, podemos sempre elevar nossos sentimentos e encontrar a lucidez para enxergar para onde de fato deve nos levar nosso destino espiritual! O desejo sincero de acertar e evoluir já é um primeiro passo. Se as fraquezas e as hesitações próprias do ser humano já nos fizeram cair em armadilhas, já nos deixaram o gosto amargo do remorso, tenhamos coragem para nos levantar, encarando nossas imperfeições com naturalidade, mas também com o propósito firme de vencê-las. Afinal, está nas mãos de todos nós a realização de um mundo melhor. E nesse mundo regenerado e mais feliz, a família deve ser o esteio das nossas emoções sublimadas. E para que a família brilhe em sua missão de educar os Espíritos, é preciso que canalizemos a força do sexo para a sua construção e que elevemos o nosso amor à altura dessa tarefa.

ADÃO ARAUJO

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

"NOSSA MISSÃO É SER FELIZ"

 “A mais agradável, a mais desejada sensação do ser humano dentro de todas as suas emoções é a felicidade. Eu diria que nosso destino é praticar e gerar felicidade para as pessoas.” A afirmação é do psiquiatra Ururahy Barroso, idealizador e fundador da Academia da Felicidade, em Rio Preto. Afelicidade   é considerada por especialistas como a grande missão daqueles que habitam a Terra. Estudos realizados pela psicóloga Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, comprovam que é a felicidade que traz o sucesso - e não o contrário, como se pensava. Antigamente, acreditava-se que as nossas conquistas, esforços e realizações eram o que nos faziam felizes. Mas de acordo com Sonja, é a felicidade que determina as nossas conquistas.
Segundo ela, pessoas felizes têm mais garra na busca pelos seus objetivos e mais disposição para adquirir os meios para conquistá-los. Sonja defende que a felicidade gera confiança, otimismo, energia e sociabilidade. Além disso, a psicóloga afirma que pessoas felizes são mais preparadas para enfrentar situações difíceis, tendem a ter relacionamentos mais longos, casamentos melhores, são mais saudáveis e vivem mais. Barroso, que também é dirigente espiritual, ensina que praticar a felicidade é fazer de cada momento uma oportunidade para vivenciar a felicidade. “Devemos acordar, a cada dia, não para trabalhar, mas para praticar a felicidade através de várias atividades, entre elas o trabalho”, observa.
O promotor de Justiça e dirigente espiritual Marcos Antonio Lelis Moreira, de Rio Preto, diz que para ser feliz e gerar felicidade é preciso compreender que a distribuição de felicidade nasce da prática da regra áurea divulgada por Jesus: faça aos outros o que gostaria que os outros vos fizesse. “Se agirmos desta forma, estaremos fazendo o nosso próximo feliz, independentemente da sua afinidade conosco, se familiares, amigos verdadeiros, colegas de trabalho ou mesmo estranhos”, diz. Lelis ainda destaca a importância das pessoas aprenderem que felicidade é um estado d’alma e não uma conquista transitória de coisas, pessoas ou posições sociais. “Todos renascemos com a possibilidade da conquista da felicidade relativa, própria deste nosso plano terreno, e é preciso trabalhar para merecê-la, vencendo o nosso egoísmo e o orgulho. Não há, portanto, privilégios.
A felicidade é conseqüência de aprimoramento espiritual de cada um de nós. Exige esforço contínuo”, explica. Para Lelis, a felicidade pode ser considerada como missão do processo evolutivo na Terra, já que o objetivo desta vivência é alcançar a perfeição. “Ensina-nos Jesus: sede perfeitos como o Pai Celestial é perfeito. Devemos, portanto, atentar para esta necessidade. Buscarmos o autoconhecimento e iniciarmos a aquisição de valores culturais, morais e espirituais. Este é o caminho que nos dará a perfeição, a plenitude, quando adquiriremos a real felicidade e faremos outros que convivem conosco felizes”, diz. 
Corrente de felicidade: 
Para o idealizador da Academia da Felicidade, a partir do momento em que a pessoa aprende que é dona da própria felicidade, passa a ser fonte geradora de felicidade para os outros. “Quando a pessoa está em busca da felicidade plena, também alcançada pela combinação de realização nos campos da espiritualidade, afetividade, sexualidade, profissional e outras instâncias da existência, naturalmente, alcança as demais pessoas, criando uma corrente de felicidade”, diz.
A teoria de Barroso é confirmada em estudo divulgado há um ano pela revista acadêmica British Medical Journal, realizado pelos americanos James Fowler, professor de ciência política da Universidade da Califórnia, e Nicholas Christakis, professor de sociologia da Universidade de Harvard. O estudo mostra que a felicidade é contagiosa, já que uma pessoa tem 15% mais chance de se sentir feliz se estiver em conexão direta com alguém feliz. A teoria poderá ser conferida no livro “The Surprising Power of Our Social Networks and How They Shape Our Lives”,  lançado  pela Editora Campus. 
Energia: 
O pesquisador espiritualista, projetor extra físico e autor Wagner Borges, de São Paulo, diz que a felicidade é fundamental para a nossa energia, especialmente após a morte. “Nossas energias se apresentam como uma espécie de atmosfera psíquica multicolorida, uma aura que se irradia em torno de nossos corpos e reflete justamente o clima do que pensamos, sentimos e fazemos na vida. Logo, a média de nossas energias revela o que somos realmente, e não aquilo que muitas vezes queremos aparentar”, explica. De acordo com Borges, a energia de quem está de bem com a vida e com a auto-estima elevada é brilhante e cheia de viço. “E o contrário também é real: se a pessoa não está bem com ela mesma e nem com a vida, suas energias se mostrarão confusas e opacas, sem vitalidade”, diz.
Borges explica que o corpo espiritual reflete a energia e a maneira de ser da pessoa, ou seja, o espírito sempre apresenta a energia correspondente ao nível psíquico do que ela pensa e sente. Além disso, a pessoa feliz está sempre com pensamentos positivos, focados na atitude de amor pela existência. A felicidade - que reflete a auto estima e a forma como a pessoa manifesta na vida - possibilita maior integração com espíritos elevados. “Uma pessoa feliz apresenta uma aura irradiante, e isso naturalmente a protege de seres astrais negativos, que não suportam vibrações elevadas e se afastam por eles mesmos”, garante Borges.
Lelis destaca ainda o poder do pensamento. “Ele é o reflexo de nossa alma e a expansão do nosso ser. É energia pura e através dele nós nos relacionamos (encarnados e desencarnados) refletindo a nossa sintonia”, diz. “Pensamentos felizes e nobres nos ligam aos seres espirituais superiores. Assim devemos cultuar as idéias dignas, com boas leituras e estudos permanentes, para alcançar o nosso aperfeiçoamento e, ainda, planejar conquistas espirituais, buscando concretizá-las, conscientes que não estaremos sozinhos nesta empreitada, porque entidades espirituais superiores estão solidárias e nos auxiliarão nestas conquistas”, afirma o promotor.

Por :Rita Fernandjes
Reportagem publicada na Revista Bem Estar em
São José do Rio Preto, 4 de outubro de 2009


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

"OS ESPÍRITOS NÃO RESOLVEM OS SEUS PROBLEMAS."

Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar suas mágoas e defender suas ideias de auto piedade, os espíritos se mobilizarão para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e facilidade. Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados! Espírito nenhum resolve problemas de ninguém. Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.
No espiritismo, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.
Os espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.
Até o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.
Não adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás, como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que concentram sua visão nas coisas do mundo. Não podemos perder nosso tempo com lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais. 
Tem gente por aí se deixando levar pelas aparências de espiritualidade. A grande multidão ainda não despertou para as verdades espirituais e acha-se com os sentidos embriagados e as crenças arraigadas em formas mesquinhas e irreais de viver a vida espiritual. Persegue soluções que lhe sejam favoráveis, e, em geral, tais soluções dizem respeito a questões emocionais ou materiais que meus filhos(as) não se sentiram capazes de superar. Ah! Como se enganam quanto à realidade do espírito.
O aprendizado da vida é longo, amplo e exige um esforço mental de tais proporções que não torna fácil romper com os velhos hábitos de barganhas espirituais aprendidos com as religiões do passado.
Fazem-se promessas, cumprem-se rituais na esperança de que os espíritos ou Deus concedam-lhes um favor qualquer em troca de seus esforços externos, que presumem sobrepor-se aos valores internos. Pensamentos assim resultam de uma educação religiosa deficiente e advêm de hábitos seculares que perduram nos dias atuais e carecem de uma análise mais profunda. Os indivíduos que agem com base nessas premissas evitam reconhecer sua responsabilidade nos acontecimentos que os atingem e pensam enganar a Deus com seu jeito leviano e irresponsável de tratar as questões espirituais. Fatalmente se decepcionam ao constatar que aquilo que queriam não se realizou e que as focas sublimes da vida não se dobraram aos seus caprichos pessoais.
Os problemas apresentados pela vida têm endereço certo, e não há como transferi-los para os espíritos resolverem. Se determinada luta ou dificuldade chega até você, compete a você vencê-la. Na sede de se livrar do processo educativo ministrado pela vida, meus filhos(as) esperam que , os espíritos, possam isentá-los de seus desafios. Isso é irreal. Não detém o poder de transferir de endereço a receita de reeducação que vem para cada um. Nenhum espírito minimamente esclarecido poderá prometer esse tipo de coisa sem comprometer o aprendizado individual. Foram chamados pelo Pai para auxiliar meus filhos(as) apontando o caminho ou a direção mais provável para alcançarem êxito na construção de sua felicidade. 
Vejam como exemplo a atuação do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo matando a sede e a fome de multidões, ele não arranjou emprego para ninguém. Curou e restabeleceu a saúde de muitos que nele acreditaram, mas não libertou ninguém das consequências de seus atos e escolhas. Sabendo das dificuldades sociais da época, não tentou resolver questões que somente poderiam ser transpostas com o tempo e o amadurecimento daquele povo. Em momento algum o vimos a prescrever fórmulas para dar fim a desavenças de ordem familiar, socioeconômica nem tampouco emocional, recomendando meios de trazer o marido de volta ou fazer a pessoa amada retornar aos braços de quem deseja. Uma vez que ele é o Senhor de todos os espíritos e não promoveu coisas nesse nível, como podemos nós, seus seguidores, sequer cogitar realizá-las?
O que podemos deduzir das atitudes de Nosso Senhor, meus filhos(as), é que, se ele não se dispôs a realizar tais demandas, que na época certamente existiam, é porque a natureza de seu trabalho era outra. Mesmo debelando os males, prestando o socorro que podia, ele não eximiu a população de enfrentar seus desafios. Quem recebeu o pão voltou a ter fome e inevitavelmente teve de trabalhar para suprir as próprias necessidades; quem foi curado teve de aprender a valorizar a própria vida, pois outras enfermidades viriam mais tarde; quem Jesus ressuscitou dos mortos desencarnou mais adiante. Em suma, o processo de reeducação a que conduzem os embates da vida é tarefa de cada um. Cristo Nosso Senhor apenas indicou a direção, mas cabe a cada seguidor palmilhar o caminho com suas próprias pernas, avançando com passos seguros e resolutos em seu aprendizado.
Através desse raciocínio, meu filho(a), você poderá compreender a razão pela qual não há proveito em recorrer aos espíritos para livrá-lo do sofrimento ou isentá-lo de dificuldades. Esse é o caminho do crescimento na Terra, e não há como fugir às próprias responsabilidades ou transferir o destino das tribulações. A dívida acorda sempre com o devedor, não há como se furtar a essa realidade.


Médium Robson Pinheiro pelo espírito Pai João.

"TRANSIÇÃO PLANETÁRIA."

O sistema solar gira em torno de Alcione, estrela central da constelação de Plêiades.
Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela desta constelação – localizada a aproximadamente 28 graus de Touro , e leva 26 mil anos para completar uma órbita ao redor de Alcione, movimento terrestre também conhecido como Precessão dos Equinócios.
Descobriu-se também que Alcione tem em sua volta um gigantesco anel  ou disco de radiação, em posição transversal ao plano das órbitas de seus sistemas, (incluindo o nosso sistema solar) que foi chamado de cinturão de fótons. Esta foi a conclusão dos astrônomos Freidrich Wilhelm  Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Solá e Edmund Halley, depois de muitos estudos.
Um fótons consiste na decomposição do elétron, sendo a mais ínfima partícula de energia eletromagnética, algo que ainda se desconhece na terra. Detectado pela primeira vez em 1961, através de satélites, a descoberta do cinturão de fótons, marca o inicio de uma expansão de consciência além da terceira dimensão. A ida do homem a lua, nos anos sessenta, simbolizou esta dimensão, já que antes das viagens interplanetárias era impossível perceber o cinturão.
A cada dez mil anos o Sistema Solar penetra por dois mil anos no anel de fótons, ficando mais próximo de Alcione. A última vez que a Terra passou por ele foi durante a “Era de Leão”, há cerca de doze mil anos.
Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficaremos outros dois mil anos dentro deste disco de radiação.
Todas as moléculas e átomos de nosso planeta passam por uma transformação sob a influência dos fótons, precisando se readaptar a novos parâmetros. A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem temperatura, que não produz sombra ou escuridão. Talvez por isso os hinduístas chamem de “Era da Luz” os tempos que estão por vir.
Desde 1972, o Sistema Solar vem entrando no cinturão de fótons e em 1998 a sua metade já estava dentro dele. A Terra começou a penetrá-lo em 1987 e está gradativamente avançando, até 2.016, quando vai estar totalmente imersa em sua luz.
De acordo com as cosmologias maia e asteca, 2.012 marcou o final de um ciclo de 104 mil anos, composto de quatro grandes ciclos maias e de quatro grandes eras astecas.
Essas revelações falam sobre as transformações que estão ocorrendo em nosso planeta e nas preparações tanto física quanto psíquicas que precisamos nos submeter para realizarmos uma mudança dimensional. Um novo campo de percepção está disponível para aqueles que aprenderem a ver as coisas de uma outra forma.
Desde a década de oitenta, quando a Terra começou a entrar no Cinturão de Fótons, estamos nos sintonizando com a quarta dimensão e nos preparando para receber a radiação de Alcione, estrela de quinta dimensão. Zona arquetípica de sentimentos e sonhos, onde é possível o contato com planos mais elevados, a quarta dimensão é emocional e não física. As ideias nela geradas influenciam e detonam os acontecimentos na terceira dimensão, plano da materialização.
Os fótons funcionam como purificadores da raça humana e através de suas partículas de luz, às quais estamos expostos nos raios solares, dentro em breve estaremos imersos nesta “Era de Luz”, depois de 11 mil anos dentro da Noite Galáctica ou Idade das Trevas, como os hindus se referiam a Kali Yuga.
Os corpos que não refinarem suas energias não conseguirão ficar encarnados dentro da terceira dimensão, pois a quarta dimensão estará instalada.
E todos nós redescobriremos a nossa multidimensionalidade e ativaremos nossas capacidades adormecidas dentro da Noite Galáctica. A inteligência da Terra será catalisada para toda a Via Láctea.
A tudo isso chamamos de transição planetária.
Mas afinal, o que   é essa Grande Transição?
Divaldo Franco através do Espírito Joana de Angelis no Livro “Transição Planetária”, nos orienta o seguinte:
É algo que não acontecerá da noite para o dia, mais durante muitos anos.
É a transformação do planeta Terra de mundo de expiações e provas, onde o mal impera, em mundo de regeneração onde há predominância do Bem.   Portanto, não é o fim do planeta, mas o fim de uma era, a era na qual o mal predominava na Terra.
Como todo momento de transição há um tumulto previsto pelo próprio Cristo, relatado por Mateus em 24:21 – “Porque haverá então grande aflição como nunca houve desde o princípio do mundo até agora nem tampouco haverá jamais”. É este momento de aflições coletivas que estamos passando, onde a iniquidade tem atingido o auge, gerando desesperança pela própria dor, e indiferença pela dor do próximo em muitas pessoas.
Todavia, é fundamental que estejamos atentos ao processo de transição, pois é um momento crucial em nossas vidas, e evitemos a desesperança e a indiferença. Jesus mesmo prediz isso em Mateus 24:12 – “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará”.
Todos nós que estamos vivendo este momento somos convidados a buscar o Reino de Deus e a Sua Justiça, como nos ensina Jesus, de modo que cada um desenvolva o amor a si mesmo e ao próximo como a si mesmo, fazendo aos outros o que gostaria que fizesse a si.
Como a Terra deixará de ser um  planeta de expiações e provas, onde o mal predomina, aqueles que não estiverem dispostos a praticar o Amor e o Bem serão exilados em outro planeta, pois caso continuem a viver na Terra, devido à prática contumaz do mal e a capacidade tecnológica alcançada atualmente no planeta, essas pessoas, ainda voltadas ao mal, destruiriam o próprio planeta, fato também previsto por Jesus em Mateus 24:22 – “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias”.
Estes espíritos que se recusam a praticar a lei do amor que tanto nos ensinou o Divino Mestre, não conseguirão ficar encarnados no planeta Terra. Após a morte. Serão expulsos para outros mundos menos adiantados. Serão substituídos por outros, vindos de Alcione, Espíritos evoluídos que aceitaram a missão de encarnar no planeta terra para ajudar na evolução da raça humana.   É a separação do Joio do trigo. Ou o Juízo Final que tanto falam as Religiões.
Portanto, este momento de transição é muito importante para todos aqueles que desejam permanecer nos próximos milênios na Terra regenerada, onde não é o planeta que terá fim, e sim o mal.
A Terra, planeta de regeneração, comparada com o que ela é hoje se transformará em um verdadeiro paraíso, no qual todo avanço científico e tecnológico será utilizado exclusivamente para o Bem, fazendo com que as doenças, a miséria material e iniquidade desapareçam do planeta, pois a miséria moral terá fim.
É fundamental, conforme orienta Jesus, que perseveremos na prática do Amor e do Bem para que possamos continuar a viver neste planeta abençoado, conforme Mateus 24:13 – “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo e Mateus 5:5 – bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra”.
Sabino Rodrigues






terça-feira, 29 de dezembro de 2015

“INICIANDO UM NOVO ANO”

Toda vez que o ano vai chegando ao fim, parece que todos vamos manifestando cansaço maior. 
Seja porque as festas se multipliquem (são formaturas, casamentos, jantares de empresas), seja porque já nos vamos preparando para as viagens de férias de logo mais. 
De uma forma ou de outra, é comum se escutar as pessoas desabafarem dizendo que desejam mesmo que se acabe logo o ano. 
Quem muito sofreu, deseja que ele se acabe e aguarda dias novos, de menos dores. 
Quem perdeu amores, deseja que ele se acabe de vez, na ânsia de que os dias que virão consigam trazer esperanças ao coração esfacelado pelas ausências. 
Quem está concluindo algum curso e deu o máximo de si, deseja que os meses que se anunciam cheguem logo, para descansar de tanto esforço. 
E assim vai. Cada um vai pensando no ano que se finda no sentido de deixar algo para trás. Algo que não foi muito bom. 
Naturalmente, muitos são os que veem findar os dias do ano com contentamento, pois eles lhe foram propícios. Esses, almejam que os dias futuros reprisem esses valores de alegria, de afeto, de coisas positivas. 
Ano velho, ano novo. São convenções marcadas pelo calendário humano, em função dos movimentos do planeta em torno do astro rei. 
Contudo, psicologicamente, também nos remetem, sim, a um estado diferente. 
Como Deus nada faz, em Sua sabedoria, sem um fim útil, também assim é com a questão do tempo como o convencionamos. 
Cada dia é um novo dia. A noite nos fala de repouso. A madrugada nos anuncia oportunidade renovada. 
Cada ano que finda nos convida a deixarmos para trás tudo de ruim, desagradável que já vivenciamos, permitindo-nos projetar planos para o futuro próximo. 
Por tudo isso, por esta ensancha que a Divindade nos permite a cada trezentos e sessenta e cinco dias, nesta Terra, pense que você pode melhorar a sua vida no ano que se anuncia. 
Comece por retirar de sua casa tudo que a atravanca. Libere-se daquelas coisas que você guarda nos armários, na garagem, no fundo do quintal. 
Coisas que estão ali há muito tempo, que você guarda para usar um dia. Um dia que talvez nunca chegue. Pense há quanto tempo elas estão ali: meses, anos... Esperando. 
São roupas, calçados, livros, discos antigos, utensílios que você não usa há anos. Libere armários, espaços. 
Coisas antigas, superadas são muito úteis em museus, para preservação da memória, da evolução da nossa História. 
Doe o que possa e a quem seja mais útil. 
Sinta o espaço vazio, sinta-se mais leve. 
Depois, pense em quanta coisa inútil você guarda em seu coração, em sua mente. 
Mágoas vividas, calúnias recebidas, mentiras que lhe roubaram a paz, traições que o deixaram doente, punhais amigos que lhe rasgaram as carnes da alma... 
Alije tudo de si. Mentalmente, coloque tudo em um grande invólucro e imagine-se jogando nas águas correntes de um rio caudaloso que as levará para além, para o mar do esquecimento. 
Deseje para si mesmo um ano novo diferente. E comece leve, sem essa carga pesada, que lhe destrói as possibilidades de felicidade. 
Comece o novo ano olhando para frente, para o alto. Estabeleça metas de felicidade e conquistas. 
Você é filho de Deus e herdeiro do Seu amor, credor de felicidade. 
Conquiste-a. Abandone as dores desnecessárias, pense no bem. 
Mentalize as pessoas que são amigas, que o amam, lhe querem bem. 
Programe-se para estar mais com elas, a fim de, fortalecido, alcançar objetivos nobres. 
Comece o ano pensando em como você pode influenciar pessoas, ambientes, com sua ação positiva. 
Programe-se para vencer. Programe-se para fazer ouvidos moucos aos que o desejam infelicitar e avance. 
Programe-se para ser feliz. O dia surge. É ano novo. Siga para a luz, certo que com vontade firme, desejo de acertar, Jesus abençoará as suas disposições. 
É ano novo. Pense novo. Pense grande. Seja feliz.


Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

"O QUE ACONTECE COM O ESPÍRITO DE UMA CRIANÇA QUE DESENCARNA."

 “Recomeça em outra existência.”
O desencarne de recém-nascidos, freqüentemente, trata-se de prova para os pais, pois o Espírito não tem consciência do que ocorre. A maioria dessas mortes, entretanto, é por conta da imperfeição da matéria.
Se uma criança desencarna de acidente com menos de 11 anos, ela é socorrida pelos Espíritos na mesma hora.
Os desencarnes súbitos, de uma forma geral, são muito traumáticos para o Espírito. Allan Kardec diz que no processo de desencarne, todos sofrem uma espécie de "perturbação espiritual", que pode variar de algumas horas a anos, dependendo da evolução de cada um. Nos desencarnes convencionais geralmente os Espíritos permanecem sem consciência do que lhe aconteceu por um certo tempo e, se têm merecimento, são recolhidos às colônias socorristas existentes próximas da crosta terrena. Ali são devidamente atendidos. Nos casos de desencarne de crianças, suspeita-se que sejam atendidas de imediato pela Espiritualidade, em função de estarem num estado psíquico especial, próprio da infância. Não estando de posse de todas as suas faculdades, não seria lógico admitir que ficassem em estado de sofrimento por causa dos atos da vida. Claro, a responsabilidade aumenta na medida em que a maturidade avança, criando condições para o Espírito ficar em estado de sofrimento por um tempo mais longo, se for necessário. Não há uma idade definida, que marque o início da fase adulta, assim como não há um ponto definido que separe o dia da noite. Em determinado período se confundem, mas acabam se definindo a seguir. De uma maneira geral, pode-se concluir que todos os Espíritos que desencarnam em fase infantil são imediatamente atendidos pela Espiritualidade e preparados para recomeçarem em uma nova existência.
 O Espírito, quando desencarna, permanece com os mesmos condicionamentos mentais que tinha na Terra, até que se conscientize de sua real situação. Permanecerá em estado de criança ou de adolescente, por um determinado tempo, dependendo de sua evolução, ou seja, de seu grau de entendimento, até que adquira plena consciência de sua condição e de suas necessidades. Isso, geralmente acontece com Espíritos que ainda estão em situação de pouca evolução espiritual. Por isso, nas colônias socorristas próximas à crosta terrestre, encontram-se Espíritos em condição de crianças e adolescentes. Deve-se saber, entretanto, que esta situação perdura apenas por um determinado período.
Se uma única existência tivesse o homem e se, extinguindo-se lhe ela, sua sorte ficasse decidida para toda a eternidade, qual seria o mérito de metade do gênero humano, que morre na infância, para gozar, sem esforços, da felicidade eterna e com que direito se acharia isenta das condições, às vezes tão duras, a que se vê submetida a outra metade?
Quem merece mais o Paraíso: “Uma criança que morre aos cinco anos de idade ou um idoso que morre aos 85? Diria que a criança, pois morreu inocente. Mas inocente de que? Se não fez o mal também não fez o bem. Será que se tivesse vivido também até aos 85, não teria cometido os mesmos erros de outros que viveram até esta idade?
Semelhante ordem de coisas não corresponderia à justiça de Deus. Com a reencarnação, a igualdade é real para todos. O futuro a todos toca sem exceção e sem favor para quem quer que seja. Os retardatários só de si mesmos se podem queixar. Forçoso é que o homem tenha o merecimento de seus atos, como tem deles a responsabilidade.
Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Não se veem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação? Alguns não há que parecem trazer do berço a astúcia, a felonia, a perfídia, até pendor para o roubo e para o assassínio, não obstante os bons exemplos que de todos os lados se lhes dão? A lei civil as absorve de seus crimes, porque, diz ela, obraram sem discernimento. Tem razão a lei, porque, de fato, elas obram mais por instinto do que intencionalmente. Donde, porém, provirão instintos tão diversos em crianças da mesma idade, educadas em condições idênticas e sujeitas às mesmas influências? Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso? As que se revelam viciosas, é porque seus Espíritos muito pouco hão progredido. Sofrem então, por efeito dessa falta de progresso, as consequências, não dos atos que praticam na infância, mas dos de suas existências anteriores.
Assim é que a lei é uma só para todos e que todos são atingidos pela justiça de Deus.
Sabino Rodrigues

Fonte; “O Livro dos Espíritos”

domingo, 27 de dezembro de 2015

"MATERIALISMO"

Por uma aberração da inteligência, há pessoas que não vêem nos seres orgânicos nada mais que a ação da matéria, e a esta atribuem todos os nossos atos. Não vêem no corpo humano senão a máquina elétrica; não estudaram o mecanismo da vida senão no funcionamento dos órgãos; viram-na extinguir-se muitas vezes pela ruptura de um fio, e nada mais perceberam além desse fio; procuraram descobrir o que restava, e como não encontraram mais do que a matéria inerte, não viram a alma escapar-se e nem puderam pegá-la, concluíram que tudo estava nas propriedades da matéria, e que. portanto, após a morte, o pensamento se reduz ao nada. Triste conseqüência, se assim fosse, porque então o bem e o mal não teriam sentido; o homem estaria certo ao não pensar senão em si mesmo e ao colocar acima de tudo a satisfação dos prazeres materiais; os laços sociais estariam rompidos e os mais santos afetos destruídos para sempre. Felizmente, essas idéias estão longe de ser generalizadas; pode-se mesmo dizer que estão muito circunscritas, não constituindo mais do que opiniões individuais, porque em parte alguma foram erigidas em doutrina. Uma sociedade fundada sobre essa base traria em si mesma os germes da dissolução, e os membros se despedaçariam entre si, como animais ferozes.
O homem tem instintivamente a convicção de que tudo não se acaba para ele com a vida; tem horror ao nada; é em vão que se obstina contra a idéia da vida futura, e quando chega o momento supremo, são poucos os que não perguntam o que deles vai ser, porque a idéia de deixar a vida para sempre tem qualquer coisa de pungente. Quem poderia, com efeito, encarar com indiferença uma separação absoluta e eterna de tudo o que ama? Quem poderia ver, sem terror, abrir-se à sua frente o imenso abismo do nada, pronto a tragar para sempre todas as nossas faculdades, todas as nossas esperanças, e ao mesmo tempo dizer: — Qual! Depois de mim, nada, nada, nada mais que o nada; tudo se apagará da memória dos que sobreviverem a mim; dentro em breve nenhum traço haverá de minha passagem pela terra; o bem mesmo que eu fiz será esquecido pelos ingratos a quem servi; e nada para compensar tudo isso, nenhuma perspectiva, a não ser a do meu corpo devorado pelos vermes!
Este quadro não tem qualquer coisa de horroroso e de glacial? A religião nos ensina que não pode ser assim, e a razão o confirma. Mas uma existência futura, vaga e indefinida, nada tem que satisfaça o nosso amor do positivo. E é isso que, para muitos, engendra a dúvida. Está certo que tenhamos uma alma; mas o que é a nossa alma? Tem ela uma forma, alguma aparência? É um ser limitado ou indefinido? Dizem alguns que é um sopro de Deus; outros, que é uma centelha; outros, uma  parte do Grande Todo, o princípio da vida e da inteligência. Mas o que é que tudo isso nos oferece? Que nos importa ter uma alma, se depois da morte ela se confunde com a imensidade, como as gotas d’água no oceano? A perda da nossa individualidade não é para nós o mesmo que o nada? Diz-se ainda que ela é imaterial. Mas uma coisa imaterial não pode ter proporções definidas, e para nós equivale ao nada. A religião nos ensina também que seremos felizes ou desgraçados, segundo o bem ou o mal que tenhamos feito. Mas qual é esse bem que nos espera no seio de Deus? E uma beatitude uma contemplação eterna, sem outra ocupação que a de cantar louvores ao Criador? As chamas do inferno são uma realidade ou apenas um símbolo? A própria Igreja as compreende nesse último sentido; mas. então, que sofrimentos são esses? Onde se encontra o lugar de suplício? Em uma palavra, o que se faz e o que se vê nesse mundo que nos espera a todos?
Ninguém costuma-se dizer, voltou de lá para nos dar conta do que existe. Isto, porém é um erro e a missão do Espiritismo é precisamente a de nos esclarecer sobre esse futuro a de nos fazer, até certo ponto, vê-lo e tocá-lo, não mais pelo raciocínio, mas através dos fatos. Graças às comunicações espíritas, isto não e mais uma presunção uma probabilidade sobre a qual cada um pinta à vontade, que os poetas embelezam com suas ficções ou enfeitam de imagens alegóricas que nos seduzem. E a realidade que nos mostra a sua face, porque são os próprios seres de além-túmulo que nos vêm contar a sua situação, dizer-nos o que fazem, permitir-nos assistir, por assim dizer a todas as peripécias da sua nova vida, e, por esse meio, nos mostram a sorte inevitável que nos está reservada, segundo os nossos méritos ou os nossos delitos Há nisso alguma coisa de anti-religioso? Bem pelo contrário, pois os incrédulos aí encontram a fé e os tíbios, uma renovação do fervor e da confiança. O Espiritismo é o mais poderoso auxiliar da religião. E se assim acontece é porque Deus o permite, e o permite para reanimar as nossas esperanças vacilantes e nos conduzir ao caminho do bem, pelas perspectivas do futuro.

Fonte: O Livro dos Espíritos. Allan Kardec


sábado, 26 de dezembro de 2015

"O ESPIRITISMO E OS ENSINAMENTOS DE JESUS."

Os ensinamentos de Jesus são fontes de vida, de luz para nossas almas; eles nos capacitam a encontrar o caminho a seguir, a tomar as melhores e mais sábias decisões, e podem ser aplicados a tudo em nossa existência. Jesus foi quem nos revelou as leis imutáveis do Pai e, mais do que com as palavras, o fez com seus atos. Seu comportamento, sua vida, suas lições nos consolam, nos esclarecem e nos fazem caminhar com equilíbrio em todas as situações. Mas é preciso que lhes penetremos o significado, não ficando apenas na superfície da palavra em si ou dando voltas em interpretações teóricas. Suas revelações são grandiosas demais para nós e por isso, se queremos compreendê-las, precisamos tentar praticar o que ele ensinou. Só assim se tornarão vivas dentro de nós e nos ajudarão a entender a finalidade de nossa existência e a encontrar esperança para o futuro, quando não mais estivermos nesse planeta.
A Doutrina Espírita está calcada na moral cristã, em sua mais pura essência. Pois ela lança uma nova luz sobre os ensinamentos do Cristo, e é neles alicerçada. Alguns aspectos das lições do mestre não puderam ser inteiramente revelados por falta de maturidade dos homens de seu tempo, e por isso foram ditos de forma velada.
Jesus foi bem claro quando disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará.”
A qual verdade estaria o Mestre se referindo? Certamente a nada que Ele ensinara, porque disse “conhecereis”, ou seja, no futuro. E nem Ele, nem seus seguidores apresentaram algum novo conhecimento que poderia representar tal verdade.
Isto está cristalinamente claro.
Quando disse “A verdade vos libertará”, deixou claro que seus seguidores se encontravam e continuariam se encontrando prisioneiros de algum engano, até que o conhecimento da verdade, no futuro, viesse libertá-los. Isto, porque, seus seguidores não estavam preparados para conhecer toda a verdade.
Tais aspectos são agora aclarados em sua totalidade pelo espiritismo, que mais do que tudo, busca com seus postulados a regeneração do homem e sua ligação mais estreita com o criador; não pelo medo das ameaças de condenação a um inferno interminável, e sim pela compreensão da sua essência imortal, da sua responsabilidade na construção do próprio futuro e da presença constante do amor divino a ampará-lo em sua trajetória.
Porque muitas pessoas criticam o espiritismo? Porque tem medo! Medo de admitir que não sabem tudo, que precisam abrir a mente e o coração para buscar entender as questões espirituais em profundidade. Temem também o que é novo e desconhecido. A religião tem interesses a preservar; se as pessoas raciocinarem melhor sobre Deus e sua criação, se discutirem e procurarem assimilar os ensinamentos de Jesus em sentido pleno e se, acima de tudo procurarem vivê-los, o poder e a autoridade das religiões se enfraquecerão. Elas têm muito a perder com a expansão da Doutrina dos Espíritos, que nada mais é do que o resgate dos valores cristãos primitivos de amor, caridade, fraternidade desinteressada e, por conseguinte, da verdadeira espiritualidade. Esses valores, não apenas ditos, mais vividos, são poderosas forças capazes de transformar a Humanidade.
O Perdão às ofensas, a caridade para com os inimigos, o amor e tudo o mais que Jesus nos ensinou são atitudes contrárias aos interesses do culto ao egoísmo e ao orgulho que se desenvolveu na terra, sob o olhar complacente das instituições humanas. Jesus morreu porque ameaçou interesses fundamentais arraigados nos homens daquela época; o espiritismo junto com seus seguidores é criticado e discriminado por razões semelhantes.
Aqueles que querem a qualquer preço impor sua vontade, que se deixam dominar pelo orgulho, pela arrogância, pela falta de humildade, acabam espalhando dor e sofrimento nos caminhos por onde passam, magoando e ferindo aqueles que não se submetem aos seus propósitos.
É contra essa conduta insana que lutamos, para que o Amor triunfe sobre o egoísmo e a humildade vença o orgulho. Somente assim seremos felizes.


SANDRA CARNEIRO pelo Espírito “LUCIUS”

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

"QUEM É JESUS PARA OS ESPÍRITAS."

Pouca gente sabe o que realmente é Jesus para os espíritas, sem contar os que fantasiam em torno de conjecturas vazias, por total desconhecimento. Personalidade mais comentada de todos os tempos, Jesus, por sua importância, ensejou a fragmentação da História em duas partes — antes da sua vinda e depois de sua passagem pela Terra.
Os espíritas não costumam cultuar imagens, muito menos a imagem de Jesus na cruz, abatido, vitimado pela incompreensão dos homens. Para eles, o Jesus real é “um ser iluminado, belo, forte, irradiando amor de uma forma ampla e total, como um verdadeiro sol cujos raios se direcionam para todos os lados e atingem a todas as pessoas do Universo. Médico, psicólogo, pedagogo, consolador, redentor, Jesus nunca usou de uma classificação dicotômica da humanidade — os condenados a um futuro terrível num inferno eterno, em função de seus erros, e os eleitos, os únicos a se salvar, em função da sua fidelidade. Assim, os espíritas veem esse tal de inferno apenas como um estado íntimo da consciência. Nada de demônios, nada de Pai vingativo. Esse conceito encerrou-se com Moisés — teve valor somente a seu tempo, quando a humanidade exigia o tratamento do olho-por-olho-dente-por-dente. A partir de Jesus, Deus passa a ser infinitamente bom e misericordioso.
Quando se diz que Jesus é o caminho, o espírita entende que uma estrada leva sempre a algum lugar. Ao classificar-se o mestre como caminho, afirma Emmanuel, afasta-se a possibilidade de uma estrada sem proveito. Aceitando a receita de Jesus, caminhar em sua companhia “é aprender sempre e servir diariamente, com renovação incessante para o bem infinito, porque o trabalho construtivo, em todos os momentos da vida, é a jornada sublime da alma, no rumo do conhecimento e da virtude, da experiência e da elevação”. Zonas com estradas desativadas, sem serviço, sem transporte, refletem economia paralítica. Assim arremata Emmanuel:1 “Cristãos que não aproveitam o caminho do Senhor para alcançar a legítima prosperidade espiritual são criaturas voluntariamente condenadas à estagnação”. Nada de inferno. E toda estagnação é temporária, até que o espírito desperte. Disso tem certeza o espírita. Esse despertar, comumente, acontece sobre o aguilhão da dor, em função da sábia lei divina de causa e efeito.
O destino de todos nós? A perfeição. Todos, sem exceção verão a Deus, alcançarão os patamares maiores da evolução. E mais, independentemente da religião que abraçaram. O que manda é a prática indiscriminada do Amor, com maiúscula, e não a escolha da prática religiosa, rotulada.
Jesus, para o espírita, não é Deus. O mestre chamou a si mesmo de Filho do Homem, filho de Deus. Sempre se referia: “meu Pai que está no céu. “A distância, em medidas de perfeição, que existe entre Jesus – pela sua superioridade moral – e nós mesmos é que nos faz imaginá-lo como Deus... Compreensível que para nós ele seja quase isso, um Deus.
A prática do perdão, mecanismo expresso no Pai-Nosso como condição para o perdão do Pai, e a máxima “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, são a receita maior para rumarmos sem delongas na direção do Criador.
A regra áurea do “fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem” não foi trazida por Jesus. Ela datava de muitos séculos passados. Buda a citava, os gregos, os persas, os chineses, os egípcios, os hebreus, até os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo”.2 A grande diferença é que Jesus vivenciou essa regra áurea, “em plenitude de trabalho, abnegação e amor”.
A maioria dos espíritas concorda com Gandhi quando ele diz que a mais pura essência do cristianismo está no Sermão da Montanha (é lá que Jesus nos ensina a orar, por meio do Pai-Nosso). Se todo acervo da sabedoria humana sobre a Terra fosse destruído, só restando o Sermão da Montanha, “as gerações futuras teriam nele toda a beleza e sabedoria necessárias para a vida”, disse o grande estadista hindu.
Aliás, o espírita entende também que Gandhi, Buda, Lutero, Chico Xavier, Tereza de Ávila, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Santo Agostinho, os profetas que constam das escrituras sagradas e tantos outros, todos, sem exceção, foram colaboradores do Cristo, na sua estratégia de estabelecer o Reino de Deus na Terra. Todos foram, em maior ou menor grau, “inspirados pelos planos mais altos da vida”. Tudo faz parte de um trabalho árduo e constante para a instalação definitiva do amor entre os homens. Afinal, Jesus é o diretor espiritual desse planeta e espera a colaboração de todos para a redenção da Humanidade. Nisso, até nós, na nossa pequenez, estamos incluídos. Operários do Cristo, nas mínimas coisas.
Ref.: 1-          “O caminho”, em Vinha de luz, psicografado por Francisco Xavier, FEB.
2-        “A regra áurea”, Caminho, verdade e vida, idem.


 Escrito por Ary Marques Brasil   

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

"A TERRA E O FUTURO"

Com as constantes modificações que observamos no nosso planeta nos dias de hoje e com as informações já fornecidas pela espiritualidade, há espaço para reflexão sobre futuro da humanidade na Terra. Uma discussão desse tipo nos parece importante, tendo em vista a necessidade da pratica da reflexão em nossa vida para podermos seguir nessa jornada da melhor maneira possível, evitando sofrimentos desnecessários e contemplando a felicidade que a vida nos pode fornecer.
Já no tempo da codificação, os amigos espirituais de planos maiores incumbidos da missão, "Terra Regenerada", nos informaram da decisão Divina em promover a evolução da Terra como planeta Expiatório para Regenerado. Isso implica, evidentemente, numa condição mais feliz de vida para a humanidade futura. Como o próprio termo diz, expiação implica na necessidade de reencarnações reparatórias de erros cometidos em vidas anteriores e, consequentemente, o sofrimento encontra-se presente fortemente nesse sistema de vida. Regeneração significa um passo adiante na escala evolutiva; uma fase de transição rumo a felicidade eterna. Regenerar demonstra o arrependimento e a recuperação de muitos erros com o estabelecimento da harmonia evolutiva e, portanto, um estágio mais feliz de vida individual e em comunidade.
Nessa importante missão, o plano espiritual nos informou que o Brasil foi o pais escolhido como polo centralizador do movimento transformatório. O projeto Terra Regenerada, certamente implica em etapas devidamente planejadas com a participação de pessoas atuando em todas as áreas do conhecimento humano e em todos os pontos do planeta, assim como em outros planos espirituais. Tudo está sendo coordenado pela Espiritualidade Maior, responsável pelo desenvolvimento da vida na Terra em contexto com o Universo.
Muita gente ainda não teve acesso a essas informações ou mesmo não acredita nelas e observa o mundo como decadente. Muitos acreditam na destruição drástica do planeta e na seleção Divina da humanidade entre o céu e o inferno. Tendo em vista a complexidade da vida no planeta, com bilhões de espíritos encarnados e outros tantos em planos espirituais próximos, cada um com a sua individualidade inata e Livre-arbítrio, evidenciamos ainda muita desordem, sofrimentos, injustiças, etc. Mas aonde estão as evidencias do projeto Terra Regenerada?
A primeira delas vamos encontrar no próprio Evangelho, onde Jesus Cristo nos garante que Deus Pai nos enviara, no momento adequado, o Consolador e com ele os anjos santos. Assim, umas plêiades enormes de espíritos superiores trabalharão nesse projeto.
Um projeto dessa natureza não poderia ser realizado de uma hora para outra sem implicações serias na estrutura do planeta e na harmonia do universo. É, portanto, de se esperar que isso se processe gradualmente, dentro das condições naturais do planeta. Mas também há de se pensar num processo não muito demorado, devido aos efeitos marcantes de destruição da natureza provocados por homens sem visão do coletivo e também pela necessidade evolutiva mais rápida daqueles que amam a Terra.
Com essa visão, o projeto básico consistiria numa seleção dos espíritos reencarnantes no planeta. A permissão da reencarnação de somente espíritos com níveis de evolução apropriados a Terra regenerada e de espíritos missionários mais elevados, propiciara mudanças radicais em benefício de todos, mas infelizmente as custas de grandes sofrimentos, o que não e motivo de desagrado para muitos que compreendem o grande valor desses desafios para a evolução espiritual. Neste caso, devemos observar o bom desenvolvimento espiritual de adultos, jovens e principalmente das crianças de hoje. Porém não pode haver uma regra fixa estabelecida para todos e muitas exceções se efetuam por motivos diversos.
Nesta etapa, como observamos atualmente, grupos de jovens e crianças com desafios cada vez maiores no caminho do bem surgem a todo instante, como movimentos de solidariedade humana, preservação da natureza, contra preconceitos, estabilidade política, contra corrupção, etc. Ações fortes estão sendo encaminhadas em todos os sentidos, não mais a nível local, regional ou de uns pais. Ha que se pensar no mundo como um só. Surge a globalização econômica e social. Essa integração implicara em modificações acentuadas no modo de vida do planeta. Haverá preocupação com a vida geral em todo o planeta. A preservação do meio ambiente será prioridade global e os países que mais prejudicaram a natureza ao longo dos anos, deverão contribuir mais para a preservação global, sejam ajustando suas atividades econômicas ou contribuindo com recursos financeiros aos países que devem manter a natureza preservando a vida na Terra. O tempo da guerra fria acabou para sempre. Com o tempo se percebera que o investimento de recursos em armamentos e inútil e desnecessário. Contrariamente, o desarmamento geral será uma pratica de eficiência administrativa sem prejuízo algum, pois haverá desinteresse em conflitos externos devido a convivência amigável em comunidade global, implementado inclusive pela competitividade saudável no trabalho mas com respeito ao próximo.
Uma outra etapa importantíssima seria o desenvolvimento de tecnologia avançada capaz de promover a união rápida e eficiente da comunicação em todos os pontos do planeta. Não se pode imaginar nenhuma mudança significativa em qualquer lugar sem a existência de trocas de informações. Uma liderança e tanto mais significativa quanto maior for a sua capacidade de convencimento de pessoas as suas ideias que passam as incorporá-las em seu modo de vida. A informática e a tecnologia estabelecida para o projeto Terra Regenerada. Com o uso da internet as pessoas opinarão globalmente, promovendo mudanças administrativas significativas nos governos de todos os países, pois haverá imensa pressão da própria sociedade mundial nas administrações locais. Podemos visualizar uma mudança radical nas administrações, saindo da esfera individual ou partidária restrita, para uma imensa participação popular, vencendo as opiniões da grande maioria. Para a popularização mundial da informação, deve ser resolvido o problema da linguagem. Porém, já estão em aprimoramento programas de tradução automática que serão auxílios indispensáveis a comunicação de massa internacional.
Diante dessa visão perguntamos: Qual o nosso papel neste planeta? Ajudar esse projeto ou viver nesse contexto? Cabe a cada um descobrir o seu real objetivo no momento. Verificar as suas possibilidades; compreender a sociedade onde vive e ajudá-la a melhorar, quer seja na sua família quer em meio mais amplo. As possibilidades de trabalho são muitas.
O espiritismo fornece um meio seguro para a reflexão, acompanhando a ciência passo a passo e promovendo a construção de um futuro melhor com o fortalecimento de uma fé racional e inabalável. E nessa área que o Brasil cumpre a sua principal missão, ensinando a pratica da caridade e a fraternidade universal a todos os povos com as suas inúmeras instituições beneficentes como hospitais, orfanatos, creches, asilos, grupos e casas espíritas espalhadas por todo o pais. Mas e aqui na internet que esse exemplo de solidariedade e amor a doutrina espírita se espalhara ao planeta com grande rapidez. Doutrina essa que simplesmente coloca o homem em constante meditação sobre a vida. De tudo o que se ouve, cabe a cada um seguir a sua razão, sem preconceitos. A humildade e ponto fundamental no entendimento da verdade da vida e fator que limita o potencial do uso da razão.

Raul Franzolin Neto.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...