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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

“VALEU A PENA”?

Você, que é um homem de negócios, e se diz bem sucedido, está feliz com a vida que leva?
Se você sabe dividir bem o seu tempo entre o trabalho e a família, entre as coisas da Terra e os valores espirituais, então você é alguém muito bem sucedido.
Todavia, se é daqueles que não trabalha para viver mas vive para trabalhar, chegará um dia em que você perguntará a si mesmo: Valeu a pena?
E chegará à conclusão de que não valeu a pena tanta correria, para ganhar dinheiro e não usufruir.
Vai ver que o tempo passou e o cansaço tomou conta do seu corpo.
Vai perceber que, mesmo rodeado de muita gente, você se sente só.
Um dia, você vai recolher-se no quarto e vai ter vontade de abraçar o travesseiro, porque não sobrou ninguém para abraçar.
Vai ver que foi entrando numa roda viva, que não é mais dono do tempo que dizem que é seu, e que não pode gastá-lo com qualquer um.
Vai ver que o carro já está se tornando um problema, e não um conforto, que o telefone perturba, que a gravata incomoda...
Perceberá que o seu patrimônio lhe exige tempo demais, e que acabou sendo possuído ao invés de possuir.
E, por mais que tente se livrar de tudo isso, é um escravo, embora invejado por muitos.
Vai ver que não valeu a pena passar vários anos sem férias, sem descanso.
Vai ver que não tem mais ilusões e a esperança anda com vontade de dormir...
Um dia você vai ver que passou pela vida e não viveu.
Frequentou o mundo sem saber porquê, rodou, rodou, e não saiu do lugar...
Pensou que foi, mas ficou.
Teve tudo e não sentiu nada.
Um dia, você verá que o tempo escoa tão rápido como areia fina por entre seus dedos.
E, quando chegar esse momento, você vai sentir vontade de voltar no tempo e gastar suas horas de forma diferente.
Vai querer sorrir, amar, estar com a família, misturar-se com as crianças e estender a mão ao próximo.
Vai desejar o abraço da esposa, sempre relegada a segundo plano.
Vai querer sentir a mão do seu filho acariciando lhe os cabelos...
Vai preferir uma pizza com a criançada em vez de um jantar de negócios. 
Vai desejar ser dono das horas, tirar férias, curtir tudo o que gosta...
Mas, se você deixar isto para pensar só um dia... que nunca chega, talvez você não tenha mais tempo...
Por essa razão, se você se permitiu alguns minutos para refletir sobre esta mensagem, não deixe para depois tudo o que você pode fazer agora.
Sorria, ame, curta a sua família, role no chão com seus filhos, abrace a esposa, beije sua velha mãe, diga a seu pai que o ama e gaste uma porção do seu tempo com os amigos...
Tire férias, faça um check-up, cuide da saúde, invista um pouco em você.
E aproveite para refletir sobre as coisas espirituais, já que você é um ser imortal, criado para a Eternidade...
Se você nunca sentiu o perfume de uma flor...
Jamais estendeu a mão a alguém necessitado de amparo...
Nunca observou o crepúsculo ou contemplou uma aurora...
Não tem tempo para dedicar aos familiares...
Não sai de férias há anos, para manter o serviço em dia...
Nunca emprestou um pouco do seu tempo a algum tipo de serviço social...
Então você já está morto, e ainda não percebeu.
Pense nisso, mas pense agora!
Redação do Momento Espírita


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

"PEDRO O APOSTOLO."

25 de agosto de 1936
Enquanto a Capital dos mineiros, dirigida pelos seus elementos eclesiásticos, se prepara, esperando as grandes manifestações de fé do segundo Congresso Eucarístico Nacional, chegam os turistas elegantes e os peregrinos invisíveis. Também eu quis conhecer de perto as atividades religiosas dos conterrâneos de Augusto de Lima. 
Na Praça Raul Soares, espaçosa e ornamentada, vi o monumento dos congressistas, elevando-se em forma de altar, onde os atos religiosos serão celebrados. No topo, a custódia, rodeada de arcanjos petrificados, guardando o símbolo suave e branco da eucaristia, e, cá em baixo, nas linhas irregulares da terra, as acomodações largas e fartas, de onde o povo assistirá, comovido, às manifestações de Minas católica. 
Foi nesse ambiente que a figura de um homem trajado à israelita, lembrando alguns tipos que em Jerusalém se dirigem, freqüentemente, para o lugar sagrado das lamentações, aguçou a minha curiosidade incorrigível de jornalista. 
- Um judeu?! – exclamei, aguardando as novidades de uma entrevista. 
- Sim, fui judeu, há algumas centenas de anos – respondeu laconicamente o interpelado. 
Sua réplica exaltou a minha bisbilhotice e procurei atrair a atenção da singular personagem. 
- Vosso nome? – continuei. 
- Simão Pedro. 
- O Apóstolo? 
E a veneranda figura respondeu afirmativamente, colando ao peito os cabelos respeitáveis da barba encanecida. 
Surpreso e sedento da sua palavra, contemplei aquela figura hebraica, cheia de simplicidade e simpatia. Ao meu cérebro afluíam centenas de perguntas, sem que pudesse coordená-las devidamente. 
- Mestre – disse-lhe, por fim -, Vossa palavra tem para o mundo um valor inestimável. A cristandade nunca vos julgou acessível na face da Terra, acreditando que vos conserváveis no Céu, de cujas portas resplandecentes guardáveis a chave maravilhosa. Não teríeis algumas mensagens do Senhor para transmitir à Humanidade, neste momento angustioso que as criaturas estão vivendo? 
E o Apóstolo venerável, dentro da sua expressão resignada e humilde, começou a falar: - Ignoro a razão por que revestiram a minha figura, na Terra, de semelhantes honrarias. 
Como homem, não fui mais que um obscuro pescador da Galileia e, como discípulo do 
Divino Mestre, não tive a fé necessária nos momentos oportunos. O Senhor não poderia, 
portanto, conferir-me privilégios, quando amava todos os seus apóstolos com igual amor. 
- É conhecida, na história das origens do Cristianismo, a vossa desinteligência com Paulo de Tarso. Tudo isso é verdadeiro? 
- De alguma forma, tudo isso é verdade – declarou bondosamente o Apóstolo. – Mas, Paulo tinha razão. Sua palavra enérgica evitou que se criasse uma aristocracia injustificável, que, sem ele, teria que desenvolver-se fatalmente entre os amigos de Jesus, que se haviam retirado de Jerusalém para as regiões da Batanéia. 
- Nada desejais dizer ao mundo sobre a autenticidade dos Evangelhos? 
- Expressão autêntica da biografia e dos atos do Divino Mestre, não seria possível acrescentar qualquer coisa a esse livro sagrado. Muita iniquidade se tem verificado no mundo em nome do estatuto divino, quando todas as hipocrisias e injustiças estão nele sumariamente condenadas. 
- E no capítulo dos milagres? 
- Não é propriamente milagre o que caracterizou as ações práticas do Senhor. Todos os seus 
atos foram resultantes do seu imenso poder espiritual. Todas as obras a que se referem os 
Evangelistas são profundamente verdadeiras. 
E, como quem retrocede no tempo, o Apóstolo monologou: 
- Em Carfanaum, perto de Genesaré, e em Betsaida, muitas vezes acompanhei o Senhor nas suas abençoadas peregrinações. Na Samaria, ao lado de Cesareia de Felipe, vi suas mãos carinhosas dar vistas aos cegos e consolação aos desesperados. Aquele sol claro e ardente da Galileia ainda hoje ilumina toda a minha alma e, tantos séculos depois de minhas lutas no mundo, ao lado de alguns companheiros procuro reivindicar para os homens a vida perfeita do Cristianismo, com o advento do Reino de Deus, que Jesus desejou fundar, com o seu exemplo, em cada coração... 
- Os filósofos terrenos são quase unânimes em afirmar que o Cristo não conhecia a evolução da ciência grega, naquela época, e que as suas parábolas fazem supor a sua ignorância acerca da organização política do Império Romano: seus apóstolos falam de reis e príncipes que não poderiam ter existido. 
- A ação do Cristo – retrucou o Apóstolo – vai mais além que todas as atividades e investigações das filosofias humanas. Cada século que passa imprime um brilho novo à sua figura e um novo fulgor ao seu ensinamento. Ele não foi alheio aos trabalhos do pensamento dos seus contemporâneos. Naquele tempo, as teorias de Lucrécio, expandidas alguns anos antes da obra do Senhor, e as lições de Filon em Alexandria, eram muito inferiores às verdades celestes que Ele vinha trazer à Humanidade atormentada e sofredora... E, quando a figura venerada de Simão parecia prestes a prosseguir na sua jornada, inquiri, abruptamente: 
- Qual o vosso objetivo, atualmente, no Brasil? 
- Venho visitar a obra do Evangelho aqui instituída por Ismael, filho de Abraão e de Agar, e dirigida dos espaços por abnegados apóstolos da fraternidade cristã. 
- E estais igualmente associado às festas do segundo Congresso Eucarístico Nacional? – 
perguntei. 
Mas, o bondoso Apóstolo expressou uma atitude de profunda incompreensão, ao ouvir as minhas derradeiras palavras. 
Foi quando, então, lhe mostrei o rico monumento festivo, as igrejas enfeitadas de ouro, os movimentos de recepção aos prelados, exclamando ele, afinal: 
- Não, meu filho!... Esperam-me longe destas ostentações mentirosas os humildes e os desconsolados. O Reino de Deus ainda é a promessa para todos os pobres e para todos os aflitos da Terra. A Igreja romana, cujo chefe se diz possuidor de um trono que me pertence, está condenada no próprio Evangelho, com todas as suas grandezas bem tristes e bem miseráveis. A cadeira de São Pedro é para mim uma ironia muito amarga... Nestes templos faustosos não há lugares para Jesus, nem para os seus continuadores... 
- E que sugeris, Mestre, para esclarecer a verdade? 
Mas, nesse momento, o Apóstolo venerando enviou-me um gesto compassivo e piedoso, continuando o seu caminho, depois de amarrar, resignadamente, o cordão das sandálias.

Da obra: Crônicas de Além Túmulo. Ditado pelo Espírito Humberto de
Campos, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.
Recebida em Pedro Leopoldo a 19 de abril de 1935.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

"A INFLUENCIA ESPIRITUAL NA VIDA CONJUGAL."

"Muitos casamentos fracassam devido a essas influências nocivas de espíritos de natureza má, que começam de forma sutil, sorrateira, evoluindo para verdadeiros processos obsessivos que comprometem irreversivelmente a união conjugal.
Tanto a vítima da obsessão quanto o cônjuge, na maioria das vezes, nada percebem, porquanto os obsessores não criam o mal na vítima; apenas identificam as tendências e as estimulam de forma intensa e persistente, procurando exacerbá-las. [...]
Os espíritos obsessores sondam os pensamentos mais íntimos do indivíduo visado procurando identificar a tendência para a infidelidade. Constatando-a, passam a alimentá-la, através de sugestão mental. Em seguida, pesquisam alguma pessoa, que por ele sente alguma atração e que igualmente apresente necessidades afetivas ou determinados desejos sensuais. Dando continuidade ao 'trabalho', passam a influenciar os dois, facilitando os encontros e procurando despertar a afetividade. Os obsessores não perdem a oportunidade de sugerir novos pensamentos, verdadeiras ideias fixas, que criam as condições para a união sexual infiel, que se consuma em clima de grande emotividade, pela carga adicional dos obsessores. Segue-se um período de grandes prazeres que, entretanto, não é longo. Passada a fase de júbilo, de grandes satisfações, os obsessores mudam de tática. O que lhes interessa é o sofrimento das vítimas e não a sua felicidade. Sem a ajuda deles, as grandes emoções se reduzem, restando à vítima apenas a desilusão, a consciência do grande engano cometido." (Umberto Ferreira, Vida conjugal, p. 113-115).
A infidelidade
"[...] Desses embates multimilenárias, restam, ainda, por feridas sangrentas no organismo da coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na patologia das doenças da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado, e a prostituição que reúne em si homens e mulheres que se entregam às relações sexuais, mediante paga, estabelecendo mercados afetivos.
Qual ocorre aos flagelos da guerra, da pirataria, da violência homicida e da escravidão que acompanham a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a pouco, o adultério e a prostituição ainda permanecem, na Terra, por instrumentos de prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na balança do progresso e da vida." (Emmanuel, Vida e sexo,15. ed., p. 94-95).
"Quando o homem e a mulher decidem casar-se, assumem o compromisso de cultivar a fidelidade por toda a vida, mas muitos não o cumprem. [...].
Em muitos casos, a infidelidade não traz maiores problemas, mas, em alguns, provoca situações verdadeiramente dramáticas, não só em relação à mulher, como também ao homem, com repercussões para o resto da vida.
A vítima da infidelidade, seja homem ou mulher, fica seriamente lesada em sua sensibilidade. Algumas se desestruturam totalmente, outras entram em depressão profunda ou se desequilibram completamente, necessitando de tempo mais ou menos longo para readquirir o equilíbrio. E o causador contrai um débito perante a justiça divina.
As consequências do ato infeliz, muitas vezes, se estendem às existências futuras, porquanto não se rompe impunemente um compromisso afetivo. [...].
O infiel lesa moralmente o cônjuge e a si próprio. Nesta época em que vivemos, não é somente por questões psicológicas, espirituais ou morais que se deve conservar a fidelidade, mas também por razões de saúde, porquanto há várias doenças transmitidas sexualmente que a comprometem."

Autor:Umberto Ferreira,

domingo, 10 de janeiro de 2016

"A DOR PARTILHADA"

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões.
Sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas para a janela. Os homens conversavam horas a fio.
Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, seus empregos, seu envolvimento no serviço militar, locais onde eles passava as férias.
Todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver para aqueles períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora. A janela dava para um parque com um lindo lago de patos e cisnes brincavam na água enquanto crianças com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores e uma bela vista da silhueta da cidade podia ser visto na distância. Quando o homem perto da janela descrevia isto tudo com detalhes requintados , o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava esta cena pitoresca . Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu um desfile que passava. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda - ele podia vê-lo no olho da sua mente como o senhor a retratava através de palavras descritivas . Dias , semanas e meses se passaram. Uma manhã , a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela , que tinha morrido tranquilamente em seu sono . Ela ficou muito triste e chamou o atendentes para que levassem o corpo . Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira ficou feliz em fazer a troca , e depois de ter certeza que ele estava confortável , ela deixou ele sozinho. Vagarosamente, pacientemente , ele se apoiou em um cotovelo para tomar o seu primeiro olhar para o mundo real. Fez um grande esforço e lentamente a olhar para fora da janela além da cama . Ele enfrentou uma parede em branco . O homem perguntou à enfermeira o que poderia ter levado seu companheiro falecido, que tinha descrito coisas tão maravilhosas fora dessa janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Ela disse: Talvez ele só queria encorajar você.
Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas . A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade quando partilhada, é dobrada.
Se você quer se sentir rico, conta todas as coisas você tem que o dinheiro não pode comprar.
"Hoje é uma dádiva, é por isso que é chamado de O PRESENTE".

Autor desconhecido

sábado, 9 de janeiro de 2016

“DESCOBRINDO O PASSADO.”

Muitas pessoas afirmam desejar conhecer suas encarnações anteriores.
Uma boa parte delas espera ter animado importantes personalidades históricas.
Reis e santos, poetas e intelectuais, sumidades as mais diversas não faltam no imaginário dos candidatos à recordação.
Entretanto, é preciso lembrar que a lei do progresso vigora em toda a sua plenitude.
Ela impede o retrocesso moral e intelectual.
As condições sociais podem variar significativamente ao longo dos séculos.
É possível passar-se da extrema riqueza à mais abjeta pobreza, de uma encarnação a outra.
Esse movimento pendular presta-se a viabilizar a realização da justiça Divina.
Mediante ele, o poderoso que elaborou leis iníquas para o povo, posteriormente a elas se submete.
Quem lesou o patrimônio público terá oportunidade de se ressentir da falta de educação e segurança públicas eficientes.
O mau patrão poderá experimentar a condição de empregado oprimido.
Essa oscilação nas condições materiais também auxilia o despertar da sensibilidade.
O homem que olha insensível a dor alheia candidata-se a experimentá-la.
Nem toda dor é uma expiação.
O sofrimento é corolário da imperfeição.
Todo vício, toda insensibilidade, toda rudeza atrai a dor como um remédio necessário.
Somente a perfeição moral e intelectual livra a criatura de experiências dolorosas.
A partir de certo nível de desenvolvimento, o Espírito desvincula-se das experiências materiais.
Sem necessidade de vivências terrenas, a elas retorna por espírito de amor e serviço.
Cumprindo missões, dá exemplo de genuína elevação moral e intelectual.
Mas o relevante é que a evolução conquistada jamais é perdida.
Nenhuma alma generosa de repente se torna mesquinha.
O homem intelectualmente superior não perde suas habilidades intelectuais.
Por certo, quem utilizou mal a inteligência pode renascer na condição de idiota.
Ou viver em condições difíceis que não lhe possibilitem adquirir cultura.
Contudo, ordinariamente, a alma expressa o seu potencial.
Assim, a criatura pode ter certeza de que se encontra no ápice de sua evolução. 
Ninguém jamais foi tão bondoso e inteligente como é hoje.
Esse raciocínio auxilia a perder ilusões quanto ao próprio passado espiritual.
Quem atualmente detesta estudar, certamente nunca foi um intelectual.
O homem egoísta ou fútil de hoje pode ter como certo jamais ter sido um santo, na acepção da palavra.
Raras pessoas têm recordações precisas do que viveram nos séculos precedentes.
Entretanto, se a recordação detalhada não é possível, nem por isso é inviável ter uma noção do que se viveu.
Para ter uma ideia do que se fez, basta analisar as tendências atuais.
E pensar que ocorreu uma melhora, ao longo do tempo.
As suas ideias inatas revelam o seu nível evolutivo e o caminho que você trilhou.
Para se conhecer, preste atenção nos impulsos mais naturais de seu coração.
Caso seu agir e seu sentir instintivos tenham algo de egoísta, insensível ou vulgar, convém refletir sobre isso.
Enquanto não burilar o seu íntimo, você permanecerá tendo experiências dolorosas.
Então, é de seu interesse mais direto modificar o próprio comportamento e livrar-se de velhas fissuras morais.
Afinal, mais importante do que saber o que você já viveu, é garantir que o seu futuro seja pleno de felicidade e bem-estar.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

“DEZ COISAS QUE ROUBAM À SUA ENERGIA.”

“Todos nós temos uma carga de energia, a qual devemos aprender a utilizar corretamente e não desperdiçar.” As energias nos permitem trabalhar com motivação, nos dão pensamentos positivos para enfrentar as situações do dia a dia e permitem aproveitar ao máximo todas as oportunidades que nos sãos apresentados. Somente nós temos o poder de dominar nossas energias e ter acesso a elas para usá-las em nossos dias. No entanto, existem alguns agentes externos e internos que podem chegar a interferir em nossos níveis de energia provocando uma redução em nossa motivação, nosso humor e nossa produtividade.
As energias são chaves para alcançar o êxito e superar cada um dos obstáculos que nos sãos apresentados no caminho. Todos podem renovar todos os dias essas energias e aproveita-las ao máximo para deixar vir a tona nossas qualidades, nossos talentos e tudo o que nos permite descartar como pessoas. Levando em consideração que cada indivíduo está dotado de energia, e que isto é a chave para seu desenvolvimento pessoal e profissional, o grande líder espiritual Dalai Lama definiu os “10 ladrões da energia” que todos devem conhecer para conseguir o domínio das energias e evitar que hajam interferências que nos impeçam de aproveita-las.
1- Fique longe das pessoas tóxicas que consomem sua energia
Deixe ir as pessoas que somente chegam para compartilhar queixas, problemas, histórias desastrosas, medo e julgamentos sobre os demais. Se alguém busca uma lixeira para deixar seu lixo, não deixe que seja a sua mente.
Todos nós temos a capacidade de distinguir quais são as pessoas que trazem coisas positivas para nossa vida e quais são aquelas que querem nos deter e impedir nossa vida.
2- Pague suas contas a tempo
Não há nada melhor para nossa tranquilidade do que saber que não devemos nada a ninguém e que ninguém nos deve.
“Pague suas contas a tempo.
Ao mesmo tempo cobre a quem te deve ou escolha deixa-lo ir, se já for impossível cobrar”. Ser responsável com as dívidas nos ajuda a ficar tranquilos ante as demais pessoas e com nós mesmos. É melhor fazer tudo o que for possível para se libertar das dívidas e não ter que se esconder ou ficar com vergonha por não tê-las pagado.
3- Cumpra suas promessas
“Se você não cumpriu uma promessa pergunte-se por quê? Você sempre tem direito a mudar de opinião, a se desculpar, a compensar, a renegociar e a oferecer uma alternativa ante uma promessa não cumprida. A forma mais fácil de evitar o “não cumprir” é dizer NÃO desde o princípio”.
As promessas, por menores que sejam, podem ter um valor muito significativo para as pessoas as quais as fizemos. Cumprir nossas promessas nos faz pessoas melhores tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional.
4- Delegue aquilo que não quer fazer
“Elimine o que for possível e delegue aquelas tarefas que prefere não fazer. Procure dedicar seu tempo às coisas que gosta”.
Não se trata de escapar de nossas responsabilidades, mas sim de ter consciência de que em certos casos o melhor é passar o trabalho para alguém que pode fazê-lo melhor ou que pode tomar seu lugar quando você não se sente nas melhores condições para realizá-lo. Isto nos lembra de que é importante realizar as coisas que são verdadeiramente significativas em nossas vidas.
5- Descansa e aja
“Permita-se descansar se estiver em um momento no qual necessita e autorize-se a agir se estiver em um momento de oportunidade”.
Tanto a natureza como nossa vida possuem diferentes ritmos e cada um de nós deve saber como agir frente a isso. Muitas vezes não parar quando necessitamos pode ser um grande erro. 
6- Coloque, recolha e organize
“Nada toma mais energia que um espaço desordenado e cheio de coisas do passado que você já não precisa. Organize-se”. Desde as coisas físicas até as espirituais, é muito importante deixar aquilo de que não precisamos mais para trás. Devemos seguir com aquelas coisas que nos permitem viver bem o presente e buscar nossos sonhos.
7- Cuide de sua saúde
“Dê prioridade a sua saúde. Se seu corpo não funcionar bem não adianta. Tire alguns momentos para descansar”.
De nada nos serve ter o melhor trabalho, muito dinheiro e os melhores bens se não gozamos de boa saúde e não cuidamos de nosso corpo. Para desfrutar da vida com as melhores energias, devemos dedicar um merecido tempo a nosso corpo para desintoxicá-lo, meditar, nos alimentar bem, fazer exercícios, consultar um médico e fazer todo o necessário para estar bem de saúde.
8- Enfrente  as situações difíceis
“Enfrente as situações tóxicas que está postergando. Tome a ação necessária”.
Enfrentar as situações é a maneira mais saudável de assumir as coisas e não deixar que se convertam em algo pior. É importante analisar e decidir a tempo  já que evitar decisões pode gerar estresse, dificuldade para se focar e problemas mais difíceis de solucionar.
9- Aceite
“Aceitar não é resignar-se, mas nada te faz perder mais energia que resistir e brigar contra uma situação que você não pode mudar”.
Ainda que muitos acreditem que nada é impossível e que a esperança é a última que morre, em certos casos a vida nos põe ante situações nas quais devemos aceitar que não podemos mudar as coisas e que a única forma será aceitar. Aceitar não quer dizer que devamos parar de lutar, quando aceitamos que não podemos mudar algo, também temos a possibilidade de mudar o plano e buscar novas oportunidades. 
10- Perdoe
“Perdoe, deixe para trás a situação que esteja causando dor. Você sempre pode escolher deixar a dor ir embora”.
Uma das maiores fontes de energia é o Amor e estar conectado a Deus para aprender a perdoar. É verdade que muitas vezes a vida nos põe ante situações que nos enchem de ira, de dor, de rancor e de medos que dificilmente podemos superar. No entanto, quando decidimos não alimentar estes sentimentos e começar a perdoar, tudo em nossa vida melhora, e com o tempo nos damos conta que tomamos uma boa decisão. O ódio, o rancor e a ira são sentimentos que não nos trazem nada de bom e nos podem levar a tomar más decisões.

Dalai Lama

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

"O QUE É O ESPIRITISMO?

A maioria das pessoas, quando ouve ou lê a palavra Espiritismo vincula a ideia, automaticamente, a mais uma religião, entre as milhares que existem no mundo.
Há os que confundem o Espiritismo com práticas de umbanda, quimbanda e candomblé, por total ignorância, pois não tiveram oportunidade de tomar conhecimento da absoluta diferença. Mas, há, também, os que sabem dessa diferença; porém, levados pelo radicalismo e pela intolerância, insistem em pregar a vinculação.
Afinal de contas, o que é o Espiritismo? Não é uma religião? Absolutamente. O Espiritismo não pode ser definido simplesmente como uma religião. É uma Doutrina Filosófica, rigorosamente calcada em base cientifica, de consequência religiosa.
Filosofia de base cientifica?
Exatamente. Embora a maioria dos praticantes espiritistas não trabalhem seu aspecto científico, este é o que dá segurança e firmeza a fé dos espíritas, pois, a Doutrina ensina que "Fé inabalável só é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade".
Não admite fé cega, aquela que é baseada na doutrina do "porque sim", e orienta a fé raciocinada.
Mas há quem afirme, equivocadamente, que a Ciência não aceita o Espiritismo e até que o Espiritismo vai de encontro a Ciência. É um absurdo. O respeito do Espiritismo para com a Ciência é tão grande que quando a Doutrina veio ao mundo, por obra dos Espíritos, o seu codificador, altamente inspirado, afirmou, com o aval dos próprios Espíritos Superiores: "Se algum dia a Ciência comprovar que a Doutrina está errada em algum ponto, cumpre ao espírita abandonar esse ponto equivocado e seguir a orientação da Ciência". 
É importante frisar, também, que a presunção de muitos homens (que se dizem de ciência) quer impor ao mundo que as propriedades da matéria são apenas aquelas que eles conhecem.
Mas, talvez você, assim como outras pessoas, afirme: "Eu já frequentei a casa da dona Fulana e não vi nada que pudesse ser chamado de ciência". Claro, você tem razão. O Espiritismo não são essas coisas que se pratica na casa da dona Fulana, da "mãe" Ciclana ou do "pai" Beltrano, apesar dessas pessoas fazerem questão de denominarem suas práticas como sendo espiritas.
Conheço muita gente que se diz conhecedora do Espiritismo afirmando coisas assim: "Eu já frequentei, por muito tempo, o Centro tal..."mas ainda usa expressões do tipo "mesa branca, linha branca, etc...", o que prova total desconhecimento da doutrina, uma vez que esse negócio de mesa branca é coisa que nunca existiu no Espiritismo. Existem pessoas que dizem conhecer o Espiritismo, ou até que se dizem espiritas, mas morrem de medo de defunto, visitam cemitérios nos dias de finados, como se os seus entes desencarnados estivessem ali; acendem velas, etc... É engraçado, mas, também, é uma prova de que nada sabem sobre o assunto.
É importante esclarecer essa questão: considerando que a mediunidade é uma faculdade humana e não uma propriedade do Espiritismo, muita gente se aproveita dela, ou finge possuí-la, para praticar, em sua residência. Sessões de "atendimento" a pessoas, na maioria das vezes cobrando, direta ou indiretamente, dizendo-se espírita, porém, propondo fazer pelas pessoas o que elas querem e não o que elas precisam. Propõe ajuda para conseguir emprego, mesmo sem essa pessoa ter afinidade com o trabalho, ajuda para conseguir namorados, passar em concursos, livrar-se de enfermidades, ganhar em loterias, etc...
O pior é que alguns chamados líderes religiosos, ou "defensores" do religiosismo tradicional quando querem atacar o Espiritismo, preocupados em exibir uma cultura que não tem, citam supostas experiências próprias, que nada mais são que algum tempo vivido em algumas dessas casas, nas convivências com essas "mães" ou "pais", que sempre terminam decepcionando. 
O Espiritismo é uma Doutrina baseada nos ensinamentos de Jesus (o maior exemplo de coerência e Amor do qual o mundo já teve conhecimento), que respeita a liberdade das pessoas, que não cerceia a liberdade de pensar de ninguém, que não aponta dedo para ninguém, que não julga e não diz ser dona exclusiva da verdade.
O Espiritismo tem o maior respeito por todos os segmentos religiosos, principalmente pelos grandes vultos da humanidade que foram, ou que são, membros de outras religiões, como um Francisco de Assis, Antônio de Pádua, Madre Teresa de Calcutá, Teresa DÁvila, Dom Helder Câmara, Irmã Dulce, Padre Bruno Sechi, aqui no Pará, o pastor protestante Martin Lether King e muitos outros servidores da humanidade, independente da crença que professam.
O Espiritismo não faz proselitismo e jamais dirá que um católico está errado, porque está na igreja católica, ou que um protestante está errado, por seguir uma das centenas de ramificações do protestantismo.
O Espiritismo não obriga ninguém a absolutamente nada, nem mesmo a frequentar Centros ou a participar de reuniões espiritas.
Não adota quaisquer rituais, não admite velas, incensos, altares, paramentos, dízimos ou qualquer espécie de pagamento, direto ou indireto, por uma orientação espiritual. Não discrimina ninguém.
A sua concepção de Deus é totalmente diferente da convencional: Deus é soberanamente bom, justo, misericordioso e não pode ser nivelado a inferioridade humana. Portanto, não admite qualquer conceito que define Deus como violento, cruel, sanguinário, vingativo, discriminador, incoerente e inconsequente.
A Justiça de Deus não pode ser comparada com a justiça dos homens, pois a lógica Espírita admite que "Deus não castiga e não perdoa ninguém", já que, para castigar estaria sendo intolerante com as falhas de "crianças" ignorantes e atrasadas; para perdoar, implicaria que tivesse sido ofendido antes. Admitir Deus ofendido é algo que contraria o bem senso.
Através desta coluna, pretendemos mostrar as pessoas o que é o verdadeiro e único Espiritismo. Não o Espiritismo Kardecista, nem Espiritismo mesa branca, que são coisas que não existem. O Espiritismo nunca foi propriedade do Senhor Allan Kardec e nem nada tem a ver com a cor da mesa que o Centro usa. 
Vamos falar sobre a vida, sobre a "morte", Amor, dia-a-dia, felicidade, aborto, suicídio, infelicidade e sobre os problemas comuns dos homens, à luz do Espiritismo.
Alamar Régis Carvalho


(Página "O que é o Espiritismo", extraída do Livro "Sob a Ótica Espírita" de Alamar Régis Carvalho, onde foram condensadas um ano de coluna espirita no grande Jornal de Belém do Pará - O LIBERAL.)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

"BEBÊS DEFICIENTES."

Conhece-os.? 
Tenho por eles uma admiração sem limites. Considero-os Espíritos fortes que escolheram - e se não escolheram, aceitaram - voltar à Terra em situações atípicas. Alegro-me pela oportunidade de falar e escrever sobre eles, aos quais devo as mensagens mais importantes que recebi em minha vida, ditas sem palavras. 
Ninguém nasce mal recebido. Ninguém oferece mais amor. Lembro-me da referência de Ken Wilber sobre os três olhos: o olho da mente e o olho da alma. Essas crianças incompletas nos olham com o terceiro olho e abrem a nossa alma para vermos o esplendor da vida, paradoxalmente mais evidente, diante das reencarnações difíceis. 
A vida na Terra pode ser comparada a uma competição. Alguns têm capacidade para nadar cinquenta metros em piscina estreita e obtém uma vitória fácil. Outros se inscrevem para atravessar a nado o canal da Mancha e os obstáculos são muitos diferentes. A vitória também. 
Todos os dias vejo os pequeninos, nascidos portadores de paralisias cerebrais ou de síndromes incapacitantes, microcefalias, chegarem para a reabilitação, com a absurda alegria de quem renova diariamente o treino da competição. Para eles, é difícil satisfazer as mais elementares necessidades da vida, difícil respirar, comer, falar, mover-se, expressar sentimentos, entender e ser entendido. Contudo, eles atravessam o canal da Mancha. 
Possivelmente são Espíritos corajosos, que antes da reencarnação, aceitaram o desafio para acelerar a sua evolução. 
Ilustre dama, a senhora Maria  Hecilda  Salgado, fundadora do Lar Escola São Francisco, uma das mais conceituadas instituições de São Paulo para crianças paralíticas, convidada a falar no encerramento de congresso internacional de reabilitação assim se expressou: '' À noite, terminada as tarefas do dia, quando me preparo para deitar ,tiro os meus sapatos. Então me lembro dos meus meninos do Lar Escola; eles tiram suas pernas. Comparo-me a eles e me sinto pequena diante da força, da coragem e do amor pela vida que eles demonstram''. 
Muitos são os que dizem apressadamente: são bebês em tremenda expiação! Além da arbitrariedade e rigidez do julgamento, a frase está mais ligada a Moisés e ao código de Hamurabi do que a Jesus e a Kardec. 
A presença, o comportamento e a maneira com que as centenas de bebês deficientes, que conhecemos, se comportam, nos levam a refletir, com mais maturidade sobre a palavra ''expiação'‘, dentro das ''vicissitudes das existências corpóreas’ ‘segundo vocábulos contidos na magistral questão 132 de O Livro dos Espíritos. Será a ''expiação'' realmente um castigo, uma punição, quase uma vingança, enquadrada no ''olho por olho, dente por dente'' da lei antiga? 
Sem dúvida, a palavra expiação se relaciona à Justiça e o conceito de justiça é a medida da interpretação. Pode-se compreendê-la na sua conotação mais primitiva ou na profundidade de sua essência na qual ela mostra envolvida no Amor. Não era fácil conciliar justiça com amor antes da mensagem cristã e, sem dúvida, ainda hoje a dificuldade persiste... 
Até nos parece que as palavras evangélicas ''Não vim destruir a lei ,mas cumpri-la'', seguida de ilustrações comparativas entre o que diziam e o que Mestre agora ensinava representam o ponto básico da novidade cristã em nível de Justiça. Ao mesmo tempo, o conceito de justiça parece ser também a ponte que liga a mensagem do Nazareno ao Espiritismo, previsto para o futuro. 
A palavra é a vestimenta da ideia. Quando a ideia  tem potência a dinâmica de uma verdade progressiva, a palavra que a veste precisa ser repensada a cada etapa atingida pela mente humana. 
Pensamos que a justiça, amor, caridade, expiação...estão inclusos nesse tipo de palavras. 
Certa vez ,em reunião informal ,ouvimos interessante observação do professor Herculano Pires sobre a grafia e a oralidade da palavra expiação. Há nela dois sentidos, conforme dicionário. Expiação, com x, significa punir ,resgatar...mas  expiação  com s vem do verbo espiar ,olhar atentamente com um fim determinado, enxergar o caminho ao redor ;em abrangência ,aprender durante o caminho espiado, vivido, conscientizado, valorizado. 
Pensamos que os bebês deficientes, possivelmente se conscientizaram antes da reencarnação, de suas necessidades interiores e aceitaram o desafio de receberem corpos atípicos para equilibrar ou acelerar o ritmo evolutivo deles  mesmos de seus familiares e, talvez ,da sociedade humana.

Nancy Puhlmann Di Girolamo é dirigente da Instituição Beneficente Nosso Lar e editora do Jornal Terra Azul, em São Paulo .Enfermeira, jornalista e escritora ,é autora do best-seller ''O Castelo das Aves Feridas'', entre outros .Atua no movimento espírita de São Paulo. E-mail:

Nancy Puhlmann Di Girolamo

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

"A SOCIEDADE HUMANA."

A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funciona exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de autoeducação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades radicais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.
Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
Atingida a época da aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, as vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias,
E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinquência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo.
Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem Como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestavam, arrecadando a compensação das próprias obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência da evolução.
 “Emmanuel” - Do livro: Pensamento e Vida. Francisco Cândido Xavier



segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

"NAS ESFERA DOS SONHOS."

Os interesses recalcados, as aspirações frustradas, os tormentos íntimos, complexos, mal conduzidos dormem temporariamente no inconsciente do homem e assomam quando emoções de qualquer porte fazem-no desbordar, facultando o predomínio de conflitos em formas perturbadoras, gerando neuroses que se incorporam à personalidade, inquietando-a.
Da mesma forma os ideais de enobrecimento, os anelos de beleza, o hábito das emoções elevadas, a mentalização de planos superiores, as aquisições e lutas humanistas repousam nos departamentos da subconsciência, acordando, frequentemente, e produzindo euforia, emulações no homem, ajudando-o o seu programa de paz interior e de realizações externas.
O homem é sempre aquilo que armazena consciente ou inconscientemente nos complexos mecanismos da mente.
Quando se dá o parcial desprendimento da alma através do sono natural, açodado pelos desejos e paixões que erguem ou envilecem, liberam-se as memórias arquivadas que o assaltam, em formas variadas de sonhos nos quais se vê envolvido.
Permanecem nesse capítulo os estados oníricos da catalogação freudiana, em que as fixações de ordem sexual assumem expressões de realidade, dominando os múltiplos setores psíquicos da personalidade.
Além deles, há os que decorrem dos fenômenos digestivos, das intoxicações de múltipla ordem por consequência dos estados alucinatórios momentâneos, que produzem.
Concomitantemente, em decorrência do cultivo de ideias deprimentes ou das otimistas, a alma em liberdade relativa sente-se atraída pelos locais que lhe são inacessíveis, enquanto na lucidez corpórea e fortemente arrastada por esse anseio de realização desloca-se do envoltório físico e visita aqueles com os quais se compraz e onde se sente feliz. Disso decorrem encontros agradáveis ou desditosos em que adquire informes sobre ocorrências futuras, esclarecimentos valiosos, ou, conforme o campo de interesse que cada qual prefira, experimenta as sensações animalizantes, frui, em agonia, as taças vinagrosas dos desejos inconfessáveis, continuando o comércio psíquico com Entidades vulgares, perversas ou irresponsáveis que se lhe vinculam ao pensamento, dando origem a longos e rudes processos obsessivos de curso demorado e de difícil liberação.
Nos estados de desprendimento pelo sono natural, a alma pode recordar o seu pretérito e tomar conhecimento de seu futuro, fixando essas impressões que assumem a forma de sonhos nos quais as reminiscências do ontem, nem sempre claras, produzem singulares emoções. Outrossim, a visão do porvir, as revelações que haure no intercâmbio com os desencarnados manifestam-se como positivos sonhos premonitórios de ocorrência cotidiana.
Quanto mais depurada a alma, possibilidades mais amplas depara, sucedendo no sentido inverso, pelo seu embrutecimento e materialização, os desagradáveis e perturbadores sucessos na esfera dos sonhos.
Multiplicam-se e perpassam em todas as direções ondas mentais, que percorrem distancias imensas, sintonizando com outras que lhe são afins e que buscam intercâmbio.
Em decorrência, pouco importa o espaço físico que separa os homens, desde que estes intercambiam mentalmente na faixa das aspirações, interesses e gostos que os caracterizam e associam...
Quando dorme o corpo, não adormece o Espírito, exceto quando profundas as libertações e anestesiamentos íntimos lhe perturbam os centros da lucidez.
Automaticamente, inconscientemente, libera-se do corpo e arroja-se aos recintos que o agradam, porque anseia e de que supõe necessitar...
Quando, porém, se exercita nos programas renovadores e preserva os relevantes fatores da dignificação humana, sutilizam-se as suas vibrações, sintonizando nas ondas que o erguem às esferas da Paz e da Esperança, onde os Seres ditosos, encarregados dos labores excelentes dos homens, facultam que se mantenham diálogos, recebendo recursos terapêuticos e lições que se incorporam à individualidade, indelevelmente...
Nas esferas dos sonhos - nos Círculos Espirituais elevados ou nos tormentosos conforme a preferência individual - se engendram muitas, incontáveis programações para o futuro humano, nascendo ali ou se corporificando, quando já existentes, os eloquentes capítulos das vidas em santificação, como as tragédias, os vandalismos, as desditosa inomináveis...
Vive no corpo físico considerando a possibilidade da desencarnação sem aviso prévio.
Cada noite em que adormeces, experimentas um fenômeno consentâneo ao da morte.
Dormir é morrer momentaneamente. Desse sono logo retornas, porque não se te desatam os liames que fixam o Espírito ao corpo.
Podes, porém, pelas ocorrências que experimentas na esfera dos sonhos, ter  uma ideia do que te sucederá nos Círculos da Vida, após o desenlace definitivo.
Por tal imperativo, aprimora-te, eleva-te, supera-te, mediante o exercício dos pensamentos salutares e das realizações edificantes.
Não apenas fruirás de paz por decorrência da consciência reta, como te prepararás para a vida real, porquanto, examinada do Angulo imortalista, o homem na Terra, se encontra numa esfera de sonhos, que normalmente, transforma, por invigilância ou rebeldia, em desditoso pesadelo.
Autor: Joanna de Ângelis

Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Leis morais da Vida

domingo, 3 de janeiro de 2016

"MORRER NÃO É O FIM"

Eu somente passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como sempre foi. 
Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos, permanece intocada, imutável. 
O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. 
Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira como sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. 
Ria como sempre o fizemos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. 
Deixe que meu nome seja uma palavra comum em casa, como sempre foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem sombra. 
A vida continua a ter o significado que sempre teve. 
Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. A ligação não foi interrompida. 
O que é a morte? 
Por que ficarei fora dos seus pensamentos apenas porque estou fora do alcance da sua visão? 
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho. 
Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo bem próximo, na outra esquina. 
Você que aí ficou, siga em frente. A vida continua bela, como sempre foi. 
Tudo está bem. 
A morte é somente a cessação da vida orgânica. É apenas o fim do corpo físico e de mais uma etapa da programação Divina. 
A essência humana sobrevive para além da vida física, pois o Espírito não tem fim. Somos imortais. 
A morte vem apenas nos dizer que chegou o momento da alma retornar à vida plena e verdadeira. 
Mostra-nos que o Espírito se despediu do corpo que o abrigou durante a jornada terrestre para se elevar a outras dimensões e continuar sua trajetória evolutiva. 
A afeição real, de alma a alma, é durável, e também sobrevive à destruição do corpo. Apenas as afeições de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. 
O amor que nutrimos uns pelos outros continuará existindo na Espiritualidade. 
Ao desencarnarmos, seremos recebidos do outro lado da vida por aqueles a quem estamos ligados por laços de afeto e que desencarnaram antes de nós. 
Será o momento de rever seres amados que nos aguardam. 
O reencontro na Espiritualidade ou em vidas futuras, através de uma nova encarnação, haverá de acontecer. 
E todas as vezes que a saudade daquele que partiu parecer maior do que nossas forças possam suportar, busquemos o lenitivo da oração. 
Nossas preces alcançam os seres amados onde quer que estejam, levando até eles nossas melhores vibrações. 
E, para que possamos sentir as vibrações enviadas pelo pensamento dos amores que hoje vivem em outras dimensões, aquietemos nossas mentes e corações. Com certeza, experimentaremos algum conforto. 
A prece é mecanismo abençoado que nos aproxima de Deus e dos afetos que estão distantes. 

Redação do Momento Espírita

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...