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terça-feira, 23 de agosto de 2016

“VIDA DEPOIS DA VIDA” ORIENTAÇÃO AOS PARENTES E AMIGOS QUIÊ FICAM”

Lágrimas de saudade não prejudica quem parte. O que prejudica, dificulta o desligamento, perturba o espírito que parte é a revolta, a blasfêmia contra Deus.
• Evitar roupas escuras, ambientes taciturnos, pois estes comportamentos somente geram medo e maior dor aos envolvidos. Não é a cor da roupa que revela sofrimento, respeito ou ajuda e sim, oração sincera.
• Velas e flores são exteriorizações de sentimentos, não fazem mal, mas não ajudam o desencarnado. O que ajuda são orações, o amor sincero, bons pensamentos, fé e certeza da continuidade da vida.
• Como cada Ser tem um período de adaptação e um nível de evolução e compreensão do novo estado, convém esperar um tempo após o desencarne, para doar e se desfazer dos pertences pessoais daquele que partiu. Em casos explícitos de pessoas desprendidas da matéria, espiritualizadas, este tempo não é necessário, sendo muitas vezes, a vontade expressa daquele que se foi.
• TODOS OS ESPÍRITOS SÃO AUXILIADOS. NENHUM FILHO DE DEUS FICA DESAMPARADO. Mesmo os que tiveram uma vida encarnada desregrada, desde que sinceramente busquem auxílio.
VISITA AO TÚMULO:
A visita apenas expressa que lembramos do amado ausente. MAS não é o lugar, objetos, flores e velas que realmente importam. O que importa é a intenção, a lembrança sincera, o amor e a oração. Túmulos suntuosos não importam e não fazem diferença para quem parte.
ORAÇÃO SINCERA AQUIETA A ALMA E ELEVA O PADRÃO VIBRATÓRIO. CRIA UM ESTADO INTIMO DE SERENIDADE FACILITANDO O DESPRENDIMENTO E A ENTRADA TRANQUILA NO MUNDO ESPIRITUAL.
A VIDA CONTINUA SEMPRE!
NOSSOS AMADOS NÃO ESTÃO MORTOS. APENAS AUSENTES TEMPORARIAMENTE.
O VERDADEIRO AMOR INDEPENDE DA PRESENÇA. POR ISTO É ETERNO E UNE TODAS AS PESSOAS QUE O PARTILHAM.
APRENDAMOS A VIVER. PARA APRENDER A MORRER. TEMOS UM CORPO FÍSICO PARA NOSSA CAMINHADA DE APRENDIZADO NA TERRA. MAS SOMOS MAIS QUE UM COMPACTO DE CARNE. SOMOS ESPÍRITOS ETERNOS, QUE VIVEM PARA SEMPRE!
“NA CASA DE MEU PAI TEM MUITAS MORADAS” "Jesus Cristo."

Autor desconhecido

domingo, 21 de agosto de 2016

"O QUE É UM CENTRO ESPÍRITA E QUAIS SÃO SUAS ATIVIDADES?"

Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" - (Mateus 18.20).
O Centro Espírita é uma casa religiosa onde se ensina, pratica, estuda e divulga a Doutrina Espírita. Em suas atividades estão incluídas palestras públicas, nas quais são comentados ensinamentos da Codificação Kardequiana e do Evangelho de Jesus, além de assistência espiritual e material aos necessitados.
O socorro espiritual é obtido através do atendimento individual àqueles que se encontram em aflição e desequilíbrio, com orientações e passes como fonte de regeneração e amparo. Também inclui sessões espíritas reservadas onde se lida com a mediunidade na área da desobsessão (perturbações espirituais), sem a participação dos necessitados, onde são esclarecidos e afastados Espíritos sofredores ou de corações endurecidos que porventura sejam a causa de seus problemas.
O Centro Espírita tem como objetivo primeiro, orientar as pessoas no sentido de melhorar sua qualidade de vida através da ação reeducadora da moral do Cristo. Endereçando o homem a esse entendimento, ele de forma mais ou menos rápida, poderá livrar-se das más influências e atrair as boas, que o ajudarão a seguir adiante de forma equilibrada e sadia.
Ao procurar um Centro Espírita, todos poderão receber orientação individual através de entrevistas particulares, participar de palestras públicas e receber passes. O contato com o estudo da Doutrina e com os Espíritos depende de normas rígidas e particulares de cada Centro, mas o bom senso nos diz que a disciplina e o estudo são metas que devem ser observadas com rigor para o sucesso das atividades.
O socorro material, por sua vez, considerado como uma atividade paralela, mas de grande importância, é dado através da assistência a necessitados em forma de alimentos, vestuário, abrigo, remédios, etc. Os recursos são obtidos através de uma variedade de promoções realizadas em cada Centro Espírita, como almoços, jantares, bazares beneficentes, campanhas de arrecadação de alimentos etc, evitando-se rifas, bingos e outras atividades pouco éticas.
O comportamento dos servidores e frequentadores dos Centros Espíritas se pauta na harmonia, cordialidade, desejo de servir ao próximo em nome de Jesus e dos bons Espíritos, de maneira que qualquer casa que cobrar taxa pelas orientações ou assistência não são espíritas, mesmo que mantenham uma placa na porta com essa designação.

Portal do Espírito-Grupo de Estudo Bezerra de Menezes

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

“AS ALMAS QUE SE AMAM SE ENCONTRAM EM OUTRAS VIDAS”?

Na espiritualidade o sentimento é claro, de uma força e suavidade que mostram o que existe entre os espíritos que o sentem. Tanto mais fácil perceber este elo afetivo, quanto mais desenvolvido moral e espiritualmente é o espírito. Já durante a encarnação, há uma limitação imposta pelo esquecimento do passado, uma vantagem que Deus nos proporcionou para que o livre-arbítrio fosse pleno em nós. Quando encarnamos esquecemos do passado, e deixamos adormecidas lembranças e sentimentos. Se duas almas que se amam se encontram, talvez não venham a perceber imediatamente a importância real de uma na vida da outra, mas sentirão empatia, simpatia ímpar e profunda, o que as faz pender para a pessoa que acabaram de conhecer na nova encarnação. O reconhecimento de um amor de milênios pode ser forte e imediato, mas em geral, para nos facilitar a vida, surge doce e suave, lenta e profundamente.
O fato de duas almas terem aprendido a amar-se e que se procuram para continuar juntas sua jornada – encontrarem-se na encarnação, não significa necessariamente que devam ficar juntas, enquanto a experiência terrena estiver em andamento. Há reencontros que acontecem para que formem família, exemplifiquem o sentimento, evoluindo e dando, uma à outra, força nas provas, expiações e missões que vieram cumprir. É bem comum também que afetos verdadeiros não se encontrem, que estejam, cada um, vivendo experiências com outras almas, de modo a ampliar os laços do amor fraternal. Neste caso, costumam aliviar a saudade através de visitas em espírito (sonhos).
Há ainda outra possibilidade, em geral prova bem difícil por exigir o mais amplo sentimento de resignação, coragem e amor ao próximo: duas almas encontrarem-se, reconhecerem-se, amarem-se e não poderem ficar juntas porque já estão comprometidas com outras pessoas e famílias.
E porque Deus faria isso?
 Deus não fez. As próprias almas pediram esta prova como exercício expiatório e prova de resistência de suas más tendências, em geral, o egoísmo.
Imaginemos…
Duas almas aprendem a se amar; almas gêmeas que se tornam, escolhem experiências que irão fazê-las evoluir. Espíritos ainda em progresso, possuem defeitos morais que estão trabalhando nas existências. Nascem juntas, separadas, na mesma família, em outras, entre amigos ou inimigos. Entre tantas vidas, numa optam por temporariamente (o que são os anos de uma encarnação perante a imortalidade?) por encarnarem separadas. Casam-se com outras pessoas, formam famílias. Mas um dia encontram-se. Reconhecem-se. O amor ressurge. Seus compromissos espirituais são logo esquecidos, desejam-se. Eles deveriam resistir à tentação de trair, de abandonar os companheiros, os filhos, os compromissos, construindo falsa felicidade sobre lágrimas alheias. No entanto cedem. Traem, abandonam, fogem… não importa. Querem ser felizes e isso lhes basta. É o egoísmo e a falta de fé no futuro, que lhes dirige a ação.
Mas não há real felicidade senão a conquistada no direito e na justiça. Se vencerem a tentação de fazer o que citamos, terão no futuro o mérito de estar uma com a outra. Se se deixam arrastar pelas paixões, estarão fadadas a novos afastamentos, lições dolorosas.
Escolhem esta experiência porque a visão que têm na espiritualidade é diferente da limitada visão da encarnação. Melhor abrir temporariamente mão da presença amada, já que o afeto não se esvai na ausência, do que abrir mão de estarem juntos em várias vidas e seus intervalos. Sendo o egoísmo o único motivador (e não o amor) da escolha de ficarem juntos a qualquer preço, constrói-se sólido castelo sobre a areia das ilusões. Fatalmente ele desmoronará, e será preciso reconstruí-lo.

Vania Loir@ Vasconcelos

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

“OS ANIMAIS NA VIDA ESPIRITUAL”

Ao consolar um menino cujo cachorro havia morrido, o papa Francisco surpreendeu a todos que o ouviam e aos católicos do mundo todo: "Um dia, nós veremos nossos animais novamente na eternidade de Cristo. O Paraíso está aberto a todas as criaturas de Deus."
A frase foi dita no mês passado, em uma aparição pública na Praça de São Pedro, e reproduzida pela imprensa de diversos países.
Segundo reportagem do jornal The New York Times, a declaração do papa teve forte repercussão junto a ativistas de ONGs de proteção aos direitos dos animais, como The Humane Society e Peta (People for the Ethical Treatment of Animals).
O tema já foi tratado nesta revista em inúmeras oportunidades.
Os animais são, segundo a doutrina espírita, seres em evolução. Dotados de alma, são nossos companheiros de jornada e merecem ser respeitados e, sobretudo, amados.
Que lhes acontece quando cessa sua existência corpórea?
Essa é a questão que interessa a todos os que amam os animais, como é o caso da criança que o pontífice católico procurou consolar.
Após sua morte corpórea, as almas dos animais conservam a individualidade e, conquanto muitos sejam conduzidos à reencarnação quase de imediato, como é dito nas questões 598 e 600 d´O Livro dos Espíritos, há os que permanecem no plano espiritual, onde – revestidos do seu corpo espiritual – desenvolvem tarefas adequadas à experiência que adquiriram até então.
No livro Evolução em dois Mundos – cap. XIII da 1ª Parte – André Luiz diz que os animais domesticados pela inteligência humana podem permanecer por determinado tempo no plano espiritual, com vistas ao seu aprimoramento, após o que regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a fauna terrestre com os benefícios das chamadas mutações espontâneas.
A informação trazida por André Luiz é corroborada por autores diversos, o que confere à teoria a sanção dos fatos.(1)
Eis alguns desses testemunhos:
1. No livro Testemunhos de Chico Xavier, de Suely Caldas Schubert, lê-se o seguinte depoimento de Chico Xavier: "Em 1939, o meu irmão José deixou-me um desses amigos fiéis (um cão). Chamava-se Lorde e fez-se meu companheiro, inclusive de preces, porque, à noite, postava-se junto a mim, em silêncio, ouvindo música. Em 1945, depois de longa enfermidade, veio a falecer. Mas no ultimo instante, vi o Espírito de meu irmão aproximar-se e arrebatá-lo ao corpo inerte e, durante alguns meses, quando o José, em espírito, vinha ter comigo, era sempre acompanhado por ele, que se me apresentava à visão espiritual com insignificante diferença. Atrevo-me a contar-te as minhas experiências, porque também passaste por essa dor de perder um cão leal e amigo. Geralmente, quando falamos na sobrevivência dos animais, muita gente sorri e nos endereça atitudes de piedade.” (Testemunhos de Chico Xavier, de Suely Caldas Schubert, pág. 283, 2ª edição.)
2. Na Revue Spirite de maio de 1865, Allan Kardec publicou uma carta de um correspondente da revista radicado em Dieppe, o qual alude à manifestação da cadelinha Mika, então desencarnada, fato esse que foi percebido pelo autor do relato, por sua mulher e por uma filha que dormia no quarto ao lado.
3. O pesquisador espírita Ernesto Bozzano, autor do livro Animali e manifestazioni metapsichici, publicado em 1923, relata vários casos de almas de animais que foram vistas ou ouvidas por uma ou mais pessoas, valendo ressaltar que o Espírito do Padre Germano, autor e personagem principal do clássico Memórias do Padre Germano, sempre se apresentou, tanto para Chico Xavier quanto para Divaldo Franco, acompanhado de seu cão, o fiel amigo Sultão.
4. Divaldo Franco, em uma entrevista publicada na edição 51 desta revista, assim declarou: “Pessoalmente, já tive diversas experiências com animais, especialmente cães desencarnados, que permanecem na erraticidade desde há algum tempo”.
5. André Luiz relata em um de seus livros a visita que o casal Bacelar e duas jovens da colônia “Campo da Paz” fizeram a Ismália e Alfredo. Eles foram transportados até o Posto em um belo carro, tirado por dois soberbos cavalos brancos. O veículo era quase idêntico aos velhos carros do serviço público do tempo de Luís XV. (Os Mensageiros, cap. 28, págs. 149 a 153.)
6. Em sua primeira obra, André Luiz diz que uma das caravanas socorristas do grupo Samaritanos possuía seis grandes carros em formato de diligência que, precedidos de matilhas de cães alegres e bulhentos, eram conduzidos por animais semelhantes aos muares terrestres. Bandos de aves de corpo volumoso voavam a curta distância, acima dos carros. Eram chamadas íbis viajores, excelentes auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas emanadas das regiões umbralinas. Narcisa explicou naquela oportunidade que no Ministério do Esclarecimento se localizam parques de estudo e experimentação, onde poderiam ser colhidos maiores esclarecimentos sobre os animais existentes em “Nosso Lar”. (Nosso Lar, cap. 33, pp. 183 e 184.)
7. Em 1918, no seu livro Espiritismo para crianças, Cairbar Schutel escreveu: “Então existem lá casas, árvores, flores, parques, animais? E por que não? Depois que lá chegarmos veremos tudo isso, e, na proporção do nosso adiantamento, encontraremos, além dessas esferas, outros mundos ainda mais aperfeiçoados e rarefeitos”. (Espiritismo para crianças, cap. 6.)
O papa Francisco, pelo que vemos, não se equivocou ao transmitir ao menino a ideia de que ele poderá, sim, rever um dia o cãozinho que se foi.

Fonte: O Consolador

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

“ERRO MÉDICO NA VISÃO ESPÍRITA”

"Nada, absolutamente nada está ao acaso.
Tudo, absolutamente tudo, segue um plano bem traçado elaborado por nosso Pai Criador e executado, fielmente, pelos Bons Espíritos.
Um erro médico deve ser avaliado em seus inúmeros matizes e, temos certeza, não possuímos meios para esgotá-las todas.
Entretanto, quando algo assim ocorre, caso seja o médico despreparado ou irresponsável em relação à sua profissão, uma situação dessas serve muitas vezes para frear as suas atitudes e conscientizá-lo, de forma grave e dura, de suas responsabilidades. Quanto ao paciente, podemos dizer com absoluta convicção, que o paciente que sofrerá o erro médico foi atraído para aquela situação pela mais pura lei de sintonia, lei de atração ou lei de causa e efeito. Ou seja, é da Lei que ninguém sofra injustamente.
Então quer dizer que está tudo certo e devemos deixar por isso mesmo? Não, necessariamente. Um médico, sendo ele irresponsável, deverá arcar com as consequências dos seus atos.
Mas, e quando o Médico leva a sério a sua profissão? Quando, mesmo despeito de toda a sua seriedade e esforço, de sua luta para preparar-se adequadamente, o médico comete um erro?
O que significa isso? Como a Doutrina Espírita enxerga isso?
Deixando bem claro que abordaremos apenas um lado da questão, falemos de… Resgate. A Doutrina Espírita esclarece que vivemos outras vidas e, na atual existência, para continuarmos a progredir, precisamos quitar os débitos do passado. Mas, também esclarece a Doutrina Espírita, que determinados resgates só estão autorizados a ocorrer se o Espírito, em nosso caso específico, o Médico, tiver envergadura espiritual para suportar.
Ora, resgata o médico, que é atingido em seu amor próprio (o que funcionará como um antídoto contra a vaidade) e é provado em sua confiança em Deus, em sua fé. Normalmente, nesses casos, Deus tem maiores responsabilidades para confiar a esse médico. Mas, para isso, é preciso avaliá-lo, testando-o. Assim como somos avaliados na faculdade acadêmica, o somos na faculdade da vida.
Nesses momentos, profundamente dolorosos, não devemos esquecer, nem por um minuto, que jamais estamos sozinhos. A oração é o bálsamo que nos enxugará as lágrimas e nos dará forças pra confiar no Pai de Bondade, que nunca nos desampara.
Vem à minha mente uma imagem de um médico que usou a medicina de forma maléfica. No plano espiritual, após dolorosas situações, conscientizou-se da sua responsabilidade. Retornou ao plano material, mas a sua vaidade o puxava para os mesmos erros. Até que uma série de problemas em sua profissão, inclusive erros médicos, o humilhou profundamente. Sofreu muito, mas conseguiu conscientizar-se de sua missão. Retornou ao trabalho e, abençoadamente, conseguiu cumprir a sua missão de forma maravilhosa, com o apoio dos bons espíritos.
Quanto ao paciente, vale a mesma regra: nada acontece injustamente. Tudo tem a sua razão de ser. E pacientes que sofrem hoje, seja por erro médico ou por ausência de atendimento, são muitas vezes os mesmos que, no passado, recusaram-se a salvar vidas ou aliviar sofrimentos.
Que nos ampare Jesus, o Terapeuta de nossas almas."

Fonte: Psicologia Espírita

terça-feira, 16 de agosto de 2016

"A MORTE NÃO EXISTE POIS É APENAS UMA SIMPLES MUDANÇA DE ESTADO"

A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. Para além da campa, abre-se uma nova fase de existência. O Espírito, debaixo da sua forma fluídica, imponderável, prepara-se para novas reencarnações; acha no seu estado mental os frutos da existência que findou.
Por toda parte se encontra a vida. A Natureza inteira mostra-nos, no seu maravilhoso panorama, a renovação perpétua de todas as coisas. Em parte alguma há a morte, como, em geral, é considerada entre nós; em parte alguma há o aniquilamento; nenhum ente pode perecer no seu princípio de vida, na sua unidade consciente. O Universo transborda de vida física e psíquica. Por toda parte o imenso formigar dos seres, a elaboração de almas que, quando escapam às demoradas e obscuras preparações da matéria, é para prosseguirem, nas etapas da luz, a sua ascensão magnífica.
A vida do homem é como o Sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte. É o fim, na aparência; mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever a sua órbita imensa no céu.
A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. A própria morte pode ter também a sua nobreza, a sua grandeza. Não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por embelezá-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e conquista da beleza moral, a beleza do Espírito que molda o corpo e o orna com um reflexo augusto na hora das separações supremas. A maneira por que cada qual sabe morrer é já, por si mesma, uma indicação do que para cada um de nós será a vida do Espaço.
Há como uma luz fria e pura em redor da almofada de certos leitos de morte. Rostos, até aí insignificantes, parecem aureolados por claridades do Além. Um silêncio imponente faz-se em volta daqueles que deixaram a Terra. Os vivos, testemunhas da morte, sentem grandes e austeros pensamentos desprenderem-se do fundo banal das suas impressões habituais, dando alguma beleza à sua vida interior. O ódio e as más paixões não resistem a esse espetáculo. Ante o corpo de um inimigo, abranda toda a animosidade, esvai-se todo o desejo de vingança. Junto de um esquife, o perdão parece mais fácil, mais imperioso o dever.
Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. Depois de certo tempo de perturbação, tornamos a encontrar-nos, além do túmulo, na plenitude das nossas faculdades e da nossa consciência, junto dos seres amados que compartilharam as horas tristes ou alegres da nossa existência terrestre. A tumba apenas encerra pó. Elevemos mais alto os nossos pensamentos e as nossas recordações, se quisermos achar de novo o rastro das almas que nos foram caras.
Não peçais às pedras do sepulcro o segredo da vida. Os ossos e as cinzas que lá jazem nada são, ficai sabendo. As almas que os animaram deixaram esses lugares, revivem em formas mais sutis, mais apuradas. Do seio do invisível, onde lhes chegam as vossas orações e as comovem, elas vos seguem com a vista, vos respondem e vos sorriem. A Revelação Espírita ensinar-vos-á a comunicar com elas, a unir os vossos sentimentos num mesmo amor, numa esperança inefável.
Muitas vezes, os seres que chorais e que ides procurar no cemitério estão ao vosso lado. Vêm velar por vós aqueles que foram o amparo da vossa juventude, que vos embalaram nos braços, os amigos, companheiros das vossas alegrias e das vossas dores, bem como todas as formas, todos os meigos fantasmas dos seres que encontrastes no vosso caminho, os quais participaram da vossa existência e levaram consigo alguma coisa de vós mesmos, da vossa alma e do vosso coração. Ao redor de vós flutua a multidão dos homens que se sumiram na morte, multidão confusa, que revive, vos chama e mostra o caminho que tendes de percorrer.
Ó morte, ó serena majestade! Tu, de quem fazem um espantalho, és para o pensador simplesmente um momento de descanso, a transição entre dois atos do destino, dos quais um acaba e o outro se prepara. Quando a minha pobre alma, errante há tantos séculos através dos mundos, depois de muitas lutas, vicissitudes e decepções, depois de muitas ilusões desfeitas e esperanças adiadas, for repousar de novo no teu seio, será com alegria que saudará a aurora da vida fluídica; será com ebriedade que se elevará do pó terrestre, através dos espaços insondáveis, em direção àqueles a quem estremeceu neste mundo e que a esperam.
Para a maior parte dos homens, a morte continua a ser o grande mistério, o sombrio problema que ninguém ousa olhar de frente. Para nós, ela é a hora bendita em que o corpo cansado volve à grande Natureza para deixar à Psique, sua prisioneira, livre passagem para a Pátria Eterna.
Essa pátria é a Imensidade radiosa, cheia de sóis e de esferas. Junto deles, como há de parecer raquítica a nossa pobre Terra” O Infinito envolve-a por todos os lados. O infinito na extensão e o infinito na duração, eis o que se nos depara, quer se trate da alma, quer se trate do Universo.
Assim como cada uma das nossas existências tem o seu termo e há de desaparecer, para dar lugar a outra vida, assim também cada um dos mundos semeados no Espaço tem de morrer, para dar lugar a outros mundos mais perfeitos.
Dia virá em que a vida humana se extinguirá no Globo esfriado. A Terra, vasta necrópole, rolará, soturna, na amplidão silenciosa.
Hão de elevar-se ruínas imponentes nos lugares onde existiram Roma, Paris, Constantinopla, cadáveres de capitais, últimos vestígios das raças extintas, livros gigantescos de pedra que nenhum olhar carnal voltará a ler. Mas, a Humanidade terá desaparecido da Terra somente para prosseguir, em esferas mais bem dotadas, a carreira de sua ascensão. A vaga do progresso terá impelido todas as almas terrestres para planetas mais bem preparados para a vida. É provável que civilizações prodigiosas floresçam a esse tempo em Saturno e Júpiter; ali se hão de expandir humanidades renascidas numa glória incomparável. Lá é o lugar futuro dos seres humanos, o seu novo campo de ação, os sítios abençoados onde lhes será dado continuarem a amar e trabalhar para o seu aperfeiçoamento.
No meio dos seus trabalhos, a triste lembrança da Terra virá talvez perseguir ainda esses Espíritos; mas, das alturas atingidas, a memória das dores sofridas, das provas suportadas, será apenas um estimulante para se elevarem a maiores alturas. 
Em vão a evocação do passado, lhes fará surgir à vista os espectros de carne, os tristes despojos que jazem nas sepulturas terrestres. A voz da sabedoria dir-lhes-á: “Que importa as sombras que se foram! Nada perece.
Todo ser se transforma e se esclarece sobre os degraus que conduzem de esfera em esfera, de sol em sol, até Deus”. Espírito imorredouro, lembra-te disto: “A morte não existe”.

(Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor).

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

“ A SITUAÇÃO DE HITLER NO PLANO ESPIRITUAL”

(…) Perguntei ao Chico sobre Hitler. Onde estaria o espírito de Hitler?
Chico então me contou uma história muito interessante. Segundo ele, imediatamente após a sua desencarnação, o espírito de Hitler recebeu das Altas Esferas uma sentença de ficar 1.000 anos terrestres em regime de solitária numa prisão espiritual situada no planeta Plutão.
Chico explicou-me que esta providência foi necessária não somente pelo aspecto da pena que se lhe imputara aos erros clamorosos, mas também em função da Misericórdia Celeste em protegê-los da horda de milhões de almas vingativas que não o haviam perdoado os deslizes lamentáveis.
Durante este período de 10 séculos em absoluta solidão ele seria chamado a meditar mais profundamente sobre os enganos cometidos e então teria nova chance de recomeçar na estrada evolutiva.
Quando o espírito de Gandhi desencarnou, e ascendeu aos Planos Mais Altos da Terra pela iluminação natural de sua bondade característica, ao saber do triste destino do algoz da humanidade na II Grande Guerra Mundial, solicitou uma audiência com Jesus Cristo, o Governador Espiritual da Terra, e pediu ao Cristo a possibilidade de guiar o espírito de Hitler para o Bem, o Amor e a Verdade.
Sensibilizado pelo sacrifício de Gandhi, Nosso Senhor autorizou-o na difícil tarefa e desde então temos Gandhi como dos poucos que se aproximam do espírito de Hitler com compaixão e amor…
Impressionado perguntei ao Chico:
Então Chico, o Planeta Plutão é um planeta penitenciária?
E ele me respondeu:
É sim, Geraldinho.
Em nosso Sistema Solar, temos penitenciárias espirituais em Plutão, em Mercúrio e na nossa Lua terrena. Eu soube, por exemplo, que o espírito de Lampião está preso na Lua.
É por isso que alguns astronautas que lá pisaram, sentindo talvez um frio na alma, voltaram à Terra meio desorientados e tristes. Soube de um até que se tornou religioso depois de estar por lá!

Como vemos o nosso Chico era capaz de desvendar muitos mistérios em torno da organização da vida mais além! E com que simplicidade e naturalidade ele nos falava dessas coisas.”.
Este texto é da autoria de Geraldo Lemos Neto baseado em suas conversas com Chico Xavier.

domingo, 14 de agosto de 2016

"QUAL ADOECE PRIMEIRO O CORPO OU A ALMA?"

Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética.
Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma?
A alma não pode adoecer, porque é o que há de perfeito em ti, a alma evolui, aprende.
Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário:
são a resistência do corpo emocional e mental à alma. Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.
A Saúde e as Emoções.
Há emoções prejudiciais à saúde?
Quais são as que mais nos prejudicam?
70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência emocional.
As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não expressadas, reprimidas.
O medo, que é a ausência de amor, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje.
Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais, os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.
Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?
De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus limites, não vás além.
Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.
Como é que a raiva nos afeta?
A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à autoafirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é justo.
Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade, ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.
Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?
A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma outra.
Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas.
A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.
A alegria acalma os ânimos?
Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite processá-las a partir da inocência.
A alegria põe as outras emoções em contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para que cheguem ao mundo da mente.
E a tristeza?
A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar.
A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle interno.
Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo.
Tornamo-las negativas quando as reprimimos.
Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de nós mesmos?
Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não se estancam e podem se transmutar.
Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração.
Que difícil!
Sim, é muito difícil.
Realmente as emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência.
Construtivo ou destrutivo.
Porque também existe o amor que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo.
Como prevenir a enfermidade?
Somos criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde.
E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saúde.
E se aparecer a doença?
Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos.
Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era alguém que levasse uma vida desregrada.
Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu.
Devemos explicar isso para aqueles que creem que adoecer é fracassar.
O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais.
E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida..
Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade.
A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar.
É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro.
Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior.
Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses.
Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.
Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústia?
Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias, ou buscando um príncipe fora.
Só passa a angústia quando entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo.
A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no "deveria ser", e não somos nem uma coisa nem outra.
O stress é outro dos males de nossa época.
O stress vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar.
E realmente só podes competir quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja, quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de ninguém.
O stress destrutivo prejudica o sistema imunológico.
Porém, um bom stress é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.
O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?
A solidão.
Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso.
Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é acender o altar interior, o ser interior.
Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de nossas ocupações.
Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar, porque na pausa habita o potencial da alma.
O que é para você a felicidade?
É a essência da vida.
É o próprio sentido da vida.
Estamos aqui para sermos felizes, não para outra coisa.
Porém, felicidade não é prazer, é integridade.
Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser felizes.
Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno eu ou o pequeno ego.
Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa consciência.
Viver o Presente.
É importante viver no presente?
Como conseguir?
Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter, ou a algo ou alguém fora.
Eu digo que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade.
E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.
Na sua opinião, estamos tão confusos assim?
Temos três ilusões enormes que nos confundem:
Primeiro:
cremos que somos um corpo e não uma alma, quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte.
Segundo:
cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência..
Prazer e felicidade não são o mesmo.
Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer.
Terceiro:
ilusão é o poder;
desejamos o poder infinito de viver no mundo.
E do que realmente necessitamos para viver?
Será de amor, por acaso?
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora.
O amor é magnífico porque cria coesão.
No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo.
No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena tudo.
No amor não há usurpação, não há transferência, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas, porque vives o amor, cada coisa ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia.
Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco.
Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama.
Há uma grande confusão na nossa cultura.
Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego.
O que habitualmente chamamos de amor é uma droga.
Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão.
É uma muleta para apoiar-se, em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e libertar-me.
O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade.
Mas às vezes nos sentimos atados a um amor.
Se o amor conduz à dependência é Eros.
Eros é um fósforo, e quando o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queima o dedo.
Há amores que são assim, pura chispa.
Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor.
Quando a lenha está acesa, produz fogo.
Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.
Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?
Somente a verdade.
Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és.
Tens um direito sagrado, que é o direito de errar;
tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre.
Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração.
Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer.
Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor.
Se não, vazio.
Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti.
A chave então é amar-se a si mesmo.
E ao próximo como a ti mesmo.
Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás apenas te apegando, estás condicionando o outro.
Aceita-te como és;
não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.
Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha

sábado, 13 de agosto de 2016

“DEPOIMENTO DE UM PAI” DARIA TUDO PARA TER MEUS FILHOS DE VOLTA) REFLEXÃO ESPIRITA”

O pai moderno, muitas vezes perplexo e angustiado, passa a vida inteira correndo como um louco em busca do futuro, esquecendo-se do agora. Com prazer e orgulho, a cada ano, preenche sua declaração de bens para o Imposto de Renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito trabalho. Lotes, casas, apartamentos, sítio, casa na praia, automóvel do ano.
Tudo isso custou dias, semanas, meses de luta. Mas ele está sedimentando o futuro de sua família. Se partir de repente, já cumpriu sua missão e não vai deixá-la desamparada.
Todavia, para escrever cada vez mais linhas na sua relação de bens, ele não se contenta com um emprego só. É preciso ter dois ou três; vender parte das férias, levar serviço para casa. É um tal de viajar, almoçar fora, fazer reuniões, preencher a agenda - afinal, ele é um executivo dinâmico, não pode fraquejar.
Esse homem se esquece de que a verdadeira declaração de bens, o valor que efetivamente conta, está em outra página do formulário de Imposto de Renda - naquelas modestas linhas, quase escondidas, em que se lê: relação de dependentes. São filhos que colocou no mundo, a quem deve dedicar o melhor do seu tempo. Os filhos, novos demais, não estão interessados em propriedades e no aumento da renda. Eles só querem um pai para conviver, dialogar, brincar.
Os anos passam, os meninos crescem, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma à construção do futuro, que não participou de suas pequenas alegrias. Não os levou ou buscou no colégio; nunca foi a uma festa infantil. Um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens.
Há órfãos de pais vivos porque estão o pai, para um lado, e a mãe, para outro, e a família desintegrada. Sem amor, sem diálogo, sem convivência que solidifica a fraternidade entre irmãos, abre caminho no coração, elimina problemas e resolve as coisas na base do entendimento.
Há irmãos crescendo como verdadeiros estranhos, que só se encontram de passagem em casa. E para ver os pais, é quase preciso marcar hora.
Depois de uma dramática experiência pessoal e familiar vivida, a mensagem que tenho para dar é: não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos. Dos dezoito anos de casado passei quinze absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações e totalmente entregue a um objetivo único e prioritário: construir o futuro para três filhos e minha esposa.
Isso me custou longos afastamentos de casa; viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugadas no estúdio da televisão... Agora estou aqui com o resultado de tanto esforço; construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda de Luiz Otávio e Priscila.
De que vale tudo o que ajuntei, se esses filhos não estão mais aqui para aproveitar isso conosco?
Se o resultado de trinta anos de trabalho fosse consumido agora por um incêndio e, desses bens todos, não restasse nada mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, porque minha escala de valores mudou e o dinheiro passou a ter peso mínimo e relativo em tudo.
Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura do meu filho que se drogou e morreu; não foi capaz de evitar a fuga de minha filhinha que saiu de casa e se prostituiu, e dela não tenho mais notícias; para que serve? Para que ser escravo dele? 
Eu trocaria - explodindo de felicidade - todas as linhas da declaração de bens por duas únicas que tive de retirar da relação de dependentes: os nomes de Luiz Otávio e de Priscila. E como doeu retirar essas linhas na declaração de 1986, ano base 85.
Luiz Otávio morreu aos quatorze anos e Priscila fugiu um mês antes de completar quinze.
Fonte: Depoimento de Hélio Fraga

Autor: Hélio Fraga

“DEPOIMENTO DE UM PAI” (DARIA TUDO PARA TER MEUS FILHOS DE VOLTA) REFLEXÃO ESPIRITA”

O pai moderno, muitas vezes perplexo e angustiado, passa a vida inteira correndo como um louco em busca do futuro, esquecendo-se do agora. Com prazer e orgulho, a cada ano, preenche sua declaração de bens para o Imposto de Renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito trabalho. Lotes, casas, apartamentos, sítio, casa na praia, automóvel do ano.
Tudo isso custou dias, semanas, meses de luta. Mas ele está sedimentando o futuro de sua família. Se partir de repente, já cumpriu sua missão e não vai deixá-la desamparada.
Todavia, para escrever cada vez mais linhas na sua relação de bens, ele não se contenta com um emprego só. É preciso ter dois ou três; vender parte das férias, levar serviço para casa. É um tal de viajar, almoçar fora, fazer reuniões, preencher a agenda - afinal, ele é um executivo dinâmico, não pode fraquejar.
Esse homem se esquece de que a verdadeira declaração de bens, o valor que efetivamente conta, está em outra página do formulário de Imposto de Renda - naquelas modestas linhas, quase escondidas, em que se lê: relação de dependentes. São filhos que colocou no mundo, a quem deve dedicar o melhor do seu tempo. Os filhos, novos demais, não estão interessados em propriedades e no aumento da renda. Eles só querem um pai para conviver, dialogar, brincar.
Os anos passam, os meninos crescem, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma à construção do futuro, que não participou de suas pequenas alegrias. Não os levou ou buscou no colégio; nunca foi a uma festa infantil. Um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens.
Há órfãos de pais vivos porque estão o pai, para um lado, e a mãe, para outro, e a família desintegrada. Sem amor, sem diálogo, sem convivência que solidifica a fraternidade entre irmãos, abre caminho no coração, elimina problemas e resolve as coisas na base do entendimento.
Há irmãos crescendo como verdadeiros estranhos, que só se encontram de passagem em casa. E para ver os pais, é quase preciso marcar hora.
Depois de uma dramática experiência pessoal e familiar vivida, a mensagem que tenho para dar é: não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos. Dos dezoito anos de casado passei quinze absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações e totalmente entregue a um objetivo único e prioritário: construir o futuro para três filhos e minha esposa.
Isso me custou longos afastamentos de casa; viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugadas no estúdio da televisão... Agora estou aqui com o resultado de tanto esforço; construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda de Luiz Otávio e Priscila.
De que vale tudo o que ajuntei, se esses filhos não estão mais aqui para aproveitar isso conosco?
Se o resultado de trinta anos de trabalho fosse consumido agora por um incêndio e, desses bens todos, não restasse nada mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, porque minha escala de valores mudou e o dinheiro passou a ter peso mínimo e relativo em tudo.
Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura do meu filho que se drogou e morreu; não foi capaz de evitar a fuga de minha filhinha que saiu de casa e se prostituiu, e dela não tenho mais notícias; para que serve? Para que ser escravo dele? 
Eu trocaria - explodindo de felicidade - todas as linhas da declaração de bens por duas únicas que tive de retirar da relação de dependentes: os nomes de Luiz Otávio e de Priscila. E como doeu retirar essas linhas na declaração de 1986, ano base 85.
Luiz Otávio morreu aos quatorze anos e Priscila fugiu um mês antes de completar quinze.
Fonte: Depoimento de Hélio Fraga

Autor: Hélio Fraga

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

"O QUE É ESPIRITISMO E QUAIS SÃO SEUS PRINCÍPIOS BÁSICOS?"

O termo "Espiritismo" é sinônimo de Doutrina Espírita, porém, frequentemente, é utilizado erroneamente para designar qualquer prática do mediunismo (comunicação com os Espíritos), ou confundido com cultos afro-brasileiros (Umbanda, Candomblé, entre outros).
O Espiritismo é uma doutrina que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos Superiores e codificada (organizada) em 1857 por um professor francês conhecido como Allan Kardec.
Surgiu, pois, na França, há mais de um século. Traz em si três faces: filosofia, ciência e religião (moral).
Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual aos necessitados.
O Espiritismo possui cinco princípios básicos, de onde procedem todas as suas práticas:
1 - A existência do Espírito e sua sobrevivência após a morte.  
"Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular ao alto monte,
E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e os seus vestidos se tornaram brancos como a luz.
E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele" - (Mateus 17.1-3).      
Veja também: I Pedro 3.19-20 - I Pedro 4.6 - Marcos 12.26-27 e Romanos 11.15.
2 - A reencarnação.         
"Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.
E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" - (Mateus 11.13-15).
Veja também Mateus 17.9-13 e João 3.3-13         
3 - A lei de causa e efeito.   
"Então Jesus disse-lhe: Enfia no seu lugar a tua espada; porque todos que lançarem mão da espada à espada morrerão" - (Mateus 26.52).
"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará" - (Gálatas 6.7).
Veja também: Mateus 18.7
4 - A comunicação entre o mundo material e espiritual. 
"E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visão, e os vossos velhos sonharão sonhos;
E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas naqueles dias, e profetizarão;" - (Atos 2.17-18).
"E disse-me o Espírito que fosse com eles, nada duvidando; e também estes seis irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele varão;" - (Atos 11.12).
Veja também: Mateus 17.1-3 - I Samuel 28.11-20 e Números 11.26-30
5 - A evolução progressiva dos Espíritos.     
"Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram;
E outra caiu sobre pedra, e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade;
E outra caiu entre espinhos, e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;
E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
E os seus discípulos o interrogavam, dizendo: Que parábola é esta?
E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios de Deus, mas aos outros por parábolas, para que, vendo, não vejam, e, ouvindo, não entendam.
Esta é pois a parábola. A semente é a palavra de Deus;
E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que se não salve, crendo;
E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam;
E a que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;
E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança" - (Lucas 8.5-15).
Veja também: Gênesis 28.12
Tais princípios estão contidos na Bíblia e nas cinco obras básicas da Codificação, que os analisa de maneira racional e interessante. São elas:
- O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857). Obra de caráter filosófico. É considerado a espinha dorsal do Espiritismo, já que todas as outras obras partem de seus princípios.

- O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861). Demonstra as consequências morais e filosóficas decorrentes das relações entre o mundo material e espiritual.

Portal do Espírito: Grupo Espírita Bezerra de Menezes.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...