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sexta-feira, 11 de março de 2016

“A MORTE NÃO EXISTE”

A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. Para além da campa, abre-se uma nova fase de existência. O Espírito, debaixo da sua forma fluídica, imponderável, prepara-se para novas reencarnações; acha no seu estado mental os frutos da existência que findou.
Por toda parte se encontra a vida. A Natureza inteira mostra-nos, no seu maravilhoso panorama, a renovação perpétua de todas as coisas. Em parte alguma há a morte, como, em geral, é considerada entre nós; em parte alguma há o aniquilamento; nenhum ente pode perecer no seu princípio de vida, na sua unidade consciente. O Universo transborda de vida física e psíquica. Por toda parte o imenso formigar dos seres, a elaboração de almas que, quando escapam às demoradas e obscuras preparações da matéria, é para prosseguirem, nas etapas da luz, a sua ascensão magnífica.
A vida do homem é como o Sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte. É o fim, na aparência; mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever a sua órbita imensa no céu.
A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. A própria morte pode ter também a sua nobreza, a sua grandeza. Não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por embelezá-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e conquista da beleza moral, a beleza do Espírito que molda o corpo e o orna com um reflexo augusto na hora das separações supremas. A maneira por que cada qual sabe morrer é já, por si mesma, uma indicação do que para cada um de nós será a vida do Espaço.
Há como uma luz fria e pura em redor da almofada de certos leitos de morte. Rostos, até aí insignificantes, parecem aureolados por claridades do Além. Um silêncio imponente faz-se em volta daqueles que deixaram a Terra. Os vivos, testemunhas da morte, sentem grandes e austeros pensamentos desprenderem-se do fundo banal das suas impressões habituais, dando alguma beleza à sua vida interior. O ódio e as más paixões não resistem a esse espetáculo. Ante o corpo de um inimigo, abranda toda a animosidade, esvai-se todo o desejo de vingança. Junto de um esquife, o perdão parece mais fácil, mais imperioso o dever.
Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. Depois de certo tempo de perturbação, tornamos a encontrar-nos, além do túmulo, na plenitude das nossas faculdades e da nossa consciência, junto dos seres amados que compartilharam as horas tristes ou alegres da nossa existência terrestre. A tumba apenas encerra pó. Elevemos mais alto os nossos pensamentos e as nossas recordações, se quisermos achar de novo o rastro das almas que nos foram caras.
Não peçais às pedras do sepulcro o segredo da vida. Os ossos e as cinzas que lá jazem nada são, ficai sabendo. As almas que os animaram deixaram esses lugares, revivem em formas mais sutis, mais apuradas. Do seio do invisível, onde lhes chegam as vossas orações e as comovem, elas vos seguem com a vista, vos respondem e vos sorriem. A Revelação Espírita ensinar-vos-á a comunicar com elas, a unir os vossos sentimentos num mesmo amor, numa esperança inefável.
Muitas vezes, os seres que chorais e que ides procurar no cemitério estão ao vosso lado. Vêm velar por vós aqueles que foram o amparo da vossa juventude, que vos embalaram nos braços, os amigos, companheiros das vossas alegrias e das vossas dores, bem como todas as formas, todos os meigos fantasmas dos seres que encontrastes no vosso caminho, os quais participaram da vossa existência e levaram consigo alguma coisa de vós mesmos, da vossa alma e do vosso coração. Ao redor de vós flutua a multidão dos homens que se sumiram na morte, multidão confusa, que revive, vos chama e mostra o caminho que tendes de percorrer.
Ó morte, ó serena majestade! Tu, de quem fazem um espantalho, és para o pensador simplesmente um momento de descanso, a transição entre dois atos do destino, dos quais um acaba e o outro se prepara. Quando a minha pobre alma, errante há tantos séculos através dos mundos, depois de muitas lutas, vicissitudes e decepções, depois de muitas ilusões desfeitas e esperanças adiadas, for repousar de novo no teu seio, será com alegria que saudará a aurora da vida fluídica; será com ebriedade que se elevará do pó terrestre, através dos espaços insondáveis, em direção àqueles a quem estremeceu neste mundo e que a esperam.
Para a maior parte dos homens, a morte continua a ser o grande mistério, o sombrio problema que ninguém ousa olhar de frente. Para nós, ela é a hora bendita em que o corpo cansado volve à grande Natureza para deixar à Psique, sua prisioneira, livre passagem para a Pátria Eterna.
Essa pátria é a Imensidade radiosa, cheia de sóis e de esferas. Junto deles, como há de parecer raquítica a nossa pobre Terra” O Infinito envolve-a por todos os lados. O infinito na extensão e o infinito na duração, eis o que se nos depara, quer se trate da alma, quer se trate do Universo.
Assim como cada uma das nossas existências tem o seu termo e há de desaparecer, para dar lugar a outra vida, assim também cada um dos mundos semeados no Espaço tem de morrer, para dar lugar a outros mundos mais perfeitos.
Dia virá em que a vida humana se extinguirá no Globo esfriado. A Terra, vasta necrópole, rolará, soturna, na amplidão silenciosa.
Hão de elevar-se ruínas imponentes nos lugares onde existiram Roma, Paris, Constantinopla, cadáveres de capitais, últimos vestígios das raças extintas, livros gigantescos de pedra que nenhum olhar carnal voltará a ler. Mas, a Humanidade terá desaparecido da Terra somente para prosseguir, em esferas mais bem dotadas, a carreira de sua ascensão. A vaga do progresso terá impelido todas as almas terrestres para planetas mais bem preparados para a vida. É provável que civilizações prodigiosas floresçam a esse tempo em Saturno e Júpiter; ali se hão de expandir humanidades renascidas numa glória incomparável. Lá é o lugar futuro dos seres humanos, o seu novo campo de ação, os sítios abençoados onde lhes será dado continuarem a amar e trabalhar para o seu aperfeiçoamento.
No meio dos seus trabalhos, a triste lembrança da Terra virá talvez perseguir ainda esses Espíritos; mas, das alturas atingidas, a memória das dores sofridas, das provas suportadas, será apenas um estimulante para se elevarem a maiores alturas. 
Em vão a evocação do passado, lhes fará surgir à vista os espectros de carne, os tristes despojos que jazem nas sepulturas terrestres. A voz da sabedoria dir-lhes-á: “Que importa as sombras que se foram! Nada perece.
Todo ser se transforma e se esclarece sobre os degraus que conduzem de esfera em esfera, de sol em sol, até Deus”. Espírito imorredouro, lembra-te disto: “A morte não existe”.

(Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor).

quinta-feira, 10 de março de 2016

"REFLEXÕES SOBRE A CALÚNIA."

Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.
Herdando as experiências passadas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos, defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente  egoísticas, em contínuos conflitos com o si mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitavelmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.
Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.
Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos  em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.
Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.
Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se auto-valoriza e se auto-promove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.
Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.
A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros compares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.
Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.
Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.
Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.
Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.
Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.
Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.
Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...
Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...
Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.
Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.
Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.
Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.
Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça de mira dos contumazes inimigos do progresso.
Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.
Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, tele-mentalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade  inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...
Apieda-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...
A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?
Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?
Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!
...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!
Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.
Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.
Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição .

Joanna de Ângelis- Divaldo Pereira Franco

quarta-feira, 9 de março de 2016

"QUAL ADOECE PRIMEIRO O CORPO OU A ALMA?"

Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética.
Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma?
A alma não pode adoecer, porque é o que há de perfeito em ti, a alma evolui, aprende.
Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário:
são a resistência do corpo emocional e mental à alma. Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.
A Saúde e as Emoções.
Há emoções prejudiciais à saúde?
Quais são as que mais nos prejudicam?
70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência emocional.
As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não expressadas, reprimidas.
O medo, que é a ausência de amor, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje.
Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais, os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.
Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?
De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus limites, não vás além.
Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.
Como é que a raiva nos afeta?
A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à autoafirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é justo.
Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade, ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.
Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?
A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma outra.
Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas.
A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.
A alegria acalma os ânimos?
Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite processá-las a partir da inocência.
A alegria põe as outras emoções em contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para que cheguem ao mundo da mente.
E a tristeza?
A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar.
A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle interno.
Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo.
Tornamo-las negativas quando as reprimimos.
Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de nós mesmos?
Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não se estancam e podem se transmutar.
Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração.
Que difícil!
Sim, é muito difícil.
Realmente as emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência.
Construtivo ou destrutivo.
Porque também existe o amor que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo.
Como prevenir a enfermidade?
Somos criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde.
E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saúde.
E se aparecer a doença?
Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos.
Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era alguém que levasse uma vida desregrada.
Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu.
Devemos explicar isso para aqueles que creem que adoecer é fracassar.
O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais.
E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida..
Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade.
A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar.
É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro.
Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior.
Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses.
Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.
Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústia?
Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias, ou buscando um príncipe fora.
Só passa a angústia quando entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo.
A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no "deveria ser", e não somos nem uma coisa nem outra.
O stress é outro dos males de nossa época.
O stress vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar.
E realmente só podes competir quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja, quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de ninguém.
O stress destrutivo prejudica o sistema imunológico.
Porém, um bom stress é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.
O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?
A solidão.
Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso.
Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é acender o altar interior, o ser interior.
Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de nossas ocupações.
Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar, porque na pausa habita o potencial da alma.
O que é para você a felicidade?
É a essência da vida.
É o próprio sentido da vida.
Estamos aqui para sermos felizes, não para outra coisa.
Porém, felicidade não é prazer, é integridade.
Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser felizes.
Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno eu ou o pequeno ego.
Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa consciência.
Viver o Presente.
É importante viver no presente?
Como conseguir?
Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter, ou a algo ou alguém fora.
Eu digo que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade.
E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.
Na sua opinião, estamos tão confusos assim?
Temos três ilusões enormes que nos confundem:
Primeiro:
cremos que somos um corpo e não uma alma, quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte.
Segundo:
cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência..
Prazer e felicidade não são o mesmo.
Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer.
Terceiro:
ilusão é o poder;
desejamos o poder infinito de viver no mundo.
E do que realmente necessitamos para viver?
Será de amor, por acaso?
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora.
O amor é magnífico porque cria coesão.
No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo.
No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena tudo.
No amor não há usurpação, não há transferência, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas, porque vives o amor, cada coisa ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia.
Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco.
Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama.
Há uma grande confusão na nossa cultura.
Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego.
O que habitualmente chamamos de amor é uma droga.
Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão.
É uma muleta para apoiar-se, em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e libertar-me.
O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade.
Mas às vezes nos sentimos atados a um amor.
Se o amor conduz à dependência é Eros.
Eros é um fósforo, e quando o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queima o dedo.
Há amores que são assim, pura chispa.
Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor.
Quando a lenha está acesa, produz fogo.
Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.
Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?
Somente a verdade.
Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és.
Tens um direito sagrado, que é o direito de errar;
tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre.
Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração.
Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer.
Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor.
Se não, vazio.
Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti.
A chave então é amar-se a si mesmo.
E ao próximo como a ti mesmo.
Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás apenas te apegando, estás condicionando o outro.
Aceita-te como és;
não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.
Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha

terça-feira, 8 de março de 2016

" A GRANDE TRANSIÇÃO"

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo. O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral. Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as consequências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de serem úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade. Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os no abismos da violência e da sensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.
... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.
A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda a parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.
A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega de maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires contínuos.
É inevitável a colheita da sementeira por aqueles que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espiculo venenosos.
Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.
Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, selo-a pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.
A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.
Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.
Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.
O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.
Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.
O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões. Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.
A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar lhe a maneira de como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.
Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.
A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.
Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano tornas-lhe vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição espiritual.
A dor momentânea que o fere, convida-o por outro lado, à observância das necessidades de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.
Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.
Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.
Joanna de Ângelis

(Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de Julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ. Publicada na revista ‘Presença Espírita’, Setembro/Outubro 2006, Nº 256, páginas 28 e 29)

segunda-feira, 7 de março de 2016

“PORQUE ALGUNS ESPÍRITOS FICAM VAGANDO EM ESTADO DE PERTURBAÇÃO?”

Um espírito não esclarecido, chega do outro lado praticamente sem consciência do que está acontecendo, não acredita já estar morto, continua a agir como se ainda estivesse vivo, assiste todo o funeral e acha que está sonhando, fica ao redor do caixão com seu corpo ou entre os familiares. Depois do enterro, volta para casa e tenta se comunicar, como ninguém responde às suas perguntas fica desorientado, não aceita auxílio de outros espíritos que vieram para ajudar; como sempre lhe disseram que “os bons”, vão direto para o céu, e como uma pessoa nunca se julga má, ele fica esperando que os anjos venham buscá-lo. Como os anjos não aparecem, alguns ficam anos ou séculos na sua casa, no local da morte ou junto com os seus bens, tesouros ou pertences.
Presos a Matéria
Pessoas que viveram aqui só voltados aos prazeres materiais, sem se preocupar com o seu futuro espiritual, geralmente demoram-se na crosta terrestre, buscando ainda os mesmos tipos de prazer que costumavam cultivar quando encarnados, acomodam-se junto aos encarnados que apreciam os mesmos vícios, induzindo as pessoas a prática, para usufruir dos fluídos. Ex: bebidas, cigarros, etc. 
Aprendem a se alimentar da energia dos vivos, se “encosta” como dizem, numa pessoa que lhe ofereça condições, e muitas vezes, mesmo sem saber que está prejudicando, suga a sua energia. Deixando-a, cada dia mais debilitada, começam a surgir às doenças.
Região de Sombra e Dor
Quando o espírito comete delitos graves aqui na Terra (assassinatos, crimes) ele é atraído para regiões de sombra e dor, o chamado umbral, onde pelo sofrimento chegará um dia ao arrependimento e o desejo de reparar o mal praticado, e então será socorrido por espíritos bons que irão retirá-lo de lá e serão conduzidos a postos de atendimento espiritual conhecido como colônias.
Falta de preparo para morte
Tudo isso acontece porque as religiões não preparam as pessoas para essa passagem. Somente ensinam que o pecador, batizado, convertido ou morrendo sob confissão, extrema unção, encomendação do corpo ou tendo um funeral com os rituais religiosos, vai direto para o céu.
As pessoas nasceram e são livres para fazerem o que quiserem inclusive o mal, aí entram as religiões cuja missão é conduzir o homem à prática do bem e da justiça e consequentemente prepará-lo para voltar melhor do que quando veio.
Por não admitir o renascimento a maioria das igrejas não tem outra saída, a não ser ensinar que o morto deve aguardar de braços cruzados dentro do caixão até o momento em que as trombetas vão soar e todos ressuscitarão, para o julgamento coletivo do juízo final.
Como nada prende um espírito, ele sai por aí para fazer o que quiser. Esse é o motivo que incontáveis irmãos se encontram nessa situação há muito tempo. É obrigação dos vivos auxiliarem com suas orações e atos aqueles que já se foram principalmente convencê-los do arrependimento.
Daí a necessidade de se doutrinar e evangelizar esses espíritos para que no menor tempo possível lhes seja dado conhecer a Verdade que os libertará das falsas doutrinas e das falsas promessas.
Ana Maria Teodoro Massuci.

bibliografia: Textos de Jhon, Livro Céu e Inferno

domingo, 6 de março de 2016

“PERTURBAÇÃO QUE SENTIMOS APÓS A MORTE”

163. Deixando o corpo, a alma tem imediata consciência de si mesma?
— Consciência imediata não é o termo: ela fica perturbada por algum tempo.
164. Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?
— Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito tempo mais a impressão da matéria.
165. O conhecimento do Espiritismo exerce alguma influência sobre a duração maior ou menor da perturbação?
— Uma grande influência, pois o Espírito compreende antecipadamente a sua situação; mas a prática do bem e a pureza de consciência são o que exerce maior influência.
Comentário de Kardec: No momento da morte, tudo, a princípio, é confuso; a alma necessita de algum tempo para se reconhecer; sente-se como atordoada, no mesmo estado de um homem que saísse de um sono profundo e procurasse compreender a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam à medida que se extingue a influência da matéria de que se desprendeu, e que se dissipa essa espécie de nevoeiro que lhe turva os pensamentos.
A duração da perturbação de após morte é muito variável: pode ser de algumas horas, como de muitos meses e mesmo de muitos anos. Aqueles em que é menos longa são os que se identificaram durante a vida com o seu estado futuro, porque então compreendem imediatamente a sua posição.
Essa perturbação apresenta circunstâncias particulares, segundo o caráter dos indivíduos e sobretudo de acordo com o gênero de morte. Nas mortes violentas, por suicídio suplício, acidente, apoplexia, ferimentos etc. o Espírito é surpreendido, espanta-se, não acredita que esteja morto e sustenta teimosamente que não morreu. Não obstante, vê o seu corpo, sabe que é dele, mas não compreende que esteja separado Procura as pessoas de sua afeição, dirige-se a elas e não entende por que não o ouvem. Esta ilusão mantém-se até o completo desprendimento do espírito, e somente então ele reconhece o seu estado e compreende que não faz mais parte do mundo dos vivos.
Esse fenômeno é facilmente explicável. Surpreendido pela morte imprevista, o Espírito fica aturdido com a mudança brusca que nele se opera. Para ele, a morte é ainda sinônimo de destruição, de aniquilamento; ora, como continua a pensar, como ainda vê e escuta, não se considera morto. E o que aumenta a sua ilusão é o fato de se ver num corpo semelhante ao que deixou na terra, cuja natureza etérea ainda não teve tempo de verificar. Ele o julga sólido e compacto como o primeiro e, quando se chama a sua atenção para esse ponto, admira-se de não poder apalpá-lo.
Assemelha-se este fenômeno ao dos sonâmbulos inexperientes que não crêem estar dormindo. Para eles, o sono é sinônimo de suspensão das faculdades; ora, como pensam livremente e podem ver, não acham que estejam dormindo. Alguns Espíritos apresentam esta particularidade, embora a morte não os tenha colhido inopinadamente; mas ela é sempre mais generalizada entre os que, apesar de doentes, não pensavam em morrer. Vê-se então o espetáculo singular de um Espírito que assiste aos próprios funerais como os de um estranho, deles falando como de uma coisa que não lhe dissesse respeito, até o momento de compreender a verdade.
A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem; é calma e em tudo semelhante à que acompanha um despertar tranquilo. Para aquele cuja consciência não está pura, é cheia de ansiedades e angústias.
Nos casos de morte coletiva, observou-se que todos os que pereceram ao mesmo tempo nem sempre se reveem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte, cada um vai para o seu lado ou só se preocupa com aqueles que lhe interessam.

Fonte: Livro dos Espíritos

sábado, 5 de março de 2016

"EXISTE VIDA APÓS A MORTE????"

As pesquisas científicas indicam que sim, e as religiões também afirmam que, de alguma forma, a vida continua depois desta vida, nem que seja em estado latente, aguardando a ressurreição dos mortos. 
Só que aí surge uma questão da mais alta importância: se todos havemos de morrer um dia, como estaremos nesse além da vida? Será que vamos ficar armazenados em algum galpão celestial, aguardando o juízo final? Ou quem sabe, prostrados diante do trono divino, em adoração, pela eternidade afora? Ou talvez sentados no beiral de uma nuvem tocando harpa?
Será que uma natureza dinâmica, como a do ser humano, iria suportar um estado de inatividade, inócuo e vazio, por toda a Eternidade?
São os próprios espíritos que têm dado as mais completas explicações sobre esse outro lado da vida. Essas informações têm chegado, principalmente através da psicografia, por intermédio de inúmeros médiuns, nos mais diferentes pontos da Terra e nas mais diversas épocas. Nessas mensagens, dirigidas em sua maioria a parentes e amigos, os espíritos contam como foi a sua passagem para o mundo ou dimensão espiritual, e como é essa nova realidade. Também pela TCI – Transcomunicação Instrumental, os espíritos se comunicam através de aparelhos eletrônicos, passando informações semelhantes.
Um dos portadores das mais amplas e detalhadas notícias sobre o mundo espiritual, a vida e atividades dos seus habitantes - através da mediunidade - é o espírito André Luiz, nos 11 livros psicografados por Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier): Nosso Lar, Os Mensageiros, Missionários da Luz, Obreiros da Vida Eterna, No Mundo Maior, Libertação, Entre a Terra e o Céu, Nos Domínios da Mediunidade, Ação e Ração, Sexo e Destino, E a Vida Continua.
André Luiz nos mostra que esse outro lado da vida é muito parecido com o lado de cá. Há muitas semelhanças. Ninguém fica vagando no espaço como alma penada, nem tocando harpa no beiral de uma nuvem. O mundo espiritual, para os espíritos, é tão real e dinâmico quanto o mundo físico é para nós.
É por isso que muitos espíritos não sabem, ou não conseguem acreditar que já morreram. São daqueles que pensam que ao morrer irão para o céu, o purgatório ou mesmo para o inferno, ou então, que a morte irá apagá-los de vez. Mas, ao invés disso, encontram-se quase como antes. Muitos voltam para o lar, para os ambientes do trabalho ou do lazer. Vêem as pessoas, falam com elas, mas as pessoas não lhes dão a menor atenção. Alguns pensam que ficaram loucos, ou que estão vivendo um pesadelo interminável. Muitos assistem ao próprio velório e sepultamento, mas não aceitam a idéia de que aqueles funerais sejam os seus. Espíritos nessa condição são popularmente conhecidos como sofredores.
Uma das atividades dos centros espíritas é o esclarecimento a esses irmãos tão necessitados. Eles se incorporam ao médium e o doutrinador conversa com eles explicando-lhes a realidade. O grupo todo envolve o irmão sofredor em vibrações de paz e de amor. É como ele se alivia e consegue melhorar a própria freqüência vibratória.
Essa elevação vibratória é necessária para que ele possa ser socorrido e levado para tratamento em local adequado.
Mas há também aqueles que retornam à dimensão espiritual mais ou menos conscientes do que está ocorrendo, ou seja, sabem, ou mesmo desconfiam que desencarnaram, ou “morreram”.
Quando alguém desencarna é muito importante que receba vibrações de paz, em vez das manifestações de desespero que geralmente acontecem nessas situações.
Muitos espíritos têm relatado através da mediunidade seus dramas, sofrimentos e aflições, por causa do desespero e desequilíbrio dos parentes e amigos, após seus desenlaces. Eles dizem que as lágrimas dos entes queridos que ficaram na Terra, suas vibrações angustiadas, chegam a eles com muita intensidade, provocando-lhes sofrimentos e aflições sem conta.
Por isso, diante da morte, a atitude dos presentes deve ser de respeito, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo, prece. O recém-desencarnado necessita de paz e de muita oração.
PERGUNTA OPORTUNA

Que é freqüência vibratória?
O pensamento e a emoção produzem o que se conhece como vibração, e o seu teor reflete o que há em nossa alma, definindo a freqüência dessa vibração, desde a mais baixa até a mais elevada que a nossa condição possa gerar.
O escritor Francisco Carvalho, no livro Influências Energéticas Humanas, elabora uma escala imaginária que vai de zero a cem graus, com os seguintes valores: no grau zero teríamos o ódio, emoção de mais baixo teor vibratório; nos 10 graus os desejos de vingança; nos 20, a inveja, o ciúme; nos 30, o rancor, o azedume, os ressentimentos e assim por diante, até os neutros, nos 50 graus. Nos 70, já numa faixa positiva, teríamos a esperança; nos 80, a fé; nos 90, a oração e a alegria e, finalmente, nos 100, o amor, a mais forte vibração de teor positivo.
Ainda na escala de vibrações de baixo teor podemos acrescentar as inúmeras “curtições” de natureza inferior, como as mais diversas taras, a crueldade, a perversidade, os muitos tipos de perversão, as conversas voltadas às baixas paixões, os mais diversos vícios, etc.
Já, para elevar o teor vibratório, também podemos acrescentar os sentimentos nobres, as leituras e conversas voltadas para assuntos ligados à religiosidade, à fraternidade, ao amor puro; a alegria sã e a meditação em temas luminosos, enfim, tudo que possa abrir canais entre nós e as forças mais altas da vida.
Quanto a mais informações sobre espíritos e mundo espiritual, há extensa bibliografia a respeito, particularmente pela psicografia de Chico Xavier, inclusive casos em que foram feitas perícias da letra e assinatura do espírito, comparando-se com sua letra e assinatura, quando ainda encarnado, e o diagnóstico dos peritos afirmou tratar-se da mesma pessoa.
FONTE: INTERNET.

mundoespiritual.com.br

sexta-feira, 4 de março de 2016

“DEZ COISAS QUE ROUBAM À SUA ENERGIA.

“Todos nós temos uma carga de energia, a qual devemos aprender a utilizar corretamente e não desperdiçar.” As energias nos permitem trabalhar com motivação, nos dão pensamentos positivos para enfrentar as situações do dia a dia e permitem aproveitar ao máximo todas as oportunidades que nos sãos apresentados. Somente nós temos o poder de dominar nossas energias e ter acesso a elas para usá-las em nossos dias. No entanto, existem alguns agentes externos e internos que podem chegar a interferir em nossos níveis de energia provocando uma redução em nossa motivação, nosso humor e nossa produtividade.
As energias são chaves para alcançar o êxito e superar cada um dos obstáculos que nos sãos apresentados no caminho. Todos podem renovar todos os dias essas energias e aproveita-las ao máximo para deixar vir a tona nossas qualidades, nossos talentos e tudo o que nos permite descartar como pessoas. Levando em consideração que cada indivíduo está dotado de energia, e que isto é a chave para seu desenvolvimento pessoal e profissional, o grande líder espiritual Dalai Lama definiu os “10 ladrões da energia” que todos devem conhecer para conseguir o domínio das energias e evitar que hajam interferências que nos impeçam de aproveita-las.
1- Fique longe das pessoas tóxicas que consomem sua energia
Deixe ir as pessoas que somente chegam para compartilhar queixas, problemas, histórias desastrosas, medo e julgamentos sobre os demais. Se alguém busca uma lixeira para deixar seu lixo, não deixe que seja a sua mente.
Todos nós temos a capacidade de distinguir quais são as pessoas que trazem coisas positivas para nossa vida e quais são aquelas que querem nos deter e impedir nossa vida.
2- Pague suas contas a tempo
Não há nada melhor para nossa tranquilidade do que saber que não devemos nada a ninguém e que ninguém nos deve.
“Pague suas contas a tempo.
Ao mesmo tempo cobre a quem te deve ou escolha deixa-lo ir, se já for impossível cobrar”. Ser responsável com as dívidas nos ajuda a ficar tranquilos ante as demais pessoas e com nós mesmos. É melhor fazer tudo o que for possível para se libertar das dívidas e não ter que se esconder ou ficar com vergonha por não tê-las pagado.
3- Cumpra suas promessas
“Se você não cumpriu uma promessa pergunte-se por quê? Você sempre tem direito a mudar de opinião, a se desculpar, a compensar, a renegociar e a oferecer uma alternativa ante uma promessa não cumprida. A forma mais fácil de evitar o “não cumprir” é dizer NÃO desde o princípio”.
As promessas, por menores que sejam, podem ter um valor muito significativo para as pessoas as quais as fizemos. Cumprir nossas promessas nos faz pessoas melhores tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional.
4- Delegue aquilo que não quer fazer
“Elimine o que for possível e delegue aquelas tarefas que prefere não fazer. Procure dedicar seu tempo às coisas que gosta”.
Não se trata de escapar de nossas responsabilidades, mas sim de ter consciência de que em certos casos o melhor é passar o trabalho para alguém que pode fazê-lo melhor ou que pode tomar seu lugar quando você não se sente nas melhores condições para realizá-lo. Isto nos lembra de que é importante realizar as coisas que são verdadeiramente significativas em nossas vidas.
5- Descansa e aja
“Permita-se descansar se estiver em um momento no qual necessita e autorize-se a agir se estiver em um momento de oportunidade”.
Tanto a natureza como nossa vida possuem diferentes ritmos e cada um de nós deve saber como agir frente a isso. Muitas vezes não parar quando necessitamos pode ser um grande erro. 
6- Coloque, recolha e organize
“Nada toma mais energia que um espaço desordenado e cheio de coisas do passado que você já não precisa. Organize-se”. Desde as coisas físicas até as espirituais, é muito importante deixar aquilo de que não precisamos mais para trás. Devemos seguir com aquelas coisas que nos permitem viver bem o presente e buscar nossos sonhos.
7- Cuide de sua saúde
“Dê prioridade a sua saúde. Se seu corpo não funcionar bem não adianta. Tire alguns momentos para descansar”.
De nada nos serve ter o melhor trabalho, muito dinheiro e os melhores bens se não gozamos de boa saúde e não cuidamos de nosso corpo. Para desfrutar da vida com as melhores energias, devemos dedicar um merecido tempo a nosso corpo para desintoxicá-lo, meditar, nos alimentar bem, fazer exercícios, consultar um médico e fazer todo o necessário para estar bem de saúde.
8- Enfrente  as situações difíceis
“Enfrente as situações tóxicas que está postergando. Tome a ação necessária”.
Enfrentar as situações é a maneira mais saudável de assumir as coisas e não deixar que se convertam em algo pior. É importante analisar e decidir a tempo  já que evitar decisões pode gerar estresse, dificuldade para se focar e problemas mais difíceis de solucionar.
9- Aceite
“Aceitar não é resignar-se, mas nada te faz perder mais energia que resistir e brigar contra uma situação que você não pode mudar”.
Ainda que muitos acreditem que nada é impossível e que a esperança é a última que morre, em certos casos a vida nos põe ante situações nas quais devemos aceitar que não podemos mudar as coisas e que a única forma será aceitar. Aceitar não quer dizer que devamos parar de lutar, quando aceitamos que não podemos mudar algo, também temos a possibilidade de mudar o plano e buscar novas oportunidades. 
10- Perdoe
“Perdoe, deixe para trás a situação que esteja causando dor. Você sempre pode escolher deixar a dor ir embora”.
Uma das maiores fontes de energia é o Amor e estar conectado a Deus para aprender a perdoar. É verdade que muitas vezes a vida nos põe ante situações que nos enchem de ira, de dor, de rancor e de medos que dificilmente podemos superar. No entanto, quando decidimos não alimentar estes sentimentos e começar a perdoar, tudo em nossa vida melhora, e com o tempo nos damos conta que tomamos uma boa decisão. O ódio, o rancor e a ira são sentimentos que não nos trazem nada de bom e nos podem levar a tomar más decisões.

Dalai Lama

quinta-feira, 3 de março de 2016

“CINCO SINAIS DE ASSÉDIO ESPIRITUAL”

Olá, pessoas! Nesse post venho apresentar para vocês alguns sintomas de assédio espiritual, os quais poderão te ajudar muito em situações cotidianas que nos culpamos em demasia e não sabemos de onde sem as inúmeras sensações e situações ruins, ok?
1. Surtos de raiva ou tristeza.
Pois é, inúmeras são as situações que temos surtos de raiva com pessoas que tanto nos tratam bem, sempre se importam conosco e dificilmente nos dão motivos para que descontemos quaisquer sentimentos de ira nelas, mas ainda assim há momentos que do nada explodimos e fechamos a cara como se tivéssemos os maiores motivos do mundo…Minutos depois tudo passa e não entendemos o porquê de termos dito coisas ruins ou simplesmente de termos tratados a pessoa daquela maneira.
Temos ainda aqueles momentos em que tudo está ocorrendo bem durante o dia em nossa casa, serviço e relacionamento – mas em um estalar de dedos um sentimento de tristeza toma conta de nosso coração e não entendemos mais o motivo de viver, nossa mente nos inunda com imagens e situações de tragédias, ódio, rancor – o que nos faz simplesmente ficar tristes e desanimados com a vida.
2. Aumento exacerbado dos desejos sexuais.
Claro que devemos ter consciência de que há situações em que nosso corpo sente mais a falta das práticas sexuais do que o normal, sendo que isso geralmente ocorre quando ficamos muito tempo sem essas práticas. O problema aqui é que por vezes temos um aumento extremamente alto do desejo sexual, nos tornando quase compulsivos por um desejo de sexo, masturbação, pornografias e correlatos. Essa situação sempre causa conflito entre o casal, uma vez que a tendência é que o outro esteja equilibrado emocionalmente e não entenda o porquê desses desejos exacerbados.
3. Brigas dentro de casa.
Quando tudo parece estar tranquilo, sua casa começa a virar um verdadeiro campo de guerra com brigas infundadas e motivos imbecis (porque o cachorro não acordou ainda ou até mesmo porque o marido simplesmente dormiu por mais 5 minutos do que o normal). Entidades assediadoras adoram atingir familiares quando suas vítimas iniciais simplesmente as ignoram energeticamente, ou seja, se você não cai na energia negativa delas – o mais fácil será atingir aquele seu parente que não cuida das próprias energias! Repare que quando você desiste de fazer o evangelho no lar ou trabalhar as energias de sua casa, parece que as coisas estagnam.
4. As pessoas na rua e no serviço te olham e te tratam mal.
A mesma situação anterior se aplica aqui, só que no âmbito profissional e social. Uma tendência de pessoas que pratiquem a caridade, que estão tentando se melhorar como ser e suas energias – sempre irão incomodar entidades assediadoras, especialmente as dos colegas e parentes que ficam parados no tempo energético! Ou seja, assim que você começar a se limpar energeticamente ou vibrar em sintonias mais elevadas, os espíritos assediadores ficarão incomodados…É como tirar a fonte de drogas de um traficante!
5. Insônia inesperada. 
Obviamente que se você já tem insônia é porque se trata mais de uma questão fisiológica do que espiritual, todavia, quando uma pessoa está com seus dias tranquilos e até então não tem motivos aparentes para se sentir mal ou dormir mal – é de se estranhar que esta tenha uma crise de insônia! O ponto é que a insônia resultante de um assédio espiritual pode vir com sentimento de tristeza, angústia, medo e até mesmo de irritação com familiares e amigos por não estarem te agradando em algum aspecto de sua vida, quando na verdade não há nada de errado a não ser você por ter se deixado levar pelo assédio espiritual.
Lembremos de sempre usarmos o crivo da lógica e da razão, fazendo uma análise crítica e aberta das situações desagradáveis que vivemos para apreender até que ponto pode ser um assédio espiritual e até onde são situações causadas por nossa irresponsabilidade, certo?

Flavio R mattos

terça-feira, 1 de março de 2016

"O ESPÍRITO DA VERDADE"

“Quando estiveres sob o eclipse total da esperança, não te deixes vencer pela sombra. Segue adiante, fazendo o bem que possas. É possível que pedras e espinhos te firam na estrada, quando estejas tateando na escuridão. Conserva, porém, a serenidade e a coragem, porque os agentes contrários à tua marcha são elementos que analisam as conquistas de humildade e paciência.
Sofre, mas serve e segue. Se te falharam todos os recursos de proteção do mundo, não te esqueças de que tens contigo a escora infalível de Deus”.
(Emmanuel).

Verdade qualidade pela qual as coisas se apresentam como realmente são. Conformidade com a realidade. Veracidade, autenticidade e exatidão. Representação fiel. Sinceridade, boa fé. Coisa verdadeira. Princípio certo e antônimo de mentira. 
São significados, da palavra Verdade, que a língua mãe coloca a nossa disposição, para “sinonizarmos” tão bonita expressão, que muitas pessoas não a conhecem ou deixam de praticar. Porém a Verdade a que nos referimos nesta matéria é outra; ela vem acompanhada de uma palavra muito mencionada nos dias atuais: O Espírito de Verdade. Você na sua sapiência, já procurou saber o que seria o Espírito da Verdade? Não. Pois é bom sabermos; eu, você e outrem. 
Na literatura espírita e nas revistas, bem como, nas palestras dos Centros Espíritas, muito tem se dito, a respeito do Espírito da Verdade, às vezes envolto, deixando transparecer uma nuvem encantada de curiosidade, em outras ocasiões mergulhado em misticismos e continuando, pairando nas profundezas do inefável (que não pode exprimir por palavras, indizível, encantador e inebriante). 
Será que nós seres imperfeitos temos tendências para culturas religiosas antigas, ultrapassadas, com a variação e inclinação para classificar o abstrato, decodificá-lo e transformá-lo em coisa tangível e concreta. Para muitos o Espírito de Verdade toma a forma de Jesus Cristo, do Espírito Santo, de uma plêiade de Espíritos, causando para nossas mentes já cansadas pelo tempo, preocupações, estresses, sofrimentos, um assunto bastante polemizado. 
Certos exegetas afirmam que a verdade não tem rótulo, nem dono, a quem prestar obediência, mas pode ser luminosa, brilhante, clara e eterna. 
O nosso Allan Kardec em 09 de abril de 1856, pergunta: ”(Á verdade)- Criticaste o trabalho que fiz outro dia, e tiveste razão. Tornei a lê-lo e reconheci na trigésima linha um erro quanto ao qual protestaste com as pancadas que me fizeste ouvir... “ 
Não consigo imaginar Jesus, por três horas seguidas dando pancadas na parede do escritório de Kardec, para lhe avisar que, na trigésima linha de seu trabalho, havia cometido um erro. 
Se Jesus quisesse participar com representatividade da Codificação, o faria todas as mensagens e durante todo o tempo, de maneira clara e insofismável e com inigualável saberem todas elas, como sempre fez e como lhe seria permitido como Espírito Puro que é. 
Não haveria nenhuma razão para esconder-se atrás de qualquer adjetivação. Quando esteve entre nós há 2000 anos, não deixou qualquer mensagem escrita, confiando a seus apóstolos, na certeza de que seus ensinamentos seriam condignamente transmitidos a gerações futuras. 
Em Obras Póstumas (Meu Guia Espiritual, pagina 273; 35 de março de 1856) descreve toda esta polêmica. Confiou aos seus discípulos e se assim não procedesse a sua obra teria sido em vão e se perderia no tempo. 
Citamos aqui algumas passagens para quem quiser se aprofundar mais no assunto: “A Gênese” página 385, número 35, página 386, número 37, página 387 números 38 e 39. 
As palavras, “Jesus claramente indica que esse Consolador não seria ele”, são de Allan Kardec, são do codificador da Doutrina Espírita. 
Continuando, página 387; número 40, em Prolegômeros página 50, vale ressaltar que mais de cinqüenta espíritos com mais de cem mensagens, entre eles o de são Luis colabora com dezesseis, Santo Agostinho com onze; o Espírito Protetor com oito; o Espírito da Verdade com oito mensagens, usando as denominações: Espírito da Verdade, Espírito-Verdade; Espírito Verdade e na grande maioria espírito de Verdade. 
Sobre a polêmica mensagem publicada no Livro dos médiuns; Cap XXXI página 450(1861), diz o nosso codificador: “Esta comunicação foi assinada com um nome que o respeito nos não permite reproduzir, senão sob todas as reservas, esse nome é o de Jesus de Nazaré, como já disse anteriormente, quanto mais elevados são os espíritos na hierarquia, com tanto mais desconfianças devem ser seus nomes serem acolhidos nos ditados. Kardec afirma: o que reconhecemos nessa comunicação é a superioridade incontestável da linguagem. Já te disse que, para ti, sou a verdade; isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais saberás a respeito. Quem for mais sagaz, e estudioso, vai perceber perfeitamente nítida impressão de Kardec e do Espírito Superior em não revelar a identidade”. 
Ficamos até impressionados quando certos irmãos de doutrina afirmam peremptoriamente que esta mensagem é de Jesus, se Jesus nada deixou escrito como iríamos saber quando da identificação das mensagens se a letra que estava ali afirmando ser de Jesus de Nazaré, se nós não conhecemos totalmente sua vida, imaginem sua letra ou caligrafia. Em que língua estava à mensagem, e outros fatores para se afirmar com certeza que realmente era o Nazareno. 
O que pode ser tirado como lição é que a Terceira Revelação não foi colocar em pedestal mais alto o revelador, ou evidencia como queiram, mas a Revelação, que é de origem divina; O importante não foi revelar o Espírito e sim a Verdade, o Espírito da Verdade e o que acho mais importante é que a Verdade está em toda sua Codificação e em todas suas obras. 
Não podemos jamais ser o dono da verdade, somos filhos do Pai e a Verdade só a ele pertence, aliás, o filho não pode sobrepujar o Pai, se a verdade pertence ao Pai, só ele poderia designar ou repassar o que ele é. Na própria Bíblia vemos narrações tipo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém poderá ir ao Pai senão por mim”. 
Se a Bíblia passou de pai para filho e não é considerada a palavra de Deus, dizem que Moisés destruiu a Bíblia de Deus, no Monte Sinai, como iremos afirmar com plena certeza que uma mensagem passada a Kardec seria a de Jesus Cristo. 
É bom salientar que certos espíritos gostam de pregar peças e “esta não teria sido uma delas”. Muitos desencarnados já se apresentaram em reuniões mediúnicas usando o pseudônimo do grande Bezerra de Menezes, a fascinação poderia ter tomado conta de nosso Codificador, já que, ele além de ser o codificador não era Espírito Puro e sim imperfeitos como nós.


Antônio Paiva Rodrigues-Fonte: Portal do Espírito

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

"UM CACHORRO PRETO CHAMADO DEPRESSÃO".

A depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. 
Esta mensagem tenta explicar um dos maiores problemas da face humana, pois infelizmente parentes e amigos não entendem o que se passam com uma pessoa com depressão.
"Eu tinha um cachorro preto, seu nome era Depressão.
Sempre que o cachorro aparecia, eu me sentia vazio e a vida parecia tornar-se mais lenta. Ele me surpreendia com uma visita, sem razão ou ocasião. O cachorro preto me fazia parecer e me sentir mais velho do que eu era. Enquanto o resto do mundo parecia aproveitar a vida, eu via tudo através do cachorro. Atividades que antes me traziam prazer, subitamente pararam de me alegrar. Ele mastigou a minha memória e minha capacidade de concentração. Com ele, era necessária uma força sobrenatural para fazer qualquer coisa. Em eventos sociais, ele espantava para longe qualquer confiança que eu tinha. Meu maior medo era ser descoberto, eu me preocupava que as pessoas fossem me julgar. Por vergonha do cachorro preto, eu estava sempre preocupado em ser descoberto, então investi vastas quantidades de energia para escondê-lo. Manter uma mentira emocional é exaustivo. O cachorro preto podia me fazer pensar e dizer coisas negativas, ele conseguia me deixar irritado e de difícil convívio, ele tomava meu amor e enterrava minha intimidade. Ele adorava me acordar com pensamentos negativos e repetitivos, ele também gostava de me lembrar o quão cansado eu estaria no dia seguinte.
Ter um cachorro preto não é se sentir triste ou pra baixo. É pior, é não ter a capacidade de sentir. Eu envelhecia e o cachorro preto ficava maior, aparecendo toda hora. Eu tentava espantá-lo, mas ele sempre vencia. Cair se tornou mais fácil do que se levantar novamente. Com o tempo eu me tornei bom em me "auto medicar", coisa que não ajudava de verdade. Em certo ponto, me senti totalmente isolado de tudo e todos. O cachorro preto tinha finalmente conseguido sequestrar minha vida. Quando se perde a felicidade em viver, você começa a questionar qual é o motivo da vida. Foi quando eu procurei ajuda profissional. Meu primeiro passo para me recuperar e dar uma reviravolta em minha vida. Descobri que não importa quem você é, o cachorro preto afeta milhões de pessoas. Todos podem ser afetados por ele. Não existe pílula mágica; medicação ajuda alguns, outros precisam de outra abordagem. Também aprendi que ser emocionalmente sincero com as pessoas próximas pode mudar tudo. Acima de tudo, aprendi não temer o cachorro preto, e até ensinei alguns truques. Quanto mais cansado e estressado você está, mais alto ele late. Aprendi a ter a mente serena. Exercícios físicos são tão eficientes quanto medicamentos parar tratar a depressão. Colocar seus sentimentos pra fora pode ser catártico e revelador. Lembre-se das coisas as quais você é grato. Não importa quão ruim a sua vida esteja, tomar os passos certos e conversar com as pessoas certas farão os dias de cão passarem.
Eu não diria que sou grato ao cachorro preto, mas ele tem sido um professor incrível. Ele me forçou a reavaliar minha vida. Aprendi que ao contrário de correr dos meus problemas, devo enfrentá-los. Quem sabe o cachorro preto sempre faça parte da minha vida, mas ele nunca será a fera que já foi. Nós temos um acordo. Por meio do conhecimento, paciência, disciplina e humor, até o pior cachorro preto pode ser tratado.
Se você está com problemas, nunca tenha medo de pedir ajuda. Não existe vergonha alguma em pedir ajuda. A única vergonha é deixar a vida passar."
 Autor desconhecido

"O mostro que nós damos as costas, nos aterroriza, o monstro que nós enfrentamos e usamos a nossa inteligência para dar um choque de lucidez nele, pode ser domesticado."

Augusto Cury

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...